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Prestes a completar 15 anos de carreira, o ator Cauã Reymond está no elenco de ‘Piedade’, longa do diretor pernambucano Claudio Assis, que estreia em 2018. Na produção, Reymond faz par romântico com Matheus Nachtergaele, com o qual protagonizará cenas quentes com direito a nu frontal.

Em entrevista ao jornal O Globo, o diretor de Piedade falou sobre a cena dos atores. “Tem nu, tem ‘coisas’ de Cauã, ‘coisas’ de Matheus. Não tem penetração, mas um clima que leva a pensar nisso. É bem sugestivo. São cenas fortes e, digamos, calientes”, explicou.

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Além de Cauã e Nachtergaele, o filme conta com Fernanda Montenegro e as cenas foram gravadas na cidade do Recife. O galã comenta que aceitou participar de ‘Piedade’ antes mesmo de ler o roteiro. No longa, ele interpreta um dono de cinema pornô que terá um envolvimento amoroso com um executivo.

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O filme Piedade, do diretor pernambucano Cláudio Assis, promete surpreender! Segundo informações do jornal Extra, os atores Cauã Reymond e Matheus Nachtergaele protagonizarão uma cena de sexo quentíssima na trama, que ainda não tem data de estreia.

Na história, os dois se conhecem depois que o executivo vivido por Matheus deixa São Paulo e viaja até Recife, onde o personagem de Cauã trabalha em um cinema pornô famoso na cidade.

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O longa ainda conta com Fernanda Montenegro, Irandhir dos Santos e Gabriel Leone no elenco.

A construção de narrativas, sejam elas literárias, musicais, televisivas ou cinematográficas, assume um papel social e convida o espectador ao exercício da reflexão diante de diferentes contextos. As temáticas aparecem como espelho do cotidiano, ficção e realidade se confundem. Nos versos ou cenas, surgem os mais variados temas: machismo, racismo, homofobia ou misoginia ganham espaço dentro dessas manifestações artísticas. A arte, com toda sua liberdade de criação, passa a ser alvo de problematizações que tem as redes sociais como principal canal de exposição do descontentamento.

Se de um lado temos a turma dos textos “lacradores”, do outro, pessoas afirmam que estamos vivendo a ditadura do politicamente correto e o da fiscalização excessiva. Um impasse cada vez mais acirrado e que está longe de ser resolvido. 

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O LeiaJa.com ouviu artistas, professores, coletivos e consumidores de arte para entender as razões, confrontar discursos e saber até que ponto ficção e realidade se misturam a ponto de interferir na construção do caráter do indivíduo.

“Um dos méritos da arte é justamente o de nos fazer enxergar perspectivas diferentes”

A definição de arte, segundo o Dicionário Aurélio, é a “capacidade ou atividade humana de criação plástica ou musical”. Na sabedoria popular, temos que ela é a maneira pela qual expomos sentimentos ou realidades de mundo. O fato é que a arte toma, cada vez mais, dois caminhos distintos: o de simples entretenimento e o de compromisso ético e social.

O professor de Língua e Literatura da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Unidade Acadêmica de Garanhuns, João Martins, ressalta o papel da arte e do artista como agentes sociais. “Espera-se da arte um compromisso ético, mesmo que seja limitado ao universo criado pela narrativa. O artista deve ter um compromisso social sim, mas devemos entender esse compromisso de modo amplo. Não é preciso ser ‘panfletário’ para ter compromisso social”, ressalta.

Segundo ele, o universo artístico possibilita a ampliação de perspectivas e o aparecimento de diferentes vozes. “Um dos méritos da arte é justamente o de nos fazer enxergar perspectivas diferentes daquela que as pessoas estão habituadas a tomarem como normal e normativa. A arte que permanece é aquela que remexe nossas certezas – estéticas, filosóficas, morais – e nos mostra outras perspectivas de sermos mais humanos”, defende. 

Quando questionado sobre a possível influência das narrativas nos discursos ou em comportamentos sociais, o professor universitário é categórico. “Do meu ponto de vista, um livro ou um filme pode apenas incitar a reprodução da ficção no real se já houver alguma inclinação latente no indivíduo. Algumas vezes, inclusive, a leitura que se faz é totalmente desviante dos caminhos de interpretação dada pela obra”, explica.

O negro, a mídia e a representatividade

A questão da representatividade de negros e negras na Tv sempre rende calorosas discussões. Acredita-se que a mídia, como meio de comunicação de massa, exerce influência sobre seus espectadores. Logo, tudo que nela é veiculado pode estar a serviço da quebra de paradigmas ou do reforço de alguns discursos carregado de preconceitos e exclusão. 

Para Beatriz Santos (no centro da foto), do Coletivo Cara Preta, os negros sempre estão ocupando na mídia papéis menores e cargos submissos aos de pessoas brancas. “Na televisão e no cinema, estamos sempre ocupando cargos subalternos aos de pessoas brancas, somos em grande escala retratados como vilões, o/a marginal a ser combatido/a, a empregada doméstica, o/a drogado/a. Ainda são poucas as produções que colocam o negro em um lugar plausível, equivalente, igualitário aos que atores e atrizes brancos/as assumem”.

Ela afirma também que esses estereótipos reforçam o pensamento e o discurso racista presentes na sociedade e na mídia. Segundo Beatriz, há um estranhamento, por parte de algumas pessoas, quando o negro ou negra assume um papel de destaque em uma narrativa. “É como se esses lugares não nos pertencessem, ignoram a contribuição cultural, social e intelectual que, continuamente, fornecemos. Ainda somos permeados por uma relação de poder puramente racista e excludente” aponta.

Sob uma perspectiva diferente, a gestora ambiental Helena Silva vê a necessidade de manter o equilíbrio sobre o assunto. Ela acredita que não há exagero ou “mimimi” por parte de grupos negros, mas chama atenção para o fato das telenovelas e filmes apresentarem apenas a realidade. “Quando em uma novela ou filme o negro aparece como pobre ou exercendo a função de empregado doméstico está mostrando a realidade do Brasil, infelizmente é a realidade. Dificilmente você encontra um negro que é diretor. Então, a mídia está aí para expor o que realmente acontece na sociedade”, argumenta.

Monteiro Lobato, mais conhecido por suas obras para o público infantil, tem inúmeras vezes seu nome associado ao racismo. Em 2014, foi levado ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de retirada das escolas públicas do livro 'Caçadas de Pedrinho' (1933), de Lobato, por ser considerada racista. Na época, o ministro Luiz Fux indeferiu o pedido. 

Na obra, o autor se refere à Tia Nastácia como “macaca”.  “Tia Nastácia, esquecida dos seus numerosos reumatismos, trepou que nem uma macaca de carvão pelo mastro de São Pedro acima, com tal agilidade que parecia nunca ter feito outra coisa na vida”.  E as associações não param por aí: "Não é à toa que os macacos se parecem tanto com os homens. Só dizem bobagens”.

A representante do Coletivo Cara Preta defende a retirada da obra das escolas. “Não é assim que devemos ser retratadas, não é desse modo que quero que minhas futuras filhas se enxerguem. As escolas públicas são negras, a grande maioria dos alunos são negros/as e pardos/as, é muito duro crescer sem representatividades positivas”, justifica.

Ela também chama atenção para outra obra do mesmo autor, 'Negrinha'. '' Negrinha não teve direito nem a ter um nome, e é assim que o racismo nos trata diariamente, ele substitui nossos nomes por apelidos racistas. A senhora que trata da personagem é totalmente sem coração, trata a menina como se fosse um ser desprovido de sentimentos, mas é uma senhora caridosa e piedosa, diferente do contexto que Negrinha vivenciava sob seus cuidados”, aponta.

As mulheres no audiovisual

A forma como o cinema apresenta a figura feminina é uma problemática que permeia o discurso daqueles que lutam pelas minorias ou pela igualdade de gênero. Para o Coletivo Marcha da Vadias, as personagens femininas são construídas sob a ótica masculina e reforçam estereótipos. Uma das integrantes do grupo, que pediu para não ser identificada, afirma que “A mulher no cinema está relacionada ao olhar masculino. Geralmente elas possuem características físicas, psíquicas e intelectuais que condizem com o que os homens esperam de uma mulher. Se for uma mulher branca e jovem, o papel da boa mãe, esposa e/ou mulher indefesa são bem característicos. No caso das mulheres negras, a hipersexualização de seus corpos é um estereótipo marcante na cultura racista e sexista do Brasil”.

Afirma-se que na sétima arte, a violência contra mulher, física ou psicológica, e a cultura do estupro são temas recorrentes e que, nem sempre, são vistos como reflexão ou educativo, mas, como reforço de um pensamento misógino que alimenta a sociedade patriarcal. Sobre isso o coletivo expõe que há sim a necessidade de se retratar essas temáticas no cinema e televisão, desde que não sejam naturalizados ou como ações não passíveis de punição. “Temas referentes à cultura do estupro e à violência devem ser abordados nos filmes. Entretanto, estes atos não devem ter um tom de normalidade. Deve-se deixar claro que são ações inaceitáveis e passíveis de punição. Deve-se demonstrar que os personagens que praticam atos de violências em qualquer nível devem ser punidos. Não pode ser permitido que estes atos sejam entendidos como naturais ou sejam tratados como ações impunes”, argumenta a militante.

O cineasta argentino Gaspar Noé é responsável por um dos filmes mais polêmicos da história. Em 'Irreversível' (2002), a personagem Alex, interpretada pela atriz Monica Bellucci, é estuprada e agredida. A cena, com duração de nove minutos, é considerada a mais forte sobre o tema. Em entrevista à revista Época, Nóe afirmou que a temática devia ser explorada ao máximo na narrativa, pois 'Irreversível' fala sobre violência. “Irreversível é um filme sobre violência. Quando se escolhe um tema, ele deve ser exposto ao máximo. Se amanhã eu fizer um filme de humor, me esforçarei para ser muito engraçado. Quando as imagens são fortes de uma forma ou outra, elas ficam gravadas na mente das pessoas. Quando 'Irreversível' estreou, o impacto foi muito forte. Por isso, segue existindo no subconsciente de muita gente”, expôs.

Seguindo uma perspectiva similar, o filme 'Baixio das Bestas' (2006), do diretor pernambucano Cláudio Assis, apresenta uma cena de estupro coletivo, protagonizado pela atriz Dira Paes. Fala-se que o episódio reforça a questão da cultura do estupro e coloca a mulher em condição de submissão. 

“Filmes como esse (Baixio das Bestas) tratam a violência contras as mulheres de maneira irresponsável. Cria-se uma estética em que a mulher é tratada como objeto e a violência glamourizada. Não há uma discussão sobre essa violência ou como essas mulheres são vistas no filme. Todos os diretores deveriam sempre fazer um avaliação de sua responsabilidade na produção de um filme e refletir como sua obra pode contribuir ou não ainda mais para a violência. A arte possui uma responsabilidade social e devem refletir sobre como contribuem para a violência na vida real”, aponta a representante do Coletivo Marcha das Vadias.

O cineasta defende sua obra. Para Assis, o longa-metragem é uma denúncia sobre a violência sofrida pelas mulheres. “O filme é uma denúncia sobre a cultura do estupro, que não só acontece aqui em Pernambuco, mas em todo o país. Quando foi lançado, recebi elogios, então não entendo o porquê da crítica. Cada pessoa tem um jeito de interpretar e encarar essa temática. O projeto, meu e do Hilton Lacerda, é denunciar essa ação. É uma obra de arte e deve-se entender a função dela”, argumenta.

A vigilância e o politicamente correto

Se de um lado temos pessoas e grupos que questionam e problematizam a fim de romper com alguns discursos entranhados na nossa cultura, do outro lado encontramos quem enxerga esse movimento como exagero promovido pela onda do politicamente correto.

O professor de Filosofia e História da Arte Henrique Farias acredita que é necessário ter bom senso e o politicamente correto está ligado à ideologia político-partidária. “O animal humano se diferencia dos outros animais por ter a aptidão do bom senso. Por isso, entendo que o politicamente correto se direciona principalmente a uma necessidade de um cuidado presente no campo da linguagem, seja este ligado ao entretenimento ou aos diálogos de bar. O ponto central é que o cuidado, quando passa a ser desmedido, mostra um objetivo estritamente de natureza política, ou em seu sentido primário, de poder partidário”.

“Como pressuposto ideológico do socialismo, o politicamente correto é utilizado como mais uma artimanha da extrema esquerda. Mesmo quando suas consequências e objetivos possam parecer humanistas, destrói a responsabilidade individual, que é a base do liberalismo, sempre sob uma esteira linguística que termina frequentemente numa abordagem que pressupõe grupos ou minorias. Por isso, acredito que uma proposta de reformulação das leis que defenda o indivíduo enquanto indivíduo, preservando o bom senso humano, seria mais interessante do que fiscalizar humoristas, por exemplo”, complementa.

A opinião é contestada pelo professor universitário João Martins: "Para aqueles que acusam pessoas de abraçarem a vigilância do politicamente correto, afirmo que ainda não entenderam que o maior mérito da arte é o de nos tornar menos desumanos. O que se espera da sociedade é que ela evolua para a civilização, o que não significa progresso tecnológico, mas uma organização em que os que estejam em condições de fragilidade sejam protegidos pelos que estão em melhor posição".

Os belos cenários de Jaboatão dos Guararapes e Cabo de Santo Agostinho, cidades de Pernambuco, estão na mira do diretor pernambucano Cláudio Assis, conhecido pelos filmes como Amarelo Manga (2002) e A Febre do Rato (2011). Ele é responsável pelo novo longa-metragem nacional, "Piedade", cujas gravações irão começar na próxima semana, e a Reserva do Paiva será um dos pontos de partida dos registros. 

O elenco conta com Cauã Reymond, Matheus Nachtergaele, Gabriel Leone e Fernanda Montenegro. As cenas serão protagonizadas em três locais: o empreendimento "Novo Mundo Empresarial", - escolhido pela equipe do longa por ser uma construção com uma beleza arquitetônica diferenciada e moderna -, o The Beach Club, e a ponte Arquiteto Wilson Campos Júnior.

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Para Camila Valença, produtora do longa, a escolha pela Reserva do Paiva está relacionada à importância do local para Pernambuco. “É um ambiente seguro, bonito e no litoral do Estado, ambiente no qual se passa a trama. Além da Reserva do Paiva, também vamos filmar no Cabo de Santo Agostinho e em Suape”, comenta Valença, conforme informações da assessoria de imprensa. Em 2012, a Reserva do Paiva foi escolhida como um dos cenários do filme Paraísos Artificiais, vencedor de quatro prêmios no Cine-PE sendo, um deles, o de Melhor Fotografia.

Parte do elenco do filme Piedade, nova obra do cineasta Cláudio Assis, está na capital pernambucana. Os atores começaram o ensaio do longa que promete uma metáfora envolvendo tubarões e a força dos políticos e de grandes empresários.

Além de Cauã Reymond, Matheus Nachtergaele e Irandhir Santos, faz parte do elenco a consagrada Fernanda Montenegro. A atriz interpretará uma personagem chamada Carminha, caracterizada como uma mulher batalhadora que sustenta a família com muito trabalho.

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Na noite desta segunda-feira (16), no Instagram, Cauã postou um registro dos atores reunidos. Ele fez questão de exaltar a participação de Fernanda Montenegro. “Todos aos pés dela”, escreveu o ator.

O elenco e a produção de Piedade estão escolhendo os locais onde o filme será gravado. A previsão é que as gravações iniciem na próxima semana. 

Na noite de abertura da 20ª edição do Cine PE, o homenageado da noite Jonas Bloch concedeu entrevista ao Portal LeiaJá e exaltou a produção cinematográfica de Pernambuco, bem como os cineastas locais. Entre os profissionais citados ele exaltou Lírio Ferreira e Cláudio Assis.

Segundo Jonas, a homenagem do Cine PE ganha uma representação ainda mais significativa pelo histórico de produção dos artistas locais, bem com da referência e destaque dos produtores e diretores. “Estou diante de grandes artistas, como Lírio Ferreira e Cláudio Assis, com quem já tive o prazer de trabalhar. Apesar da imagem que fazem de Cláudio, para mim, ele é uma pessoa ótima”, disse.

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Presente no festival, o cineasta Cláudio Assis limitou a falar apenas do seu novo curta sobre Paulo Paulo Bruscky. Em 2015, o diretor pernambucano se envolveu em uma polêmica no Cinema da Fundação Joaquim Nabuco, no qual foi proibido de exibir suas produções. O caso ocorreu após o comportamento do cineasta considerado, por muitos, como machista, sexista e misógino em um debate realizado no local.

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Começa neste domingo (1) e vai até o dia 6 de novembro, o 2º Festival de Cinema de Caruaru. Na programação constam a exibição de mais de 127 filmes, 14 mostras, além de palestras, debates e oficinas de formação.  O evento tem como principal objetivo, além de levar o cinema de graça para moradores da cidade, encorajar a produção cinematográfica no Agreste tanto de curtas quanto de longas-metragens. As sessões do festival acontecem em dois teatros distintos, de 1 a 2 de novembro no Teatro João Lyra Filho e de 3 a 6 de novembro no Teatro Difusora.

O cineasta caruaruense Cláudio Assis será um dos homenageados desta edição do festival. O diretor de reconhecido por seus trabalhos com Amarelo Manga e Febre do Rato, dividirá espaço com o ator e produtor cultural, falecido em 2014, José Wellington Branco, outro homenageado do evento. 

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O Festival ainda promoverá oficinas gratuitas de Mídias móveis, com coordenação de Marlom Meirelles; de Stop Motion, com Bruno Cabús. A programação abrange todas idades e tem entrada franca.  Os ingressos para o acesso serão distribuídos na entrada dos teatros, 30 minutos antes do início das sessões. A programação completa pode ser conferida no site do 2º Festival de Cinema de Caruaru.

O filme Big Jato, do pernambucano Cláudio Assis, foi o grande vencedor do 48º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. O longa venceu nas categorias de melhor atriz, ator, roteiro e trilha sonora além de ter sido escolhido como o melhor filme pelo júri oficial. Em contrapartida, a produção de Assis está proibida de ser exibida nos cinemas da Fundação Joaquim Nabuco, no Recife, em consequência ao comportamento do diretor durante debate sobre o filme Que horas ela volta?, de Anna Muylaert. 

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Apesar de Assis ter sido vaiado no dia da exibição do longa, no festival da capital federal, Big Jato os cinco troféus Candango pela atuação de Matheus Nachtergale (melhor ator), Marcélia Cartaxo (melhor atriz), trilha sonora (DJ Dolores) e melhor filme. Big Jato é inspirado no livro homônimo de Xico Sá e trata do conflito entre a anarquia da adolescência e a dureza da vida adulta. os prêmios atingem cerca de R$ 130 mil.

O 48º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro foi realizado entre os dias 15 e 22 de setembro e recebeu cerca de 21 mil pessoas. A mostra competitiva teve 18 filmes. Foram avaliados quesitos como montagem, roteiro, som, trilha sonora, fotografia e direção de arte. Esta é a terceira vez que Cláudio Assis leva o grande prêmio do festival. Ele já havia vencido com Amarelo manga (2002) e Baixio das Bestas (2006).

*Com Felipe Mendes

Era um tempo remoto na capital pernambucana, quando a presença de veículos motorizados era escassa e os bondes dominavam. Foi no início do século 20 que o Ciclo do Recife, movimento cinematográfico considerado uma das expressões artísticas mais importantes do Brasil, marcou época no audiovisual brasileiro.

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O Ciclo tomou fôlego e ganhou visibilidade nos cinemas de bairro da cidade do Recife. O grupo era formado por quatro rapazes e uma moça. Na época, a participação dela não era vista com bons olhos pela sociedade conservadora e machista. Conhecida como Almery Steves, a atriz participou de várias películas. Almery assumiu o protagonismo feminino e deixou de ser espectadora para tomar as telonas.

O início da sua carreira foi difícil. A sociedade não via com bons olhos o traballho de uma mulher nos cinemas. Derrubando preconceitos da época, Almery aceitou o convite de Ary Severo (ator) para compor a equipe e, posteriormente, ela se casou com Severo. Principal atriz dos filmes Retribuição, Aitaré da Praia, Destino das Rosas e Dança, Amor e Ventura e se tornou o ícone feminino do Ciclo Pernambucano.

O protagonismo e a força feminina sempre estiveram presentes no cenário cinematográfico do Estado. Com o passar do tempo, as mulheres assumiram outros papéis. Hoje, é possível encontrar pernambucanas que trazem na bagagem o amor pela arte e a luta para fazer cinema. A tecnologia evoluiu, alguns códigos morais mudaram, mas outros aspectos pouco se modificaram.

Outra pioneira a área, Kátia Mesel destaca as dificuldades e relembra como foi sua trajetória. "Não é fácil trabalhar como cinesata. São problemas de produção, circulação e principalmente de incentivo. Isso nos abala, mas não deixamos de fazer cinema, por que está no sangue, nas veias. Se deixarmos de fazer, ficamos em crise de abstinência, precisamos produzir", desabafa a cineasta.  

Falando um pouco sobre a sua atuação como diretora e sobre suas premiações, Mesel demonstra satisfação e amor pelos trabalhos realizados. Mas também aponta insatisfações. "Comecei da década de 1960. Tudo era muito difícil, era tão dispendioso fazer cinema que não se via tanto machismo, ou pelo menos não era levado em consideração diante de tantas outras problemáticas", lembra. Durante esse período, Kátia produziu inúmeros curtas, longas e documentários. Segundo ela, em 2008 ela concluiu 45 curtas, e hoje não consegue atingir a mesma produção devido a falta de incentivo.

Quanto às premiações, Kátia é modesta e relata que o filme mais premiado para ela não é o elogiado pela crítica. "Tenho um amor especial pelos documentários que produzi através do Super 8, que infelizmente estão se perdendo. A crítica destaca o filme Recife de Dentro pra Fora, que traz o poema de João Cabral de Melo Neto, mas possuo uma carinho especial pelas minhas produções no Super", conclui.

Sobre o machismo do ambiente cinematográfico pernambucano, a cineasta aborda o episódio envolvendo Cláudio Assis e Lírio Ferreira na Fundação Joaquim Nabuco - Fundaj, que culminou na proibição da entrada deles e da exibição de seus filmes nos cinemas da fundação. Para ela, o comportamento deles foi lamentável, mas infelizmente é comum ver esse tipo de comportamento.

Outra cineasta do Pernambuco é Luci Ancântara. A diretora, que saiu das artes cênicas para atuar na produção cinematográfica, galgou um caminho longo. Durante anos trabalhou no Rio de Janeiro e em São Paulo e passou um tempo no exterior, possuindo uma vasta experiência no universo audiovisual. "Trabalhei na direção, produção e roteiro de vários filmes, além disso também comecei atuando como assistente de figurino", fala.

A cineasta dirigiu vários documentários, sendo dois longas, três curtas e dois filmes de ficção e participou de diversos festivais, entre eles o XI Festival Internacional de Documentários 2010, realizado em Cuba, concorrendo com o filme Geração 65: aquela coisa toda. Além de três prêmios com o curta-metragem Quarto de Empregada. Em relação as dificuldades, ela elenca, principalmente, a falta de incentivo e critica com ênfase, a dicotomia da capital e pernambucana.

"Faz mais de cinco anos que estou tentando finalizar o documentário O Melhor Documentário do Mundo, que fala sobre a tão conhecida megalomania dos pernambucanos, e é lamentável e frustrante não conseguir incentivo cultural", lamenta. Com esses percalços, ela ainda conta que o pior é alguém perguntar como está a finalização do trabalho. "É como enfiar uma faca no meu peito. Faça tudo, mas não pergunte como está a finalização de filme para um cineasta", fala descontente.  

Em entrevista, Luci externa o descontentamento com o cenário cinematográfico. "Recife é considerado a produção das comadres e compadres. As coisas só funcionam bem se você é amigo de fulano e de cicrano ou entre casais, sinceramente não entendo isso. É uma dicotomia recifense que me irrita", externa. Ainda durante conversa, a cineasta falou sobre o machismo. Confira no vídeo.

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O cinema pernambucano não é feito apenas por homens. Além de Kátia e Luci, outras mulheres também se destacam. A jovem Nara Normande, diretora artística do Animage, festival internacional dedicado à animação, é uma delas. Nara dirigiu, com Tião, o curta-metragem Sem coração, que venceu o prêmio de melhor da Quinzena dos Realizadores do festival de Cannes, em 2014.

Outra cineasta com prestígio em terras pernambucanas é Adelina Pontual. Ela tem uma participação importante na retomada do cinema pernambucano na década de 1990, e foi assistente de direção de O baile perfumado, de Lírio Ferreira, marco nesta retomada. Adelina dirigiu o premiado e elogiado curta Cachaça e exerce várias funções no universo cinematográfico. É roteirista, diretora e também tem uma longa lista de filmes em que fez a continuidade, com destaque para a Ostra e o vento, de Walter Lima.

Em 2014, Adelina Pontual lançou seu primeiro longa-metragem, o documentário Rio Doce/CDU. O filme foi exibido em vários locais ao ar livre e fala de uma linha de ônibus da Região Metropoliatana do Recife que percorre mais de 30 quilômetros em seu percurso.

Os cineastas Lírio ferreira e Cláudio Assis causaram desconforto durante um debate realizado no Cinema da Fundação, no último sábado (29). Após a exibição do filme Que horas ela volta?, de Anna Muylaert, os dois teriam dito frases sexistas e não deixaram a própria diretora da produção falar. Nesta segunda (31), a Fundaj se posicionou diante o ocorrido anunciando que os dois realizadores não poderão participar dos eventos da fundação, bem como suas produções, pelo período de um ano. 

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Em nota publicado no Facebook, a Fundaj informou a proibição e lamentou o comportamento dos cineastas. A instituição já havia se manifestado em relação ao fato, através da mesma rede social, pedindo desculpas aos frequentadores do Cinema da Fundação: "A situação desagradável e o constrangimento causados servirão de exemplo para novas medidas a serem tomadas pela Fundaj, instituição que não corrobora nenhuma expressão de preconceito. Ao contrário, vem trabalhando há mais de seis décadas para tornar a sociedade melhor".

O evento do sábado repercutiu bastante nas redes sociais. O diretor de arte Thales Junqueira postou em seu perfil do Facebook: "Quero que o debate do Que horas ela volta? realizado ontem no Cinema do Museu seja postado na íntegra. As pessoas precisam assisti-lo. Não só porque conseguimos levantar reflexões importantes - e novas - sobre o filme, mas também pelo show de machismo escandaloso de Lírio Ferreira e Claudio Assis que tentaram impedir uma mulher diretora de falar sobre seu próprio cinema. Show de machismo, sexismo, gordofobia: insetos em volta da lampada".

A jornalista Carol Almeida também se manifestou: "Agora, sobre a perversidade de tudo isso. O que tinha acabado de ser projetado naquela sala de cinema era um filme sobre protagonismo feminino, sobre dar à mulher o lugar de fala que historicamente lhe foi negado. E aí o filme acaba, se acendem as luzes da vida tal como ela é e neste momento surgem dois homens para interromper a fala de uma mulher diretora. Não importa o quanto eles gostaram do filme, ou do quanto estariam lá porque era amigos dela. O fato é que: eles reproduziram exatamente o machismo do qual a própria Anna, sendo mulher e realizadora de cinema, certamente sempre sofreu (e, como se vê, ainda sofre)".

A Festa Literária Internacional de Pernambuco (Fliporto) começou com força total nesta sexta-feira (14). Reunidos na programação, o Congresso Literário, Cine Fliporto, a 5ª edição da Feira do Livro, Fliporto Galera e Fliporto Galerinha. O tema da edição é 'Literatura é coisa de cinema', com homenagens a Ariano Suassuna e Raimundo Carreiro.

O responsável por abrir a programação do congresso foi o escritor Xico Sá, em conversa com a produtora cultural Isabela Cribari. Com todo seu bom humor e inteligência, Xico encantou o público pernambucano que lotou o auditório do Colégio São Bento, local do evento. No encontro, batizado de 'Cinema e literatura: casamento suspeitoso, união estável ou de conveniência?', o escritor conversou sobre sua relação com o cinema e suas participações em filmes, "quase sempre interpretanto eu mesmo", brincou.

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Big Jato, novo livro do escritor, está ganhando uma versão cinematográfica feita pelo pernambucano Cláudio Assis. O livro foi criado a partir das memórias de infância de Xico, no Crato-CE, e traz a história de um garoto que se vê dividido entre a poesia (representada pelo tio, meio louco) e a dureza da vida, trabalhando ao lado do pai em um caminhão que limpa fossas, apelidado de Big Jato.

"O livro é contaminado pelo cinema. É uma das minhas taras", afirmou. Sobre ter seu livro transformado em filme pelo amigo Cláudio, o escritor explica que a versão do cineasta de sua história traz um final "melhor", em um trabalho mais poético de Cláudio Assis. No tocante a relação entre cinema e literatura, Xico afirmou que o importante é estimular leitores e debates. "Tudo em literatura pode, desde que com respeito e preparação. Não tenho nenhum medo na era da imagem", ressaltou.

Cláudio Assis também era esperado na conversa, mas não pôde comparecer no evento por estar trabalhando nas filmagens de Big Jato. A Fliporto segue até o próximo domingo (16). A programação pode ser consultada no site da Festa

Provavelmente Hilton Lacerda, diretor do filme Tatuagem e roteirista de uma série de filmes pernambucanos, já perdeu as contas de quantos prêmios já recebeu com seu último trabalho. A coleção de canecos ficou ainda maior com os seis prêmios recebidos durante a sétima edição do Festival de Cinema de Triunfo, realizado no Sertão de Pernambuco, todos dedicados ao filme inspirado no grupo recifense Vivencial Diversiones, que fez sucesso na década de 70. Recentemente, Tatuagem também foi indicado ao Grande Prêmio da Academia Brasileira de Cinema em várias categorias, incluindo melhor longa de ficção, ao lado do também pernambucano 'O Som ao Redor', de Kleber Mendonça Filho. Tanta repercussão sobre o filme ainda impressiona Hilton, sem dúvidas um dos nomes mais importantes do atual cinema de Pernambuco, um cinéfilo cheio de projetos em curso. Um deles é o papel de roteirista no filme Big Jato, de Cláudio Assis, cujas gravações começaram nesta quinta-feira (8). Há também um projeto aprovado no Funcultura, intitulado Contos que Vejo, série televisiva que terá participação de outros cinco diretores conterrâneos, além da opinião do cineasta sobre o legado deixado por Fernando Spencer. O LeiaJá conversou com Lacerda em Triunfo, durante o festival, encerrado neste sábado (9).

Tatuagem foi o filme mais premiado do 7° Festival de Cinema de Triunfo, com seis troféus. Como você recebe essa honraria?

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É a primeira vez que apresento um filme no festival de Triunfo e ser recebido dessa forma, dentro de casa, é muito especial. É bastante excitante na verdade, na minha cabeça. Eu não sou uma pessoa muito preocupada se vai ganhar prêmio ou não, mas quando ganho fico muito contente. Tem uma coisa de vaidade que fica satisfeita e o ego ser massageado de vez em quando não faz mal a ninguém.

Na conversa que o LeiaJá teve contigo na Fundaj, em novembro do ano passado, você falou da surpresa que estava tendo com a repercussão do filme, mas de lá pra cá essa repercussão positiva tem se repetido a cada festival. Como é lidar com essa situação de sempre encontrar as salas lotadas?

Eu fico muito impressionado com isso de mesmo depois de um ano o filme estar vivo ainda. A experiência do (Cinema) São Luiz é muito engraçada, porque Tatuagem está em exibição por lá há oito meses. A gente fica seguindo como as pessoas acompanham o trabalho, mas também realimentamos o público.  Recentemente lançamos numa edição do Som na Rural o CD da trilha sonora do filme, feita pelo DJ Dolores. Seria bom que os filmes tivessem essa repercussão, principalmente os de Pernambuco. A gente não faz nosso trabalho pra agradar o público, mas é sensacional quando você consegue manter um diálogo.

Tatuagem foi recentemente indicado ao prêmio de melhor longa-metragem de ficção pela Academia Brasileira de Cinema, além de outras categorias, ao lado do também pernambucano O Som ao Redor, de Kleber Mendonça Filho. Como foi que você recebeu essa notícia e com que expectativa você vai lidar com ela?

Desde que saiu esse resultado que eu estou em viagem. Estava no Sertão com o Cláudio (Assis) dando uma revisão geral no roteiro de Big Jato, conversando com os atores. Mas essa notícia é muito bacana e mostra o impacto que o cinema pernambucano vem tendo. Sou muito feliz de estar o tempo inteiro ao lado de O Som ao Redor, e isso tem se repetido direto. Teve um prêmio que eu gosto bastante, chamado Carlão, feito pelas pessoas que escrevem críticas em blogs de cinema, cineastas bem bacanas, e de todas as categorias que tinha por lá O Som ao Redor e Tatuagem só não levaram o de melhor atriz e alguma outra que não me lembro. Toda as outras foram pra gente. E isso é bom porque dá uma revigorada. A gente teve muita pouca janela de exibição e essas coisas são muito importantes pra gente ir enchendo o papo de grão em grão. 

'Tatuagem' marcada na pele do cinema de Triunfo

Você falou das gravações de Big Jato, novo longa de Cláudio Assis. Como está a produção do filme?

Eles começaram a filmar nesta última quinta-feira (7). Eu adoro ficar em set, mas dessa vez só fui pra conversar com os atores, ver o texto com eles, as locações, tudo com base no roteiro que fiz com Renata Pinheiros. E é um filme de Cláudio Assis, o que o torna incrível e vai marcar uma nova fase no cinema feito por ele. Uma coisa engraçada que ocorreu foi essa junção entre eu, Cláudio e Xico Sá. Faz tempo que a gente queria se juntar pra trabalhar e tivemos um ensaio no Febre (do Rato). Será o maior prazer estar ao lado desse pessoal de novo.

Como é estar num set de filmagens com Cláudio Assis? E a relação entre vocês?

Minha relação com ele é muito longa. Cláudio se desenha uma pessoa, mas na verdade ele é muito diferente. Os sets de Cláudio são incríveis e muito divertidos, não é aquela coisa pesada e carregada. Cada diretor tem sua forma de trabalhar, algumas pessoas são imperiosa, outras carrascas, mas Cláudio é muito engraçado. Recentemente eu estava com o Matheus Nachtergaele lá em Pesqueira lembrando-se de quando Cláudio era produtor do Amarelo Manga e, diante de uma cena, falou ‘Matheus, você desce aquela escada, faz a sua ‘munganga’ e sai’. A gente ficou rindo daquela situação. É mais ou menos por ai a energia de trabalhar com ele.

Triunfo propicia networking espontâneo entre cinéfilos

Falando em parceria, como é trabalhar com o DJ Dolores, que há um tempo tem se especializado cada vez mais em trilhas para cinema?

Eu escrevi o roteiro e eu indicava todas as músicas, dizia o que gostaria de ter em cada cena. Mas depois o Dolores pegou o roteiro e refez as músicas em cima dele. Então eu costumo dizer que ele é quase um roteirista também. Se fosse dar um gênero pra Tatuagem, provavelmente seria um ‘melodrama musical’, porque a ideia foi muito pautada nesse sentido.

As marcas deixadas pelo Festival de Cinema de Triunfo 

Tem um projeto seu aprovado no Funcultura Audiovisual que vai ter a participação dele e de outros diretores, chamado Contos que Vejo. Você pode falar mais sobre essa proposta?

Esse projeto pega cinco contos nordestinos e um que eu escrevi pra amarrar. A gente vai narrar toda história a partir de uma linha que a gente vai dar, e a unidade da série será onde se passa a narrativa, que é na cidade de Desterro, estamos pensando seriamente também em fazer aqui em Triunfo. A ideia é que cada episódio seja dirigido por um diretor diferente. Já tem Cláudio (Assis), Lírio (Ferreira), Marcelo Gomes, Paulo Caldas. A gente está vendo ainda alguns nomes e pode ser que role também Adelina Pontual, mas é um projeto que estamos apostando muito. Uma coisa que discutimos entre nós é o porquê de não conseguirmos levar para a televisão a realidade do cinema que Pernambuco faz. Não falo de qualidade técnica, mas de impacto e informação. Acho que está na hora de ocupar esses espaços, senão vamos perder de vez.

Feedbacks constantes no Festival de Cinema de Triunfo

No que diz respeito aos espaços de exibição de filmes em Pernambuco, O LeiaJá publicou no mês passado uma matéria que explica como o Recife vai mais que duplicar sua quantidade de cinemas não comerciais até o final de 2015, com a chegada dos Cinemas da UFPE, Cinema do Museu (Fundaj) e Cinema do Porto (Porto Digital). Como você enxerga esse novo cenário?

Eu acho que isso é meio urgente, porque as janelas que são oficiais estão fechadas pra produção da gente. Não é justo que você tenha uma produção tão interessante como a que temos em Pernambucano e não ter quórum. E as janelas daqui são comandadas por um grupo só que estão interessados em resultados imediatos. Quando você trabalha num cinema que é mais alternativo e menos dependente dessa situação, o resultado é ótimo. Um exemplo foi uma sessão de Amarelo Manga que fizemos na Fundaj Derby e que deu muita gente. Não é o mesmo resultado que você tem quando exibe num cinema comercial. E tem muita coisa por traz disso, é como se existisse uma guerra surda de amantes do cinema que não querem ir pra shopping pra ver filme. Eu mesmo acho chato e desgastante essa condição. Acho que isso deve fazer parte da política do Estado. Do mesmo jeito que tem política pra fazer filme, tem que ter pro olhar, e isso é bem urgente.

A sétima edição do Festival de Cinema de Triunfo fez uma homenagem a Fernando Spencer, cineasta pernambucano que faleceu recentemente e que marcou a história da sétima arte no Estado. Fala um pouco sobre a influência e o legado que esse personagem deixou para as próximas gerações de cineastas.

Na minha fala de abertura da sessão de Tatuagem durante o festival eu devia ter falado sobre o Spencer, mas eu sou muito tímido e na hora travo e esqueço tudo. Mas Spencer tem uma coisa muito engraçada. Eu fiquei amigo dele principalmente durante as gravações de Baile Perfumado, de Lírio (Ferreira e Paulo Caldas). Ele era muito apaixonado pelo o que fazia, mas ao mesmo tempo ele tinha ideias de umas coisas que eram muito bacanas. Eu me lembro que ele tinha a sacada de fazer um encontro entre John Wayne (ator americano que fez vários filmes de faroeste) e Lampião. Era uma pessoa adorável e conversar com ele sobre cinema era dividir uma grande aula. Acho essa homenagem mais que justa. A perda dele só não é maior do que o legado que ele deixou aqui.

Cláudio Assis, diretor de filmes como Amarelo Manga (2002) e Febre do Rato (2011), está na pré-produção de seu novo filme Big Jato e procura rapazes entre 18 e 25 anos para teste de elenco. O longa é uma versão em imagens do recente livro homônimo do escritor cearense Xico Sá. 

O filme, assim como o romance autobiográfico de Xico, conta a história de uma juventude passada no Cariri (CE) por um garoto que acompanha seu pai, fã dos Beatles, na boleia do seu caminhão, o “Big Jato”, em trabalhos pelo sertão. Interessados pelo teste devem enviar entrar em contato com a produção através do e-mail elenco.bigjato@gmail.com.

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O Grande Prêmio do Cinema Brasileiro premiou na noite desta quarta (13), na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro, os melhores filmes nacionais de 2012. O longa de Breno Silveira  Gonzaga de Pai para Filho foi o grande vencedor da noite.

O filme recebeu 15 indicações e foi premiado nas categorias de Melhor Ator (Júlio Andrade), Melhor Longa-metragem de Ficção, Melhor Direção, Melhor Ator Coadjuvante, Melhor Montagem de Ficção e Melhor Som.

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Raul - o início, o fim e o meio, de Walter Carvalho, ganhou quatro prêmios: melhor documentário, melhor montagem de documentário e melhor direção de arte - dividido com Xingu e Heleno - além de ser eleito melhor documentário pelo voto popular. O longa Heleno, de José Henrique Fonseca, faturou quatro troféus: melhor direção de fotografia, melhor direção de arte, melhor figurino, e melhor maquiagem. Dira Paes foi eleita melhor atriz, por sua atuação em À beira do caminho.

Ângela Leal levou para casa o título de melhor Atriz Coadjuvante na atuação do filme Febre do Rato, do diretor Cláudio Assis. O longa também ganhou o prêmio de melhor Roteiro Originalcom Hilton Lacerda. Leandra Leal, filha de Ângela, levou também o título de Melhor Atriz Coadjuvante pelo trabalho como Silvia, no longa Boca.  

A atriz Ruth de Souza foi a grande homenageada deste ano. Ruth começou a carreira nos palcos em 1945, sendo a primeira atriz negra a se apresentar no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Ainda foi a primeira brasileira a receber uma indicação a um prêmio internacional, o Leão de Ouro em Veneza, em 1954, por Sinhá moça.

Confira os vencedores em cada categoria:

Melhor longa-metragem de ficção

Gonzaga - De Pai Para Filho, de Breno Silveira  

Melhor longa-metragem de ficção - voto do público

Febre do Rato, de Claudio Assis  

Melhor longa-metragem em documentário

Raul - O Início, o Fim e o Meio, de Walter Carvalho  

Melhor longa-metragem em documentário - voto do público

Raul - O Início, o Fim e o Meio, de Walter Carvalho  

Melhor longa-metragem infantil

Peixonauta - Agente Secreto da O.S.T.R.A, de Célia Catunda e Kiko Mistrorigo  

Melhor longa-metragem em animação

Brichos - A Floresta É Nossa, de Paulo Munhoz  

Melhor direção

Breno Silveira, por Gonzaga - De Pai Para Filho

Melhor atriz

Dira Paes como Rosa, por À Beira do Caminho

Melhor ator

Júlio Andrade como Gonzaguinha 35/40 anos, por Gonzaga - De Pai Para Filho

Melhor atriz coadjuvante

Ângela Leal como Dona Marieta, por Febre do Rato e Leandra Leal como Silvia, por Boca

Melhor ator coadjuvante

Claudio Cavalcanti como Dr. Ismael, por Astro - Uma Fábula Urbana em um Rio de Janeiro Mágico e João Miguel como Miguelzinho, por Gonzaga - De Pai Para Filho

Melhor direção de fotografia

Walter Carvalho, por Heleno

Melhor direção de arte

Cassio Amarante, por Xingu; Daniel Flaksman, por Corações Sujos e Marlise Stochi, por Heleno

Melhor figurino

Rita Murtinho, por Heleno

Melhor maquiagem

Martín Marcías Trujillo, por Heleno

Melhor efeito visual

Carlos Faia, Gus Martinez e Xico de Deus, por 2 Coelhos

Melhor roteiro original

Hilton Lacerda, por Febre do Rato

Melhor roteiro adaptado

David França Mendes, por Corações Sujos, adaptado da obra homônima de Fernando Morais  

Melhor montagem de ficção

Afonso Poyart, André Toledo e Lucas Gonzaga, por 2 Coelhos

Melhor montagem de documentário

Pablo Ribeiro, por Raul - o Início, o Fim e o Meio

Melhor som

Alessandro Laroca, Armando Torres Jr., Eduardo Virmond Lima, Renato Calaça e Valéria Ferro, por Gonzaga de Pai para Filho

Melhor trilha sonora

Paulo Jobim, por A Música Segundo Tom Jobim

Melhor trilha sonora original

André Abujamra e Marcio Nigro, por 2 Coelhos

Melhor curta-metragem ficção

Laura, de Thiago Valente  

Melhor curta-metragem documentário

Elogio da Graça, de Joel Pizzini  

Melhor curta-metragem animação

Cabeça de Papelão, de Quiá Rodrigues  

Melhor longa-metragem estrangeiro

Intocáveis (França), de Olivier Nakache e Eric Toledano  

Melhor longa-metragem estrangeiro - voto do público

Intocáveis (França), de Olivier Nakache e Eric Toledano

Na manhã desta quarta (29), no Cinema São Luiz, o Governo de Pernambuco, através da Secretaria de Cultura e da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), divulgou o resultado do 6º Edital do Programa de Fomento à Produção Audiovisual de Pernambuco. Dos 406 projetos inscritos - recorde na trajetória do edital - 112 foram aprovados nas categorias de longa-metragem, curta-metragem, produtos para televisão, pesquisas, formação, difusão, incentivo ao cineclubismo e a nova classe revelando os pernambucanos. O edital conta com um total de R$ 11,5 milhões para incentivo da produção e difusão audiovisual pernambucana. 

O autor do longa brasileiro de maior circulação no exterior em 2012, Kleber Mendonça Filho, foi um dos contemplados na categoria dos longas-metragens com o projeto Aquarius, pela Cinemascópio Produções Cinematográficas e Artísticas Ltda, assim como Doméstica, de Gabriel Mascaro. Entre os curtas-metragens, a grande novidade foi Gigantes Pela Própria Natureza, de Cláudio Assis, que, segundo o autor, será gravado em novembro no Vale do Catimbau.

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Na parte do desenvolvimento do cineclubismo, muitos projetos voltados para o Sertão do Moxotó, do São Francisco e para a Região Metropolitana do Recife (RMR). Na produção de televisão, destaque para a série de documentários Pernambuco, Patrimônio Vivo, de Lula Queiroga e Eliane Macedo.

Já na categoria difusão, foram aprovados festivais consolidados na capital pernambucana como o III Festival Internacional de Stop Motion do Recife, o Animage – V Festival Internacional de Animação de Pernambuco e a 6ª Janela Internacional de Cinema do Recife, além da prensagem de DVD e distribuição do longa Rio Doce/CDU, de Adelina Pontual, nos cineclubes, escolas públicas e bibliotecas do Estado. A nova linha de incentivo nova classe revelando os pernambucanos premiou 10 projetos, dentre eles o Curta Orobó – I Festival de Curtas-metragens Digitais de Orobó.

Carta – Antes de começar o anúncio do resultado do 6º Edital do Programa de Fomento à Produção Audiovisual de Pernambuco no Cinema São Luiz, os cineastas Cláudio Assis e Pedro Severien leram uma carta escrita pelos cineastas, produtores e demais técnicos que compõem a cadeia produtiva do audiovisual de Pernambuco. O documento, destinado ao governador do Estado Eduardo Campos, ressaltava o cenário positivo do cinema pernambucano nos últimos anos.

Além disso, relembrava o compromisso assumido por Eduardo, ao lado de cineastas, no mês de setembro de 2012, na comemoração dos 60 anos do Cinema São Luiz, sobre o envio à Assembléia Legislativa da lei que firmasse no Funcultura o espaço do cinema pernambucano – evitando o risco de ter ganhos retrocedidos ou que fique à mercê das mudanças políticas.

Confira aqui o resultado completo. 

O simpósio Arte, Sexo e Sociedade acontece entre os dias 15 e 17 de maio no Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães (MAMAM), às 19h. As pré-inscrições podem ser feitas até esta quinta-feira (9) através do email aslan.assessoria@gmail.com. É necessário enviar nome, idade, profissão, data que quer participar e responder a pergunta: Qual a importância de um ciclo de palestra e debates que aborda esta temática?

O evento, idealizado pelo artista plástico Aslan Cabral, pretende debater erotismo e sexualidade a partir da visão artística e sem interdições sociais ou religiosas. Para isso, conta com a presença de artistas, cineastas, pesquisadores e profissionais do sexo.

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Programação

15 de maio

Exibição do projeto Destricted.Br e bate papo com Claudio Assis , Lula Buarque de Hollanda e Tuca Siqueira

16 de maio

Moacir dos Anjos analisa as obras de Nan Goldin e debate com Janine Seus e Marina Pinheiro

17 de maio

Debate com Nanci Feijó, Fernando Fontanella e Joana Gatis

Serviço

Cliclo de palestras e debates Arte sexo e sociedade contemporânea

15, 16 e 17 de maio | 19h

MAMAM (Rua da Aurora, 265 – Boa Vista)

Gratuito

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Durante o terceiro dia do Cine PE - Festival do Audiovisual de Pernambuco - o cineasta caruaruense Cláudio Assis lançou o DVD do longa Febre do Rato. Vencedor do prêmio de Melhor Filme no festival de Paulínia e no Festin de Lisboa, o filme conta com nomes como os globais Matheus Nachtergaele e Nanda Costa e do pernambucano Irandhir Santos, que deu vida ao Poeta Zizo, protagonista da história.

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Cláudio Assis afirma que, apesar de defender a pirataria, ele também defende que se adquira o filme original. "Eu quero que vejam a diferença entre o pirata e o que você comprou para você ver a qualidade que tem no trabalho. Eu mesmo já comprei uns dez Febre do Rato piratas, em São Paulo, no Rio de Janeiro, aqui no Recife, mas eu defendo que você objetive a compra de um trabalho que tenha uma qualidade, que eu acho que é bom", diz ele.

Cineasta à moda antiga, Assis conta que ainda faz seus filmes em película e revela o porquê: "Eu gosto de pegar na imagem, essa coisa saudosista que é você pegar, sentir".  E o público parecia compartilhar da mesma opinião, já que não paravam de comprar uma cópia do filme que ali custava R$ 40. Sobre o processo de produção e criação da película, ele revelou que tudo nele é o resultado de uma inquietação.

"O filme é uma inquietação. De a gente poder fazer o que quer, quando quer, da maneira que a gente quer. E a gente tem o direito de errar. Eu posso errar. O Poeta (personagem principal do filme) pode errar. Então eu faço nele uma homenagem aos poetas recifenses do final dos anos 1970, começo dos 1980", diz ele. 

O cineasta também lembra que todas essas ações possuem um preço, que é cobrado pela sociedade. "A sociedade é escrota, a sociedade é babaca e chega uma hora que ela vai dizer não. Então o problema não é meu, não é teu, é que a sociedade é assim. Então isso provoca na gente certa rejeição e o filme trata dessa humanidade de você ser igual com as suas diferenças com as minhas diferenças, é o respeito pelo direito de errar. Temos que errar, a gente um dia acerta".

E Febre do Rato foi um acerto? "Não sei, eu quis fazer e quem vai dizer é quem vê. Eu não faço filme para agradar, eu faço filme para conquistar. Eu fiz o que eu posso com Febre do Rato. É o melhor que eu pude com a minha equipe, meus fotógrafos, meus atores, minhas atrizes. Isso é uma luta, uma guerra, uma conquista. Eu vejo que o filme está tendo uma resposta, um resultado, tanto do público, quanto da crítica. Que está tendo uma coisa bacana, um feedback, todo mundo gostando".

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O Cine PE, Festival do Audiovisual de Pernambuco, chegou ao terceiro dia de sua 17ª edição na noite deste domingo (28). O evento contou com baixa partipação do público, mas manteve sua programação normalmente. Além dos cinco curtas e um longa, também foi lançado o DVD do filme Febre do Rato, de Cláudio Assis.

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Na mostra competitiva de curtas-metragens, títulos como Cadê meu rango? - que abriu a noite - e Alexina - Memórias de um exílio, devido ao tempo excedido pelas apresentações e homenagens, entraram mais tarde do que o programado.O atraso também prejudicou o horário de exibição do documentário Mazzaropi, mas não tirou a animação dos presentes.

Letícia Vieira veio com seu irmão e alguns amigos conferir o festival pela primeira vez. "Achei interessante a dinâmica daqui, com curtas, documentários, foi minha primeira vez e já estou querendo muito voltar". Lucas Vieira, seu irmão, também compartilha da opinião: "Por vontade eu voltaria, não sei se vai dar durante a semana, mas eu gosto. Gosto muito de filmes alternativos", disse ele.

Os veteranos da turma ajudaram a trazer os novatos e garantem que não vão perder um só dia da mostra. "Gosto muito de cinema, por isso eu venho todos os dias", afirmou Eduarda Barbosa. Thúlio Rodrigues conta o motivo que o fez sair de casa para vir até o Centro de Convenções conferir o Cine PE neste domingo (28): "Em um dia de chuva, nada melhor que assistir um filme e se alimentar de cultura!".

Pela 39.ª vez, o Festival Sesc Melhores Filmes traz de volta à tela do Cinesesc o que de melhor passou pelos cinemas paulistanos no ano anterior. O evento começa nesta quarta-feira, com a cerimônia de premiação dos vencedores, que foram eleitos por público e crítica. Para a festa, que entrega troféus nas categorias de melhor filme, documentário, ator, atriz, direção, roteiro e fotografia para as produções brasileiras e melhor filme, direção, ator e atriz para as estrangeiras. Estarão presentes ainda Irandhir Santos, João Miguel, Betty Faria, Djin Sganzerla e os diretores Cláudio Assis, Beto Brant, Edgard Navarro, Hilton Lacerda, Caetano Gotardo e Marcelo Machado, além do pianista Nelson Ayres e do diretor-geral do Sesc, Danilo Miranda.

Após a premiação, será exibido "O Que se Move", primeiro longa do jovem diretor Caetano Gotardo. Com estreia prevista para 10 de maio, conta a história de três famílias que precisam lidar com mudanças bruscas.

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Já na programação, que começa na quinta, às 14h30, com a exibição do iraniano "A Separação", há 40 filmes. Destes, 23 são estrangeiros e 17 brasileiros. Entre os mais votados, há desde o brasileiro "A Febre do Rato", de Cláudio Assis, até o controverso "Holy Motors", com sessão na sexta, às 21h30, passando pelo pop "007 - Operação Skyfall", no sábado, às 14h30.

O ecletismo do festival se nota também nos eventos paralelos. Entre cursos livres, seminários e edições especiais do Cinema da Vela, de quarta até o dia 25, merece destaque o curso "A Boca do Lixo e o Cinema de Carlos Reichenbach", que traça um panorama da produção do diretor Carlos Reichenbach, o Carlão, morto em maio de 2012. Parceiro de longa data, foi no Cinesesc que ele realizou (de 2004 a 2012), mensalmente, a Sessão do Comodoro, que se tornou ponto obrigatório para todos os que queriam assistir a filmes raros e originais, que eram escolhidos, apresentados e exibidos por Carlão. Para completar, o cineasta ganha homenagem com uma exposição. Fotos, documentos, trechos de filmes, pôsteres, entrevistas e vários objetos serão expostos no hall do Cinesesc. Para dar início às homenagens, nesta quarta, durante a cerimônia de premiação, serão exibidos trechos de filmes e depoimentos sobre o diretor e um troféu será entregue para Lygia Reichenbach, viúva do diretor. "Esta celebração é uma das importantes conquistas deste ano. Além de genial, Carlão era um amigo querido", comenta Simone Yunes, programadora do Cinesesc.

Entre outras atrações, boa pedida para os cinéfilos são os seminários da crítica. Com entrada gratuita, os encontros discutirão temas atuais e terão mediação de Maria do Rosário Caetano. Quinta, às 19h30, o tema é "Cinemas de Rua x Grandes Complexos - Novas Tecnologias. Produção Nacional e o Cinema Autoral", com Inácio Araújo, Zuenir Ventura, Rubens Ewald Filho, o jornalista do Caderno 2 Ubiratan Brasil e José Geraldo Couto. Na sexta, às 19h30, é a vez de debater "Blockbusters Brasileiros x Cinema Independente. Modelos de Financiamento. Cota de Tela. Novos Polos de Produção Fora do Eixo Rio-SP. A Chegada do DCP e o Pagamento do VPF", com Suyene Correia, Marcelo Miranda, Sergio Mota, o crítico do Caderno 2 Luiz Zanin e Daniel Schenker. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

FESTIVAL SESC MELHORES FILMES 2012

Cinesesc (Rua Augusta, 2.075). De quarta até 25 de abril. De R$ 4 a R$ 2. www.sescsp.org.br

Em comemoração ao aniversário do Rio Capibaribe, o Parque das Esculturas de Brennand, no Marco Zero, recebe o projeto Vida ao Rio das Capivaras! neste sábado (24). Na ocasião, é exibido, gratuitamente, o longa Febre do Rato de Cláudio Assis e, em seguida, o pianista Vitor Araújo - que esteve no elenco do filme - realiza um pocket show. Em Febre do Rato, o Rio Capibaribe foi utilizado como pano de fundo para a direção de fotografia, tornando-se um importante personagem do filme.

Enquanto Vitor toca piano, serão projetadas, no telão, fotos tiradas por crianças e pescadores que vivem nas margens do Rio. As fotos foram produzidas durante oficina promovida pela ONG Recapibaribe.

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Para chegar ao Parque das Esculturas, um catamarã irá transportar o público do Marzo Zero até lá, gratuitamente, a partir das 20h30. O público não precisa se preocupar com o movimento das águas, já que este sábado (24) é o dia do ano em que a maré estará mais baixa.

Serviço

Vida ao Rio das Capivaras! - com exibição e Febre do Rato e pocket show de Vitor Araújo
Sábado (24), 20h30
Parque das Esculturas de Brennand (Recife Antigo)
Gratuito

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