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Os cartazes de supermercado são um chamariz de anúncio de promoções dos produtos. O valor, sempre em destaque, está geralmente disposto em evidência, de forma que chame atenção dos consumidores em potencial. Mas você já parou para se perguntar quem está por trás da produção desses cartazes? 

Os cartazistas são profissionais que, basicamente, constroem cartazes. Eles garantem a comunicação visual das campanhas, realizam ações promocionais, controlam a composição de anúncios internos e externos de comunicação visual, confeccionam manualmente cartazes, letreiros e faixas para estabelecimentos comerciais.

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Criação de cartaz. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

Marcos Rodrigues, cartazista do Assaí de Camaragibe, relata um pouco de como conheceu a profissão que já completa 33 anos de carreira: “Foi em 1990 quando eu comecei. Eu tinha acabado de sair do quartel e desde criança eu desenhava. Hoje eu pinto quadros também, além disso, aqui eu faço telas, sob encomenda. Mas assim, é uma profissão que eu optei para exercer porque eu gosto. A primeira vez que vi eu me apaixonei e gostei. Algo que eu acho diferente é a dinâmica da operação também”.

Após descobrir a profissão, através do Senac, Marcos se profissionalizou como cartazista e contou como foi benéfico na sua profissão ter os aprendizados como aprendem as cores, a ordenar as letras no cartaz para ficar coeso, mexer com material.

Mesmo habilidades artísticas com diferentes, o cartazista Luís Paulo (LP), morador da cidade de Resende, no interior do Rio de Janeiro, começou na profissão com influência do pai, que era letrista.  

Criação de cartaz. Foto: Cortesia/Arquivo Pessoal

“Em 2017, acabei indo trabalhar em um supermercado. Lá, conheci a profissão de cartazista. Infelizmente, ele (pai) faleceu quando eu tinha apenas 6 anos, e não consegui aprender nada com ele. No entanto, ficou essa vontade de fazer algo parecido, por admiração a ele e também porque sempre gostei de desenhar. Então, comecei a dizer às pessoas que eu desenhava e fazia grafite. Isso chegou aos gerentes, que me chamaram para cobrir as férias da cartazista. Depois de cobrir sua ausência algumas vezes, acabei sendo promovido a cartazista”, relata.

Em relação à arte e experiências passadas, o profissional fala sobre como sua prática anterior ajudou no dia a dia e na confecção dos cartazes “Por conta das tags (assinaturas dos grafiteiros) feitas com canetões e marcadores, não tive tanta dificuldade na hora de fazer os cartazes de ofertas. As técnicas são bem parecidas. Comecei a trabalhar como cartazista aos 32 anos, trazendo muita bagagem do grafite”, explica LP, como é conhecido.

Segundo Luís Paulo, a profissão é, muitas vezes, invisibilizada. “Acho que hoje o grande desafio é fazer as empresas enxergarem o valor do trabalho feito à mão. Estamos vivendo uma revolução digital, com máquinas e IA substituindo diversas profissões, incluindo a de cartazista. Isso é triste e revoltante. Por isso, é essencial ter mais pessoas como Filipe Grimaldi, que além de ser um ótimo artista, apoia e divulga a profissão dos artistas visuais por meio das redes sociais e seus projetos. Além de dar um gás para os artistas, isso também leva o trabalho deles para pessoas que não tem noção de como são feitos diversos tipos de trabalhos”, diz.

Já Marcos revela que o dia a dia é corrido, mas já se habitou, recebendo as demandas na segunda-feira e consegue se organizar para o resto da semana. Além de fazer os cartazes relacionados a preço, também faz desenhos para sinalizar promoções e até mesmo decorações de aniversários.

Sobre a visão de fora, Marcos comenta que as pessoas ficam admiradas da forma que ele trabalha “É feito na hora, aqui, no improviso, assim, no momento. Então, assim, muitas pessoas se admiram. Eles veem como uma arte”.

No cenário atual, os cartazistas observam uma revitalização do mercado com a influência das redes sociais e a abertura de novas unidades de supermercados, proporcionando mais oportunidades de emprego, contratos e trabalhos freelancers.

Cursos profissionalizantes 

Sobre como se profissionalizar, LP dá algumas dicas: “Existem vários cursos à venda, mas no YouTube você consegue encontrar boas aulas gratuitas que explicam com ótima didática. Lembre-se de que apenas assistir às aulas não adianta, pois é uma profissão que exige atenção, prática e estudo. É preciso dedicar-se, gostar, estudar desenho, psicologia das cores, design de varejo, estratégia de vendas, entre outras coisas, caso queira se destacar na profissão”.

Além das redes sociais existem cursos como o do Portal Educa que oferece profissionalização com a carga horária de 280h de forma EAD e totalmente online. No curso de Letrista e cartazista é abordado conceitos sobre os materiais utilizados, bem como, sobre a evolução dos cartazistas face à história, como fazer um cartaz, cartazes que chamam a atenção, cartazes cubanos, a letra no cartaz, manual de letras: família, geometria e proporções das letras.

Acostumados a fazer muros e cidades falarem de sonhos, os irmãos Gustavo e Otavio Pandolfo, que riscaram o nome do Brasil nas esquinas mais visitadas e celebradas da arte contemporânea mundial, chegam ao Nordeste, pela primeira vez, neste mês de junho, convidando o Recife a um privilégio até hoje estendido a pouquíssimas cidades no Brasil: a possibilidade de subverter o ângulo e contemplar sua obra de dentro. Abrindo as portas de seu universo artístico e onírico particular, eles trazem a exposição “OSGEMEOS: Nossos Segredos”, para o Instituto Ricardo Brennand.

A mostra, que já foi vista por mais de 1,3 milhão de pessoas no Rio de Janeiro e Belo Horizonte, abre para visitação no próximo dia 28 de junho. A pré-venda dos ingressos já foi iniciada, no site do Instituto RB (http://www.institutoricardobrennand.org.br/). Os preços variam de R$ 25 a R$ 100, garantindo acesso a todas as salas expositivas e acervos do museu.

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Um sonho dentro de um sonho

Um abundante e eloquente conjunto de mais de 800 obras compõe o acervo, que será exposto na Galeria do Instituto RB, onde até a fachada depõe a favor do que há de mais grandioso na produção artística.

Muito mais que apresentar uma arte celebrada em todo o mundo, as telas, instalações e murais que integram a exposição brincam com a imaginação dos visitantes, conduzindo e convidando ao universo lúdico partilhado pelos irmãos desde a infância, do qual se origina boa parte dos personagens que compõem sua arte.

Uma realidade que também é sonho, uma língua e um território criativo, habitado por cores e referências colecionadas pela dupla desde as mais tenras brincadeiras, inspirações e aspirações artísticas. Um não lugar de onde eles jamais saíram, batizado pelos irmãos de Tritrez.

“A gente queria convidar todo mundo para fazer parte dessa jornada, mergulhar dentro do nosso universo, nessa cápsula do tempo, esse universo lúdico que a gente acredita e chama de Tritrez”, destacam OSGEMEOS. Os artistas ainda comentaram sobre a satisfação por trazerem a mostra para o Nordeste. “A gente está muito feliz por apresentar a exposição no Recife, por chegar ao Nordeste” afirmaram.

Em formato de linha do tempo, a mostra, que tem curadoria dos próprios artistas, conta sobre caminhos e inspirações que a dupla atravessou e pelas quais foi atravessada, reunindo desde esculturas a quadros, fotografias, memórias e instalações, entre as quais se destacam uma batizada de “Assim bordei meus sonhos”, dedicada à mãe e grande incentivadora dos dois, Margarida Pandolfo. A obra reúne bordados e pinturas dela, num ambiente com cara de casa, recriado pelos irmãos, a partir de suas memórias, tanto artísticas, quanto afetivas.

Noutro trabalho, que se chama “Um mundo uma só voz”, várias caixas de som ganham rosto para cantar em uníssono e num looping infinito uma trilha sonora cuidadosamente feita pelos artistas, com algumas de suas trilhas cativas.

A exposição conta ainda com projeções de imagens de obras urbanas, trabalhos que, em grande parte, foram apagados pelo tempo ou por motivos diversos de suas telas feitas de concreto e efemeridade. Também há registros fotográficos d’OSGEMEOS produzindo murais pelo mundo.

Além disso, o acervo conta, de maneira inédita, com os cadernos de desenho dos irmãos e apresenta ainda anotações em papéis avulsos, pinturas e esculturas, que remetem à experiência espontânea de criar na rua e para ela.

Surpresa

Para a exposição recifense, a dupla garante uma obra inédita, que irá receber os visitantes do lado de fora do museu, no coreto do lago, tingindo com arte urbana as bucólicas paisagens do Instituto Ricardo Brennand.

Trajetória e técnicas

Desde crianças, nos anos 1980, OSGEMEOS habitam e celebram as mesmas referências e preferências estéticas e artísticas. Nascidos em Cambuci, zona central da capital paulista, numa família habituada ao consumo e fruição artística, Gustavo e Otavio foram fortemente influenciados por séries japonesas de TV, filmes e clipes de rock. Mas também frequentavam museus e aprenderam a ouvir e apreciar música erudita com o avô. As primeiras e primárias lições de desenho, eles receberam em casa, carinhosamente dadas pelo irmão mais velho, Arnaldo.

Com a chegada da cultura Hip Hop no Brasil, nos anos 1980, Gustavo e Otavio começaram a percorrer os viadutos e caminhos asfaltados que os conduziriam do Tritrez aos muros e ao mundo. Ouvindo o que diziam as ruas de sua cidade, conheceram o rap, o break e o graffiti, elementos fundamentais e fundantes de sua estética.

A questão técnica é outro marcador fundamental do seu trabalho. O domínio de diferentes formas de pintar veio da necessidade de trabalhar, a despeito das circunstâncias e, muitas vezes, com escassez de recursos. Frequentemente, eles precisavam combinar o uso de tintas à base de água com o spray, por exemplo. Um desenho podia ter uma parte pintada sobre madeira e outra sobre uma parede de alvenaria ou, ainda, poderia incorporar um resto de lona de feira. Também desenvolveram a técnica de contorno de traço fino com spray para poder materializar todas as ideias e detalhes que tinham em mente.

Nos idos de 1990, o trabalho da dupla começa a ganhar destaque e OSGEMEOS passam a produzir em diversos suportes e superfícies artísticas, com destaque para os graffiti nas laterais dos edifícios. Murais cada vez maiores passam a ocupar grandes espaços em São Paulo, para depois ganhar o mundo.

Cuba, Chile, Estados Unidos, Itália, Espanha, Inglaterra, Alemanha, Japão e até Lituânia: os artistas já espalharam seus traços, criaturas e sonhos por mais de 40 países. Embora numerosa e diversa, a multidão de tipos que eles acordam nos muros, prédios e espaços expositivos do mundo é marcada pelo mesmo gentílico estético do universo Tritrez.

Serviço

Exposição “OSGEMEOS: Nossos Segredos”

Onde: Instituto Ricardo Brennand, na Alameda Antônio Brennand, s/n, Várzea

Data: A partir do dia 28 de junho

Horário: De domingo a domingo, das 9h às 21h, última entrada pontualmente às 20h

Pré-venda de ingressos:

Até 27 de junho

No site http://www.institutoricardobrennand.org.br/

Valores:

De segunda a sexta

Das 9h às 17h: R$ 50 e R$ 25

Das 17h às 21h: R$ 80 e R$ 40

Sábados e domingos

Das 9h às 17h: R$ 80 e R$ 40

Das 17h às 21h: R$ 100 e R$ 50

*Via assessoria de imprensa. 

Até 30 de julho, a exposição gratuita “Além das ruas: histórias do graffiti” ficará em cartaz no Itaú Cultural, em São Paulo. A mostra traz um grupo de artistas que representam a história da arte de rua, desde sua origem, vertentes e técnicas diversas.

A exibição apresenta recortes históricos, organizados em uma linha do tempo - sobre a riqueza da arte que surgiu como forma de protesto e com o objetivo de ser democrática e acessível. A curadoria é de Binho Ribeiro, que também está com seu trabalho exposto.

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Os artistas que participam, são: Acme, Alex Vallauri, Alexandre Órion, André Gonzaga Dalata, Brunosmoky, Celso Gitahy, Chivitz, Clara Leff, Coletivo SHN, Crânio, Cripta Djan, Daniel Melim, Dino, Dninja Bichocoisa, Eduardo Kobra, ENERI, Fábio Does1, Farid Rueda, Fefe Talavera, Gnos, John Howard, Katia Suzue, Kelly Reis, Kuêio, Lady Brown, Lari, Luiz Teor, Mauro Neri, Mazola Marcnou, Minhau, Nenesurreal, Nina Pandolfo, Odé Frasão, Odrus, Os Tupys, OSGEMEOS, Ozi, Paula Yama, Rafael Highraff, Saturno, Shalak Attack, Simone Siss, Soberana Ziza, Speto, Tinho, Tio Trampo, T-Kid, Toz, Vitché e Waleska Nomura.

Assista ao teaser: https://youtu.be/bK7AnYMDoFg

Serviço - Além das ruas: histórias do graffiti

Data: Até 30 de julho de 2023

Horário: Terça a sábado, das 11h às 20h. Domingo e feriados, das 11h às 19h

Local: Itaú Cultural

Endereço: Avenida Paulista, número 149 - Bela Vista, São Paulo/SP

Classificação Etária: Livre

Entrada gratuita 

 

 

O grafiteiro Kobra criticou a decisão da apagar uma de suas obras do projeto "Muro de Memórias", pintada há mais de 10 anos na Avenida Morumbi, na Zona Oeste de São Paulo. A pintura havia sido restaurada no ano passado e integrava a série responsável por levar seu trabalho para mais de 40 países.

O projeto retratava cenas da capital paulista na primeira metade do século 20. O grafite apagado mostrava o movimento de pessoas na Rua Direita em 1905. Ele foi coberto por tinta branca no mês passado, mas o artista só soube nessa semana.

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"As pessoas descobriam, a cada dia, um detalhe diferente nesta obra. As próximas gerações têm direito de ver estes trabalhos", se posicionou o Kobra. Ele também refletiu sobre o processo de descarte da arte de rua. "É um muro particular, o dono tem direito de fazer o que quiser, mas é questionável o motivo. Tenho um filho de sete anos e gostaria que ele tivesse visto este trabalho", acrescentou.

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Os proprietários disseram à Folha de S. Paulo que nunca deram autorização para a pintura e que o muro deve ser derrubado para a construção de um estabelecimento comercial no local. Uma placa de venda anuncia o terreno de 2.000 m².

Um grafite com o nome de um cavaleiro e herói suíço do século XV foi descoberto em uma parede em Jerusalém - anunciou a Autoridade de Antiguidades de Israel (AAI) nesta quinta-feira (20).

O cavaleiro Adrian von Bubenberg teria chegado como peregrino à Terra Santa em 1466 e teria marcado seu nome e o brasão de sua família.

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A inscrição foi encontrada em uma parede no local do túmulo do rei Davi, localizado no Monte Sião, próximo à Cidade Velha.

"Este edifício serviu de mosteiro e abrigo para peregrinos do Ocidente, que deixavam suas marcas nas paredes", explicaram os pesquisadores da AAI Michael Chernin e Shai Halevi.

No âmbito de um trabalho de pesquisa sobre as inscrições deixadas pelos peregrinos, prática corrente na época, descobriu-se neste local mais de 40 grafites, em várias línguas, algumas delas com emblemas de cavaleiros medievais.

A técnica utilizada para revelar as inscrições foi a da fotografia multiespectral, de acordo com os pesquisadores. Ela permite revelar linhas invisíveis ao olho humano e desbotadas pelo tempo.

Adrian von Bubenberg é famoso por ter vencido uma batalha decisiva em 1476 contra o duque da Borgonha, Carlos, o Temerário, que ameaçava a independência da Suíça.

Há dúvidas sobre se o grafite foi feito por ele, ou por seu filho Adrian II von Bubenberg, que também fez uma peregrinação a Jerusalém.

"Esta investigação abrange diferentes religiões e culturas, crentes, peregrinos e simples visitantes que buscam contato com a santidade de Jerusalém e que deixaram vestígios que a AAI revela diariamente", afirmou seu diretor, Eli Escusido, em um comunicado.

Nesta quarta-feira (19), a apresentadora do Encontro completou 46 anos de idade e recebeu algumas surpresas preparadas por Manoel Soares para comemorar a data durante o programa - que contou com Dudu Nobre como convidado.

Além de contar com a presença de um amigo que trabalhou com ela no Fantástico, a jornalista ainda recebeu duas mensagens de vídeo para lá de especiais enviadas pelos pais Maria Fátima e Ivo.

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Emocionada ao ouvir as palavras de carinho a música que a mãe cantou para ela, Patrícia declarou: "Eu devo tudo a eles. Eu acredito que a família é a base da educação, do que a gente é, do que aprendeu e leva para o resto da vida. Os meus pais são tudo para mim e estão me assistindo nesse momento para variar. Hoje a minha mãe me ligou, ela me liga todos os dias para me dar bom dia porque ela sabe que eu caio da cama esse horário. Ela acorda só para isso e depois volta a dormir. Hoje ela me deu bom dia, mas não desejou feliz aniversário. Falei: Ih, mãe, esqueceu. Mas tudo bem, madrugou, não é um horário muito bom. Mariazinha, você me pegou".

Grafite

Quantas pessoas podem dizer que possuem uma parede grafitada com o seu rosto? Agora Patrícia é uma delas. Manoel encomendou uma arte urbana feita pelo artista Gamão para a apresentadora em Campo Limpo, bairro de São Paulo.

"Eu amei Que lindo, muito obrigada! Eu tenho que ir aí encontrar vocês depois!", exclamou a aniversariante.

Ao que o apresentador respondeu: "Para você é muito importante porque você este ano está vivendo em São Paulo de novo e nada mais justo que ter umas boas-vindas dessa".

Patrícia ainda ganhou um bolo enorme e cantou parabéns junto com os colegas de trabalho - inclusive, Ana Maria Braga. A loira surgiu em uma chamada de vídeo para parabenizar

"Eu adoro fazer aniversário, então eu estava vendo você e acho que é um dia todo especial a gente ter vindo ao mundo e estar aqui. Eu acho que é uma coisa muito boa comemorar toda vez que faz aniversário, então eu queria te desejar o melhor da vida, do mundo, de tudo aquilo que você merece, de tudo aquilo que você dá para as pessoas, generosa que é. Então eu queria te dar um abraço de coração e mandei uma lembrancinha para você", disse.

A lembrancinha nada mais era do que flores, doce de leite e uma champangne com o nome de Patrícia.

Apesar da grande comoção em torno da ideia de criar uma campanha para pagar os funcionários do Santa Cruz, o ex-atacante Grafite fez uma dura crítica ao Pix Coral. O ídolo coral disse que a situação era cômoda para os dirigentes do clube.

O jogador fez questão de frisar que a atitude dos torcedores é louvável e vai ser de muita ajuda para os funcionários que não recebem há meses. Porém, ele enfatizou que essa responsabilidade não é da torcida e sim da direção do clube.   

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“Acho muito cômodo para a diretoria não arcar com os salários atrasados dos funcionários há 3, 4 meses e a torcida se mobilizar, arrecadar o dinheiro para pagar o salários, isso eu não acho justo. É obrigação da diretoria, obrigação do clube pagar seus funcionários, não do torcedor”, cravou.

“O Torcedor tem que apoiar comprando ingresso, assistindo jogos, se associando ao clube, ajudando na sua esfera dentro do seu parâmetro. Acho uma ação muito válida, mas não concordo porque é cômodo para a diretoria”, completou.

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Com o rebaixamento do Santa Cruz para a série D do Brasileirão cada vez mais próximo, Grafite decidiu se pronunciar sobre a situação do clube. Apoiador da chapa ProSanta, que elegeu o presidente Joaquim Bezerra, o ex-jogador e ídolo do tricolor usou as redes sociais nesta quarta-feira (15) para afirmar que “gestão não é da bola”.

Em publicação no Instagram, Grafite exaltou o clube e falou sobre o apoio que deu a atual chapa no comando do Santa Cruz, ProSanta. O ex-jogador contou que continua apoiando a ideia de reestruturar o clube, mas admitiu o erro na questão estrutural do futebol. “Eu acredito na gestão a respeito de recuperar o clube, mas tenho que dizer que esta mesma gestão não estava preparada para gerir o futebol do clube e agora estamos nesta situação delicada, prestes a cair para série D do futebol nacional”, iniciou.

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Sem citar “A ou B”, Grafite apontou o principal erro da ProSanta. “Realmente, essa gestão não é "da bola", como dizem no linguajar futebolístico. Não conseguiram gerir o futebol do clube e a montagem da direção e elenco da temporada, o que foi crucial para o resultado horrível dentro de campo”.

O ex-jogador explicou que escreveu o texto porque alguns dizem que ele abandonou o clube, mas mesmo tendo rejeitado proposta para fazer parte da equipe que iria montar a estrutura do futebol, sempre esteve aberto a ajudar no que fosse necessário. “Senti que não era a hora de voltar”, declarou.

Grafite fez questão de destacar sua história como jogador do Santa Cruz e o carinho que guarda pelo clube.  “Fui jogador do Santa como outras centenas de jogadores e ex-jogadores foram, tenho um respeito e carinho enorme pelo clube e lamento muito essa situação! Tenho certeza que iremos voltar a triunfar e ter aquele sentimento que já tivemos inúmeras vezes, com grandes equipes e conquistas!”, desabafou.

Finalizando o craque declarou torcida para as coisas melhorarem e disse a forma. “Momento pede união e apoio ao clube”, concluiu.

A fala do craque foi aplaudida nos comentários por outros ex-jogadores tricolores que marcaram história no clube, entre eles Ricardo Rocha, Renatinho, Thiago Cunha e Daniel Costa. “Isso mesmo Grafa. União é a tecla que bato sempre, não pode o ego ser maior que a instituição. Tenho certeza que o clube voltará aos trilhos certos”, escreveu Renatinho.

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Diariamente, mais de 12 mil pessoas circulam pelo Terminal Integrado de Passageiros Antônio Farias, o TIP. Localizada na Zona Oeste da capital pernambucana, a rodoviária do Recife é a segunda maior do Brasil e conta com mais de 300 linhas de ônibus operando todos os dias em rotas diferenciadas, dentro e fora do Estado, e para alguns bairros da própria cidade - além de ser integrada ao sistema de metrô local.

Essa grandiosa porta de entrada e saída do Recife, no entanto, estava em desalinho com a personalidade da cidade. O prédio, construído em 1986, de linhas retas e cores cinzas, em nada remetia ao colorido e ao calor da cultura pernambucana. ‘Problema’ que foi resolvido em uma ação que vem ocorrendo dentro do projeto Colorindo o Recife.

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Painel da artista Ceci S. Foto: Reprodução/Instagram

Com curadoria do grafiteiro e um dos diretores do coletivo Pão e Tinta, Shell Osmo, o TIP foi o local escolhido para a atual etapa do projeto. A missão era levar as cores do São João pernambucano para a rodoviária, no entanto, a proposta acabou se enveredando por um outro caminho nas mãos dos artistas escolhidos e o que havia sido pensado para ser um 'pequeno mural' acabou tornando-se em uma revitalização do local. “O TIP não seria um painel compacto”, afirmou Shell em entrevista ao LeiaJá. 

Foram escalados para o trabalho os artistas Guto Barros, Ceci S., Ale Lopes, Tab e Leo Gospel. O desafio da equipe, segundo Osmo, era levar ao local as cores e história do povo recifense e pernambucano, o que resultou em murais multicoloridos e cheios de elementos tradicionais como o forró, o frevo e o maracatu. “(Agora), em qualquer lugar que você desembarca ou embarca, tem arte”, diz Shell. 

Parte do processo de transformação do TIP vem sendo mostrado pelo Instagram do Coletivo Pão e Tinta. Por lá, os artistas têm falado sobre o trabalho e a emoção de colocar sua arte em um lugar tão movimentado e importante para a cidade. A grafiteira Ceci disse: “Tá sendo emocionante. Tô me desafiando, nunca fiz nada do que tô fazendo agora é a primeira vez. Tá massa”. Já Guto Barros, que ficou responsável por transformar a fachada da rodoviária, falou: “É uma responsabilidade gigantesca dar uma cara nova pro TIP. Lidar com a fachada é lidar diretamente com a identidade do edifício”.  

Reprodução/Instagram

Arte na rua

Além dos painéis, que transformaram o TIP em uma verdadeira galeria de arte, os passageiros que passarem pelo lugar também poderão conferir a Mostra Urbana Popular de Arte, até esta quarta (23). Uma das paredes da rodoviária foi escolhida para exibir telas de diferentes artistas e a ideia é repetir a ação com o intuito de democratizar cada vez mais o acesso à arte. “As obras vão pra outros lugares, mas os pregos vão ficar lá e o espaço ali agora vai ser um espaço para receber arte”, garante Shell. 

Para a primeira edição da Mostra, foram selecionados 20 artistas, de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. Os trabalhos expostos poderão ser adquiridos no Leilão Pão e Tinta, que acontece no dia 11 de julho de forma virtual. A iniciativa busca ajudar artistas e ateliês, que foram prejudicados pro conta da pandemia do novo coronavírus, além de oportunizar o acesso à obras artísticas com preços acessíveis. Os lances iniciais são de R$ 10 .  

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Colorindo o Recife

O projeto desenvolvido pela Prefeitura da Cidade do Recife, em parceria com grafiteiros locais, foi alvo de críticas por parte dos artistas no início deste ano. Segundo alguns grafiteiros, o trabalho vinha sendo desenvolvido sem o devido suporte, com falta de equipamentos para as pinturas em altura, falta de insumos básicos como alimentação e água e desacordos contratuais. 

Denúncias foram feitas através das redes sociais e da imprensa e, segundo Shell, após algumas reuniões com a gestão e alterações no projeto, a ação ficou mais de acordo com o que esperavam os artistas envolvidos. “Mudou o formato geral, tem muita coisa que a gente ainda tá batendo, mas talvez (consigamos) na próxima etapa, até agosto, a gente prevê. Realmente, (agora) o projeto está muito mais com nossa cara enquanto cena”.  


 

 

O zagueiro Danny Morais, que marcou época no Santa Cruz, anunciou a sua aposentadoria. Com isso, o clube passa a não ter mais nenhum remanescente da Copa do Nordeste de 2016, título que completa cinco anos no próximo 1 de maio. O LeiaJá, então, foi buscar onde estão os principais jogadores que fizeram história pelo clube naquela competição.

Tiago Cardoso

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Considerado um dos melhores goleiros da história do Santa Cruz, protagonista em títulos, Tiago se aposentou por questões físicas, em 2020. Além do tricolor pernambucano, ele passou por Náutico, Botafogo-SP e Goiás, antes de deixar os gramados.

Danny Morais

Despediu-se dos gramados na última partida do Santa Cruz na Copa do Nordeste 2021, contra o Botafogo-PB, se aposentou recentemente e está estudando onde irá atuar no futebol como dirigente ou parte de comissão técnica.

Neris

O zagueiro segue na ativa e está atualmente no Al-Wasl do Emirados Árabes.

Vítor

Cícero Vítor dos Santos Júnior se aposentou oficialmente em 2019.

Tiago Costa

O lateral esquerdo, de 34 anos, está atualmente no Manaus, tendo sido contratado no início de 2021. Depois do Santa Cruz, já passou por Náutico, Chapecoense, Retrô, Ferroviário e América-RN.

Uillian Correia

O volante hoje se encontra no Cuiabá, depois de passar por Vitória-BA, Coritiba e Red Bull Bragantino.

João Paulo

O camisa 10, e uns dos pilares daquela equipe coral, está no Seattle Sounders FC, dos EUA.

Lelê

Rodado, Lelê já passou por 14 clubes e hoje defende o Água Santa-SP.

Arthur

O autor do gol do título do Santa Cruz na Copa do Nordeste se encontra no oriente, jogando pelo Kashima Antlers do Japão

Keno

Atualmente se encontra no Atlético Mineiro.

Grafite

Grafite fez uma carreira do tamanho do seu futebol: gigante; Hoje é comentarista dos canais Sportv, da Rede Globo.

Alemão

Rafael Berger, mais conhecido no futebol como Alemão, teve duas passagens pelo Santa Cruz, 2014 e 2016. Hoje, com 34 anos, defende o Criciúma.

Léo Moura

Marcou sua carreira no Flamengo, mas passou por 15 clubes. Se aposentou recentemente, em janeiro de 2021, após temporada no Botafogo-PB.

Allan Vieira

O lateral esquerdo que muitas vezes revezou com Thiago Costa e ficou marcado por sua força física, principalmente nas arrancadas, hoje está sem clube, após se desligar do São Bento no final de 2020.

Wellington Cézar

Com 27 anos, o volante que apareceu no Santa Cruz, defende a Portuguesa-RJ..

Leandro Lima

O meia de 35 anos está sem clube há mais de um ano, desde que deixou o Paysandu no fim de 2019.

Daniel Costa

O meia e ótimo batedor de falta defende o São Bento.

Raniel

Atualmente joga pelo Santos

Bruno Moraes

Hoje, com 32 anos, defende o Dibba Fujairah, do Emirados Árabes.

Milton Mendes

O treinador do título está sem clube, após deixar, no dia 8 de março, o Marítimo de Portugal. O clube se encontrava com oito jogos sem vitória e na última colocação da liga nacional. Depois do Santa Cruz, ele passou também por Vasco, Sport e São Bento.

Fotos: Chico Peixoto e Paulo Uchôa/LeiaJáImagens/Arquivo

Na última terça-feira (16), o grafite pintado no muro da prisão de Reading, na Inglaterra, pelo muralista Banksy, apareceu parcialmente coberto de vermelho com a inscrição "Team Robbo!". A arte, no local desde o início do mês, retrata o dramaturgo Oscar Wilde (1854-1900), que foi preso ali em 1895, condenado por praticar sexo com outros homens.

Na parte inferior do grafite havia uma máquina de escrever, que foi coberta pela tinha vermelha e a assinatura da equipe do artista Robbo, que foi um grafiteiro morto em 2014. Ele e Bansky tinham uma rivalidade desde 2009. A polícia local o Ministério da Justiça, responsável pelo prédio, lamentaram o ocorrido.

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A obra no muro da prisão, que fechou em 2013, é considerada de valor histórico e gerou pedidos para que o prédio fosse transformado em uma casa de artes.

Por Emmanueli Nunes

Com o objetivo de deixar a cidade mais bonita e ainda ajudar artistas do grafite, a Prefeitura da Cidade do Recife (PCR) mantém o projeto Colorindo o Recife, por meio da Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer. A proposta é credenciar grafiteiros da cena local dando-lhes suporte e ‘telas’ para trabalhar. Em contrapartida, eles desenvolvem sua arte usando o grafite como instrumento de apropriação dos espaços públicos e, ainda, criando novos pontos turísticos na capital pernambucana.

Atualmente, mais de 60 artistas fazem parte do projeto, selecionados através de editais. O projeto tem pouco mais de três anos de lançado e já ganhou, inclusive, repercussão nacional. Alguns dos artistas envolvidos acabam sendo ‘emprestados’ para outra ação da PCR, como o Mais Vida nos Morros, que atua na revitalização de comunidades recifenses. No último domingo (14), uma intervenção artística realizada na comunidade Rosa Selvagem, na UR-7/Várzea, Zona Oeste do Recife, acabou gerando muito barulho na internet com denúncias de grafiteiros em relação aos projetos, como falta de segurança e assistência da gestão 

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A intervenção realizada em Rosa Selvagem foi o assunto das redes sociais tanto da PCR quanto do próprio prefeito João Campos (PSB) que, inclusive, fez uma visita à comunidade. Ele cumprimentou grafiteiros e apareceu em algumas fotos ao lado deles, no entanto, as imagens acabaram mostrando alguns problemas na ação. O Coletivo Pão e Tinta, grupo de artistas e articuladores sociais do Recife, identificou as irregularidades e fez uma denúncia em seu perfil no Instagram.

De acordo com a postagem do Pão e Tinta, os profissionais trabalhavam pintando em altura sem os devidos equipamentos de segurança individual (EPI). Eles também apontaram outros problemas como falta de alimentação e até água “Como vc pode ver mas fotos SEGURANÇA E EPI nenhum para executar as obras”.

Os comentários corroboravam com a denúncia. “Cadê a responsabilidade e o respeito que se espera pra com os cidadãos da cidade. Artistas explorados, e outros esquecidos”; “Fui o Cobaia disso aí, se for botar na conta do lápis devo ter recebido R$0,50 m² , foram 2 barreiras no Alto Sta. Isabel que estavam em péssimas condições, não recebi ajuda pra alimentação/transporte, segurança zero, EPI zero , o colete do talabarte era no menor tamanho, não fui atendido quando pedi material “;” Isso eh pq n viram o perigo que colocaram artistas do coletivo pra pintar o compaz do coque, segurança, instrução, apoio zero e risco de vida eminente pois não tinha nenhum EPI pros artistas”.

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Em entrevista ao LeiaJá, o grafiteiro, alpinista industrial e um dos diretores do Pão e Tinta, Shell Osmo, afirmou que os problemas vistos na ação do último domingo (14) acontecem desde o início do 'Colorindo o Recife'. Ele disse, inclusive, que já houveram acidentes entre os artistas. “Teve acidente, tem fotos, tem relatos, e não teve nenhum tipo de assistência à pessoa que sofreu o acidente. Foi um absurdo a falta de segurança, a falta de cuidado, de atenção pra o pessoal que tá pintando as barreiras”.

Segundo Shell, a prefeitura não oferece o devido suporte para que os artistas desempenhem o seu trabalho, o que acaba refletindo no próprio pagamento do serviço. “A galera só dá o dinheiro e diz qual a área pra pintar. Eles prometem cinco mil e só chega R$ 3.800, porque é R$ 1.200 de desconto. O problema maior é que esse dinheiro demora pra chegar, tem gente que terminou em junho e não recebeu. Eu pintei a ponte do Pina, foram 45 dias, eu tive que apagar barqueiro, equipe, alimentação. No final de tudo R$ 3.800 não deu pra quase nada”. 

Osmo reclama ainda da falta de diálogo com a gestão. Ele diz ter tido muita dificuldade em ser atendido pelos responsáveis pelo projeto e que só depois das denúncias feitas no Instagram foi procurado pelo Secretario de Inovação Urbana, Tulio Ponzzi, a assessoria da Secretária de Turismo e Lazer, Cacau de Paula e alguns gerentes de turismo.

Segundo o grafiteiro, uma reunião entre os artistas e a gestão deverá ser marcada ainda esta semana para que os problemas apontados por eles possam ser discutidos e os editais do Colorindo o Recife revistos. “Nos últimos três anos teve muitas irregularidades em relação a acidente, falta de pagamento, e alta de assistência. A gente quer reler o edital e fazer uma carta com as reivindicações, pontuar o que a gente acredita que seja melhor”. 

O que diz a gestão

Procurada pelo LeiaJá, a Prefeitura do Recife se pronunciou através de nota enviada por sua assessoria de imprensa. Segundo o texto, o Colorindo o Recife é uma ratificação do “compromisso” da gestão com "a consolidação de uma política pública voltada para a valorização da arte urbana” e que o projeto beneficia 70 artistas e coletivos cadastrados mediante o edital público de chamamento. 

Em relação à ação realizada na comunidade de Rosa Selvagem, no último domingo (14), a nota afirma que “assim que foi identificada uma falha pontual pelo não-uso de Equipamentos de Proteção Individuais (EPIs), o serviço foi imediatamente suspenso e será retomado após a adoção de todos os protocolos de segurança”. 

Confira na íntegra.

A Prefeitura do Recife ratifica o seu compromisso com a consolidação de uma política pública voltada para a valorização da arte urbana, através de iniciativas como o Colorindo o Recife que, mesmo em um ano atípico como 2020, ampliou o acervo de murais e painéis em espaços abertos da capital pernambucana, com benefício direto a 70 artistas e coletivos cadastrados mediante o edital público de chamamento 002/2017. A Secretaria de Turismo e Lazer reforça que mantém diálogo aberto com todos os artistas e reafirma o seu compromisso em valorizar a arte urbana na cidade. Com relação aos pagamentos, todos são efetuados em até 30 dias após a emissão da nota fiscal do projeto executado, conforme previsto em edital, instrumento jurídico que também prevê que cabe aos artistas providenciar locomoção e alimentação enquanto executam os serviços.

Em relação à intervenção feita na Encosta de Rosa Selvagem, operacionalizada pela Secretaria Executiva de Inovação Urbana através do Programa Mais Vida nos Morros, assim que foi identificada uma falha pontual pelo não-uso de Equipamentos de Proteção Individuais (EPIs), o serviço foi imediatamente suspenso e será retomado após a adoção de todos os protocolos de segurança.

A produtora NaLata foi multada pela Prefeitura de São Paula pelos murais dos games "Cyberpunk 2077" (CD Projekt Red) e "Free Fire" (Garena) feitos em prédios da capital. Segundo a administração pública, as artes contrariam a Lei Cidade Limpa nº 14.223/2006, que impede publicidade externa na cidade.

O grafite de "Cyberpunk 2077" começou a ser produzido em novembro de 2020 no condomínio São Bento, na região do Minhocão. A imagem desenhada, que tem aproximadamente 20 metros de altura, é a mesma presente na capa do jogo, e recebeu multa de R$ 410 mil, segundo informações fornecidas ao portal Uol. Nesta terça-feira (12), o mural do game foi apagado.

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A pintura de "Free Fire", concebida em setembro do ano passado, também foi feita em um condomínio próximo ao Minhocão e traz referências ao seriado "La Casa de Papel" (Netflix) e ao DJ Alok. A arte foi multada em R$ 595 mil.

A produtora NaLata tem 15 dias para responder sobre as pinturas, cujas multas somam mais de R$ 1 milhão. Até o momento, as desenvolvedoras CD Projekt Red e Garena não se manifestaram sobre o assunto.

A chegada da pandemia do novo coronavírus trouxe para a sociedade brasileira um novo hábito: o uso de máscaras individuais. Esses equipamentos são uma das formas mais eficazes de proteção contra o vírus, porém, nem todos têm fácil acesso a eles, a exemplo de moradores de comunidades carentes e pessoas em situação de vulnerabilidade social. 

Em Olinda, a comunidade Xambá, do quilombo urbano do Portão do Gelo, driblou essa dificuldade com a ajuda do projeto Máscara para Proteção - Unidos Contra Covid-19, idealizado pelos irmãos grafiteiros de São Paulo, Gustavo e Otávio Pandolfo, mais conhecidos como Os Gêmeos. O projeto tem distribuído máscaras com uma estampa exclusiva, criada pelos artistas, por todo o país de forma gratuita, e a comunidade olindense foi o primeiro lugar em Pernambuco contemplado pela ação. 

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Guitinho da Xambá, coordenador do Centro Cultural Grupo Bongar e membro do Coordenador do Centro Cultural Grupo Bongar e membro do Quilombo do Portão do Gelo da Nação Xambá foi quem soube do projeto através da televisão e procurou meios de trazê-lo para sua comunidade. Através do músico pernambucano Siba, que já desenvolveu trabalhos com Os Gêmeos, Guitinho conseguiu chegar até eles. A comunidade recebeu três mil máscaras que já estão sendo distribuídas entre seus moradores.

Guitinho da Xambá, coordenador do Centro Cultural Grupo Bongar. Foto: Arhur Souza/LeiaJáImagens

Apesar de não ter vivenciado nenhum caso de Covid-19, a comunidade de Xambá vem sofrendo com reflexos do coronavírus. “A Pandemia veio escancarar o que já existia. A gente sempre teve dificuldades, como uma comunidade periférica, na questão sanitária. Antes da pandemia eu sentei com o prefeito e tinha dado um alerta a ele pela questão do Rio beberibe, aí eles vieram e dragaram o rio mas aprece que eu tava adivinhando, depois de 15 dias deu uma chuva braba que inundou tudo. E agora caíram na real, pra poder a gente ter o mínimo de saneamento básico na comunidade. Nesse momento, as máscaras são fundamentais, até porque a gente não sabe até quando vai ficar usando elas.”, diz Guitinho. 

O coordenador do centro Cultural Bongar conta que, a princípio, a comunidade - assim como tantas pessoas ao redor do país - desconfiou um pouco do real perigo do coronavírus mas, com o passar do tempo e a chegada das notícias de altos números de casos e mortos, o “medo” foi batendo. “A gente tem um núcleo religioso, às vezes as pessoas acreditam tanto nas divindades e esquecem de se proteger. ‘Meu santo, meu orixá protege, aqui a gente tem fé’ (dizem), mas a gente foi vendo a coisa crescendo aí eu acho que houve uma aceitação e as pessoa começaram a aderir (no uso da máscara e álcool em gel). Guitinho acredita que a chegada das máscaras personalizadas pelos Gêmeos vai aumentar ainda mais a vontade da comunidade em se proteger. “A onda é de ser uma máscara grafitada, vindo de uma figura que muitos deles os  tem como referência, então é bacana”. 

Além do projeto com Os Gêmeos, a comunidade de Xambá tem contado com a solidariedade de outras pessoas. Como o Consórcio Grande Recife e o mùsico Jerimum de Olinda, que ajudaram com doações também de máscaras e de cestas básicas. Daqui pra frente, os planos são realizar oficinas e apresentações online, para recuperar a renda perdida pelos moradores do Portão do Gelo. Além disso, também é feito um passeio virtual pelo quilombo urbano e estão programadas oficinas com os músicos do grupo jovem Pirão Bateu. “São formas que a gente encontrou pra poder gerar a renda que foi perdida”, diz Guitinho. 

Nena, Carmelita, Glória Maria e Maria do Carmo, senhoras yabás da Xambá. Foto: Arthur Souza/LeiaJáImagens

Arte como ferramenta de prevenção

Ícones do grafite nacional, e reconhecidos em todo o mundo por seu trabalho, os irmãos Otávio e Gustavo Pandolfo, conhecidos artisticamente como Os Gêmeos, estavam montando uma exposição na Pinacoteca de São Paulo, em março deste ano, quando foram surpreendidos pela chegada da pandemia. “A gente teve que parar, ir pra casa e ficar em quarentena. Em contato com a Pinacoteca, com o Yohan, o diretor, e o Paulo, a gente teve essa ideia de fazer as máscaras para não ficarmos parados e continuarmos com algum projeto na área social”, disseram em entrevista exclusiva ao LeiaJá.

Para o projeto, os artistas conseguiram o apoio da própria Pinacoteca, da indústria têxtil Rosset - que se responsabilizou pela a produção e confecção, além da  impressão da estampa -, e com a Gol Linhas Aéreas, que tem feito o transporte das peças para o Norte e Nordeste do Brasil. Ao todo, foram produzidas 100 mil máscaras que começaram a ser distribuídas na Amazônia, em comunidades ribeirinhas e aldeias indígenas. “Foi nosso foco maior. Porque a gente sabe que os recursos dificilmente chegam nesses lugares, são desviados realmente, então a gente quis fazer pensando neles. Temos amigos e ONGs que nos ajudaram a chegar nessas pessoas”. Os Gêmeos também têm atuado em outros projetos sociais durante a pandemia, como alguns de distribuição de alimentos. 

Os Gêmeos são internaiconalmente conhecidos por seu grafite. Nesta pandemia, eles têm usado sua arte para projetos sociais. Foto: Reprodução/Facebook

A estampa criada para as máscaras levou em conta a própria população brasileira, além de trazer com ela uma homenagem bastante simbólica. “A gente desenhou esse projeto pensando nas famílias, nas pessoas que tem que se proteger, nessa diferença de etnias e raças que é o Brasil, então a  gente quis realmente colocar várias pessoas desenhadas nas máscaras que representam mesmo as comunidades. A gente tem uma ênfase, um detalhe na máscara que são dois enfermeiros logo na frente com forma de homenagear essas pessoas que estão na linha de frente cuidando dessas pessoas doentes, a gente quis homenagear os enfermeiros e enfermeiras.” O retorno tem sido muito satisfatório e aqueles que têm sido ajudados pelo projeto estão bem mais que protegidos. “A gente tem recebido vários feedbacks muito bonitos de ver. As pessoas ficam felizes de receber  a máscara e poder usar uma coisa diferenciada”. 

Mas, além de ajudar várias pessoas em situação de vulnerabilidade a se protegerem do coronavírus, nessa ação social, as máscaras podem conseguir muito mais do que sua função protetiva. Elas trazem com elas, junto com as várias carinhas estampadas, a capacidade de provar que a arte pode ter ação determinante no desenvolvimento de uma sociedade. “A arte tem o poder de transformar, o lúdico tem o poder de transformar e a ideia de juntar esse projeto, junto a esses parceiros todos, que somaram com a gente acho que é essa energia positiva e esse universo lúdico que a gente criou junto. Isso traz um sorriso e um pouco de esperança num momento tão escuro que a gente tá passando. É um projeto pequeno, mas é um pouquinho que a gente tá fazendo e fica feliz de fazer e de ver os outros felizes”. 

Passado mais de um mês da morte do americano George Floyd, em Minneapolis, a onda de protestos contra o racismo permanece em diversos países. E no esporte não tem sido diferente: atletas continuam a fazer manifestações, algo que ganhou mais repercussão com a volta dos campeonatos ao redor do mundo. O engajamento dos esportistas deixa o ex-atacante Grafite otimista em relação ao combate por igualdade racial. O hoje comentarista dos canais SporTV acredita que "agora a luta está mais igual", embora pense que ainda vai demorar para as estruturas serem realmente modificadas.

Grafite sofreu em campo com o racismo, no primeiro caso que ganhou mais repercussão no futebol sul-americano. Em 2005, quando defendia o São Paulo em partida da Copa Libertadores, o então atacante foi chamado de "negro de merda" pelo zagueiro argentino Desábato, do Quilmes. Grafite acabou expulso pela briga e o defensor recebeu voz de prisão ainda no Morumbi. Desábato passou duas noites na cadeia, pagou fiança de R$ 10 mil e pôde retornar à Argentina.

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Na época, o atacante decidiu não prestar queixa-crime, mas hoje diz que conduziria o caso de forma diferente. Nesta entrevista o Estadão, Grafite admite que é difícil para esportistas se posicionarem contra o preconceito e torce para que o engajamento atual se torne permanente.

Como tem visto a onda de protestos de diversos esportistas?

Eu estou vendo essa situação com bastante ânimo. Não tínhamos esse engajamento aqui no Brasil, especialmente dos jogadores de futebol, porque é muito difícil o jogador se posicionar por qualquer causa aqui. Ele vai ser cobrado por isso depois quando as coisas não acontecerem dentro de campo, quando os gols não saírem, quando tiver falhas. Já vi jogador ser cobrado por dirigente por estar se empenhando por alguma causa fora das quatro linhas. "Deixa isso de lado, está prejudicando o time e a sua carreira. Pensa em você e no seu futuro". Até entendo muitos jogadores não se juntarem à causa, não baterem de frente. Mas agora abriu-se uma janela que não pode mais ser fechada com o caso George Floyd. Vimos grandes esportistas ao redor do mundo. Quando o cara é consagrado, já tem uma independência financeira, é mais fácil para se posicionar. Eu senti isso na pele. Quando eu era jovem, era difícil eu me posicionar por alguma coisa. Quando aconteceu o caso de racismo comigo em 2005, eu tinha 27 anos, estava em uma crescente, na iminência de me transferir para a Europa. É difícil para o jogador tomar a frente. Se fosse hoje, depois da minha volta para o Brasil em 2015, sendo mais rodado e experiente, seria diferente, teria outra cabeça. O engajamento que teve ao redor no mundo e no Brasil, com grandes estrelas se posicionando, me deixa muito feliz, vejo com bons olhos essa repercussão e espero que seja permanente esse engajamento não só contra o racismo, como também contra a homofobia e contra preconceito religioso.

Acha que com essa repercussão que os protestos estão tendo é possível realmente mudar as estruturas racistas?

Mudar a estrutura é difícil. O racismo é uma doença, uma pessoa que odeia a outra por causa de pele, religião ou credo é complicado, é difícil, é educação. Isso tem que ser combatido dentro de casa, na escola. Acho que mudar é difícil, mas acho que agora temos uma briga mais equilibrada, estamos mais fortes nessa briga, mas não vai ser fácil. A repercussão que tomou foi muito grande desde a morte do George Floyd, estamos vendo protestos até hoje, acho que tem que ser um engajamento permanente. Me recordo que quando eu estava fora do país o pessoal me ligava para falar sobre racismo em 13 de maio (sanção da Lei Áurea) e 20 de novembro (Dia da Consciência Negra), ou quando acontecia um caso isolado. Falta o engajamento maior no Brasil. Quando eu jogava na Alemanha, era praticamente o ano todo fazendo campanha, íamos às escolas, entrávamos em campo com faixa e camisas sobre o combate ao racismo, e em um país onde a maioria é branca. Aqui no Brasil, a maioria é negra e não temos esse combate permanente, é estranho isso. Agora a luta está mais igual, mas mudar a estrutura ainda vai levar muito tempo.

Como vê as instituições também "concordando" com os protestos? Acha que é da boca para fora ou realmente estamos presenciando uma mudança? A Fifa liberou os protestos, por exemplo.

Estão liberando os protestos pela onda, não tem como ir contra ao que está acontecendo no mundo. Mas é difícil as instituições tomarem um lado, porque dependem de terceiros para arrecadar dinheiro, é uma engrenagem complicada. Mas espero que se torne permanente, com um trabalho de engajamento maior, que eles possam abraçar essa causa. Espero que seja, mas acho que é muito difícil ser permanente, é uma coisa mais momentânea.

Acha que a represália que sofreu o Colin Kaepernick ainda pode ocorrer de novo? O jogador da NFL, liga de futebol americano, não foi mais contratado por algum time após protestar durante o hino.

Infelizmente é o que acontece com a grande maioria dos jogadores que compram uma causa e batem de frente. No caso dele vimos que foi uma represália, mas aqui no Brasil essa represália é mais velada, é mais restrita, procuram outros meios de tirar o cara do clube. Por mais disso tudo que vem acontecendo de equilibrar essa briga, ainda é desigual. Então é difícil não ocorrer.

Como foi com você naquele episódio com o Desábato em 2005? Se fosse hoje, teria feito algo diferente?

Meu caso aconteceu muito rapidamente, fui expulso e quando cheguei no vestiário o Juvenal (Juvêncio, diretor do São Paulo na época) me ligou e perguntou o que havia acontecido. Contei que o cara tinha me chamado de "negro de merda" e eu empurrei o rosto dele e acabei sendo expulso. Ele falou para eu esfriar a cabeça e que iria resolver. No vestiário, eu não sabia o que estavam narrando sobre o jogo porque só tinha o vídeo. Quando eu estava saindo, o delegado Osvaldo Nico Gonçalves me encontrou e perguntou aonde eu estava indo. Falei que estava indo para casa e ele falou que a gente iria para a delegacia porque o jogador não poderia ter feito aquilo. Deu toda aquela repercussão. No começo, acabei virando um ícone, uma referência no combate ao racismo, mas com o passar do tempo estava sozinho naquela luta. Talvez hoje a repercussão teria sido muito maior, eu poderia ter tido outra atitude. Na época não prestei a queixa-crime que tinha que ter prestado, porque estava sozinho. O São Paulo me deu toda a assistência jurídica e psicológica, mas as pessoas que estavam do meu lado foram saindo. Aquilo para a minha carreira e para a minha vida pessoal estava sendo muito ruim porque eu era só lembrado pelo caso de racismo, não mais pelos gols que eu fazia ou perdia. Não levei adiante, me arrependo hoje por tudo que vejo, pela referência que sou hoje, mas naquele momento não foi o melhor. Segui com minha vida e o Desábato seguiu com a dele. Talvez se o caso George Floyd tivesse acontecido em 2005, poderia não ter tido essa repercussão que tem hoje, com mídia, redes sociais e toda essa tecnologia. As coisas se difundem muito rapidamente. O que acontece aqui hoje o pessoal já está sabendo em cinco minutos do outro lado do mundo. Hoje sou referência, minha voz dá voz a pessoas que não têm condições de falar o que sentiram ou estão sentindo. Nesse tempo aqui que estamos conversando, quantas pessoas estão sofrendo racismo em escritórios, ruas e no Brasil afora? Eu tenho que dar voz a essas pessoas, não posso me calar mais.

Quão difícil é para um jogador acabar entrando nessa briga? Há o temor de represálias?

Como falei na primeira pergunta, é muito difícil porque normalmente ele vai ser cobrado por isso se as coisas não acontecerem dentro de campo. Os dirigentes já falam para o jogador cuidar do futebol. Por isso que eu entendo jogadores não tomarem a frente, porque há o medo de represálias, principalmente para o jogador que não tem uma vida estruturada, sem um certo nome no cenário. É difícil ele tomar a frente e não sofrer represália. Eu entendo e não os julgo por isso, porque sei como é difícil no dia a dia. Para buscar espaço, crescer dentro do futebol e ganhar notoriedade, muitas vezes você precisa abdicar de algumas lutas ou outras questões pessoais. Não pode trazer à tona porque pode ser usado contra você dentro do cenário esportivo.

O que mais os esportistas poderiam fazer para mudar essas estruturas racistas?

Acho que o esporte é uma ferramenta de inclusão social, e os esportistas são vistos como referência, somos espelhos para as crianças a partir do momento que as crianças veem que temos uma conduta legal fora de campo, uma conduta digna, que possa servir de inspiração. Vejo o exemplo hoje do Gabigol, do que ele representa. É disso que a gente fala, como o Neymar também é. Todas as crianças no Brasil conhecem eles. Que eles possam defender causas, porque vão ser exemplos para crianças e até para adultos. Quando estamos em evidência, como eles estão agora, somos capazes de mudar muitas coisas. Um simples gesto pode mudar tudo, pode dar o caminho para uma criança, tirar do mundo das drogas e do crime e trazer para o futebol, como também servir de exemplo no combate ao racismo e à homofobia. Quem é o carro-chefe disso? São os atletas e treinadores de ponta que podem fazer muitas coisas para ajudar.

Um mural em Ribeirão Preto com o retrato de Marielle Franco, vereadora assassinada em março de 2018, no Rio de Janeiro, foi pichado com insultos, em Ribeirão Preto, interior de São Paulo. Sobre o rosto da militante dos direitos dos negros e das mulheres foram grafadas, com tinta vermelha, as palavras "vaca" e "foi tarde".

O grafite havia sido pintado em maio de 2018 pelo artista Áureo Melo, o "Lobão", em um muro da avenida Maurílio Biagi, na zona leste da cidade, como homenagem à política.

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O vandalismo gerou repercussões em redes sociais.

A advogada Maria Eugênia Biffi, presidente da Comissão de Diversidade Sexual e de Gênero da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Ribeirão Preto, vai pedir aos órgãos policiais a apuração da autoria.

Segundo ela, a mensagem deixada pelo autor do vandalismo reproduz condutas machistas e discriminatórias, que atentam contra princípios constitucionais e os direitos das mulheres.

"A mensagem pichada afronta a história dos movimentos sociais e das lutas das minorias, já que Marielle era parte significativa dos ganhos políticos de mulheres, negros e LGBTI", disse em nota.

A Secretaria da Cultura do município vai contatar o artista, que é de Ribeirão Preto, mas tem ateliê no Rio de Janeiro, para refazer o grafite.

Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes foram assassinados a tiros dentro do carro dirigido por ele, no Rio, onde ela exercia o mandato de vereadora pelo PSOL.

Dias antes de morrer, ela havia denunciado a violência policial em comunidades cariocas.

O PM reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio Vieira de Queiroz foram presos pelos crimes. A Polícia Federal ainda apura se eles agiram a mando de alguém.

"A maior intervenção de arte urbana do planeta", diz a descrição do projeto Aquário Urbano, lançado há cerca de quatro meses na cidade de São Paulo. O grande mural inclui fachadas de 15 edifícios da região central, mas ao menos um dos envolvidos não autorizou a intervenção e somente conseguiu parar o grafite após registrar dois boletins de ocorrência e obter decisão judicial favorável.

O produtor cultural do projeto, Kleber Pagú, chegou a ser preso em flagrante por crime ambiental ao pintar a empena do Edifício Renata Sampaio de Ferreira sem a permissão do dono do imóvel. Depois liberado, ele não nega a acusação e alega que a fachada estava "em estado de abandono". Por envolver um bem tombado na esfera municipal, a intervenção precisaria também da autorização prévia do conselho de patrimônio, o que não ocorreu.

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Na quinta-feira (21) uma decisão judicial estabeleceu, ainda, uma multa diária de R$ 50 mil, caso o produtor insista em pintar o edifício sem autorização. Ele havia procurado o proprietário em janeiro de 2018 para realizar a intervenção, citando receber "apoio da Prefeitura", mas teve o pedido negado naquela data e em ao menos mais duas ocasiões, segundo o processo.

Segundo os autos, um funcionário do edifício percebeu que um guindaste no estacionamento vizinho havia pintado a lateral do prédio de cinza e feito o esboço do desenho de um grande polvo. No dia seguinte, 18 de novembro, o gerente da administradora do imóvel registrou boletim de ocorrência contra Pagú, por crime ambiental e com especificação de "pichação".

No dia 19, o produtor enviou novo e-mail à administradora do imóvel, reiterando o pedido de apoio. Na mesma data, um responsável pelo edifício viu que a intervenção havia recomeçado. Ele chamou a Polícia Militar, que prendeu Pagú em flagrante e depois o liberou após a assinatura de termo circunstanciado de ocorrência policial.

A ação judicial foi aberta no dia 21. Na mesma data, a juíza Lúcia Caninéo Campanhã deferiu a tutela da urgência por constatar que os "sucessivos boletins de ocorrência" revelam a "urgência da situação, além da insistência em prosseguir".

Justificativa

À reportagem, Pagú alegou que a empena se encontrava em "estado de abandono", com fissuras e pichações, e teria sido recuperada pela produção do projeto. E admite que a intervenção foi feita sem autorização, mas diz não ter sido notificado da decisão judicial. O produtor cultural reitera, ainda, que a empena fica nos fundos e não faz parte das características arquitetônicas externas mais marcantes do edifício. "Aquário Urbano" tem custo estimado em R$ 4 milhões.

O Edifício Renata Sampaio Moreira é tombado na esfera municipal desde 2012, como representante da "São Paulo Moderna", juntamente com outros sete imóveis, como o Copan e o antigo Hotel Hilton. A reportagem procurou o advogado do proprietário, que alegou já ter se manifestado nos autos.

A campanha 'Leia para uma Criança', promovida pelo Itaú, escolheu a cidade do Recife para participar de uma ação que tem como objetivo reforçar o poder da leitura. Os grafiteiros locais Java Araújo e Jota Zeroff foram escalados para pintar os muros de escolas públicas da capital pernambucana com temas de histórias infantis em uma parceria com o Instagrafite. 

Segundo dados da pesquisa Cultura nas Capitais, o Recife é a capital nordestina que menos consome livros não didáticos. Sendo assim, a Veneza Brasileira foi a escolhida para receber a ação artística da campanha. As pinturas nas escolas, com temas de histórias infantis, têm como objetivo chamar a atenção da criançada e estimulá-las a ler cada vez mais. 

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Os grafiteiros Java Araújo e Jota Zeroff vão pintar os muros da Escola Municipal Coronel Emídio Dantas Barretos e da Escola Municipal dos Coelhos - Creche Vovô Artur com histórias de Adelina Lopes. A iniciativa conta com a parceria e curadoria do Instagrafite, canal de arte urbana do Instagram. 

Projeto

O projeto 'Leia para uma criança', do Itaú Unibanco e pela Fundação Itaú Social, distribui livros gratuitos como meio de incentivar a leitura na primeira infância. Os livros podem ser solicitados pela internet. Este ano, a campanha chegou ao aplicativo WhatsApp e os livros podem, também, ser solicitados através da ferramenta. basta enviar mensagem para o número (11) 98151-1078 e os títulos serão enviados no formato PDF. 

Um grafite com mais de 10 mil metros quadrados - e potencial para entrar para o Guinness Book, o livro dos recordes, como o maior mural do mundo - deve ser inaugurado no próximo carnaval na região da República, no centro da capital paulista.

Batizada de Aquário Urbano, a intervenção começou a ser grafitada há três meses e vai ocupar as empenas cegas, as paredes laterais de edifícios que não têm janelas, de 15 prédios entre as ruas Major Sertório e a Bento Freitas.

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"O objetivo é chamar atenção para o tema do clima e do consumo exagerado que gera uma quantidade de embalagens desnecessária. Essa obra está tratando um pouco dessa relação com a natureza e fala também da relação do homem com a cidade", explica o ativista e produtor cultural Kleber Pagú.

O projeto é uma parceria de Pagú com o artista Felipe Yung, o Flip, que trabalha com temas marinhos e já teve seus grafites em galerias e ruas de Madri, Barcelona, Los Angeles, Londres, Paris e Tóquio.

Segundo o produtor cultural, a obra vai contar ainda com a possibilidade de visualização em 360 graus com o uso de óculos de realidade virtual.

"As pessoas vão poder baixar o aplicativo e ter acesso a vídeos, livreto explicativo e ver a obra de onde elas estiverem. É um aquário sem nenhum peixe em cativeiro", explica.

Segundo Pagú, há um movimento artístico de tomar as empenas dos prédios, como as que serão ocupadas pela intervenção na República. O produtor cultural, que já atuou com murais do gênero com o grafiteiro Eduardo Kobra, diz que o investimento para essa intervenção gira em torno de R$ 4 milhões e que o carnaval do próximo ano foi o período escolhido para a inauguração.

"O projeto é independente e começou há dois anos e oito meses. Começamos a pintura há três meses. A previsão é de ficar pronto no carnaval de 2020, quando a cidade está na rua, com milhões de pessoas circulando por São Paulo."

Itapevi

Em 2017, Kobra estabeleceu o recorde mundial com um mural que tinha 5.742 metros quadrados na parede de uma fábrica de chocolates em Itapevi, na região metropolitana de São Paulo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com registros fotográficos, telas e paíneis que trazem o grafite como tema, a exposição “Veni, Vidi, Vici” será aberta nesta quinta-feira, dia 12, às 19 horas, na Galeria Theodoro Braga. A mostra reúne o trabalho de 12 grafiteiros, com registros fotográficos dos desenhos feitos em muros e paredes de Belém e outras localidades e objetos usados pelos artistas nas pinturas.

Segundo Santo, um dos artistas que terá seu trabalho exposto na galeria, o nome da exposição foi escolhido em um encontro dos artistas no ano passado, quando também foi definido o nome “VX3” para o coletivo de grafiteiros, ou “crew”, na linguagem do grafite. “O nome ‘Veni, Vidi, Vici’ veio de uma noite em que estávamos eu, o Osons (artista da exposição) e a Drika Chagas (artista visual). Significa ‘vim, vi e venci’ e tem tudo a ver com o fato de o Osons ter vindo da França ao Brasil e finalmente fazermos algo juntos”, conta o artista visual ao falar da frase em latim usada historicamente pelo general romano Júlio César.

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Os temas das obras são diversos. Segundo Santo, como a exposição é de um coletivo de grafiteiros, cada artista criou seu trabalho por meio de suas próprias influências.

A ideia de expor na Galeria Theodoro Braga surgiu para estimular o grafite em galerias de arte. “Como suporte para apresentar nosso trabalho, usamos fotografias, em que trouxemos o registro pessoal dos artistas, das séries de encontros que fizemos, telas, esboços, vídeo, um painel que estará pintado na parede da galeria e objetos como placas e extintores”, conta o grafiteiro Santo.

Santo também assina como Santana de Carvalho em seus trabalhos com artes visuais e trabalha com o grafite desde 2014, quando aprendeu a técnica do estêncil, uma das modalidades de pintura utilizadas pelos grafiteiros. A palavra grafite - originária de “graffiti” - vem do italiano “graffito” ou “sgraffito”, que significa “rabiscado”, e foi incorporada ao inglês para caracterizar uma arte urbana com forte sentido de intervenção em sua forma.

Além do trabalho do grafiteiro Santo, estarão expostas as obras dos artistas Osons, Rha, Catatal, Rapha, Lima, Caio, Caos, Rocker, Kael, Gaiato e Alex. A exposição “Veni, Vidi, Vici” estará aberta até o dia 4 de outubro, com visitação das 9 às 19 horas, sempre com entrada franca.

Serviço

Abertura da exposição “Veni, Vidi, Vici”, na Galeria Theodoro Braga, no Centur. Avenida Gentil Bittencourt, 650, Belém. Dia 12 de setembro, às 19 horas. Aberta para visitação até 4 de outubro de 2019. Entrada gratuita.

Por Yves Gabriel Lisboa.

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