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O artista francês-tunisino El Seed criou um imenso mural no Manshiyat, bairro da periferia do Cairo, no Egito. Batizado de "Percepção", a obra que está dividida em 50 edifícios é, segundo o autor, um convite para que as pessoas pudessem ver além da aparência física da área.

O mural levou três semanas para ser concluído e contou com a ajuda de mais de vinte pessoas. Mas para executá-lo, El Seed precisou burlar as leis. É que esse tipo de expressão artística foi considerada ilegal já que, segundo o governo local, o artista ilustrou os prédios de tijolos sem antes entrar em contato com as autoridades egípcias.

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Com o auxílio de algumas plataformas, andaimes e muitas latas de spray, El Seed contou ao site Hypeness que a equipe chegava de manhã e ia embora por volta das 20h. Apenas um padre local sabia o que estava acontecendo, já que o artista também quis proteger a comunidade e as pessoas envolvidas na ousada iniciativa.

Imagem noturna do mural no bairro de Manshiyat | Foto: Reprodução / Instagram: @elseed

Agora, totalmente concluída, a arte permanecerá viva pelo tempo que o governo permitir, trazendo a essência da arte de rua: a efemeridade.

por Junior Coneglian

Um dos ícones da primeira geração da arte urbana brasileira, o paulista Ozéas Duarte, o Ozi, está celebrando 30 anos do ofício. para comemorar, ele traz ao Recife a exposição Ozi - 30 anos de Arte Urbana no Brasil, com abertura na próxima quinta (15), às 18h30, na Caixa Cultural. Abrindo a mostra, Ozi participa de um bate-papo com o curador Marco Antônio Teobaldo e o público. 

A mostra reúne 100 peças de tamanhos variados que representam um inventário desta parte da Street Art brasileira. Dividida em quatro segmentos - Rua, Arte Fina, Matrizes e Bio - a exposição traz um material raro sobre a história do grafitti no Brasil com documentos, registros fotográficos, depoimentos e obras de Ozi. 

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Além de intervenções do artista nas paredes da galeria, com grafites, o público poderá conferir obras em suportes variados, como telas emolduradas e objetos de uso doméstico, uma série de estêncil sobre bolsas falsificadas, máscaras em estêncil e vídeos com depoimentos do próprio Ozi e de parceiros de profissão além de imagens históricas dos primeiros grupos de grafiteiros e suas intervenções na cidade de São Paulo. 

Confira este e muito mais eventos na Agenda LeiaJá. 

Serviço

Ozi - 30 anos de Arte Urbana no Brasil

Abertura

Quinta (15) | 18h30

Visitação

Sexta (16) a 20 de novembro

Terça a sábado | 10h às 20h

Domingo | 10h às 17h

Caixa Cultural (AV. Alfredo Lisboa, 505 - Bairro do Recife)

Gratuito

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Intervenções que marcam paisagens urbanas nos quatro cantos do globo são o destaque do trabalho de Alexandre Farto, artistas português de destaque no street art mundial. A mostra Incisão trabalha com as técnicas preferidas do artista: corte, subtração e o descascar da superfície. A exposição abre para o público no dia 22 de novembro e vai até o dia 25 de janeiro de 2015, na Caixa Cultural Recife. De um muro bruto, VHILS (como o artista é conhecido) cria rostos ricos em expressão e com isso desenvolve um discurso sobre identidade, interação entre as comunidades humanas e sobrevivência no caos do mundo de hoje. 

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Alexandre Farto assina a concepção e curadoria da mostra, onde o público pode conferir 54 portas antigas, 14 obras cravadas manualmente, quatro cravadas coletivamente entre o artista e índios da Aldeia Araçaí (Paraná) e um grande painel com 18 fotos. Vídeos de ações artísticas e do processo de execução também fazem parte de Incisão. Visitando a cidade para a exposição, Farto irá realizar uma de suas obras na capital pernambucana.

Serviço

Incisão
22 de novembro a 25 de janeiro de 2015
12h às 20h (terça a sábado) e 10h às 17h (domingos)
Caixa Cultural Recife (Avenida Alfredo Lisboa, 505 - Bairro do Recife)
Gratuito

O coletivo 33 Crew, responsável pelo Recifusion (festival de artes visuais/contemporâneas do Norte/Nordeste), reinaugurou na última segunda (27) seu espaço no centro do Recife. A loja vlta a atender os clientes na Praça Machado de Assis, na Boa Vista, após 2 anos.

Recifusion colore mais uma vez o Recife com grafitagens

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O grupo reúne grafiteiros, designers e ativistas engajados em movimentos socioculturais. Em 11 anos de atividade, eles vêm atuando de diversas formas na cena artística local, com intervenções independentes, organização de eventos e apoio a ações de outros grupos. 

Na loja, grafiteiros e artistas da street art do Recife podem encontrar produtos diversos, como revistas, adesivos e marcadores. Numa parceria do coletivo com as grifes recifenses D´Outro Jeito, Sem Peneira Para Suco Sujo, entre outras, as peças de roupas ganham valores promocionais. No espaço também funciona um estúdio de tatuagem sob a batuta do tatuador pernambucano Léo Gospel. 

Serviço

33 Crew (Edf. Tereza Cristina, 203 - Boa Vista)

Segunda a sábado | 9h às 19h30

(81) 3423 6705

O grafiteiro pernambucano Derlon Almeida, que criou um novo estilo de pintura de rua ao usar a linguagem da xilogravura nos muros da cidade, irá, no mês que vem, à Holanda para pintar uma das faces de um edifício de dez andares. Ele é um dos sete artistas participantes do festival "RUA: Reflexo on Urban Art", que leva brasileiros para pintar prédios no bairro de Amsterdam.

Derlon passará um mês na capital holandesa e irá pintar um prédio residencial. Ele adianta o tema do gigantesco painel: "Como o bairro em que vou pintar é muito miscigenado, tive a ideia de nascimento e vou pintar uma mulher segurando um bebê. No vestido dela terá vários desenhos", afirma. Ele aproveita o período em que ficará no país e participa ainda de uma exposição de arte - cujos paineis serão inéditos e feitos por lá - e também ministrará workshops para crianças locais.

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O artista calcula que duas semanas seja o tempo necessário para terminar o trabalho. É a primeira vez que Derlon pinta na Holanda, mas não na Europa. O pernambucano já levou sua arte para várias cidades da França. É a primeira vez também que realiza uma pintura tão grande, transformando um prédio em uma obra de arte. "Eu já tinha esse objetivo no Recife, mas infelizmente não há oportunidade. Conseguimos fazer lá fora, mas não conseguimos realizar aqui. E isso é um benefício para a cidade, urbanisticamente e culturalmente a cidade fica mais atrativa, vira até um ponto turístico e enriquece o ambiente urbano", reflete Derlon, que segue para a Holanda no próximo dia 12.

O Centro Cultural Casa Hercílio Esteves, no Campus da Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP), abriga uma mostra que reune 20 importantes artistas nacionais da cena street art. “Da Rua” é o nome da exposição inaugurada nesta sexta-feira (30) e que conta com instalações e pinturas baseadas em diferentes segmentos do gênero, como bomb, pichação, sticker, stencil e o lamb-lamb.

Artistas da cidade de São Paulo, Itaboraí, Duque de Caxias, Içara, Santa Catarina, Goiânia, Teresópolis, Belo Horizonte, São José dos Campos, Rio de Janeiro e da própria anfitriã, Petrópolis, participam da mostra que fica em cartaz até o dia 15 de junho. AK47, Alecrin, Fins, Kajaman, Madruga e SE7 são alguns dos grafiteiros que apresentam seus trabalhos nas paredes da galeria, pinturas em tapumes de obras e madeira de demolição, projeção de vídeos, entre outras instalações.

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Serviço
Mostra “Da Rua”
Até 15 de junho. De segunda à sexta-feira, de 9 às 18h.
Centro Cultural Casa Hercílio Esteves (no campus da FMP/Fase, Av. Barão do Rio Branco, 1003, Petrópolis)
Gratuito
Informações: (24) 2244-6444.

A arte urbana invade São Paulo a partir do próximo dia 20. A mostra “Grafitti Ambiente”, curada pelo artista Binho Ribeiro, pioneiro da street art no Brasil e América Latina, reunirá peças originais e inéditas das obras desenvolvidas por grafiteiros e inicia o calendário de exposições da galeria Urban Arts.

A partir das obras de street art, os grafiteiros Anjo, Does, Feik, Gafi, Graphis, Nem, Nick e Snek dão cores e vidas a Rua Oscar Freire, nos Jardins. Registros fotográficos também fazem parte da exposição que pretende celebrar o conceito artístico da grafitagem provando a qualidade e originalidade presente nas obras. Os artistas participantes da mostra coletiva são referências em estilos e agentes ativos e promotores da arte por onde passam.  

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