Na manhã desta quinta-feira (28), um trabalho realizado pelo Núcleo de Sustentabilidade Urbana (NSU) da Secretaria Executiva de Meio Ambiente de (SEMA) de Paulista resgatou seis filhotes de timbu (Didelphis albiventris) na Feira Livre, no Centro da cidade. Os bichos foram encaminhados para o Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetras-Tangará)

De acordo com os técnicos da Sema, os animais foram encontrados pela servidora da Secretaria das Regionais, Edvânia Barbosa, que ao constatar que os filhotes ainda se encontravam ao lado do corpo de uma fêmea adulta morta, acionou os profissionais do órgão de meio ambiente.

“Os bichinhos estavam cansados e agitados. Diante dessa situação, liguei para o número da SEMA, que fez o resgate”, disse Edvânia.

“Encaminhamos os animais para o Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetras-Tangará), onde ficaram sob os cuidados de uma equipe técnica até estarem aptos a serem reintroduzidos em seu habitat natural. O timbu é um animal silvestre que se alimenta de insetos e roedores. São vitais para que outras espécies não venham a se tornar pragas urbanas. Matar esses animais é crime ambiental”, afirmou a analista ambiental da SEMA, Jocelane Cavalcanti.

Para o caso da população notar a presença de animais silvestres precisando de resgate ou mortos, o procedimento é de, imediatamente, entrar em contato com a Secretaria Executiva de Meio Ambiente do município por meio do número/WhatsApp: (81) 99836-9947. O público também pode ligar para o fone 153, da Guarda Municipal.

CRÉDITOS DAS FOTOS: ARMANDO FUENTES

O Náutico interrompeu um jejum de cinco jogos sem vencer na Série B do Campeonato Brasileiro ao bater o Brusque, por 2 a 1, de virada, neste sábado à noite, pela 10.ª rodada no estádio Augusto Bauer, em Santa Catarina. A vitória foi importante porque tirou o Náutico da zona de rebaixamento, em 17.º lugar, e o deixou em nono, com 12 pontos.

De outro lado, o Brusque segue perto da zona de rebaixamento, com 10 pontos, em 15.º lugar. Além disso, perdeu uma série invicta em casa de 16 jogos, que já durava desde a Série B de 2021, quando perdeu por 3 a 2 para o Vila Nova, no dia 24 de outubro.

O jogo começou truncado, com o Náutico tentando impor seu esquema com três volantes para dominar o setor de meio-campo. Até marcou um gol com Richard Franco, após rebote do goleiro Jordan, mas o lance foi anulado pelo VAR.

Num jogo de muito erros, o primeiro gol saiu num deles. O zagueiro Ralph foi imprudente num carrinho e atingiu por trás Alex Ruan. Na cobrança, Diego Jardel chutou no canto esquerdo de Lucas Perri, que tocou na bola e quase evitou o gol, aos 37 minutos.

O técnico Roberto Fernandes não gostou do Náutico no primeiro tempo. Tanto que na volta do intervalo, tirou o volante Ralph para a entrada do atacante Ewandro. Um claro aviso de que seu time iria atacar no segundo tempo, abrindo mão de atuar com três volantes para ter três homens no ataque.

A mudança deu certo, porque o time pernambucano empurrou o Brusque para seu campo defensivo e rapidamente virou o placar. Aos 13 minutos, Jean Carlos cobrou escanteio em curva, houve um desvio de cabeça e a bola tocou na perda do zagueiro Wallace e entrou. Gol contra e empate: 1 a 1.

Aproveitando o momento, dois minutos depois, o Náutico virou. Após descida pelo lado direito, a bola sobrou na frente da área para Jean Carlos. O meia ajeitou e bateu forte no canto direito do goleiro Jordan, que nada pode fazer.

O Brusque tentou reagir, mas encontrou o Náutico bem postado no setor defensivo. A partir dos 35 minutos, Roberto Fernandes sinalizou que tentaria segurar o resultado. Ele tirou Jean Carlos para a entrada do volante Djavan. O Brusque, cansado, não reagiu.

Os dois times voltam a campo na próxima terça-feira, às 19 horas, pela 11.ª rodada. O Brusque vai sair diante do Vila Nova, em Goiânia, enquanto o Náutico vai receber o Vasco, no Estádio dos Aflitos, em Recife.

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FICHA TÉCNICA

BRUSQUE 1 X 2 NÁUTICO

BRUSQUE - Jordan; Toty, Jeferson Bahia, Wallace Reis e Airton; Rodolfo Potiguar (Luiz Antônio), Zé Mateus (Matheus Trindade) e Diego Jardel (Álvaro); Junior Todinho (Crislan), Alex Sandro e Alex Ruan (Jailson). Técnico: Luan Carlos.

NÁUTICO - Lucas Perri; Victor Ferraz, Wellington, Bruno Bispo e Thássio (João Paulo); Ralph (Ewandro), Mateus Nascimento (Carlão), Richard Franco e Jean Carlos (Djavan); Pedro Vitor e Léo Passos (Amarildo). Técnico: Roberto Fernandes.

GOLS - Diego Jardel, de pênalti, aos 37 minutos do primeiro tempo. Wallace Reis, contra, aos 13, e Jean Carlos aos 15 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Vinícius Gonçalves Dias Araújo (SP)

CARTÃO AMARELO - Lucas Perri (Náutico)

RENDA - R$37.070,00

O Náutico não tomou conhecimento do Central que mostrou muita fragilidade no duelo desta sábado (27), nos Aflitos. O Alvirrubro goleou por 5x0. Kieza marcou quatro vezes e Erick completou o placar que foi todo construído no primeiro tempo. 

O jogo

Foi um verdadeiro atropelo do Náutico para cima do Central na estreia dos times no Campeonato Pernambucano. O Timbu, logo aos 3, abriu o placar em penalidade convertida por Kieza. A única chance do Central foi em seguida, mas a partir daí um massacre começou com show particular do K9. 

Aos 16 a defesa da Patativa bateu cabeça e a sobra ficou com Erick, que não desperdiçou. Aos 21, Kieza em diagonal ganhou do zagueiro, fintou e fez mais um. Depois, Erick foi até a linha de fundo e cruzou, o goleiro Murilo vacilou e permitiu que o atacante Kieza marcasse outra vez. E ainda antes do fim, em nova falha do arqueiro em chute de Bahia, Jean Carlos com a inteligência habitual, de calcanhar, deixou Kieza fazer o quarto ainda no primeiro tempo. 

Em cinco minutos o Central fez mais no segundo tempo do que em toda primeira etapa e chegou duas vezes ao ataque. O Náutico também chegou, mas a assertividade deu lugar ao erro, e Kieza perdeu grande chance de marcar o quinto aos 15. Ainda que não tenha tido sustos e com controle do jogo nas mãos, o Central ao menos mostrou alguma competitividade na segunda etapa.

O controle seguia e o Timbu perdeu algumas boas chances de aumentar a contagem. Marciel tabelou com Kieza e chutou para fora. O Central voltou a chegar. Junior Lemos cobrou falta rápida e Indio tentou, mas não conseguiu driblar Alex Alves na grande chance da Patativa. Os cinco gols do primeiro tempo foram suficientes para o Timbu vencer na estreia do Pernambucano e passar por cima do Central.

Ficha de Jogo

Competição: Campeonato Pernambucano 2021

Local: estádio dos Aflitos

Náutico: Alex Alves; Bahia, Camutanga (Carlão), Ronaldo Alves, Bryan (Marciel); Djavan (Matheus Trindade), Rhaldney, Jean Carlos; Erick (Kauan), Vinicius (Giovani), Kieza. Tec. Hélio dos Anjos.

Central: Murilo; Izael, Alex Moreira (Matheus Issa), Eduardo Favero, Gleidson Sena; Madson, Djair, David, Junior Lemos (Denilson); Palácios (Índio) e Dodô (Jonatan). Tec. Catende

Gol:Kieza 4x, Erick (NAU)

Arbitragem: Rodrigo José Pereira de Lima

Cartão amarelo: Bahia (NAU), Djair, Matheus Issa (CEN)

Em entrevista coletiva nessa sexta-feira (19), Hélio dos Anjos falou sobre a chegada de Giovanny e Marciel ao Náutico e sobre a perda do goleiro Anderson, que volta ao Athletico Paranaense, onde deve disputar posição no campeonato estadual.

Sobre a chegada dos dois jogadores o treinador ressaltou a diferença das características de ambos para a sua equipe atual. “É pra acrescentar. Principalmente o Marciel, que tem características completamente diferentes dos jogadores que eu tenho no meio de campo, é um jogador canhoto, versátil, boa mobilidade, excelente passe, um jogador diferente nas suas características de movimentação em relação ao Djavan, Trindade, ao Ralf, ao Lucas. O Giovanny é um jogador de um contra um, abusado, técnico, de muita paciência com a bola na zona final, de último passe, de definição”, elogiou.

O técnico Timbu, no entanto, pediu tempo para que os reforços mostrem sua qualidade. “Os dois jogadores trabalharam em equipes com modelo de jogo diferente do nosso, então precisam dessa adaptação. Com treinamento, repetir e repetir tudo, para eles terem condições de ser os jogadores que são”, completou.

Hélio lamentou a saída do goleiro Anderson, que seria seu titular, mas disse já estar pesquisando novas possibilidades. “Estamos com duas perspectivas de definir o mais rápido possível a chegada de mais um goleiro pro setor”, afirmou.

O Náutico tem jogo treino marcado para o sábado (20) contra o Botafogo-PB e Hélio dos Anjos espera que o time possa se soltar mais durante a partida para que consigam com o tempo criar as condições básicas para estrear no pernambucano. “Eu gosto dessa fase de entrosamento com o grupo, de aprimoramento técnico, físico, para as contratações é sempre importante você dar todas as condições para os jogadores iniciarem em jogos assim”, finalizou.

A situação do Náutico ainda é incômoda, mas já é bem melhor do que há algumas semanas. Antes afundado no Z-4, com seis pontos de distância, a equipe tirou a vantagem dos adversários e vai ter uma virada do ano mais tranquila do que esperava, após reagir e chegar a cinco jogos sem derrotas. 

O time não perde desde a derrota para o Figueirense na 26ª rodada, mas ainda está na zona de rebaixamento. Em entrevista coletiva nesta segunda-feira (28), o lateral Hereda falou sobre a chance de se livrar da queda e afirmou que acredita na recuperação do time.

"A gente tem que ter foco, a situação não é fácil, a gente vem de baixo já tem um tempo, estamos aprendendo bastante com as pancadas que a gente tomou e desde que o professor chegou ele tem dito que a gente pode sair dessa situação difícil e temos dado nosso melhor nos treinos. Acredito que vamos sair dessa situação ruim", ressaltou.

Muito dessa recuperação pode ser creditada ao treinador Hélio dos Anjos e Hereda explica porque. "Professor cobra muito essa parte de não tomar gol, ele é muito exigente", pontua. 

Além de tudo, para essa reta final, o Náutico ganhou um importante "descanso". Serão 13 dias entre a última rodada na vitória contra o Cuiabá, e o próximo jogo, domingo (4), contra o Confiança, no Batistão. A longa parada permitiu uma folga que para Hereda foi muito bem vinda. 

"Foi muito importante esses dias de folga, mas é claro que a gente não pode deixar perder a parte física, dá para dar uma boa descansada. Ver a família, passar o natal com a família, fico muito feliz, agora retornar o trabalho firme forte que a gente tem uma luta pela frente", disse o jogador que ainda agradeceu a confiança do comandante.

Em partida realizada na noite deste sábado (8), no estádio da Ressacada, em Florianópolis, o Avaí venceu o Náutico, pelo placar de 3 a 1, em partida que marcou a estreia no Campeonato Brasileiro da Série B 2020. Gaston Rodriguez fez o primeiro e o terceiro, e Carlão (contra), o segundo para o Avaí. Kieza anotou o gol de honra do Náutico.

O jogo

Kieza teve uma boa oportunidade de abrir o placar, aos 5 minutos, mas chutou para fora. O Náutico se fechou no campo de defesa e buscou jogadas em contra-ataque. O Avaí chegou ao seu gol aos 25 minutos. Valdívia cobrou escanteio, pela direita, colocando a bola na grande área. Rafael Pereira cabeceou para marcar, mas a bola tinha o endereço da linha de fundo. Gaston Rodriguez, ou simplesmente Gaston, apareceu bem para então colocar no placar Avaí 1 a 0.

O segundo gol saiu novamente dos pés de Valdívia, aos 38 minutos de jogo. Em cobrança de falta pela esquerda, a bola foi na trave direita do goleiro e voltou na pequena área, para Carlão (contra), colocar no fundo das redes. No placar, Avaí 2 a 0.

Na segunda etapa, o Náutico voltou melhor. Buscando jogadas pelos lados do campo, o Timbu levava perigo ao Avaí. Aos 22 minutos, Kieza desviou de cabeça e mandou para o gol, diminuindo o marcador: 2x1

E já nos acréscimos, aos 48, Gaston Rodriguez Rodrigues deu números finais na disputa, colocando Avaí 3×1 Náutico na tabela da competição.

Na próxima rodada, o Avaí enfrenta o Paraná na terça (11), às 20h30 no estádio Durival Britto, em Curitiba. Mais tarde, às 21h30, o Náutico recebe o Operário-PR no estádio dos Aflitos, no Recife.

Ficha de jogo

AVAÍ: Lucas Frigeri; Arnaldo (Iury), Rafael Pereira, Victor Sallinas (Airton) e Capa; Bruno Silva, Ralf, Valdívia (Betão) e Renato (Tucão); Gastón Rodriguez e Jonathan (Pedro Castro) . TÉCNICO: Geninho

NÁUTICO: Jefferson; Hereda, Carlão, Camutanga e Wilian Simões; Rhaldney (Lucas Paraíba), Djavan (Wagninho), Jorge Henrique (Jean Carlos); Thiago Fernandes (Erick), Dadá (Salatiel) e Kieza. TÉCNICO: Gilmar Dal Pozzo

Árbitro: Alexandre Vargas Tavares de Jesus (RJ)

Assistentes: Andrea Izaura Maffra Marcelino de Sá (RJ) e Thiago Gomes Magalhães (RJ)

Com informações de assessoria

Não foi fácil, mas diante de pouco mais de 5.500 torcedores, o Náutico conseguiu bater o Campinense por 2 a 0 e garantiu a classificação para a Copa do Nordeste 2020. Com a instrução do novo técnico Gilmar Dal Pozzo de marcar pressão no começo dos dois tempos, o time ficou a maior parte do tempo com a bola e obteve o segundo gol nos momentos finais do jogo.

O jogo

Marcando a saída de bola do Campinense, o Náutico começou a partida ditando o ritmo e teve duas grandes chances de abrir o placar antes dos 5 minutos de jogo. Nas duas, o time paraibano sentiu a pressão da marcação alta e entregou bolas dentro da sua área. Mas o Timbu desperdiçou.

Wallace Pernambucano estava nos dois lances e no segundo chegou a furar um chute dentro da pequena área. Odilávio ainda tentou aproveitar pegando o rebote, mas a bola explodiu na trave.

O Náutico ainda teve um gol anulado depois do assistente marcar uma curva por fora na batida do escanteio que acabou nas redes.

Depois disso o jogo caiu de ritmo e o Campinense começou a aproveitar os espaços deixados pelo Náutico. Chegou a ter duas boas chances antes do fim da primeira etapa. Na melhor delas, Gabriel fez ótima jogada, na raça, e deixou Erivan sozinho dentro da área. O atacante do Galo bateu por cima.

Etapa final

Campinense voltou mais organizado para explorar os contra ataques e quase marca aos 7 minutos. O volante Ferreira chegou a driblar o goleiro Bruno, mas o seu chute acertou o rosto do lateral Hereda, que acabou salvando o Náutico.

Na seqüência, o Timbu conseguiu empatar o confronto. Após boa troca de passes, Luiz Henrique deu um passe na cabeça de Odilávio que desviou para as redes: Náutico 1 a 0.

Depois o gol, o Náutico foi para cima e quase faz o segundo depois de uma bomba de Camutanga da intermediária. Meio sem jeito, o goleiro Wagner Coradin fez a defesa.

O Náutico não desistiu e seguiu pressionando. Teve três faltas pela esquerda. Em uma delas, Wallace Pernambucano bateu firme e Coradin fez boa defesa. Na terceira tentativa André Krobel cruzou e Rafael Oliveira subiu e testou para dentro, fazendo o gol da classificação do Timbu para a fase de grupos da Copa do Nordeste 2020.

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Ficha do jogo

NÁUTICO: Bruno, André Krobel, Camutanga, Sueliton e Hereda (Matheus); Josa (Rafael Oliveira), Luiz Henrique e Jhonnatan; Thiago, Odilávio (Tarcísio Martins) e Wallace Pernambucano. Técnico: Gilmar Dal Pozzo

CAMPINENSE: Wagner Coradin, Gustavo, Henrique Mattos, Richardson e João Victor; Ferreira, Negretti, Gabriel (Yerien) e Warley (Vitor Maranhão); Erivan (Chaveirinho) e Lucas Lopeu. Técnico: Francisco Diá

Árbitro: Mayron Frederico dos Reis Novais (MA)

Assistentes: Antônio Fernando de Souza Santos e Raphael Max Borges Pereira (Ambos do MA)

Cartões amarelos: Negretti, Gustavo (CAM); André Krobel, Matheus, Camutanga (NAU)

Público: 5.583 espectadores

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O clássico dos clássicos decidirá, neste domingo (21), às 16h, pela 18° vez, o campeão pernambucano de futebol. A primeira partida da final de 2019 foi vencida pelo Sport por 1x0, acirrando a rivalidade.

A última vez que o Náutico saiu vencedor de uma final disputada contra o Sport foi no hoje longínquo ano de 1968, quando se sagrou o único hexacampeão pernambucano da história, um recorde que ainda resiste. Mas, desde então, as equipes se enfrentaram em nove decisões e todas foram vencidas pelo Leão.

São 51 anos sem saber o que é derrotar o seu rival em uma final. Com todo esse tempo sem vencer, o LeiaJá preparou uma lista para relembrar como era o Brasil e Pernambuco na última vez que o Timbu venceu o Leão em uma final de estadual. Já parou para pensar?

AI-5

No ano do hexa do Timbu, o Brasil vivia um momento sombrio da sua história. Em meio ao governo militar instaurado em 1964, o ano de 1968 foi marcado pelo fechamento do sistema político, com o fechamento do Congresso e cassação de inúmeros políticos. O Ato Institucional nº 5 deu plenos poderes ao governo militar e erradicou todos adversários contrários ao militarismo que comandavam o Brasil.

TV SEM CORES

A partida vencida pelo Náutico pôde ser vista na televisão, já que a tecnologia chegou ao Brasil no ano de 1950. Mas é preciso lembrar que a decisão foi transmitida em preto e branco. A primeira transmissão colorida no país só aconteceu em 1970, na Copa do Mundo em que o Brasil se sagrou tricampeão. A cores, ninguém nunca viu o Náutico vencer o Sport em decisão.

BRASIL ERA BI

Falando em Copa do Mundo, o Brasil conquistou o tricampeonato em 1970. O título do Náutico foi conquistado em 1968, o que isso quer dizer? Que a última vez que o Náutico venceu o Sport em uma decisão o Brasil ainda era bicampeão mundial. Depois disso já foram três títulos; 1970, 1994 e 2002.

ESCULTURAS DE BRENNAND

No Recife muita coisa também era diferente no último título do Náutico sobre o Sport. Já inserida na vista do dia a dia da população que caminha pelo Recife, o Parque das Esculturas Francisco Brennand nem se quer era uma ideia em 1968. As obras só começaram nos anos 2000 em comemoração aos 500 anos do Brasil.

^{Só nos anos 2000 que as esculturas foram inauguradas. Já se completavam 32 anos da última conquista do timbu sobre o Sport. Foto: Abdias JR./Reprodução}

MARCO ZERO

O próprio Marco Zero era bem diferente do que conhecemos atualmente. A “nova praça” projetada por Cícero Dias iniciou sua construção em 1999 e trouxe um novo ponto de encontro para os Recifenses. Mas a praça ainda não viu o Náutico vencer o Sport em uma final.

VISITA DA RAINHA

No mesmo ano da conquista, em 1968, Recife recebia em seu solo a Rainha Elizabeth II. A monarca britânica não veio para comemorar o título, claro. Sua visita ao Brasil tinha a parada prevista na capital Pernambucana. A Rainha não voltou mais ao Recife, mas o torcedor Timbu anseia por uma nova visita para mudar a maré. Será que a Rainha deu sorte?

SEM METRÔ

Hoje em dia no Recife, muitos torcedores utilizam do serviço do Metrô para se deslocarem. Em dia de jogos as estações da RMR são tomadas por torcedores. Mas o torcedor do Náutico que assistiu o título sobre o Sport em 68 com certeza não chegou aos Aflitos com o serviço. O Metrô do Recife foi oficialmente inaugurado em 1985.

O GALO DA MADRUGADA

Com o recorde de único time pernambucano a vencer seis campeonatos estaduais seguidos, o carnaval para o torcedor Timbu durou um bom tempo. Mas uma coisa é certa, ninguém naquela época podia brincar no maior bloco carnavalesco do mundo. O Galo da Madrugada nasceu em 1978, 10 anos depois da conquista. A turma do Hexa teve que esperar um pouco para brincar carnaval no Galo.

^{Nem o galo da madruagada foi possivel brincar no ano da ultima conquista. O bloco só nasceu 10 anos depois. Foto: Júlio Gomes/LeiaJáImagens/arquivo}

A chance de colocar fim a esse incomodo tabu será no domingo (21). O Náutico visita o Sport em desvantagem depois de perder nos Aflitos por 1x0. Para reverter, a equipe alvirrubra precisa vencer por mais de um gol. Vitória simples leva para os pênaltis. Se perder será a 10° decisão perdida para o rival em 51 anos.

Jorge Andrés Roa Jimenez, ou simplesmente Jimenez, volante paraguaio de 26 anos chegou ao Náutico em 2018 para a disputa da série C. Passou por uma fase de adaptação e realizou poucos jogos, mas com a ajuda do amigo e também paraguaio Ortigoza terminou o ano com moral no elenco.

Ano passado foram apenas seis jogos com a camisa do Náutico, “foi um momento de adaptação, meu amigo Ortigoza me explicou a situação na chegada ao clube, o que significava jogar no Náutico. No dia a dia fui me adaptando ao idioma e aos companheiros que foram me tratando melhor. Fui pegando confiança e trabalhando para ter uma oportunidade”, lembra Jimenez.

A contratação do volante paraguaio veio por meio de uma base de dados da equipe alvirrubra que já tinha o jogador sob observação. Quem solicitou a contratação do atleta foi o então treinador da equipe, Roberto Fernandes que pouco tempo depois deixou o lugar, assumido por Márcio Goiano.

“Quando eu cheguei trabalhei pouco com Roberto Fernandes até pela demora de documento Depois com Márcio fiquei trabalhando, tenho boa relação. Foi um dos treinadores que me deu mais confiança para realizar meu trabalho dentro de campo e estou muito agradecido a ele”, comentou.

Em 2019 comandado por Márcio Goiano, Jimenez foi utilizado em 14 dos 18 jogos oficiais disputados pela equipe. Das 14 participações oito foram como titular. Jimenez ressalta bom o bom momento com a camisa alvirrubra.

“A briga está muito difícil, fazem 15 jogos que a gente não perde e tem uma confiança muito grande. O grupo em si é muito forte a competividade é grande ninguém tem o posto assegurado. Temos que gerar duvida no treinador para ele colocar o melhor em campo” disse Jimenez que ainda falou da adaptação sem o amigo Ortigoza.

“ficou difícil sem ele. Durante as férias treinei com ele e sempre me ajudou, falou e aconselhou. É um jogador muito experiente e profissional e é importante escutar. Sem ele estou trabalhando ao máximo para poder ter sucesso como ele teve aqui no Náutico”.

Perguntado se sente adaptado ao Recife, Jimenez respondeu: “No dia, dia estou muito feliz aqui no Náutico é um clube muito grande e estou sentido o valor das pessoas ao meu trabalho dentro de campo. Estou muito feliz de está aqui e agora é seguir trabalhando por oportunidades”.

^{Jogador almeja conquistas em 2019 com a equipe alvirrubra Foto: Rafael Bandeira/LeiaJá Imagens}

Na chegada ao Náutico em 2018 Jimenez se colocou como um segundo volante, um jogador de mais articulação e menos marcação, mas em 2019 tem sido o “cão de guarda” da defesa alvirrubra como primeiro volante e mudando sua forma de jogar.

“Agora com a confiança que estou pegando me sinto melhor jogando de primeiro volante, a confiança dos companheiros e treinador é bom, ajuda a pegar ritmo de jogo. A adaptação foi boa e hoje em dia estou muito feliz jogando de primeiro volante e espero ajudar a equipe”, confessou.

O volante alvirrubro espera grandes conquistas e quer colocar seu nome na história do Náutico: “Se Deus quiser vamos conquistar o acesso, vamos ser bicampeões pernambucano e poder chegar a final da Copa do Nordeste para fazer história nesse clube muito grande”, ressaltou.

“Para mim o Náutico significa muito, estou muito agradecido a diretoria, comissão técnica e meus companheiros. Tomara que seja um passo para realizar meu sonho de jogar a série A do futebol brasileiro e representar a seleção do meu país que é um sonho de criança”, completou.

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