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Estilo ou gênero? Muitos críticos até hoje se perguntam o que é, afinal, o cinema noir que marcou época em Hollywood nos anos 1940 e 50. Um movimento, com certeza, porque esses filmes se tornaram tendência num momento crítico. Você encontra agora um sugestivo panorama do noir na nova caixa da Versátil. São três discos com seis filmes. Alguns são raridades - Entre Dois Fogos/Raw Deal, de Anthony Mann, de 1948; e O Cúmplice das Sombras, de Joseph Losey, de 1950.

Outros são filmes de diretores sempre associados ao noir - Passos na Noite/Where the Sidewalk Ends, de Otto Preminger, também de 1950; e Anjo Mal/Pick-Up on South Street, de Samuel Fuller, de 1953. Os restantes são as obras emblemáticas do noir, os filmes que os críticos quase sempre enumeram quando se trata de tentar explicar o que era aquele cinema. Fuga do Passado/Out of the Past, de Jacques Tourneur, de 1947; e A Morte Num Beijo/Kiss Me Deadly, de Robert Aldrich, de 1955.

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Estilo? O noir se caracteriza por um forte estilo visual. São histórias urbanas, sórdidas - e nada redentoras, numa indústria que chegou a instituir um código (Hays) para moralizar os relatos e disciplinar o uso do sexo e da violência na tela. Filmadas em preto e branco, e com fortes contrastes de luz e sombras, essas histórias são quase todas, ou sem exceção, herdeiras do expressionismo que triunfara no cinema alemão após a derrota do país na 1.ª Grande Guerra. O triunfo do nazismo produziu uma diáspora. Grandes artistas, incluindo fotógrafos, fugiram da Alemanha e encontraram abrigo na 'América'. Foram eles os artífices da herança do expressionismo na tradição noir.

Isso é verdade - em parte -, mas não explica tudo. Pois na literatura norte-americana triunfara uma tendência literária chamada de hardboiled. Eram relatos de crimes, especialmente histórias de detetives, com base na tradição romântica. O termo tem um pé na culinária. Refere-se à cocção dos ovos. O herói é, invariavelmente, um durão, adotando uma atitude cínica em relação a sentimentos como apreensão, medo e terror que, desde o precursor Edgar Allan Poe - com Os Assassinatos da Rua Morgue -, sempre impregnaram o harboiled e, posteriormente, o noir. Na selva das cidades, homens são enganados por mulheres, homens e mulheres são enganados por aparências e a busca por poder e dinheiro provoca a violência. Um estilo e um movimento, porque esse tipo de filme floresceu durante duas décadas, enriquecendo a produção B de Hollywood. Um gênero? Aí já é mais difícil, porque o noir se manifesta não só no policial, mas também no western, no filme de guerra e até no musical - o número, inspirado em Mickey Spillane, de Fred Astaire e Cyd Charisse em Roda da Fortuna/The Band Wagon, de Vincente Minnelli, de 1953. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Provavelmente Hilton Lacerda, diretor do filme Tatuagem e roteirista de uma série de filmes pernambucanos, já perdeu as contas de quantos prêmios já recebeu com seu último trabalho. A coleção de canecos ficou ainda maior com os seis prêmios recebidos durante a sétima edição do Festival de Cinema de Triunfo, realizado no Sertão de Pernambuco, todos dedicados ao filme inspirado no grupo recifense Vivencial Diversiones, que fez sucesso na década de 70. Recentemente, Tatuagem também foi indicado ao Grande Prêmio da Academia Brasileira de Cinema em várias categorias, incluindo melhor longa de ficção, ao lado do também pernambucano 'O Som ao Redor', de Kleber Mendonça Filho. Tanta repercussão sobre o filme ainda impressiona Hilton, sem dúvidas um dos nomes mais importantes do atual cinema de Pernambuco, um cinéfilo cheio de projetos em curso. Um deles é o papel de roteirista no filme Big Jato, de Cláudio Assis, cujas gravações começaram nesta quinta-feira (8). Há também um projeto aprovado no Funcultura, intitulado Contos que Vejo, série televisiva que terá participação de outros cinco diretores conterrâneos, além da opinião do cineasta sobre o legado deixado por Fernando Spencer. O LeiaJá conversou com Lacerda em Triunfo, durante o festival, encerrado neste sábado (9).

Tatuagem foi o filme mais premiado do 7° Festival de Cinema de Triunfo, com seis troféus. Como você recebe essa honraria?

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É a primeira vez que apresento um filme no festival de Triunfo e ser recebido dessa forma, dentro de casa, é muito especial. É bastante excitante na verdade, na minha cabeça. Eu não sou uma pessoa muito preocupada se vai ganhar prêmio ou não, mas quando ganho fico muito contente. Tem uma coisa de vaidade que fica satisfeita e o ego ser massageado de vez em quando não faz mal a ninguém.

Na conversa que o LeiaJá teve contigo na Fundaj, em novembro do ano passado, você falou da surpresa que estava tendo com a repercussão do filme, mas de lá pra cá essa repercussão positiva tem se repetido a cada festival. Como é lidar com essa situação de sempre encontrar as salas lotadas?

Eu fico muito impressionado com isso de mesmo depois de um ano o filme estar vivo ainda. A experiência do (Cinema) São Luiz é muito engraçada, porque Tatuagem está em exibição por lá há oito meses. A gente fica seguindo como as pessoas acompanham o trabalho, mas também realimentamos o público.  Recentemente lançamos numa edição do Som na Rural o CD da trilha sonora do filme, feita pelo DJ Dolores. Seria bom que os filmes tivessem essa repercussão, principalmente os de Pernambuco. A gente não faz nosso trabalho pra agradar o público, mas é sensacional quando você consegue manter um diálogo.

Tatuagem foi recentemente indicado ao prêmio de melhor longa-metragem de ficção pela Academia Brasileira de Cinema, além de outras categorias, ao lado do também pernambucano O Som ao Redor, de Kleber Mendonça Filho. Como foi que você recebeu essa notícia e com que expectativa você vai lidar com ela?

Desde que saiu esse resultado que eu estou em viagem. Estava no Sertão com o Cláudio (Assis) dando uma revisão geral no roteiro de Big Jato, conversando com os atores. Mas essa notícia é muito bacana e mostra o impacto que o cinema pernambucano vem tendo. Sou muito feliz de estar o tempo inteiro ao lado de O Som ao Redor, e isso tem se repetido direto. Teve um prêmio que eu gosto bastante, chamado Carlão, feito pelas pessoas que escrevem críticas em blogs de cinema, cineastas bem bacanas, e de todas as categorias que tinha por lá O Som ao Redor e Tatuagem só não levaram o de melhor atriz e alguma outra que não me lembro. Toda as outras foram pra gente. E isso é bom porque dá uma revigorada. A gente teve muita pouca janela de exibição e essas coisas são muito importantes pra gente ir enchendo o papo de grão em grão. 

'Tatuagem' marcada na pele do cinema de Triunfo

Você falou das gravações de Big Jato, novo longa de Cláudio Assis. Como está a produção do filme?

Eles começaram a filmar nesta última quinta-feira (7). Eu adoro ficar em set, mas dessa vez só fui pra conversar com os atores, ver o texto com eles, as locações, tudo com base no roteiro que fiz com Renata Pinheiros. E é um filme de Cláudio Assis, o que o torna incrível e vai marcar uma nova fase no cinema feito por ele. Uma coisa engraçada que ocorreu foi essa junção entre eu, Cláudio e Xico Sá. Faz tempo que a gente queria se juntar pra trabalhar e tivemos um ensaio no Febre (do Rato). Será o maior prazer estar ao lado desse pessoal de novo.

Como é estar num set de filmagens com Cláudio Assis? E a relação entre vocês?

Minha relação com ele é muito longa. Cláudio se desenha uma pessoa, mas na verdade ele é muito diferente. Os sets de Cláudio são incríveis e muito divertidos, não é aquela coisa pesada e carregada. Cada diretor tem sua forma de trabalhar, algumas pessoas são imperiosa, outras carrascas, mas Cláudio é muito engraçado. Recentemente eu estava com o Matheus Nachtergaele lá em Pesqueira lembrando-se de quando Cláudio era produtor do Amarelo Manga e, diante de uma cena, falou ‘Matheus, você desce aquela escada, faz a sua ‘munganga’ e sai’. A gente ficou rindo daquela situação. É mais ou menos por ai a energia de trabalhar com ele.

Triunfo propicia networking espontâneo entre cinéfilos

Falando em parceria, como é trabalhar com o DJ Dolores, que há um tempo tem se especializado cada vez mais em trilhas para cinema?

Eu escrevi o roteiro e eu indicava todas as músicas, dizia o que gostaria de ter em cada cena. Mas depois o Dolores pegou o roteiro e refez as músicas em cima dele. Então eu costumo dizer que ele é quase um roteirista também. Se fosse dar um gênero pra Tatuagem, provavelmente seria um ‘melodrama musical’, porque a ideia foi muito pautada nesse sentido.

As marcas deixadas pelo Festival de Cinema de Triunfo 

Tem um projeto seu aprovado no Funcultura Audiovisual que vai ter a participação dele e de outros diretores, chamado Contos que Vejo. Você pode falar mais sobre essa proposta?

Esse projeto pega cinco contos nordestinos e um que eu escrevi pra amarrar. A gente vai narrar toda história a partir de uma linha que a gente vai dar, e a unidade da série será onde se passa a narrativa, que é na cidade de Desterro, estamos pensando seriamente também em fazer aqui em Triunfo. A ideia é que cada episódio seja dirigido por um diretor diferente. Já tem Cláudio (Assis), Lírio (Ferreira), Marcelo Gomes, Paulo Caldas. A gente está vendo ainda alguns nomes e pode ser que role também Adelina Pontual, mas é um projeto que estamos apostando muito. Uma coisa que discutimos entre nós é o porquê de não conseguirmos levar para a televisão a realidade do cinema que Pernambuco faz. Não falo de qualidade técnica, mas de impacto e informação. Acho que está na hora de ocupar esses espaços, senão vamos perder de vez.

Feedbacks constantes no Festival de Cinema de Triunfo

No que diz respeito aos espaços de exibição de filmes em Pernambuco, O LeiaJá publicou no mês passado uma matéria que explica como o Recife vai mais que duplicar sua quantidade de cinemas não comerciais até o final de 2015, com a chegada dos Cinemas da UFPE, Cinema do Museu (Fundaj) e Cinema do Porto (Porto Digital). Como você enxerga esse novo cenário?

Eu acho que isso é meio urgente, porque as janelas que são oficiais estão fechadas pra produção da gente. Não é justo que você tenha uma produção tão interessante como a que temos em Pernambucano e não ter quórum. E as janelas daqui são comandadas por um grupo só que estão interessados em resultados imediatos. Quando você trabalha num cinema que é mais alternativo e menos dependente dessa situação, o resultado é ótimo. Um exemplo foi uma sessão de Amarelo Manga que fizemos na Fundaj Derby e que deu muita gente. Não é o mesmo resultado que você tem quando exibe num cinema comercial. E tem muita coisa por traz disso, é como se existisse uma guerra surda de amantes do cinema que não querem ir pra shopping pra ver filme. Eu mesmo acho chato e desgastante essa condição. Acho que isso deve fazer parte da política do Estado. Do mesmo jeito que tem política pra fazer filme, tem que ter pro olhar, e isso é bem urgente.

A sétima edição do Festival de Cinema de Triunfo fez uma homenagem a Fernando Spencer, cineasta pernambucano que faleceu recentemente e que marcou a história da sétima arte no Estado. Fala um pouco sobre a influência e o legado que esse personagem deixou para as próximas gerações de cineastas.

Na minha fala de abertura da sessão de Tatuagem durante o festival eu devia ter falado sobre o Spencer, mas eu sou muito tímido e na hora travo e esqueço tudo. Mas Spencer tem uma coisa muito engraçada. Eu fiquei amigo dele principalmente durante as gravações de Baile Perfumado, de Lírio (Ferreira e Paulo Caldas). Ele era muito apaixonado pelo o que fazia, mas ao mesmo tempo ele tinha ideias de umas coisas que eram muito bacanas. Eu me lembro que ele tinha a sacada de fazer um encontro entre John Wayne (ator americano que fez vários filmes de faroeste) e Lampião. Era uma pessoa adorável e conversar com ele sobre cinema era dividir uma grande aula. Acho essa homenagem mais que justa. A perda dele só não é maior do que o legado que ele deixou aqui.

O jornalista e ator Hugo Esteves estreou no horário nobre da Globo nesta quinta-feira (31), na novela Império. Na cena, Patrício, seu personagem, vai até a sala de Maria Clara (Andreia Horta) e mostra uma joia que encanta a moça. Em outro momento, já contratado, o ator dividiu a cena com Lilia Cabral.

O paraense convidou todos a assistirem sua estreia na TV em uma chamada no NETV 2ª edição, telejornal que apresentou por décadas, na noite desta quinta-feira (31). 

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Quem não gosta de começar o ano com estilo? A tendência é sempre o tradicional branco, cor que representa paz e prosperidade. No entanto, atualmente a ordem é abusar das cores. No réveillon, quem é supersticioso usa as cores de acordo com o significado. O amarelo, por exemplo, representa dinheiro e o vermelho, paixão.

Para a opção clássica, a aposta é no look branco total. O vermelho e o rosa, para quem quer chegar em 2014 atraindo amor e paixão, combinam perfeitamente com o branco. Outra aposta são as calças estampadas que irão dominar o verão, e servem como uma ótima opção para o réveillon.

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Se a virada do ano vai ser mais simples, a opção é investir em peças que possam ser usadas posteriormente no dia a dia. Por outro lado, se a noite de réveillon for agitada, a dica é utilizar peças de paetês, que continuam em alta, e em tons metalizados. O dourado, que é o hit da época, significa estabilidade e riqueza, e o prata que traz proteção.

E o preto? A cor também é opção para o réveillon. Ao contrário do que muitos falam, a cor traz estabilidade e absorve as energias ao redor. Se 2013 foi bom e deseja que 2014 continue assim, a dica é usar o preto. Básico, clássico e neutro assim como o branco.

Versátil

Quem procura opções juvenis e contemporâneas, a Billabong Womens lançou uma coleção especialmente para o réveillon. Os looks são propícios para aqueles que vão comemorar a virada do ano na cidade, no campo ou na praia. Vestidos de tecido fluido ou com suave transparência fazem parte da coleção, que também apresenta saia mullet, shorts e regatas.

Sem costura

Uma opção moderna são blusas em microfibras confeccionadas pelo método ‘sem costura’. As peças trazem maciez e durabilidade para passar o ano de maneira confortável. A nova coleção da Lupo traz Blusas ajustadas, com decote em V e detalhes em renda.

Infantil

Algumas lojas selecionaram peças com diversos modelos de macacões e vestidos para os bebês. A Mineral Kids, Marisol e Lilica&Tigor selecionaram opções coloridas e apostaram em estampas nas peças com frases, suspensórios e embrulho de presente.

Animal Print

O estilo animal print é tendência não só para as festas, mas também para o verão 2014. As estampas, principalmente de cobra, combinam tanto com o natal como o ano novo. As peças fazem parte da coleção Energia e podem ser encontradas nas lojas Enjoy.

Masculino

Os homens precisam estar bem vestidos em várias ocasiões. Camisas, blusas, ternos, entre outros itens, podem compor um look tanto clássico como estiloso. A nova campanha da Vagamundo, intitulada ‘Você pronto para viver’ traz opções para os homens que desejam se vestir bem.

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