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O Sport divulgou, nesta segunda-feira (16), em suas redes sociais, mais uma homenagem feita para a torcedora símbolo do clube. O setor das sociais passará a se chamar "Sociais - Dona Maria José".

A decisão foi tomada durante a sessão do conselho deliberativo do clube, que foi realizada na última terça-feira (10). A solicitação para a mudança do nome do setor  partiu da diretoria do Sport, e foi aceita de forma unânime pelos conselheiros presentes na reunião.

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Dona Maria José faleceu no dia 10 de setembro devido a falência múltipla de órgãos decorrente de um câncer. A senhora, de 98 anos, era conhecida por carregar as cores do time de coração dos pés à cabeça.

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A última vez que Dona Maria José esteve presente na Ilha do Retiro foi no dia 20 de maio deste ano, em um jogo onde apenas mulheres, crianças e pessoas com deficiência estavam presentes. Durante a partida, Dona Maria foi aplaudida pelas pessoas presentes no estádio.

O Sport joga nesta segunda-feira contra o Juventude às 20h. O leão luta para conseguir os três pontos e garantir o segundo lugar na tabela de classificação.

Está sendo velado nesta terça-feira o corpo de Gabriela Anelli Marchiano, torcedora do Palmeiras de 23 anos morta no entorno do Allianz Parque, em São Paulo, após estilhaço de uma garrafa de vidro arremessada por um flamenguista atingir seu pescoço. O velório no cemitério Memorial Parque Paulista, em Embu das Artes, na região metropolitana de São Paulo, começou às 6h e tem previsão para ser encerrado às 13h, quando o corpo será enterrado.

A primeira parte da cerimônia foi reservada a amigos e familiares de Gabriela. Depois, às 10h30, o portão foi aberto também para não convidados.

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O velório reuniu muita gente, incluindo torcedores do Palmeiras e membros de todas as organizadas ligadas ao clube, que vestiam trajes alusivos às torcidas. Muitos também foram ao cemitério com a camisa do Palmeiras.

A jovem fazia parte da Mancha Alvi Verde, principal uniformizada palmeirense, e namorava com um integrante da Porks, outra uniformizada. Ela estava perto da sede da Porks, em um dos acessos ao Allianz Parque, quando estilhaços da garrafa lançada por um torcedor do Flamengo acertaram a veia jugular de seu pescoço e a glândula tireoide.

"Esses malucos que fazem isso têm que pagar. É o que eu desejo", desabafou o avô paterno da palmeirense. Usando uma jaqueta da Mancha Alvi Verde, o pai da jovem, Ettore Marchiano Neto, contou que o Palmeiras "era a vida" da filha. "A balada dela era o Palmeiras. Meninas de 23 anos gostam de outras coisas, ela gostava do Palmeiras. Era apaixonada demais", resumiu.

Ele e a mulher, Dilcilene Prado Anelli, acompanhavam a filha nas partidas do Palmeiras. Inclusive foram ao Allianz Parque no último sábado, quando Gabriela foi morta pela garrafa de vidro atirada por um flamenguista. "Vou continuar a fazer o que fazia com a Gabriela. Mas claro que, quando eu pisar lá no estádio, em cada canto, vou lembrar dela. A gente chegava juntos, ia embora juntos. Vou continuar o que ela queria, o legado dela", afirmou o pai.

"Desde pequena até os 23 anos sempre foi muito carinhosa, extremamente família, muito apegada aos avós", detalhou o tio, Bruno Tadeu Anelli, outro a se revoltar com a violência no futebol que, desde janeiro deste ano, já vitimou oito torcedores no País. "Estádio é um lugar em que não deveria haver violência, mas a sociedade está doente, precisando de cura".

LEGADO

A mãe, Dilcilene, foi quem mais conversou com a imprensa. Emocionada e também vestida com trajes da Mancha Alvi Verde, ela defendeu a organizada da qual a filha fazia parte e avisou que continuará o legado da filha. "A Gabi amava a torcida e eu vou continuar o legado dela", declarou.

"Dói muito. Nunca imaginei ver minha filha na UTI e depois no caixão. Cai a ficha, me dá um desespero, mas a força que vem lá de cima é muito grande", continuou a mãe, para quem a segurança do jogo "foi bem falha". "Isso tem que parar. Tem que ter mais amor ao próximo. Não estamos falando de futebol, estamos falando de vidas."

No local, familiares, amigos e torcedores do Palmeiras prestaram suas últimas homenagens. Foi possível ver ao menos 20 coroas de flores ao lado do caixão.

TRAGÉDIA NO ENTORNO DO ALLIANZ PARQUE

O crime aconteceu por volta das 17h45 do último sábado, isto é, mais de três horas antes do início do jogo entre Palmeiras e Flamengo, na rua Padre Antônio Tomas, entre os portões C e D, este que dá acesso aos torcedores visitantes. Havia uma proteção de metal para separar os flamenguistas dos palmeirenses, mas ela não foi suficiente para evitar a morte da torcedora. Uma outra pessoa também foi ferida pelos estilhaços de vidro.

O autor do crime, de acordo com a polícia, é Leonardo Felipe Xavier Santiago, de 26 anos, torcedor do Flamengo. Ele teve a prisão preventiva decretada pela Justiça na segunda-feira e vai responder por homicídio doloso, quando há a intenção de matar.

Segundo disse ao Estadão o delegado César Saad, que é titular da Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade), e investiga o caso, Leonardo Felipe atirou a garrafa no momento em que a divisória de metal que separava a torcida local e visitante foi aberta para a passagem de uma viatura da Guarda Civil Metropolitana.

Gabriela foi socorrida no posto de atendimento do Allianz Parque. Ao ser constatada a gravidade dos ferimentos, ela foi encaminhada à Santa Casa, onde ficou internada e passou por cirurgia. A palmeirense teve duas paradas cardiorrespiratórias, ficou em coma induzido e morreu na madrugada de segunda-feira.

Tiago Leifert se tornou um dos assuntos mais comentados do Twitter no início desta semana após se posicionar sobre a morte de Gabriela Anelli, torcedora do Palmeiras de 23 anos atingida no pescoço por estilhaços de uma garrafa antes da partida com o Flamengo, no sábado, no Allianz Parque. Para o apresentador, a palmeirense "assumiu o risco" pelo fato de ser membro de uma torcida organizada.

Leifert comentou sobre o assunto pela primeira vez durante uma transmissão ao vivo no canal "Canal 3 na Área", pela manhã, no YouTube, poucas horas após a confirmação da morte de Gabriela. Ao lamentar o caso, o apresentador disse equivocadamente que a torcedora foi atingida durante um confronto entre palmeirenses e flamenguistas na Rua Palestra Itália. A briga à qual ele se refere, segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP), aconteceu na Rua Caraibas, já durante a partida. A torcedora foi atingida antes mesmo de a bola rolar, por volta das 18h20.

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O apresentador reconheceu o erro e foi às redes sociais fazer um mea culpa pela desinformação por meio de um vídeo. No entanto, Leifert afirmou que pelo fato de Gabriela ser membro de uma torcida uniformizada, a Mancha Alvi Verde, ela "assumiu um risco". Ele aproveitou a oportunidade e citou também a necessidade de um debate sobre o papel das uniformizadas no País.

"Cometi um erro baseado nos relatos de Polícia Militar e imprensa, mas a gente já tem mais detalhes sobre o que aconteceu. Eu tinha dito que a torcedora que foi assassinada estava no confronto do portão A, mas ela estava próxima ao portão B, o visitante. Então peço desculpas", disse.

"Porém, a gente precisa conversar sobre o que está acontecendo nos estádios. Eu não estava espalhando fake news. Ela era de uma organizada. Não muda o fato, mesmo se ela estivesse no portão B provocando. Mas, hoje, quem é de torcida organizada assume um risco. Todas as tragédias que acontecem são de organizada e é isso que precisa ser discutido. Por que as organizadas estão por aí e, em um dia como hoje, meu erro de informação é tão mais importante do que um confronto de organizada. Estou há semanas dizendo que alguém vai morrer e esse problema ninguém discute", completou.

A morte de Gabriela Anelli foi confirmada pelo irmão da palmeirense na segunda-feira. Ela estava internada desde sábado em estado grave no Hospital Santa Casa, no centro da cidade, mas não resistiu aos ferimentos. Os familiares da torcedora chegaram a fazer uma campanha na redes por doações de sangue para ajudá-la.

De acordo com informações da SSP, Gabriela foi ferida em confusão nas proximidades do portão C, na rua Padre Antônio Tomas, perto da entrada de visitante. Havia uma divisão de metal separando as torcidas e os flamenguistas jogaram garrafas e pedras por cima dessa proteção. Uma outra briga entre palmeirenses e flamenguistas, na Rua Caraibas, foi contida com a ação da Polícia Militar, que usou bombas de efeito moral e gás de pimenta. A partida precisou ser paralisada por duas vezes porque jogadores e torcedores nas arquibancadas ficaram com os olhos irritados.

César Saad, titular da Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (DRADE), informou que o suspeito de cometer o crime foi identificado como Leonardo Felipe Xavier Santiago, de 26 anos. Ele declarou ser membro de uma organizada do Flamengo, mas teria ido ver o jogo sozinho. Segundo o delegado, o suspeito teve o flagrante convertido em prisão preventiva pela Justiça e vai responder por homicídio doloso consumado.

Foi a oitava morte de torcedor no futebol brasileiro em 2023. Os quatro grandes clubes do futebol paulista, Palmeiras, Corinthians, São Paulo e Santos, divulgaram nota oficial conjunta pedindo o "fim da impunidade a criminosos" de torcidas e cobrando das autoridades atitudes mais firmes para "restaurar a paz no futebol".

O torcedor do Flamengo preso pelo assassinato do palmeirense Gabriela Anelli confessou ter atirado a garrafa de vidro que matou a jovem, no último sábado (9). A informação foi confirmada pelo delegado do Departamento de Operações Policiais Estratégicas da Polícia Civil (Dope), César Saad, em entrevista ao programa Brasil Urgente, da Band.

“Ele alega que realmente arremessou [a garrafa]. Primeiro confessou, depois disse que jogou pedras de gelo nos palmeirenses. Nós vimos, por imagens", contou o delegado. 

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"Por volta de 17h30, as câmeras externas do Allianz mostram que quatro vans de torcedores do Flamengo chegam no portão de acesso de entrada dos visitantes. Ali que começou a provocação, o xingamento. Torcedores descem, havia divisória, mas tinha uma brecha. Ali foi aberto e começou a discussão que culminou na morte com o arremesso da garrafa", detalhou César Saad. 

O delegado ainda contou que o homem é carioca, mora no Rio de Janeiro e teria ido a São Paulo apenas para assistir o jogo. Ele também é ex-integrante de uma torcida organizada do Flamengo.

Gabriela Anielli, torcedora do Palmeiras que foi morta por um caco de vidro após confusão nos arredores do Allianz Parque na partida contra o Flamengo, é a oitava vítima de brigas no futebol brasileiro em 2023. Estilhaços de um caco de vidro oriundo de uma briga de torcida acabou matando a jovem de apenas 23 anos de idade. Mas esse não é um caso isolado no território nacional.

Em março deste ano, um jogo que envolveu flamenguistas brigando com vascaínos terminou com uma pessoa morta. Em abril, foi a vez de torcedores do Flamengo e Fluminense brigarem e acabaram gerando mais uma morte. 

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Também em março deste ano, torcedores de CSA e Confiança se enfrentaram pelas ruas da capital cearense e um torcedor do CSA foi morto depois de levar barradas de ferro. No mesmo mês, e no mesmo estado, a briga foi entre torcedores do Ceará e Iguatu que terminou com mais uma morte.

No Recife em maio deste ano torcedores de Santa Cruz e Campinense se enfrentaram, e mais uma morte foi registrada. Em Belém do Pará, um torcedor do Corinthians foi atingido por um rojão em conflito e acabou morrendo.

A torcedora palmeirense, de 23 anos, atingida no pescoço por uma garrafa de vidro durante confusão ocorrida antes da partida entre o clube paulista e o Flamengo, no último domingo (9), morreu na manhã desta segunda-feira (10). A informação foi divulgada pela família de Gabriela Anelli nas redes sociais.

"Obrigado a todos que oraram pela minha irmã. Mas ela foi morar com o papai do céu. Tem coisas que acontecem que estão além do nosso limite do entendimento. Sei o quanto você lutou cada segundo e você de fato sempre foi uma guerreira. Olhe por nós do céu e proteja nossa família", escreveu o irmão de Gabriela, Felipe Marchiano.

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Gabriela estava internada em estado grave na Santa Casa, no Centro de São Paulo. A jovem sofreu duas paradas cardíacas. "A dor da família é imensurável. Não dá para acreditar em tanta maldade nesse mundo e a Justiça tão falha nesse Brasil. Nossa família não merece passar por esse luto", escreveu nas redes sociais Mariana Anelli, prima da jovem.

O Palmeiras, também por uma rede social, lamentou a morte da torcedora. "Lamentamos profundamente a morte da torcedora Gabriela Anelli, atingida por uma garrafa nas imediações do Allianz Parque, antes do jogo contra o Flamengo, no sábado. Não podemos aceitar que uma jovem de 23 anos seja vítima da barbárie em um ambiente que deveria ser de entretenimento. Manifestamos solidariedade à família da palmeirense e cobramos celeridade na apuração deste crime, que fere a nossa razão de existir e compromete a imagem do futebol brasileiro".

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Uma torcedora do Athletico foi indiciada por suspeita de ter cometido atos racistas durante o confronto entre o seu time e o Atlético-MG. As informações são do G1. O jogo aconteceu na última quarta-feira (15), em Curitiba.

Durante a partida, atos racistas foram identificados no meio de uma confusão generalizada em caráter de protesto decorrente de personalidades que ocupavam o camarote VIP da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Em meia a confusão, uma jovem de 24 anos realizou cenas de comportamento preconceituoso em direção à torcida que se manifestava, além dela, outras duas pessoas realizaram cenas racistas na ocasião.

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A torcedora foi identificada e prestou depoimento nessa sexta-feira (17), na Delegacia Móvel de Atendimento ao Futebol e Eventos (Demafe). No momento, a mulher disse que, no intervalo da partida, torcedores começaram a atirar objetos contra representantes da CBF que estavam no estádio. Segundo contou a polícia, foi nesse momento que ela disse: “calma, vocês parecem uns primatas”. Ainda contou que foi nesse momento que fez os gestos de caráter racista. O depoimento durou cerca de 30 minutos.

O Athletico Paranaense informou que tomou conhecimento dos vídeos e que "não medirá esforços para investigar os acontecimentos e repassar todas as informações às autoridades competentes". Em nota, o clube afirmou ainda que "racismo é inaceitável e, mais do que isso, criminoso".

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Neste domingo (8) é comemorado o Dia Internacional da Mulher e será disputado, pela sétima rodada do Campeonato Paraense, o clássico entre Remo e Paysandu, o Re x Pa. A data marca a luta das mulheres pela conquista do seu espaço e liberdade para frequentar diversos locais sozinhas, inclusive estádios de futebol, como torcedoras ou profissionais.

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Predominantemente masculino e preconceituoso, o futebol surgiu marcado pelo machismo. No dia 14 de abril de 1941, o Decreto-Lei 3199/ art.54 determinava que as mulheres eram proibidas de praticar diversos esportes. Somente no início dos anos 2000 elas começaram a frequentar, mais assiduamente, as partidas de futebol.

Profissionalmente, a situação também só vem se modificando há pouco tempo. A radialista esportiva Paula Marrocos destacou a importância da participação da mulher no esporte. "Eu hoje tenho muito orgulho do espaço que eu conquistei, de ser uma inspiração para outras meninas, de dar essa representatividade. Pois a mulher pode estar realmente onde ela quiser, e que isso não vire um clichê e seja em si um fato na nossa sociedade", disse.

Paula ressaltou o aumento da visibilidade da figura feminina no futebol. "Hoje em dia a gente já consegue ver mais mulheres no esporte, por isso me sinto representada quando eu vejo uma apresentadora, uma comentarista, uma repórter, participando de uma transmissão comentando a respeito de um jogo e falando em programas esportivos", assinalou.

A radialista falou sobre os comentários machistas que ouviu após a narração da final do Campeonato Feminino de Futebol 2019. "Logo após eu realizar a narração, junto com a Karen Sena e a Lauany Challiê, recebi muitos comentários na internet a respeito desse evento, dizendo que nós não tínhamos capacidade, que estávamos ali só pra atender uma cota. Foi a primeira transmissão totalmente feminina pela rádio no Norte e Nordeste do país. Foi um momento muito importante para a gente. Eu tive a oportunidade de estrear como narradora de futebol. Tive muitos pontos positivos e alguns negativos", avaliou.

Apesar do machismo, Paula Marrocos continua lutando por um lugar para a mulher no esporte. “Que nós não sejamos cotas, mas que sejamos de fato tratadas como profissionais, e que esse espaço seja nosso não porque a gente tá chegando para ocupar, mas porque ele está ali para ser ocupado por pessoas competentes", destacou.

Para a radialista, levantar a bandeira da defesa das mulheres é fundamental para mudar a realidade. "Tenho certeza também que tenho muito apoio de minhas colegas de trabalho, de outras empresas, como a Mari Malato e a Tayná Martinez da CBN (Rádio CBN Amazônia). São pessoas que eu admiro e viraram referências para mim", disse.

Paula também aponta a importância de ter que se firmar nesse meio. "A resposta para todo esse machismo dentro do esporte é você ter conteúdo e lutar para conseguir mostrar para as pessoas que você está ali porque de fato você entende, porque você conhece", afirmou.

Bianca Mesquita, jogadora da equipe feminina do Clube do Remo, ressaltou quais foram as maiores dificuldades enfrentadas ao entrar no mundo do futebol no Estado. "O futebol feminino aqui no Pará não é muito valorizado. As barreiras são grandes por sermos mulheres, com o machismo e o preconceito, então é muito difícil. Não temos grandes oportunidades como os homens têm. É muito complicado você receber uma proposta de um clube grande para fora, ter um contrato assim como em um time masculino. Sem falar que não temos ajuda de nada, nem patrocínio ou qualquer outra coisa. Estamos no clube por amor", contou a jogadora.

Aline Costa, técnica da equipe feminina do Paysandu Sport Club, reclamou da falta de auxílio para as mulheres do futebol feminino paraense. "Nossa maior dificuldade é a falta de estrutura e apoio com as nossas atletas", afirmou. "Um grande exemplo desse descaso pode ser observado no campeonato de futebol feminino de 2019, no qual a atleta bicolor Dan fraturou a sua clavícula no estádio e teve que ser levada para o hospital por um carro de aplicativo, devido à falta de auxílio médico na partida. No dia também não houve presença de policiamento."

Arbitragem

Outra figura importante no Pará é a nova bandeirinha do quadro da FIFA, Bárbara Loiola. Ela contou que no esporte paraense há inúmeras dificuldades, principalmente a baixa visibilidade. "Dificuldades temos em todos os lugares, não só aqui como em outros Estados. Claro que há mais visibilidade no Rio de Janeiro e São Paulo devido aos jogos e aos times de lá. Mas eu acredito que um excelente trabalho dentro do campo vai fazer você ser vista", observou.

A torcedora remista Caroline Gomes, secretária da torcida Barra Brava Camisa 33 e atuante na diretoria da banda do clube, revelou suas dificuldades sendo uma mulher na torcida. "O primeiro impasse que eu tive foi dentro de casa, pelo fato de não deixarem eu ir para os jogos por eu ser mulher. Depois que aceitaram que eu iria, começou a questão da roupa. Queriam que eu sempre fosse com roupas maiores, nada muito curto, nem apertado. E quando você vai sozinha de ônibus, ao entrar você já se vê rodeada de aproximadamente uns 30 homens, e nenhum tem o mínimo do respeito, de que qualquer comentário pode te fazer sentir mal e oprimida. Ao chegar no estádio continua a mesma coisa. Escutamos muitas piadinhas e muitos comentários machistas", destacou.

Na opinião de Caroline, as pessoas precisam entender que o esporte não é majoritariamente masculino. "É um espaço de visibilidade para todos, e todas as mulheres devem ter a total liberdade de ir para onde quiserem, para o jogo que quiserem e com a roupa que quiserem, pois já passou mais do que da hora de nós começarmos a andar livremente sem ter que se sentir oprimida em qualquer maneira", afirmou.

A torcedora bicolor Williane Coelho, colunista desportiva no blog nacional MEC (Mulheres em Campo), falou sobre o que significa para ela ser uma mulher dentro do esporte. "Eu sinto, além da realização pessoal, uma responsabilidade, por ocupar um lugar de fala que não é só meu. O que eu falo tem peso para as mulheres em geral", disse.

"Falar que se sente representada seria diminuir o tamanho do machismo no futebol, porque você colocar três ou quatro mulheres em um programa esportivo não é representatividade, é você tentar sanar um problema da sociedade. Ainda existe um caminho longo para trazer as mulheres dentro do campo", disse Williane, ao ser questionada sobre a representatividade feminina no futebol.

Mesmo com todo preconceito e a falta de reconhecimento, as mulheres continuam lutando por igualdade na sociedade. Neste domingo não será diferente. Centenas de torcedoras de Clube do Remo e Paysandu Sport Club estarão no estádio do Mangueirão, às 16 horas, seja para torcer ou trabalhar. Elas vão acompanhar o clássico de número 753. Os clubes estão programando homenagens para as mulheres.

Reportagem de Beatriz Reis, Karoline Lima, Sabrina Avelar e Yasmin Seraphico.

 

 

 

 

Já imaginou chegar no Santiago Bernabeu na Espanha, casa do Real Madrid, entrar em uma fila para fazer um tour e sair como sócia do clube? Tudo isso aconteceu na quarta-feira(29) com a recifense Maria Fernanda Guedes de 18 anos, torcedora do Santa Cruz, que está de férias na Europa.

Em conversa com o LeiaJá, a torcedora e agora sócia do Real Madrid contou como tudo aconteceu. “ Cheguei em Madrid um pouco tarde, só que eu queria logo ver o estádio. Estava eu meu pai e minha vó. A gente deixou ela em um café e foi eu e meu pai. Na fila meu pai encontrou uns vizinhos e ficou conversando e eu tentando falar com o ‘cara’ que estava vendendo só que ele falava muito rápido” argumentou.

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“Ele estava com um papel cheio de números que eram os valores de cada pacote. Eu estranhei ser bem caro, mas eu não entendia o que ele falava a já eram 17:45, o tour é até 19h. Aí eu só respondia: si, si, si. Quando eu paguei uma moça pediu minha identidade, meu endereço. Eu estranhei, mas pensei que seria para eles ter o controle de quem ia visitar”, explicou.

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Depois de todo esse desenrolar que Maria Fernanda recebeu a surpresa, ela tinha virado sócia do Real Madrid. “Ela me deu um cartãozinho com meu nome eu pensei ‘que chique’ e aí começou a me dar uma braçadeira de capitão, uma faixa, uma foto oficial, desconto de restaurante, um monte de coisa. Foi aí que descobrir que tinha virado sócia do Real Madrid”, finalizou.

Maria Fernanda confessou que tinha a intenção de assistir a grande decisão da UEFA Champions League entre Tottenham e Liverpool no sábado (1º) no Wanda Metropolitano, estádio do Atlético de Madrid, mas com poucos ingressos que custam acima dos 1500 euros, Fernanda não estará no duelo.

O Sport nunca jogou no Amapá. No entanto, nesta quarta-feira (7), o Leão enfim atuará no Estado no confronto diante do Santos (AP), pela Copa do Brasil, às 18h30, horário de Recife. Para uma torcedora leonina, a partida será ainda mais especial.

A advogada Patrícia de Almeida é natural de Recife, mas se mudou para o Amará há 24 anos. Rubro-negra, ela afirmou que ver o Leão atuando em solo amapaense era a realização de um sonho. Ansiosa pela partida, ela tratou logo de receber o elenco leonino, nessa terça-feira (6), na chegada do grupo ao aeroporto em Macapá, cidade onde será realizado o jogo.

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A torcedora ainda teve a oportunidade de acompanhar o treino da equipe comandada pelo técnico Nelsinho Baptista. De acordo com Patrícia, outro momento marcante foi conhecer o goleiro Magrão.

“Sempre sonhei em ver o Sport jogar aqui. A Copa do Brasil é legal pelo fato de proporcionar esse tipo de confronto. Estou muito feliz e pode me esperar que estarei no treino e no jogo. “Sou fã dele (Magrão). Um dos maiores goleiros do Brasil. E é do Sport!”, declarou a torcedora, conforme informações da assessoria de imprensa do clube pernambucano. Até então, Patrícia acompanhava as partidas do Rubro-Negro pela televisão.

O goleiro Magrão agradeceu o carinho da torcedora e ressaltou a apoio de outros torcedores. “Eu sabia que iríamos encontrar algum torcedor aqui. Desde quando entrei no Sport, vejo torcedores em todos os lugares que joguei. É muito bom isso”, disse o ídolo leonino, segundo o site do clube.

Na partida contra o Santos, o Sport só precisa de um empate para garantir a classificação para a próxima fase da Copa do Brasil. Caso a equipe pernambucana saia derrotada, automaticamente será eliminada da competição nacional.

LeiaJá

--> Sport 1987: Torcedores relembram emoção do título na Ilha 

O Botafogo divulgou em uma de suas redes socias uma promoção visando aumentar ainda mais o público da próxima partida do time, contra o Sport, pelas oitavas de final da Copa do Brasil. Mulheres que estiverem vestidas com a camisa do Botafogo terão acesso gratuito ao Estádio Nilton Santos, o Engenhão, nesta quarta-feira (26), para o jogo, marcado às 21h45.

O jogo marca a estreia dos Alvinegros na competição. Já o Sport se classificou ao vencer o Joinville nos pênaltis na última quarta (19).

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Confira o anúncio postado pelo Botafogo em seu perfil no Twitter:

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A torcedora gremista Patrícia Moreira, flagrada por câmeras de televisão xingando o goleiro Aranha, do Santos, na semana passada em partida contra o Grêmio, em Porto Alegre, veio a público nesta sexta-feira para negar que tenha cometido ato racista, ao utilizar a palavra "macaco" para se referir ao jogador santista, e pedir desculpas publicamente.

"Eu peço perdão de coração, eu não sou racista. Aquela palavra, 'macaco', não foi racismo da minha parte. Não tive a intenção racista. Foi no calor do jogo. O Grêmio estava perdendo, o Grêmio é minha paixão mesmo. Eu sempre larguei tudo para ir no jogo do Grêmio", disse a torcedora, em um rápido pronunciamento à imprensa em um hotel na cidade Porto Alegre, onde mora.

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Sem esconder o abalo gerando pela polêmica que ganhou internacionais, Patrícia chorava muito a cada palavra proferida. Parecia assustada. Aos soluços, garantiu que não quis ofender ninguém com atos racistas. "Peço desculpas ao Grêmio, ao tricolor. Peço desculpas ao Aranha, peço perdão. Perdão mesmo", declarou a torcedora, de 23 anos.

De acordo com o advogado da torcedora, Alexandre Rossato, é desejo da jovem se desculpar com Aranha pessoalmente. "O que ela mais quer é pedir desculpas pessoalmente ao goleiro Aranha", afirmou aos jornalistas depois que a gremista deixou a sala.

Segundo o defensor, sua cliente não é racista e se utilizou do termo "macaco" apenas para fazer um xingamento ao jogador adversário. "Macaco no contexto dentro do jogo de futebol não se torna racista, ainda mais com a intenção dela. Isso se torna um xingamento. O termo 'macaco' é mais um termo usado dentro do futebol", afirmou.

Rossato lamentou a exposição que Patrícia vem passando desde o ocorrido e afirma que ela só não recebeu mais ameaças porque estava escondida. "Ela perdeu a vida dela. Por isso não está mais sofrendo ameaças, porque não está mais sendo localizada", declarou o advogado.

Ele chamou de "julgamento público" o que a jovem vem passando. "Esse caso vai ser um marco para efetivamente terminar com o racismo. Estaríamos sendo hipócritas punindo só a Patrícia. Ela infelizmente já foi julgada socialmente. O racismo está inserido na sociedade, infelizmente é um problema social e não podemos jogá-lo tão somente sobre essa menina."

O polêmico episódio aconteceu na quinta-feira da semana passada, durante a partida entre Grêmio e Santos, na ida das oitavas de final da Copa do Brasil. Câmeras do canal ESPN flagraram a torcedora chamando o goleiro Aranha de "macaco" quando outros torcedores do time da casa também ofendiam o santista imitando sons de macaco no mesmo lado da arquibancada.

O caso virou polêmica nacional e acabou no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que excluiu o Grêmio da Copa do Brasil como punição pelo comportamento discriminatória de sua torcida. A eliminação da equipe gerou repercussão internacional e ganhou a aprovação do presidente da Fifa, Joseph Blatter, que lidera campanhas antirracismo na entidade.

Na gíria popular pernambucana, uma pessoa desenrolada é aquela que sempre consegue o que quer e não importa a dificuldade. Assim é a jovem Andréa Queiroz, 19 anos, que mora em Olinda e foi ao hotel em que a Seleção da Espanha está hospedada, na Avenida Boa Viagem. Ela, desenrolada toda, chegou por volta de 8h40 na intenção de conseguir uma foto ou um autógrafo. Até o início da tarde não tinha conseguido, mas não reclamou. Ao lado de vários jornalistas do mundo todo, ela acompanhou as entrevistas coletivas de Jesús Navas, do Manchester City, e Roberto Soldado, do Valencia, na sala de entrevistas.

O principal objetivo dela poderia ter sido alcançado, mas assim que a coletiva acabou, os jogadores deixaram a sala rapidamente.“Vou ficar esperando aqui no hotel. Eles devem sair no final da tarde para treinar, pode ser a minha chance. Se não der, vou ficar esperando eles voltarem”, disse Andréa.

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Ela é atleta de futebol do Sport e começou a acompanhar a “La Roja” em 2004. “Comecei a gostar da Espanha por causa do estilo de jogar. E como sou jogadora, me encantei com o futebol deles. Não tem como não gostar”, comentou.

Já passava das 14h e Andréa ainda não tinha almoçado. Ela olhava insistentemente para a janela na tentativa de ver algum jogador. Em especial, o meia Xavi, do Barcelona. “Sou fã dele. Trouxe também uma camisa do Barcelona. Uma foto ou autógrafo dele já vale muito”, concluiu.

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