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Líderes da União Europeia (UE) viram com bons olhos a decisão tomada neste domingo pela Itália, de convidar o ex-comissário europeu e economista Mario Monti para formar o próximo governo, num movimento que visa a combater a crise da dívida. Entretanto, Bruxelas afirmou que vai continuar monitorando o desempenho de Roma.

O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, e o presidente da União Europeia, Herman Van Rompuy, disseram que a decisão do presidente italiano, Giorgio Napolitano, de convidar Monti para formar o governo "envia mais um sinal encorajador sobre a determinação das autoridades italianas para superar a crise atual". As informações são da Dow Jones.

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A Comissão Europeia confirmou neste domingo que recebeu uma resposta por escrito da Itália a questões sobre seus planos de reforma econômica. "Posso confirmar que recebemos a carta", disse um porta-voz da União Europeia, Michael Jennnings.

"Estamos avaliando a carta atentamente. Também precisamos receber mais informações de nossa missão em Roma", completou ele.

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Ainda não está claro por quanto tempo a missão da comissão ficará em Roma para avaliar o plano de austeridade e de finanças do país, disse Jennings.

O executivo da UE havia enviado a Roma uma carta com 39 questões detalhadas sobre seu plano de austeridade. As informações são da Dow Jones.

O governo da Croácia vai assinar em 9 de dezembro um tratado para ingressar na União Europeia (UE) em 2013, afirmou a primeira-ministra do país, Jadranka Kosor. "Essa é uma ótima notícia para a Croácia, para o governo e para mim", disse Kosor, segundo informações da agência estatal HINA.

Kosor afirmou que o tratado será assinado por ela e pelo presidente croata, Ivo Josipovic. A cerimônia acontecerá cinco dias depois de uma eleição geral em que o partido da primeira-ministra, o HDZ, provavelmente perderá, segundo as pesquisas mais recentes.

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Konrad Niklewicz, porta-voz da presidência rotativa da UE - atualmente detida pela Polônia -, confirmou que o tratado será assinado paralelamente a uma reunião de cúpula do bloco em 9 de dezembro. As negociações para o ingresso da Croácia no bloco foram concluídas em junho.

O país deve se tornar o mais novo integrante do bloco a partir de 1º de julho de 2013. Antes de fazer parte da União Europeia, a Croácia precisará consultar a população por meio de referendo e o tratado assinado por Kosor precisará ser ratificado pelos parlamentos da Croácia e de todos os 27 países do bloco. As informações são da Dow Jones.

A Rússia está usando seu gás natural como "arma" nas relações internacionais, acusou hoje o comissário de energia da União Europeia (UE), Günther Oettinger. A declaração do comissário foi feita durante um debate sobre segurança energética no Parlamento Europeu e expõe o momento de tensão entre Bruxelas e Moscou em termos de relações energéticas.

Segundo Oettinger, o primeiro-ministro da Rússia, Vladimir Putin, "não está interessado em formar um novo Exército Vermelho, pois vê a energia como sua arma". Na opinião do comissário, a UE precisa se aperceber disso rapidamente e reagir unida.

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As declarações de Oettinger vêm à tona apenas algumas semanas depois de o presidente da Rússia, Dmitry Medvedev, ter pedido a seu Conselho de Segurança Nacional que avalie as ameaças potenciais às relações energéticas com a UE.

Observadores externos advertem há algum tempo que a Rússia vinha utilizando seu gás como ferramenta de política externa, mas autoridades europeias raramente têm feito uso de termos tão duros em declarações públicas. Oettinger tem a fama de ser um dos comissários mais sinceros em seus comentários. Pressionado por jornalistas, ele esclareceu que as palavras pronunciadas hoje foram uma tentativa de dar um quadro da situação.

A tensão entre Moscou e Bruxelas em torno da questão energética já vem de algum tempo. A Rússia fornece mais de 25% do gás consumido na UE. Autoridades europeias têm permanecido em alerta desde que conflitos entre Rússia e Ucrânia provocaram a interrupção da distribuição de gás para outras partes da Europa em anos recentes. As informações são da Dow Jones.

O primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou, pode anunciar sua renúncia após uma reunião de gabinete que vai pavimentar o caminho para a formação de um novo governo, afirmou uma fonte do Partido Socialista. A reunião está marcada para as 12h (de Brasília) deste domingo. "Papandreou quer encerrar esse impasse hoje. Ele vai informar ao gabinete as suas decisões e pode renunciar hoje", disse a fonte do partido governista.

Mais cedo, Antonis Samaras, líder do oposicionista Nova Democracia, pediu a renúncia imediata de Papandreou. As informações são da Dow Jones.

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O primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou, tem de renunciar ao cargo, afirmou Antonis Samaras, líder do principal partido de oposição no país, o Nova Democracia, acrescentando que ele está aberto a negociações com o governista Partido Socialista sobre a formação de um novo governo.

Após se reunir com o presidente grego, Karolos Papoulias, Samaras declarou que está preparado para ajudar na formação de um governo interino "desde que Papandreou renuncie". "O fato de Papandreou não ter deixado o poder está bloqueando qualquer possível solução", disse o oposicionista.

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As declarações foram feitas após uma semana de turbulência política na Grécia, que ameaçou dificultar o resgate financeiro oferecido ao país e teve o ápice na votação de uma moção de confiança que terminou na manhã de sábado.

Papandreou recebeu o voto de confiança e marcou uma reunião de gabinete para as 12h (de Brasília) deste domingo, para se preparar para uma reunião de ministros de Finanças da zona do euro programada para amanhã. As informações são da Dow Jones.

O ministro de Relações Exteriores da Alemanha, Guido Westerwelle, afirmou que o tratado da União Europeia deveria ser modificado para fortalecer o poder de supervisão do bloco sobre os países membros que enfrentam problemas financeiros.

Se necessário, disse Westerwelle, a União Europeia deveria, junto com o Fundo Monetário Internacional (FMI), poder intervir diretamente nos orçamentos dos países do bloco que recebessem ajuda financeira mas não conseguissem cumprir suas metas fiscais.

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No entanto, os ministros de Luxemburgo e da Finlândia discordam. Eles dizem que mudar o tratado da União Europeia é uma tarefa muito grande para ser resolvida no momento e, em vez disso, o bloco deveria tentar reforçar as regras orçamentárias por meio dos canais existentes. As informações são da Dow Jones.

O papel do Fundo Monetário Internacional (FMI) na crise da Europa se tornou o ponto de polêmica do G-20. Os ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais do grupo, reunidos hoje em Paris, discutiram o tema, mas não chegaram a definições concretas. Uma decisão só poderá ser tomada depois que a União Europeia apresentar um plano de ação para enfrentar a turbulência.

Alguns integrantes, como Brasil e França, sugerem ampliar a capacidade de empréstimos aos países da zona do euro com dificuldades. Mas há divergências: os Estados Unidos e a Alemanha, por exemplo, se posicionam contra a medida. A visão da maioria, que prevaleceu no comunicado divulgado hoje, é a de que o "FMI deve ter recursos adequados para cumprir suas responsabilidades sistêmicas e espera discussão sobre isso em Cannes".

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A decisão, portanto, ficou para o encontro de cúpula do grupo, a ser realizado nos dias 3 e 4 de novembro. "As discussões estão em andamento", disse o ministro de Finanças da França, François Baroin, em coletiva após a reunião realizada hoje, em Paris. Segundo ele, os participantes do encontro não chegaram a definir os valores que seriam necessários para o fundo, que hoje conta com US$ 400 bilhões.

O Brasil deixou sua posição clara e inclusive entregou texto com propostas. O País sugere o uso de linhas de crédito bilaterais que ficariam à disposição para serem usadas se necessário. Para o ministro da Fazenda, Guido Mantega, seria importante dar uma sinalização de que o FMI está fortalecido para enfrentar a crise, o que já contribuiria para restaurar a confiança dos mercados. Ele lembrou que, no acordo de 2009, o Brasil se comprometeu com US$ 14 bilhões para o FMI, mas ainda não chegou a desembolsar nem US$ 10 bilhões, porque não foi preciso.

Um reforço do fundo agora representaria um "momento Londres", como aponta a proposta brasileira, numa referência ao encontro realizado na capital britânica em abril de 2009, que definiu um aumento dos recursos do FMI de US$ 250 bilhões para US$ 1 trilhão. De qualquer forma, a decisão de fortalecer o fundo só será possível se a União Europeia conseguir chegar a um plano para solucionar sua própria crise. Medidas como a recapitalização dos bancos, ampliação do fundo de resgate europeu e a negociação sobre a dívida da Grécia estão sendo discutidas e devem ser definidas na reunião de cúpula da UE, em 23 de outubro. Amarrado, o G-20 pressiona e espera por definições.

Envolvidos em dificuldades fiscais, os Estados Unidos não querem colocar mais dinheiro no FMI, até porque isso teria de passar pela aprovação do Congresso, como lembrou Mantega. O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, avalia que o FMI já está preparado e não precisa de mais dinheiro. "Sabemos qual é a posição dos Estados Unidos", disse o ministro francês.

Para os países ricos, outra barreira seria o aumento do poder dos emergentes no fundo, que invariavelmente viria com as novas condições de crédito. Mantega fez questão de ressaltar que não deve haver atraso na implantação do cronograma de reforma do FMI, no qual os países em desenvolvimento ganham maior peso na distribuição de cotas.

O Brasil também apoia a sugestão da França de realizar uma nova emissão de direitos especiais de saque (SDR, na sigla em inglês), a " a cesta de moeda do FMI", como foi feito em 2009, para fortalecer as reservas do fundo. "O Brasil, como a França, acredita que o SDR é um elemento potencialmente fundamental na transição de longo prazo para um sistema monetário internacional mais balanceado, que reflete melhor a economia mundial cada vez mais multipolar", diz a proposta brasileira. O G-20 está discutindo a ampliação do número de moedas que formam o SDR, debate que deve prosseguir em Cannes.

A União Europeia (UE) precisa construir um regime regulatório financeiro que inclui a supervisão supranacional de bancos, afirmou hoje Ajai Chopra, diretor do Departamento Europeu do Fundo Monetário Internacional (FMI). Chopra também disse que a proposta atual para corrigir os bancos não é suficientemente ambiciosa.

Em discurso em conferência com economistas irlandeses em Kenmare, Irlanda, Chopra disse que já é tempo de a Europa olhar para além da crise e estabelecer uma "estrutura integrada para prevenção de crise". Chopra defendeu a necessidade de a Europa articular uma visão comum para seu futuro e olhar além da crise, além de resolver os problemas atuais. "Caso contrário as tensões econômicas persistirão", afirmou ele. As informações são da Dow Jones.

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Os Estados Unidos e a União Europeia (UE) pediram formalmente nesta quinta-feira que o presidente da Síria, Bashar Assad, deixe o poder por causa da forte repressão aos manifestantes contrários ao seu governo. O presidente Barack Obama anunciou novas sanções contra o governo sírio, enquanto a UE deve tomar uma decisão sobre sanções na sexta-feira, durante uma reunião de embaixadores do bloco.

Obama declarou que chegou a hora de Assad renunciar pelo bem de seu povo e emitiu uma nova ordem executiva incluindo o que chamou de sanções "sem precedentes" para "aprofundar o isolamento financeiro do regime de Assad e impedir sua capacidade de financiar sua campanha de violência contra o povo sírio".

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O documento da Casa Branca determina que o Departamento do Tesouro congele imediatamente de todos os ativos sírios sob jurisdição norte-americana e proíbe os cidadãos norte-americanos de participar de transações financeiras envolvendo o governo sírio. A norma também proíbe os EUA de importar petróleo e derivados de origem síria, além de proibir investimentos no país.

Em comunicado por escrito, Obama disse que Assad tem sido responsável por ataques a seu povo, que realiza protestos por mais liberdades. "Nós temos declarado de forma consistente que o presidente Assad deve liderar uma transição democrática ou sair do caminho", afirmou. Este foi o primeiro pedido explícito de Obama para Assad deixar o poder.

A Alta Representante para as Relações Exteriores e Política de Segurança da União Europeia (UE), Catherine Ashton, também pediu nesta quinta-feira que o presidente da Síria, Bashar Assad, renuncie. Em comunicado, ela declarou que "a UE percebe a completa perda de legitimidade de Bashar Assad aos olhos do povo sírio e a necessidade de ele deixar o poder".

Na declaração, que promete novas sanções contra a Síria, Ashton condena a repressão do governo aos manifestantes e diz que essas medidas "mostram que o regime sírio não está disposto a mudar".

Em documento conjunto, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o primeiro-ministro britânico, David Cameron, disseram que o regime de Assad "ignorou as vozes do povo sírio e continuamente enganou a população e a comunidade internacional com promessas vazias".

Os embaixadores da UE se reunirão na sexta-feira para discutir uma série de opções para a imposição de sanções contra o regime, disseram diplomatas à Dow Jones.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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