As acusações feitas contra Titi Gagliasso na última semana, que levaram Bruno Gagliasso a prestar queixa contra Day McCarthy, estão longe de colocar um ponto final na discussão levantada e apoiada por diversas celebridades sobre a questão racial. No último domingo, dia 3, Giovanna Ewbank participou junto com seu marido e mais duas famílias de um bate-papo com Sonia Bridi para discutir o tema que ganhou visibilidade depois de a pequena ser atacada na internet.
Visivelmente emocionados, os dois falaram sobre como estão se sentindo com tudo isso e como a questão foi levantada dentro da casa deles: - Eu não tinha ideia (de como era o racismo no Brasil). É óbvio que a gente sempre soube, mas vivenciar isso de perto e dentro de casa é muito forte, é muito agressivo, machuca e a gente só sente isso quando está dentro da nossa casa, conta Gagliasso, que é complementado por Gioh: - Acho que a gente até estava um pouco despreparado com o que vinha. E a gente se sente correndo contra o tempo para conseguir as ferramentas necessárias para criar a nossa filha negra em um país racista.
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O choque foi tanto que diversas vezes os olhos do ator ficaram cheios de lágrimas, e ele ainda se mostrou preocupado em aprender com os outros entrevistados como se comportar diante de situações que podem acontecer com Titi no dia a dia. - Hoje ela não sabe, mas quando ela tiver a idade do filho dele (André, outro entrevistado do bate-papo que estava acompanhado de seu filho adolescente) ela vai entrar na internet e vai ver. E não foi a primeira vez, foi a terceira vez. A primeira vez foi uma menor de idade, a segunda vez foi um cara que já está acostumado a fazer com várias outras pessoas e agora uma pessoa se filmou falando essas coisas da minha filha.
O processo já está em andamento. McCarthy foi indiciada por crime de injúria racial depois do ocorrido. - É um assunto que vai vir à tona, e eu tenho que estar preparado para isso. Eu nunca de fato vou sentir na pele o que é o racismo, mas a minha filha é negra, né?, alou, ainda, Bruno.
Depois de tudo, Gioh ainda se questiona como essas questões ainda podem acontecer. - Eu e o Bruno nos perguntamos quantas crianças passam pelo o que a minha filha passou e não têm essa repercussão toda... E são coisas que eu nunca enxerguei e que eu estou enxergando agora. Como eu, com 31 anos, começo a enxergar só agora questões como essa?
Bruno ainda diz: - Por que eu não ajudei? Por que eu não fiz alguma coisa antes? Por que eu deixei passar algumas coisas? Isso é muito forte na minha vida!
Para Guivanna, a história deveria ter a seguinte solução: - É preciso buscar saber, é se interessar pelo outro. É perguntar para o outro o que aconteceu. É ser humano.