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O Comitê Olímpico Internacional (COI) reconheceu oficialmente o Sudão do Sul, neste domingo, durante reunião da entidade, em Kuala Lumpir. Com a decisão, o novo país africano poderá enviar delegação para disputar os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, no próximo ano.

A decisão oficializa a recomendação feita pelo Comitê Executivo do COI, na semana passada. "Deixem-me desejar a vocês um futuro muito brilhante", declarou o presidente do COI, Thomas Bach. "Vamos ficar ao lado de vocês. Esperamos encontrar vocês na cerimônia de abertura dos Jogos do Rio. Isso colocará vocês no mapa do mundo."

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Com a oficialização do Sudão do Sul, o país africano se tornou o 206º país a ingressar no COI, o último após o Kosovo. Na Olimpíada de Londres, em 2012, Guor Marial, maratonista do Sudão do Sul, competiu como atleta independente sob a bandeira do COI.

O Sudão do Sul, que se separou do Sudão e se tornou independente em 2011, vem sendo dilacerado pela guerra civil nos últimos dois anos. O país está em conflito desde dezembro de 2013, em um confronto entre forças leais ao ex-vice-presidente Riek Machar, da etnia Nuer, e ao presidente Salva Kiir, da etnia Dinka. O conflito tem provocado uma crise humanitária, deixando a mais jovem nação do mundo em turbulência, quatro anos após a sua criação.

Os Estados Unidos podem lançar novas sanções a líderes rivais do Sudão do Sul para pressioná-los a aceitar um acordo de paz até meados de agosto, informou um alto funcionário do governo americano.

O presidente dos EUA, Barack Obama, deverá convocar amanhã uma reunião na capital da Etiópia com líderes africanos que têm tentado mediar um acordo de paz que acabe com a guerra civil no Sudão do Sul. O encontro deve incluir líderes do Quênia, Uganda e Etiópia, o presidente da União Africana e o ministro das Relações Exteriores do Sudão do Sul.

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Uma fonte do governo americano comentou com jornalistas durante o voo que levava Obama de Nairóbi para Addis Ababa que o melhor cenário seria ambos os lados aceitarem o plano de paz até 17 de agosto, mas há pouca expectativa de que isso aconteça.

"Eu não acho que ninguém deve ter grandes expectativas de que haverá avanços", disse. "As partes mostraram-se completamente indiferentes ao seu país e ao seu povo, e isso é uma coisa difícil de corrigir."

Obama vai discutir com os líderes regionais passos concretos para um plano alternativo se o prazo terminar sem acordo. As opções em análise incluem sanções adicionais sobre indivíduos que têm como alvo seus ativos e capacidades de viagens, bem como sanções mais amplas dos EUA e em cooperação com países africanos, a União Europeia e as Nações Unidas.

Um embargo de armas também está em questão, de acordo com a fonte. "Mas o ponto é que precisamos encontrar ferramentas que afetem os dois lados igualmente, e o embargo de armas afeta mais um lago que os dois", comentou a autoridade. Fonte: Dow Jones Newswires.

Pelo menos 29 pessoas morreram em uma epidemia de cólera no Sudão do Sul, país devastado há um ano e meio por um violento conflito, e milhares de habitantes estão expostos ao contágio, segundo a ONU.

No total, 484 casos de cólera foram diagnosticados em junho, segundo o Escritório para Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU (OCHA). Vinte e nove pessoas faleceram, incluindo seis crianças com menos de cinco anos. "Até 5.000 crianças com menos de cinco anos podem morrer de cólera se não for adotada nenhuma medida urgente para conter a ameaça", alerta o OCHA em um comunicado. "O cólera é particularmente perigoso para crianças pequenas porque provoca uma desidratação rápida e grave", afirma a nota.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e voluntários iniciaram uma campanha de vacinação no país. Em 23 de junho, quando o ministério da Saúde do Sudão do Sul declarou oficialmente a epidemia, o cólera já havia matado 18 pessoas.

As autoridades acreditam que a epidemia começou nas bases da ONU, superlotadas, na capital Juba. As bases servem de refúgio para os quase 140.000 sul-sudaneses que fogem dos combates por todo o país.

A epidemia atingiu outras partes da capital. No ano passado, 167 pessoas morreram em outra epidemia de cólera no país.

O cólera é uma infecção intestinal provocada pela ingestão de alimentos ou de água contaminadas pela bactéria, que pode provocar a morte em poucas horas se não receber o tratamento adequado.

A doença se propaga facilmente, principalmente em áreas sem infraestrutura básica - água limpa, higiene, saneamento -, como acontece nas favelas e acampamentos de refugiados do país.

As Forças Armadas do Sudão do Sul lançaram crimes atrozes contra crianças, como castrações, estupros e degolamentos, durante o conflito civil que atinge o país há um ano e meio, informou o Unicef em um comunicado.

"Os sobreviventes contaram que (os soldados) deixavam meninos castrados morrerem, que meninas de apenas oito anos sofriam estupros coletivos antes de serem assassinadas", declarou em um comunicado Anthony Lake, diretor-geral da Unicef, a agência para a Infância das Nações Unidas, no início da semana.

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Crianças amarradas por seus agressores antes de serem degoladas, outras lançadas a edifícios em chamas... Embora não existam balanços oficiais, a ONU considera que dezenas de milhares de crianças foram assassinadas nos últimos 18 meses de conflito.

Ao menos 129 menores morreram em maio no Estado de Unidade (norte), palco dos piores combates desde o início da guerra civil em dezembro de 2013, disse a Unicef, quando o presidente Salva Kiir acusou seu ex-vice-presidente, Riek Machar, de instigar um golpe de Estado.

O conflito, que começou no seio do exército sul-sudanês, já minado pelos antagonismos político-étnicos e pela rivalidade entre as forças leais aos dois homens fortes do governo, levou a uma guerra fratricida caracterizada por massacres étnicos, estupros em massa e utilização de crianças soldado.

"A violência contra as crianças do Sudão do Sul alcançou um novo pico de brutalidade", acrescentou Lake. Milhares de menores foram sequestrados para serem obrigados a combater.

"Estão sendo recrutados a um ritmo alarmante - cerca de 13.000" desde o início do conflito, explicou o funcionário.

"Podem imaginar as sequelas físicas e psicológicas sobre estas crianças - não apenas ligadas à violência que sofreram, mas ao sofrimento que precisaram infligir aos outros".

Cerca de 250.000 crianças encontram-se em risco de morte por inanição, enquanto dois terços dos doze milhões de habitantes do país precisam de ajuda. Deles, 4,5 milhões estão em risco grave de ficar sem alimentos, segundo a ONU.

"Em nome da Humanidade e da decência mais elementar, esta violência contra inocentes deve parar", concluiu o diretor da Unicef.

Rebeldes do Sudão do Sul capturaram a cidade de Akako, próxima dos únicos campos de petróleo funcionais do país, segundo os próprios rebeldes e funcionários de agências humanitárias. Trata-se da segunda importante perda de território estratégico do governo para os rebeldes nos últimos dias.

As forças do governo enviaram helicópteros militares, em uma tentativa de recapturar a cidade, localizada cerca de 30 quilômetros ao norte de Malakal, capital do Estado do Grande Nilo Superior. Dois dias antes, Malakal havia sido capturada, em uma aparente contraofensiva após semanas de ofensiva do governo.

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As notícias levantam a questão sobre se o regime do presidente Salva Kiir está tão enfraquecido pelo conflito de quase dois anos que não pode defender as áreas produtoras de petróleo do Sudão do Sul, de onde sai a maior parte de sua receita. Mais de 50 mil pessoas já morreram no conflito, e quase 2 milhões seguem sem moradia.

"As tropas do governo estão sendo perseguidas rumo ao norte, mais perto dos principais campos de petróleo", disse o porta-voz rebelde James Gatdet Dak ao Wall Street Journal. "Nossas forças estão respondendo em autodefesa, após as tropas do governos nos atacarem na parte sul da capital", afirmou.

Um porta-voz da Presidência do Sudão do Sul, Ateny Wek Ateny, disse que o governo impulsionou suas defesas nos campos de petróleo, para garantir que a produção não seja prejudicada diante dos confrontos em andamento.

Nas regiões de petróleo têm ocorrido os combates mais duros desde o início do conflito pelo controle dos vitais campos de produção da commodity. A produção de petróleo desde então recuou em um terço, para 160 mil barris ao dia, deixando a capital do Sudão do Sul, Juba, lutando por sua receita para financiar alimentos e outras importações vitais.

O conflito no Sudão do Sul começou em dezembro de 2013, impulsionado por uma disputa entre Kiir e seu ex-vice-presidente. Desde então, dividiu o país em linhas étnicas, colocando a comunidade Dinka, de Kiir, contra os membros tribais desse ex-vice-presidente, Machar Nuer. Vários acordos de paz foram alcançados, mas logo desrespeitados. Os dois lados trocam acusações de violar as tréguas. Fonte: Dow Jones Newswires.

Um grupo armado no Sudão do Sul raptou pelo menos 89 meninos próximo a Malakal, a capital do estado do Alto Nilo, alguns com idade inferior a 13 anos, segundo relato da Unicef. Malakal, que está agora sob o controle do governo, foi palco de intensos combates entre forças rebeldes e o exército recentemente, com ambos lados alegando violação de vários acordos de paz.

Homens armados cercaram a comunidade e entraram em cada uma das casas para levar forçadamente meninos com idade acima de 12 anos, segundo testemunhas, diz o relato da Unicef. O número de meninos raptados pode ser superior a 89. Não está claro qual grupo rebelde foi responsável pelo rapto.

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No ano passado, 12 mil crianças foram usadas como soldados por forças armadas e grupos rebeldes no Sudão do Sul. "O recrutamento e o uso de crianças pelas forças armadas destrói famílias e comunidades. As crianças são expostas a níveis incompreensíveis de violência, perdem suas famílias e a chance de irem para a escola", disse o representante da Unicef, Jonathan Veitch.

Na semana passada, o Observatório de Direitos Humanos reportou que o exército do Sudão do Sul e rebeldes estão alistando crianças, embora prometam não fazê-lo. Autoridades do Sudão do Sul negam as acusações, dizendo que o recrutamento de crianças é proibido. Representantes de grupos rebeldes não responderam as acusações.

Os conflitos no Sudão do Sul começaram em dezembro de 2013, quando homens liderados pelo ex-vice-presidente Riek Machar combateram forças leais ao presidente Salva Kiir. Fonte: Associated Press.

Entre as primeiras votações secretas do Plenário na volta dos trabalhos legislativos estarão as indicações da presidente Dilma Rousseff (PT) de diplomatas que devem encabeçar embaixadas do Brasil em quatro países: Finlândia, Jamaica, Sudão do Sul e Namíbia.

Indicado para a embaixada na Finlândia, Antônio Francisco da Costa e Silva Neto foi sabatinado pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) em 20 de novembro. Ele destacou as vantagens de o Brasil ter acordos bilaterais em transferência de tecnologia e em cooperação tanto em pesquisa e inovação quanto em educação – desde o básico até o Programa Ciência sem Fronteiras.

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Antônio Neto também falou sobre a possibilidade de incremento dos investimentos finlandeses no Brasil, em setores como os de papel e celulose, indústria naval, extração de petróleo e de defesa.

No encontro, ele salientou os altos índice de desenvolvimento do país e sua sólida política social, que o coloca na 24ª posição no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). O Brasil é o principal destino dos investimentos finlandeses na América Latina,  já atuando no país quase todas as grandes empresas da Finlândia.

Relação bilateral

O diplomata Eduardo Carvalho, indicado para a Namíbia, foi sabatinado no mesmo dia. Ele destacou pontos da relação bilateral, como a ampla cooperação no campo militar, uma vez que o Brasil forma 80% dos oficiais da Marinha do país africano.

"Nós temos, portanto, uma força militar amiga e que fala português, coisa rara em qualquer país", registrou Carvalho, salientando que assim o idioma ganhou força na Namíbia.

Outro destaque é a cooperação das duas nações em educação. Contudo, o comércio bilateral ainda é muito pequeno, reconheceu Carvalho na reunião. O fluxo conjunto é de apenas US$ 25 milhões. Ele apontou possibilidade de aumentar o leque de serviços, com a participação de empresas brasileiras na construção de infraestrutura em estradas, portos e aeroportos e, no futuro, na exploração de prováveis jazidas de petróleo.

Também deve ser votada a indicação da atual embaixadora do Brasil na Etiópia, Isabel Cristina de Azevedo Heyvaert, para exercer, cumulativamente, o cargo de embaixadora do Brasil no Sudão do Sul. Como já ocupa o cargo de embaixadora, ela não precisou passar por nova sabatina.

Conexão

Também a representação brasileira em Kingston atualmente depende dos votos do Senado para definir seu novo chefe. Carlos Alberto Michaelsen Den Hartog, ministro de segunda classe do Ministério das Relações Exteriores, foi aprovado na sabatina de 27 de novembro para comandar a Embaixada do Brasil na Jamaica.

Segundo Hartog, o governo da Jamaica tem intenção de atrair empresas brasileiras para a construção, no país, de um grande "hub logístico" — centro de operações para concentrar e redistribuir cargas, atividades ou pessoas —, capaz de aproveitar a vantagem geográfica jamaicana para o transporte de cargas em toda a região do Caribe e sul dos Estados Unidos.

*Com informações da Agência Senado

O Sudão do Sul vai realizar eleições gerais entre maio e julho deste ano, informou nesta quinta-feira (1°) um porta-voz do governo. Segundo o anúncio, o governo concederá anistia aos rebeldes para estimular uma ampla participação no pleito.

"Vamos realizar eleições em 2015, já que não deixaremos nossa democracia ser refém da violência. Um orçamento foi aprovado e nós pedimos que todos participem. O poder do Sudão do Sul não será alcançado por meio de armas, mas sim por cédulas", disse a secretária de imprensa do governo, Ateny Wek Ateny. Segundo ela, o presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, está convicto de que as eleições serão transparentes e um reflexo da vontade do povo.

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Um porta-voz dos rebeldes criticou a anistia concedida pelo governo, alegando que os militantes não cometeram nenhum crime. Os rebeldes também rejeitaram as eleições, duvidando de sua credibilidade. "Nós não acreditamos que as eleições que o governo está organizando serão livres e justas. Nós não vamos fazer parte dela", disse um dos líderes dos rebeldes.

Em maio do ano passado, Kiir chegou a afirmar que a próxima eleição geral, originalmente prevista para este ano seria adiada para 2017, devido à contínua instabilidade e violência do país. Os combates eclodiram no país, que é rico em petróleo, há cerca de um ano, entre partidários de Kiir e seguidores do ex-vice-presidente, Riek Machar. O atual presidente, da etnia dika, é acusado de ter dado um golpe para derrubar Machar, da etnia nuer.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), dezenas de milhares de pessoas morreram e mais de 1,9 milhão de pessoas deixaram o país devido aos conflitos. Fonte: Associated Press.

Passadas 48 horas do último acordo de cessar-fogo no Sudão do Sul, tropas do governo e rebeldes voltaram a entrar em conflito nesta segunda-feira (10). Segundo o porta-voz militar do governo, coronel Philip Aguer, 24 rebeldes e cinco oficiais foram mortos.

Governo e rebeldes trocaram acusações sobre de qual lado teriam partido os primeiros ataques. "O governo é o único responsável por estes ataques desnecessários, motivados por seus desejos de recapturar os campos de petróleo sob o nosso controle antes que um acordo de cessar-fogo permanente seja assinado", declarou o porta-voz dos rebeldes, Lul Ruai Koang. Já Aguer culpou os rebeldes, afirmando que posições do governo foram atacadas no norte do estado do Alto Nilo.

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No último sábado, líderes políticos implementaram o terceiro cessar-fogo desde o início do conflito em dezembro do ano passado. Assim como este último, os acordos anteriores foram rapidamente descumpridos, mostrando que tais negociações têm pouco efeito no campo de batalha.

Países da África Oriental ameaçaram impor sanções políticas e econômicas contra o governo do presidente Salva Kiir, caso a guerra não seja interrompida. Com a diminuição das chuvas sazonais, é esperado que a disputa no Sudão do Sul se intensifique, avaliam analistas.

Apesar deste último confronto, Aguer insistiu que o governo está comprometido com o fim da violência. "Esta guerra deve ser interrompida o mais rápido possível, pois está consumindo nossos recursos e matando pessoas inocentes." Fonte: Associated Press.

Mediadores do conflito no Sudão do Sul dizem que foram retomados os conflitos entre o governo e os rebeldes. Segundo Seyoum Mesfim, presidente do comitê de mediação liderado pelo bloco regional Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento (IGAD), os conflitos se concentram nos Estados de Renk County e Alto Nilo. Para ele, a batalha visa unicamente atrapalhar as negociações de paz.

O Sudão do Sul mergulhou em um conflito civil em dezembro do ano passado, quando tropas leais ao então vice-presidente, Riek Machar, entraram em confronto com as forças do presidente Salva Kiir. Mesmo após a assinatura de dois acordos de paz, mediados pela Etiópia, batalhas esporádicas ainda são registradas em algumas áreas do país. Fonte: Associated Press.

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A principal autoridade da Organização das Nações Unidas (ONU) para crianças e conflitos armados, Leila Zerrougui, afirmou nesta quinta-feira (21) que, no Sudão do Sul, o uso de crianças como soldados e a violência contra elas é comum em anos de combate.

Na última segunda-feira, Leila havia dito que o Conselho de Segurança da ONU vai debater no próximo mês a situação das crianças no país e que a entidade está muito preocupada com essa questão.

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O Observatório dos Direitos Humanos relatou nesta semana que membros do governo e do exército admitem incluir crianças em suas tropas, mas disseram que elas os procuram para ter proteção e trabalho. Segundo a organização, crianças foram vistas usando uniformes militares e segurando armas de fogo, nas cidades de Bentiu e Rubkona. Fonte: Associated Press.

Edmond Mulet, assistente do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) para operações de paz, alertou o Conselho de Segurança nesta quarta-feira (6) para a nova onda de violência no Sudão do Sul, que tem levado o país na direção de uma "catástrofe humanitária". O funcionário informou aos membros do conselho que os ataques das milícias sudanesas deixaram mais de um milhão de pessoas desabrigadas. Quase 500 mil civis foram obrigados a se refugiar em outros países.

A falta de recursos, principalmente alimentos, piorou a situação dos sudaneses. Cerca de quatro milhões de pessoas correm o risco de ficarem na miséria. Existe uma "preocupação crescente com a fome no país", disse Mulet. Só neste ano, 50 mil crianças podem morrem por causa da má nutrição.

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"Após três anos de independência, o Sudão do Sul está às margens de uma crise humanitária e um conflito interno prolongado", afirmou Mulet ao conselho. "Essa é uma crise criada pelo homem, e aqueles responsáveis têm sido lentos na resolução do problema".

O embaixador do Sudão do Sul, Joseph Moum Malok, respondeu que seu governo estava comprometido a chegar a um "acordo final para o conflito por meio de negociações". Segundo ele, porém, o país foi "obrigado a reagir como forma de autodefesa para proteger seus cidadãos".

Os diálogos de paz entre o governo do Sudão do Sul e os militantes rebeldes na Etiópia recomeçaram na segunda-feira, mas ainda não avançaram. Autoridades internacionais temem que a violência na fronteira entre os dois países leve a uma guerra civil.

No esforço para controlar o conflito, uma força-tarefa de apoio começa a ser montada, afirmou Mulet. Veículos blindados estão sendo levados para Bunj, no epicentro do combate, para proteger os funcionários da ONU, voluntários e civis dentro das instalações das Nações Unidas. Mais de 3.500 soldado foram enviados. Um batalhão de infantaria, helicópteros militares e aeronaves devem seguir o mesmo caminho em outubro. Quatro unidades de polícia chegarão ao Sudão do Sul nos próximos seis meses.

"O tamanho das operações humanitárias no Sudão do Sul chegou ao nível em que constitui a maior ação de apoio em um único país", afirmou o secretário da ONU. Fonte: Associated Press.

Uma agência de ajuda humanitária informou que as suas unidades de saúde foram atacadas no Sudão do Sul, deixando ao menos 58 mortos, alguns dos quais muitos pacientes que estavam internados.

A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) disse nesta terça-feira (1°) que os ataques contra as instalações de saúde deixaram 25 pacientes mortos, além de 27 pessoas que haviam procurado o acampamento para se esconder, dois funcionários do governo e outras quatro pessoas que não foram identificadas.

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Milhares de pessoas morreram e mais de 1,3 milhão de habitantes foram forçados a fugir de suas casas desde que eclodiu o conflito entre as forças leais ao ex-vice-presidente Riek Machar e aquelas fiéis ao presidente Salva Kiir, em dezembro do ano passado. A luta entre duas facções reduziu significativamente desde último acordo de cessar-fogo, assinado em 10 de junho. Fonte: Associated Press.

Mais de 50 mil crianças no Sudão do Sul estão em risco de morte por doenças e fome, alertou a ONU que pediu quase um bilhão de dólares para ajudar as vítimas da guerra civil que já dura seis meses. No conflito morreram milhares de pessoas, há 1,5 milhão de deslocados e ONGs alertam para o risco de fome.

"As consequências podem ser dramáticas: 50.000 crianças poderiam morrer em um ano, se não receberem ajuda", declarou o responsável da ONU para o Sudão do Sul, Toby Lanzer, no lançamento do plano de ajuda a 3,8 milhões de pessoas "afetadas pela fome, violência e doenças".

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O presidente Salva Kiir e seu adversário Riek Machar se comprometeram esta semana a estabelecer um cessar-fogo. Analistas estão pessimistas quanto a aplicação real da trégua, e não acreditam que eles realmente querem acabar com o conflito através de negociações.

"Apesar do cessar-fogo, o conflito já afetou milhões de pessoas", disse Lanzer, acrescentando que as agências humanitárias precisam de pelo menos 740 milhões de euros. "Agora que as chuvas começaram, as condições no Sudão do Sul estão se deteriorando a cada dia. As pessoas estão vivendo literalmente na lama", ressaltou Lanzer.

"Doenças como a cólera e a malária apareceram e as crianças estão desnutridas. Milhões de pessoas precisam desesperadamente de cuidados de saúde, alimentação, água potável, saneamento e abrigo para viver o resto do ano", disse o representante da ONU.

Uma fome catastrófica ameaça milhares de pessoas no Sudão do Sul, país afundado em uma guerra civil há cinco meses, advertiu nesta quinta-feira a organização não governamental Oxfam Internacional, que luta contra a fome e a pobreza.

"Agimos rapidamente ou milhares de pessoas" vão sofrer, advertiu Mark Goldring, diretor-geral da Oxfam, em um comunicado.

"Um trabalho titânico nos espera. Fazer chegar uma ajuda maciça à população no pior momento do ano, quando as chuvas dificultam o acesso a muitas regiões e transformam as estradas em rios de lama", acrescentou Goldring.

É necessário um "aumento maciço e rápido da ajuda para impedir que a fome alcance níveis catastróficos", insistiu o diretor da Oxfam.

No dia 9 de maio, o presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, e seu ex-vice-presidente Riek Machar, que lidera uma rebelião armada desde dezembro, assinaram em Adis Abeba um acordo que prevê o fim dos combates. No entanto, a trégua durou apenas um dia.

O mesmo havia ocorrido com o cessar-fogo assinado no dia 23 de janeiro.

A guerra civil na nação mais jovem do mundo, que se tornou independente em 2011, já provocou a morte de dezenas de milhares de pessoas e mais de 1,2 milhão de deslocados internos.

Os civis são as principais vítimas do conflito entre Kiir e Machar, líderes respectivamente das etnias dinka e nuer, as principais do país.

A ONU indicou nos últimos dias que existiam "muitos sinais precursores de um genocídio" no Sudão do Sul.

"Se o conflito prosseguir, antes do fim do ano metade dos 12 milhões de sul-sudaneses se converterão em deslocados, refugiados no exterior, sofrerão fome ou morrerão", advertiu na segunda-feira passada a ONU, que estimou que o Sudão do Sul precisa de uma ajuda de 1,27 bilhão de dólares para impedir uma trágica fome.

O presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, e o líder rebelde Riek Machar chegaram a um acordo de cessar-fogo para pôr fim ao ciclo de violência no país africano. O anúncio foi feito em Washington pela conselheira de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Susan Rice.

Ao revelar o acordo, Susan Rice declarou que "o pacto traz consigo a promessa de levar esta crise a um fim". Em janeiro, uma trégua entre Kiir e Machar ruiu em poucos dias. A violência étnica na mais jovem nação do mundo já deixou milhares de mortos e forçou mais de 1,3 milhão de pessoas a abandonarem suas casas desde dezembro. Fonte: Associated Press.

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Tropas do governo capturaram um reduto rebelde e tomaram de volta o controle de outra cidade do Sudão do Sul, provocando a fuga de rebeldes na direção da fronteira com a Etiópia, disse um porta-voz militar do Sudão do Sul nesta segunda-feira. Entretanto, ainda havia relatos de combate no entorno da cidade.

Militares tomaram a base rebelde de Nasir e recapturaram Bentiu, capital do Estado Unity, importante produtor de petróleo, que estava sob controle rebelde, disse o coronel Philip Aguer. Bentiu foi tomada depois de trocas de tiros ao longo de todo o dia de domingo, mas não se sabe ainda o total de vítimas, afirmou Aguer. Contudo, um oficial de segurança do Sudão do Sul, que falou sob condição de anonimato, indicou que os embates na cidade persistem.

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Nasir era o quartel-general onde os rebeldes se mobilizavam para atacar a cidade de Malakal, assinalou Aguer. Segundo o coronel, o líder rebelde, o ex-vice-presidente Riek Machar, e suas tropas estão agora em algum lugar perto da fronteira entre Sudão do Sul e Etiópia. O porta-voz da equipe de negociação dos rebeldes na Etiópia Yohanis Musa Pouk disse que Machar ainda está dentro do Sudão do Sul, mas acrescentou que ele se reunirá com o primeiro-ministro etíope Hailemariam Desalegn "muito em breve".

A ofensiva do governo ocorre alguns dias depois que o presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, disse ao secretário de Estado norte-americano, John Kerry, estar pronto para realizar discussões de paz com Machar. O porta-voz dos insurgentes Pouk disse à Associated Press hoje que Machar quer antes de tudo um "programa", incluindo um prazo para a formação de um governo de transição e uma proposta de composição e estrutura. Machar disse a repórteres que não vê sentido em negociações de paz que levariam a um governo de transição antes das eleições. Kerry disse que estava ciente dos comentários, mas insistiu que Machar não rejeitou a proposta totalmente. "Ele deixou a porta aberta", disse Kerry. "Expressou algumas dúvidas, mas não disse que ele não iria."

O secretário assinalou hoje esperar que as negociações de paz no Sudão do Sul comecem de acordo com o previsto. Falando com repórteres na capital de Angola, Luanda, antes de voltar para os EUA, Kerry subiu o tom das ameaças de sanções ou envio de novas tropas das Nações Unidas para o Sudão do Sul se as conversas fracassarem. Fonte: Associated Press.

Negociações de paz entre o governo do Sudão do Sul e rebeldes foram retomadas hoje na capital da Etiópia, numa tentativa de encerrar uma guerra civil que já se arrasta há quatro meses, segundo mediadores regionais.

O diálogo começou logo após o início do conflito, em meados de dezembro, e levou a um cessar-fogo assinado no fim de janeiro. O acordo, porém, foi logo violado.

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A nova rodada de negociações, que está em suspenso há várias semanas, tem como objetivo lidar com as causas mais profundas da guerra civil na nação mais jovem do mundo, que conquistou sua independência de Cartum em 2011.

Uma série de atrocidades cometidas no Sudão do Sul causou indignação global, com forças do governo leais ao presidente Salva Kiir e rebeldes que apoiam o ex-vice presidente Riek Machar envolvidos em massacres, estupros, ataques a bases da Organização das Nações Unidas (ONU) e recrutamento de crianças como soldados.

O conflito no Sudão do Sul deixou milhares de mortos e forçou que milhões de pessoas abandonassem suas casas. Mais de 78 mil civis foram distribuídos entre oito bases da ONU no país, enquanto milhares fugiram para nações vizinhas, como a Etiópia e Uganda. Fonte: Dow Jones Newswires.

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) expressou "horror" pelo massacre recente de civis no Sudão do Sul e ameaçou sanções contra o país. O comunicado divulgado hoje pelo conselho lamenta as mortes na semana passada em Bentiu, capital do Estado produtor de petróleo Unity, bem como o uso de programas de rádio para "fomentar o ódio e a violência sexual".

A nota também expressou "grave preocupação" com as mais de 23 mil pessoas deslocadas que estão buscando abrigo no acampamento da ONU em Bentiu à medida que aumenta o risco de uma crise humanitária.

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Ainda conforme a nota, os membros do conselho "indicaram sua disposição de tomar medidas adicionais", se referindo a sanções, se os ataques contra civis continuarem em meio a crescentes tensões étnicas. O conselho apela ao governo da nação mais jovem do mundo que garanta a segurança dos civis e denuncie ataques. Fonte: Associated Press.

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*Por Cyntia Ventura

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A Organização das Nações Unidas (ONU) acusou tropas do ex-presidente do Sudão do Sul, Riek Mashar, de matar 200 pessoas e deixar cerca de 400 feridos em uma mesquita na cidade de Bentiu, conhecida como importante região petrolífera. Os rebeldes também atacaram uma igreja, um hospital e e edifícios desocupados da ONU na cidade.

Segundo a ONU, ao assumir o controle de Bentiu, as tropas de Mashar revistaram locais onde civis sul-sudaneses e estrangeiros estavam refugiados. Logo em seguida, relata, ocorreram as mortes, motivadas por questões étnicas. Diz ainda que a violência aumentou por causa da briga interna entre os líderes Salva Kir e Riek Mashar, acirrando disputas étnicas de grupos ligados a eles, o que já causou a morte de milhares de pessoas, desde Dezembro do ano passado. 

 

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