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Neste Dia Internacional da Mulher, celebrado hoje, 8 de março, a prefeita de Uberaba (MG), Elisa Gonçalves (Solidariedade) publicou nas redes sociais alguns ataques que recebe diariamente de moradores da cidade na internet. Na publicação, a gestora exaltou que “nem tudo são flores”, e que, além de todo o trabalho, precisa “lidar e conviver com esse tipo de ataque misógino”. 

Ataques como “te odeio”, “você vai pagar, desgraçada”, “meu sonho era saber que alguém matou você”, “você é lixo para mim”, foram expostos por Elisa Gonçalves no seu perfil oficial do Instagram. 

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“Nós ainda temos que lidar e conviver com esse tipo de ataque misógino, machista e que reforça o desrespeito que ainda existe contra nós, mulheres, principalmente, quando estamos em cargos ocupados, historicamente, por homens”, disse a prefeita, ao comentar sobre como é ser mulher e ocupar um cargo majoritariamente masculino. 

No entanto, de acordo com Elisa, “esse tipo de ataque que diminui e descredibiliza muito mais pelo simples fato de ser mulher, não me abala”. “Sigo firme e focada no propósito de trabalhar, diariamente, pela nossa cidade e por cada um e cada uma que vive aqui. Também por aqueles que torcem contra. A mulher pode ser o que ela quiser e estar onde quiser”, salientou. 

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O Projeto de Lei 872/23 criminaliza a misoginia, definida como a manifestação que inferiorize, degrade ou desumanize a mulher, baseada em preconceito contra pessoas do sexo feminino ou argumentos de supremacia masculina.

Apresentado pela deputada Dandara (PT-MG), o texto em análise na Câmara dos Deputados insere a tipificação na Lei 7.716/89, que define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor.

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Pela proposta, praticar, induzir ou incitar a misoginia terá pena prevista de reclusão de um a três anos e multa. Se o crime for cometido por intermédio dos meios de comunicação social, de publicação em redes sociais, da internet ou de publicação de qualquer natureza, ou praticado com intuito de lucro ou de proveito econômico, a pena será de reclusão de dois a cinco anos e multa.

A pena será triplicada se o agente integrar ou associar-se a grupo voltado à disseminação e propagação de misoginia.  A deputada Dandara explica que o projeto teve origem em ideia legislativa de autoria da pesquisadora Valeska Maria Zanello de Loyola, apresentada ao Senado Federal.

Segundo ela, atualmente a misoginia ganha nova roupagem na internet. “Conhecidos como Red Pill, uma vertente dos ‘masculinistas’, que se opõem às feministas, incentivam a misoginia por meio de um discurso que inverte a realidade e os coloca como vítimas de um sistema que estaria privilegiando as mulheres”, aponta a parlamentar.

“Mesmo sendo notório que o machismo estrutural é histórico e global e que impõe desigualdade às mulheres há séculos, o movimento alega ser prejudicado pelo ‘tratamento privilegiado para a população feminina’ no mundo atual e, não raro, invocam desprezo, uma postura adversarial ou distanciamento de mulheres”, afirma.

A parlamentar acrescenta ainda que, por meio de coaches e influencers nas redes sociais, existe uma indústria que fatura com livros, cursos, palestras e monetização de conteúdo que prega o ódio contra as mulheres.  Tramitação A proposta ainda será encaminhada para as comissões permanentes da Casa.

*Da Agência Câmara de Notícias

A ministra do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, agradeceu, na abertura da sessão desta quarta-feira (26), o apoio recebido nos últimos dias após ter sido vítima de ataques misóginos e preconceituosos do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ).

Na ocasião, a ministra salientou os ataques recebidos pelas ministras e ministros do STF “especialmente nesses últimos tempos, diferente de outros períodos, por aduras que vão além de qualquer civilidade”. “Somos num tribunal de um País de um povo a lutar por fazer cumprir uma Constituição, como já foi reiterado aqui: não é tarefa simples. Menos ainda em horas de tentativa de subversão democrática contra o estado de direito”, disse. 

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Cármen Lúcia comentou que, quando criança, no Sertão mineiro, sua mãe dizia que as dificuldades não são fáceis. “Dificuldades fazem parte, mas o Brasil vale a pena, o estado de direito vale a pena. A democracia vale o que cada um de nós faz”, observou. 

O ex-deputado está preso em Bangu 8, no Rio de Janeiro, desde o último domingo (23), após ter sido indiciado pela Polícia Federal - que cumpria uma decisão do ministro Alexandre de Moraes - por quatro tentativas de homicídio, atirar três granadas e dar cerca de 50 tiros em uma viatura da corporação.

Entre as ofensas feitas à ministra, Roberto Jefferson chegou a afirmar que ela age “pior” que prostitutas.

A advogada e apresentadora Gabriela Prioli foi alvo de um novo ataque do presidente Jair Bolsonaro (PL) às mulheres, na última quinta-feira (1º). O chefe do Executivo - que está fazendo campanha para ganhar o apoio das mulheres - ironizou um comentário da apresentadora nas suas redes sociais, onde ela explicava os motivos para não querer entrevistá-lo.

Na publicação, Bolsonaro associou Prioli ao Tabajara Futebol Clube, de um programa de humor, que recusava a contratar o jogador Neymar. Ele se autocolocou no papel do jogador recusado. Após ter recebido as críticas, ele se defendeu justificando a “liberdade de expressão” e, em seguida, afirmou que mulheres de beneficiam da “condição biológica como escudo”. 

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“Igualdade é tratar a todos sem distinções, partindo do princípio de que ninguém é inferior ou superior a ponto de ser imune a críticas. Quando se usa da condição biológica como escudo para ser desrespeitoso e se blindar de resposta à altura, a igualdade dá lugar ao oportunismo”, tweetou. 

A publicação de Bolsonaro levantou um movimento de ódio contra Prioli que, inclusive, está grávida de uma menina. Gabriela, por sua vez, reagiu ao comentário nas suas redes sociais na sexta-feira (2). 

“O ódio de Bolsonaro às mulheres é tão forte que, mesmo precisando conquistar o eleitorado feminino, ele não consegue se controlar. A resposta revela o incômodo. O título da matéria deve ter abalado o ego frágil de quem foi um rejeitado durante a vida toda. A psicanálise explica”, afirmou. 

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A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) registrou um boletim de ocorrência após receber ameaças de morte por e-mail. No texto, um usuário a chama de "vagabunda" e "parasita" e realiza ameaças de morte à parlamentar e ao filho Hugo e ao marido, o deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ). O texto finaliza com as mesmas referências nazistas enviadas à vereadora transexual de Belo Horizonte Duda Salabert (PDT) na segunda-feira, 2.

A ex-deputada Manuela D'Ávila também relatou ameaças nesta semana. Na segunda-feira, Manuela divulgou insultos enviados à ela, ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com a promessa do mesmo agressor de esquartejá-lo.

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"Quinta-feira passada recebi um email de uma pessoa ameaçando me estuprar e matar na frente do meu filho de 1 ano. Na mensagem, o autor também mencionava que eu não estaria na Câmara dos Deputados ano que vem e terminava fazendo uma alusão nazista", escreveu a deputada do PSOL.

"Cheguei a pensar em não divulgar (as ameaças)", escreveu a Sâmia Bomfim. "Mas refleti que, mesmo não sendo a primeira ameaça, foi a mais grave e perversa. Muito semelhante às que foram dirigidas a Manuela D'Ávila e Duda Salabert."

O nome do autor das mensagens é o mesmo nos três casos. O usuário também ameaçou os jornalistas Lucas Neiva e Vanessa Lippelt, do Congresso em Foco, após a divulgação de uma matéria divulgando a produção em massa de fake news em favor do presidente Jair Bolsonaro (PL) no fórum anônimo 1500chan. A mensagem foi enviada pelo Proton, plataforma criptografada sediada na Suíça.

Em 2021, Salabert já havia sido alvo de ataques de neonazistas em redes sociais, e foi obrigada a deixar seu emprego de 13 anos como professora de português no colégio Bernoulli, um dos mais prestigiados da capital mineira.

Trecho do discurso do vereador Francisco Hernandes (PSD) de Beberibe, cidade a 244 km de Fortaleza, está chamando atenção nas redes sociais. Na Sessão Ordinária de 14 de abril, véspera do feriado de Páscoa, o político levou uma sandália azul para a tribuna e afirmou que a prefeita do município, Michele Queiroz (PL), merece apanhar. No vídeo, Francisco Hernandes incentiva a população a agredi-la assim que for possível.

"Vou lhe lembrar aqui que quando as pessoas mentiam para os pais, os pais corrigiam; pegavam uma chinela e dava na bunda, prefeita. Isso aqui [batendo o objeto na mão] é para gente mentirosa. Você vai ter que levar umas palmadas da população", indicou. Em seguida, reforçou que a líder municipal "vai ter que apanhar pra aprender". "A população vai pegar a chinela e [dará] chibata nela", prosseguiu.

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A fala foi uma tentativa de contradizer uma postagem de Michele Queiroz em que teria anunciado a liberação de 100 cisternas para o município. Segundo Hernandes, essa foi uma conquista do deputado federal Moses Rodrigues (União). "Da senhora só veio cestas básicas", disse o vereador.

Em nota, a prefeitura de Beberibe repudiou o discurso e apontou ser inadmissível o comportamento apresentado. "Clara demonstração de estímulo a violência, incita a população a agredir a prefeita Michele Queiroz. Para isso, utiliza uma chinela azul (cor reforçada durante o discurso com uma nítida conotação de machismo) e pede para que a população faça o mesmo tão logo tenha a oportunidade de encontrar a gestora", destacou.

"A prefeitura de Beberibe pede para que as autoridades competentes investiguem e punam a ação do vereador Hernandes (PSD). É lamentável que alguém eleito para representar o povo tome uma atitude tão baixa e grave. Sempre estaremos vigilantes contra atos que violem a dignidade e ponham em risco a integridade física e a própria vida", prosseguiu. Após o ataque, o texto também foi compartilhado pela própria gestora municipal em suas redes sociais.

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COM A PALAVRA, O VEREADOR FRANCISCO HERNANDES

A reportagem do Estadão tentou contato com o vereador Francisco Hernandes por ligação e WhatsApp, mas não houve retorno até a publicação desta matéria. O espaço está aberto para manifestação.

Às vésperas de assumir a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e comandar as eleições deste ano no Brasil, o ministro Edson Fachin destacou a importância da participação de mais mulheres no cenário político. Ele citou ainda a necessidade de mais mentes e corações democráticos no país. 

“Nós todos sabemos que é urgente vacinar o país contra o vírus do autoritarismo, da misoginia e da discriminação. Vacina sim! Contra o vírus da autocracia, democracia sempre”, defendeu Fachin, nesta quarta-feira (9), durante o 1º Encontro Nacional de Magistradas Integrantes de Cortes Eleitorais, realizado virtualmente. 

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Fachin se mostrou bastante preocupado com a constatação de violência de gênero durante o pleito de 2020, no Brasil, apontada pela missão de observação da Organização dos Estados Americanos (OEA). 

Para o ministro, “os números são estarrecedores”. Segundo a missão, três em cada quatro candidatas ao cargo de prefeita em capitais brasileiras, nas eleições de 2020, sofreram alguma forma de violência em relação ao gênero e 97,7% relataram violências psicológicas. 

“A constatação de que a violência politica de gênero está cada vez mais presente nos indica um cenário preocupante, especialmente para 2022, e que afeta profundamente a democracia brasileira. Jamais haverá democracia onde houver violência. Por isso, desejamos paz e segurança nas eleições que se aproximam”, destacou.

Durante o encontro, Edson Fachin desejou mudanças na política a partir da maior participação feminina nesse espaço - lembrando o que disse Michelle Bachelet, alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos e ex-presidente do Chile, sobre o tema. 

“Quando uma mulher entra na política, muda a mulher, mas quando muitas mulheres entram na política, muda a política. Nada poderia ser mais verdadeiro, pluralidade de ideias, diversificação da agenda política são fundamentais para o alcance da igualdade e para o fortalecimento da democracia”, afirmou.

Barroso

No mesmo evento, o atual presidente da Corte Eleitoral, ministro Luís Roberto Barroso, que abriu o encontro, disse que a violência de gênero é uma questão que precisa ser enfrentada pela sociedade brasileira. “Não é só a violência física, a violência psicológica é uma violência que é mais difícil, porque é muito entranhada, que é violência da linguagem e que envolve transformações mais profundas nas sociedades machistas e patriarcais.” 

Ao destacar a evolução das mulheres e os principais direitos conquistados por elas ao longo dos anos na sociedade, Luís Roberto Barroso lamentou que a média de participação feminina na política brasileira esteja aquém da registrada em outros países da América Latina. Financiamento de campanha 

Barroso, que teve o incentivo à participação de mais mulheres na política como uma das principais bandeiras de seu mandato à frente da Corte eleitoral, avaliou que no Brasil a prestação de contas e a utilização de verbas por partidos políticos precisam ser mais discutidas. 

“Acho que financiamento público [de campanha] sai mais barato para o país que aquele modelo público que nós tínhamos, mas era preciso haver critérios legais mínimos, objetivos de distribuição desses recursos. Para que os partidos não tenham donos, para que não sejam uma ou duas pessoas discricionariamente utilizando esse dinheiro e para fomentar a renovação na participação política, inclusive, com ingresso de mais mulheres”, ressaltou. 

Posse 

Os ministros Edson Fachin e Alexandre de Moraes, eleitos presidente e vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), respectivamente, tomarão posse no próximo dia 22 de fevereiro, às 19h. Barroso está no comando do TSE desde maio de 2020.

O Metrô de São Paulo repudiou, em nota assinada pelo diretor-presidente da Companhia, Silvani Pereira, um vídeo publicado pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) nas redes sociais com declarações misóginas sobre a contratação de mulheres pela empresa responsável por uma obra na Linha-6 Laranja. O Metrô ressaltou a importância da presença das mulheres em diversas áreas e pediu respeito “a todas aquelas que dedicam sua vida à infraestrutura urbana”.  

As declarações do deputado federal foram feitas após um acidente em uma obra em São Paulo, que provocou a abertura de uma cratera na Marginal Tietê, na Zona Norte da capital. Na sexta-feira (4), ele postou um vídeo no Twitter ridicularizando a fala de mulheres que trabalham na empresa Acciona, que integra a concessionária que faz obras da Linha 6-Laranja do Metrô de São Paulo, falando sobre a obra. No vídeo, a analista de direitos humanos, Vilma Dias, afirma procurar “sempre contratar mulheres”. O político questiona se “homem é pior engenheiro” e critica a fala da analista.  

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"'Procuro sempre contratar mulheres', mas por qual motivo? Homem é pior engenheiro? Quando a meritocracia dá espaço para uma ideologia sem comprovação científica o resultado não costuma ser o melhor Escolha sempre o melhor profissional, independente da sua cor, sexo, etnia e etc", disse no Twitter.

Em nota de repúdio ao filho do presidente Bolsonaro, a empresa considerou o vídeo “misógino” e “desrespeitoso”. “A Acciona, como uma empresa que tem respeito à diversidade como um dos pilares de sua política ESG, lamenta profundamente o teor dessa videomensagem que circula em redes sociais. A empresa considera o conteúdo misógino e extremamente desrespeitoso com nossas colaboradoras”, disse.  

“A Acciona tem programas especiais de estímulo à contratação de mulheres, inclusive na área de construção, e se orgulha dos seus profissionais. A empresa estuda as medidas judiciais cabíveis ao caso”, complementou a empresa, em defesa dos seus valores.  

Por sua vez, o Instituto de Engenharia também divulgou uma nota de repúdio ao vídeo, “que desmoraliza colaboradoras de empresa que atua nas obras da Linha-6 Laranja do Metrô”, e classificou como um “desserviço à sociedade”. “É inadmissível que esse tipo de mensagem seja compartilhada por qualquer pessoa. É um desserviço à sociedade, à evolução e um verdadeiro DESRESPEITO e DISCRIMINAÇÃO às profissionais envolvidas, quer engenheiras ou não. O Instituto Engenharia, por meio de seu Comitê para Valorização das Mulheres na Engenharia e Tecnologia, pede por respeito. Esse é o ingrediente essencial na construção de um futuro melhor em qualquer esfera da sociedade”, pontuou.  

Desabamento  

Na última terça-feira (1º), uma cratera se abriu na Marginal Tietê depois do asfalto ter cedido ao lado da obra do Metrô da Linha 6-Laranja, na Marginal Tietê, Zona Norte de São Paulo.  

Não houve feridos no desabamento, mas dois funcionários que tiveram contato com a água que jorrou do acidente foram socorridos pelos bombeiros.  

O secretário de Transportes Metropolitanos, Paulo José Galli, informou que o vazamento de uma galeria de esgoto causou o acidente. De acordo com Galli, o solo não suportou o peso da galeria, que passava três metros acima da máquina conhecida como “tatuzão”, e acabou se rompendo.  

 

Após o apresentador Carlos Massa, o Ratinho, incitar a 'eliminação' da deputada federal Natália Bonavides (PT-RN) com uma metralhadora, nesta quinta-feira (16), a correligionária Marília Arraes (PT-PE) prestou solidariedade à colega e afirmou em seu Twitter que "ratos assim precisam voltar pro esgoto de onde vieram".

Contrário ao Projeto de Lei (PL) de Bonavides sobre a retirada do 'vos declaro marido e mulher' ao fim dos casamentos para evitar constrangimento à comunidade LGBTQIA+, em seu programa de rádio nessa quarta (15), Ratinho afirmou que a deputada deveria ir lavar as cuecas do marido e que "tinha que eliminar esses loucos", antes de perguntar se podia pegar uma metralhadora.

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Em um movimento de repúdio ao comunicador, Marília Arraes criticou a violência, a misoginia e a falta de civilidade empregada em sua fala e garantiu que a Câmara vai reagir às declarações que ameaçam a segurança de Bonavides. 

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Mulheres se unem contra o apresentador

Representantes do Congresso e da esfera Executiva prestaram apoio à deputada. A parlamentar Sâmia Bomfim (PSOL-SP) chamou Ratinho de "asqueroso" e lembrou que o "discurso criminoso" foi reproduzido em um aparelho de concessão pública. "Não toleraresmo a violência política de gênero", publicou. Seguiremos ocupando espaços na política para desespero daqueles que se acham no direito de dizer o lugar onde devemos estar. Iludidos!

Jandira Feghali (PCdoB-RJ) destacou que um feminicídio ocorre no Brasil a cada 6h30 e que o apresentador precisa ser responsabilizado por ameaça e incitação ao ódio e ao homicídio.

A única governadora do país, Fátima Bezerra (PT-RN), definiu a fala de Ratinho como "inconcebível" e que sequer deve existir. "Seguiremos ocupando espaços na política para desespero daqueles que se acham no direito de dizer o lugar onde devemos estar. Iludidos", apontou.

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O ator José de Abreu, filiado ao Partido dos Trabalhadores, foi às redes sociais para rebater a deputada Tabata Amaral (PSB-SP), minutos depois de declarações feitas pela parlamentar serem divulgadas em entrevista à BBC Brasil nesta quarta-feira (27). À reportagem, Amaral repreendeu a postura silenciosa do PT e de deputadas feministas diante de ofensas feitas pelo ator global à agenda política da socialista.

Em resposta, o artista disse que Tabata, a quem ironicamente chama de "socialista da Ambev", jamais se pronunciou sobre as ofensas do ex-colega de partido, Ciro Gomes (PDT), à petista Dilma Rousseff - chamada de "aborto" pelo pedetista -, e que o feminismo de Amaral é "seletivo". Zé de Abreu também acredita ser um dos novos "alvos" da liberal.

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Apesar de ser adepto à política do "RT não é endosso" - sendo o "RT" um recurso similar ao "Compartilhar", mas no Twitter -, Abreu respondeu e retuitou diversas críticas às novas falas de Tabata Amaral, que não é bem acolhida pela bolha petista, pelos seus flertes com a agenda do Centrão, tendo, inclusive, votado a favor da reforma da Previdência. Um episódio recente também gerou faíscas, novamente com uma filiada ao PT, quando Tabata compartilhou seu projeto de distribuição de absorventes higiênicos para pessoas em vulnerabilidade social aproveitando a repercussão de um outro projeto, original, de autoria da deputada Marília Arraes (PT-PE).

“Ignorou o machismo e campanha suja do namorado contra Marília Arraes!”, escreveu a usuária Vannia39M em publicação compartilhada por Zé de Abreu. Vannia se refere à disputa pela Prefeitura do Recife nas últimas eleições municipais, que ficou entre os primos Marília Arraes e João Campos (PSB-PE).

Citando diretamente a reportagem com a entrevista de Tabata, o ator escreveu: “Falar mal do PT dá capa! A deputada socialista radical de centro não reclamou do Siro [SIC] chamar Dilma de aborto, né? seu feminismo tem lado”.

E concluiu: “A deputada socialista da Ambev quer me eliminar da vida artística e da política! Que coisa mais fascista! Pois vai ter que me aguentar de protagonista da novela das nove e concorrendo com ela por votos em 2022. Pena que por estados diferentes”.

Destacada no Congresso pela recente aprovação da sua proposta de entregar absorventes às estudantes de escolas públicas no Brasil, a deputada Marília Arraes (PT-PE) cobra maior abertura política às mulheres. Em entrevista à Universa, ela comentou sobre a misoginia enfrentada ao longo da carreira e recordou fatos desagradáveis na trajetória, como a disputa a Prefeitura do Recife em 2020 e uma cadela batizada com seu nome no comitê do PSB.

"Nas eleições de 2020, realmente fiquei um pouco abalada emocionalmente [...] vivi uma campanha onde nunca uma mulher tinha ido para o segundo turno da eleição, e foi violentíssima. Muitas vezes me perguntavam como eu estava aguentando, e respondia que tinha que suportar e mostrar força para outras mulheres", admitiu a parlamentar ao recordar o último ciclo eleitoral que encerrou com uma vitória apertada do primo João Campos (PSB) à Prefeitura do Recife. 

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Sobre o vínculo familiar, Marília explica que não tem proximidade com João e lembra que é a neta mais velha do ex-governador de Pernambuco e fundador do PSB, Miguel Arraes, descrito como inspiração. "Não tenho relação familiar [com João Campos] há muitos anos, e não é um primo legítimo. Gostam de fazer sensacionalismo com parentesco", apontou.

A petista deixou o partido do avô em 2014 para defender a reeleição da ex-presidente Dilma Roussef (PT). Na ocasião, ela tomou a contramão e não apoiou o presidente do PSB, e também seu primo, o ex-governador Eduardo Campos, pai de João, considerado um forte nome ao Planalto antes de morrer em um acidente aéreo às vésperas da eleição.

Atual segunda secretaria da Câmara dos Deputados após brigar pela oportunidade com o próprio PT, que apostava no deputado João Daniel, a pernambucana repreendeu um episódio da campanha à eleição do atual governador Paulo Câmara, quando teve seu nome batizado em uma vira-lata do comitê e foi chamada de 'traidora' após deitar o partido em 2014.

A desconfiança do PT em apostar na sua candidatura ao Governo do Estado de 2022 foi acentuada pelo recente realinhamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o núcleo pernambucano do PSB, que podem unificar as chapas.

 "Somente quatro mulheres se elegeram na história do Estado como deputadas federais, nunca teve uma senadora e governadora", constatou Marília, que admitiu tratamento diferente aos homens na política, já que alcança bons resultados em pesquisas de intenção de voto e, ainda assim, não tem sua capacidade reconhecida no partido.

"Um homem, pontuando bem nas pesquisas ou não, tem uma participação diferente nas decisões. Em 2018 eu já tinha força política, e agora sou deputada federal, então essa inclusão da gente na discussão nos espaços de decisão dificulta pelo fato de ser mulher", exemplificou.

Para a deputada, a misoginia no meio político é mantida desde as primeiras civilizações datadas. "A violência de gênero vem desde Cleópatra. Fazem isso quando mulheres atingem certo patamar de liderança", pontuou.

Embora enxergue um avanço singelo na pauta ao longo dos seus 14 anos de carreira, ela destaca que ainda há pouca participação feminina, especialmente em Brasília, que representa um retrato da sociedade. "Tem poucas mulheres pois muitas vezes elas sequer têm a chance de pensar em querer ocupar esses espaços, porque para a gente é tudo muito mais difícil: a carga mental, do trabalho doméstico, e tem também toda essa violência de gênero a qual a gente é suscetível quando está na política", analisou.

Grávida da segunda filha, ela critica a leitura da licença-maternidade parlamentar por parte da própria Câmara, já que o próprio site se reserva a tratar o período fundamental de afastamento como "falta justificada". "Deputadas, temos quatro anos de mandato e se ausentar por seis meses é complicado. E se você não quiser viver em Brasília, já é obrigada mesmo a se ausentar por dois meses, porque a partir de 28 semanas não pode mais andar de avião”, concluiu a deputada, que estuda passar menos tempo com a filha que está por vir do que lhe é permitido por lei.

O apresentador Sikêra Júnior é alvo de ação civil pública, por parte do Ministério Público Federal, pedindo que o apresentador seja condenado a pagar R$ 2,2 milhões por “dano moral coletivo decorrente de discurso de ódio às mulheres” por falas em 5 de junho de 2018, quando usou expressões racistas e misóginas para se referir a uma mulher negra, que estava presa sob custódia do estado da Paraíba. Hoje apresentador do Alerta Amazonas e do Alerta Nacional da RedeTV, na época estava na TV Arapuan, filiada da sua emissora atual.

O Ministério Público deseja inicialmente que Sikêra se retrate em suas redes sociais e na emissora onde as ofensas foram ditas. O segundo passo é uma indenização em R$ 200 mil a mulher a que se referiu e R$ 2 milhões para entidades feministas ou de direitos humanos.

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No ocorrido, Sikêra se referiu a mulher, dizendo ela tinha “venta de jumenta”. Segundo O Globo, o Ministério Público alegou que “o desígnio do réu é claramente escarnecer a personalidade da mulher em situação de vulnerabilidade social (pobre, vítima das drogas e com a liberdade cerceada) que sequer pode exercer seu direito de resposta, por estar sob a custódia do Estado”.

Durante o mesmo programa, o apresentador ainda ofende todas as mulheres, quando afirma que “mulher que não pinta a unha é sebosa”, puxando coro de “sebosa” dos outros participantes do programa logo depois. Sendo assim, ferindo a dignidade não só da mulher que estava sendo presa, com o rosto já exibido na televisão, mas também de todas as outras.

 

A veterinária negra Talita Santos, que é especialista em animais pets silvestres e exóticos, sofreu um ataque racista durante palestra online para um grupo de estudos da Universidade Estadual Paulista de Botucatu na quinta-feira (18). Os invasores imitaram sons de macaco, colocaram imagens do presidente Jair Bolsonaro e música alta, e fizeram xingamentos.

Santos fazia a palestra há cerca de uma hora quando o evento foi invadido, segundo relatou ao Uol. Inicialmente, ela achou que algum aluno havia esquecido o microfone aberto. Em seguida, começou a poluição sonora e os xingamentos.

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Entre as declarações preconceituosas, é possível ouvir um homem dizer "mulher já pode trabalhar e ainda quer votar". Segundo a veterinária, foram projetadas imagens do presidente da República e de primatas. O organizador da palestra precisou encerrar a apresentação. Talita Santos informou que está tomando as medidas judiciais cabíveis. 

"O racismo ocorre dentro dos consultórios, dentro das universidades e não vai acabar, mas não será mais tolerado. A união do povo preto nos torna mais fortes para qualquer tipo de opressão. Estamos aqui, existimos e resistimos", escreveu a veterinária nas redes sociais.

Diversas organizações se manifestaram contra o episódio. "Esse não foi o primeiro e infelizmente não será o último caso de racismo sofrido por um médico veterinário negro", lamentou a Afrovet, rede de graduandos e médicos veterinários negros. "É fundamental nos manifestarmos diante de situações inaceitáveis como essa. É uma ofensa à classe médica-veterinária e a todo o povo brasileiro e à sua riquíssima diversidade, seja de raça, de credo, ou cultura. Todos precisam ser respeitados. Esses criminosos devem ser identificados e punidos pela justiça" disse o presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária de São Paulo (CRMV-SP), Mário Eduardo Pulga.

A Unesp de Botucatu também lamentou o ocorrido. "Tal ação, claramente organizada, além do seu caráter criminoso, tem as marcas da intolerância, da covardia e do ódio à disseminação e à promoção do conhecimento, único caminho possível para a construção de uma sociedade mais justa e democrática", afirma a nota.

Em uma sociedade que exige que as mulheres "tratem o filho como seu chefe, e o marido, como seu deus", a monja budista Ketumala é um caso à parte.

A mulher, de 40 anos, afastou-se da imagem que tinha de si mesma quando era adolescente e se imaginava casada e com filhos. Em vez disso, passou mais de duas décadas defendendo a importância das mulheres na religião.

As túnicas vermelhas e as cabeças raspadas dos monges de Mianmar são conhecidos em todo mundo, mas pouco se fala do grande número de monjas no país, estimado em mais de 60.000.

Por conta do patriarcado enraizado - a crença de que as mulheres são inferiores é bastante comum, e a discriminação é diária -, as monjas são vítimas frequentes de abusos.

"Quando um homem se torna monge, as pessoas sempre aplaudem, dizendo que é bom para a religião e que a tornará melhor. Mas quando uma mulher se torna monja, as pessoas sempre pensam que isso se deve a um problema", explica Ketumala.

"Eles acreditam que é um lugar para mulheres pobres, velhas, doentes, divorciadas, ou que precisam de ajuda", acrescenta.

Ketumala, de caráter rebelde e sem papas na língua, provavelmente é a monja mais conhecida de Mianmar. Ela criou a Fundação Dhamma School, que administra mais de 4.800 centros de educação budista para crianças no país.

Ela adverte, porém, que muitos desses estabelecimentos continuam sendo tratados com desprezo. Os conventos de monjas funcionam mediante doações, mas não contam com o mesmo respeito dos mosteiros e enfrentam dificuldades para encontrar fundos.

- Superstição e discriminação -

A batalha de Ketumala para que o budismo respeite e reconheça as monjas evolui em paralelo ao desafio mais amplo enfrentado pelas mulheres da moderna Mianmar.

A vencedora do Nobel da Paz Aung San Suu Kyi talvez seja o rosto da nação, mas seu papel no topo do governo civil esconde, na verdade, a falta de mulheres nos cargos de poder do país.

Apenas 10,5% dos deputados são mulheres, embora esse índice possa melhorar após as eleições de novembro, segundo as pesquisas.

As leis geralmente são feitas pelos homens e para os homens. Os ativistas pelos direitos civis alertaram que a violência contra as mulheres está tão disseminada que a sociedade a vê como algo normal.

Além disso, o que também é muito propagado é a superstição em torno das mulheres: lavar a roupa das mulheres junto com a dos homens é malvisto, inclusive dentro de uma mesma família, por medo de que os homens percam sua masculinidade.

No âmbito religioso, em alguns templos, as mulheres são proibidas de entrar e nunca devem sentar acima dos homens.

Ketumala reconhece que ela tem pouco poder para realizar todas as mudanças que gostaria.

"As decisões sobre todos os assuntos que dizem respeito às monjas vêm dos monges", explica.

- Aliados -

Ketumala admite que não tem muita esperança de que as monjas alcancem o mesmo status que os homens.

Ainda assim, está decidida a fazer a diferença para as dezenas de milhares de religiosas do país, para que possam "fazer um melhor uso de suas capacidades".

Em 2016, ela lançou um programa de empoderamento para monjas jovens e planeja criar uma organização que ensine assuntos como a arte da liderança e a gestão de equipes.

Para Ketumala, a melhor maneira de conseguir uma mudança é encontrar aliados e amigos em toda sociedade, incluindo os monges, em vez de criar "inimigos".

José de Abreu voltou a cair na boca do povo e seu nome figurava como um dos mais comentados no Twitter, na manhã desta terça (4). O motivo, uma entrevista que ele concedeu na qual reforçou suas duras críticas à atual secretária da cultura, Regina Duarte, e rebateu as acusações de que seria machista e misógino. Em sua fala, o ator diz ser contra o fascistas, independente do gênero, e afirma que "vagina não transforma fascista em ser humano".

O ator José de Abreu tem tecido duras críticas à sua ex-colega de profissão, Regina Duarte, desde que ela aceitou o convite do presidente Jair Bolsonaro para assumir a Secretaria Especial da Cultura. Desde então, ele tem usado as redes sociais e dado entrevistas afirmando que irá "desmascarar" a ex-atriz e que ela não se lembra "de quantos gays lhe tiraram as rugas, coloriram seus cabelos brancos e criaram figurinos para esconder suas banhas".

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Acusado de ser machista e misógino após as declarações, José de Abreu voltou a se manifestar e, em entrevista ao jornal Folha de São Paulo manteve sua posição. O ator garantiu ter conversado com figurinistas, maquiadores e camareiros da Rede Globo - todos homossexuais - assegurando que eles estão muito preocupados com o apoio de Duarte a um "presidente homofóbico", e que seriam deles as falas em relação às rugas e "banhas": "Aquilo que eu postei não é uma criação minha. As pessoas me ligam apavoradas. Como pode uma atriz participar de um governo desse? É um negócio de louco", disse.

Ele também se defendeu garantindo não ser machista e colocou não ser possível defender "fascistas", independente de seu gênero: "Eu não tenho o menor respeito. Para mim não interessa se é homem ou mulher. Não pode. Não há como considerar o fascista um ser humano. Fascista não tem sexo. Vagina não transforma mulher em um ser humano. Assim como o pênis não me transforma em um machista misógino". 

Tiphaine Auzière, filha da primeira-dama da França, Brigitte Macron, publicou um vídeo nas redes sociais rebatendo o ataque do ministro da Economia do Brasil, Paulo Guedes, contra sua mãe.

Na gravação, Auzière segura uma folha de papel com uma declaração dada por Guedes na última quinta-feira (5), quando ele chamou Brigitte de "feia".

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"Estamos em 2019 e líderes políticos miram uma mulher pública por causa de sua aparência. Isso ainda existe", diz a filha da primeira-dama no vídeo, sem citar o ministro brasileiro nominalmente. Em seguida, ela elenca outros casos de machismo na França.

Auzière, que é advogada, também convida os internautas a reagirem a esse tipo de comportamento para combater a misoginia.

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Ataques - O primeiro líder brasileiro a ironizar a aparência de Brigitte foi o presidente Jair Bolsonaro, em meio às críticas de Emmanuel Macron contra as queimadas na Amazônia.

"Não humilha, cara kkkkkk", escreveu o mandatário, comentando um post no Facebook que comparava a primeira-dama da França à esposa de Bolsonaro, Michelle.

Já na última quinta, foi a vez de Guedes. "A preocupação é assim: xingaram a Bachelet, xingaram a mulher do Macron, chamaram a mulher de feia. 'Ah, o Macron falou que estão botando fogo na floresta brasileira, o presidente devolveu. Falou que a mulher dele é feia, por isso que ele tá falando isso'. Tudo bem, é divertido. Não tem problema nenhum, é tudo normal e é tudo verdade, o presidente falou mesmo, e é verdade mesmo, a mulher é feia mesmo", disse o ministro, durante seminário em Fortaleza.

Mais tarde, Guedes divulgou uma nota pedindo desculpas pela "brincadeira".

Da Ansa

A banda carioca de metal industrial, Maldita, causou um mal estar entre o público do Festival Grito, em João Pessoa (PB), no último sábado (27). Ao tocar uma música com letra alusiva à violência contra a mulher e necrofilia, o grupo causou a revolta de parte da plateia e gerou diversas reações nas redes sociais. A Maldita está fazendo uma turnê pelo Nordeste e toca no Recife, nesta terça (30).

Antes de executar a música 'Anatomia', o vocalista da Maldita, Erich Eichner, dedicou a canção a todas as mulheres. Na letra, ele diz: "Comprei a arma só para te assustar; minha intenção não era te matar; eu a arrastei até o cemitério; joguei ela no chão e abri suas pernas". Além disso, o músico também teria mostrado o pênis e as nádegas durante o show, causando revolta em alguns dos presentes.

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A apresentação da Maldita na Paraíba gerou reações e o perfil do festival Grito recebeu inúmeras reclamações. Após terem sido acionados pela produção do evento, o grupo carioca resolveu manifestar-se e explicar o ocorrido: "Anatomia - que foi mal interpretada por alguns - é uma composição que escrevi em 2003 e que fala sobre eu “matando” ou “aniquilando” a minha alma feminina. Dito isso, gostaria de dizer também que o público da banda Maldita é predominantemente feminino (justamente por causa dessa música) que é a nossa balada de amor e, é por isso que temos como hábito, há mais de quinze anos dedicá-la a todas as mulheres presentes quando estamos performando". A postagem também afirmava que o grupo é contra qualquer tipo de violência e pediu desculpa aos que se sentiram ofendidos.

O festival Grito também se posicionou dizendo que foram pegos de surpresa com o acontecido e também pedindo desculpas às pessoas que se sentiram ofendidas. Nos comentários, o público ratificou sua revolta. "Não tem explicação poética no segundo país no mundo que mais mata mulheres"; "Existem outras formas de representar um renascimento sem reforçar uma violência cultural que pode servir de justificativa para alguma atitude machista"; "Parecia ser tão rigoroso os critérios para se apresentar no festival. Como deixaram essa banda passar"; "Vocês deveriam se envergonhar que em um país onde se mata mulher a cada minuto ainda trazerem esse tipo de música pros palcos".

Nesta segunda-feira (15), no reality A Fazenda, foi formada mais uma Roça. Como sempre, não sem polêmicas: no momento da votação, a digital influencer Luane Dias disse que já foi agredida fisicamente pelo ex-namorado e que Rafael Ilha trazia à tona toda a violência que já sofreu.

" A minha vida inteira eu vivi no meio da violência e violência doméstica foi uma coisa que marcou muito a minha vida. Desde minha avó apanhar do meu avô, minha mãe apanhar do meu pai. Eu apanhei do meu namorado e não tenho vergonha de falar", disse.

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Luane justificou o voto no ex-polegar, afirmando que ele ataca e menospreza as mulheres dentro do jogo, por acharem que elas são fracas e incapazes. “Eu tava cuidando da aves e ele falou que eu não tinha capacidade para cuidar das aves. Ele falou 'Coloca ela num negócio mais fraquinho'. Ele sempre arruma uma forma de atacar e menosprezar as minas que estão aqui. Eu acho que, se todo mundo tá aqui é porque tem potencial", completou.

A digital influencer também disse que sabia que ele queria colocá-la na Roça, justamente por ela ser mulher. Palpite que se confirmou, pois Rafael indicou a peoa para completar a berlinda.

Assista ao vídeo:

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Por Lídia Dias

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A cantora baiana Claudia Leitte também resolveu tomar posição frente à polarização política que antecede a eleição marcada para este domingo (7). Durante show realizado na noite do último sábado (29), na cidade de Brasília, Distrito Federal, ela fez um discurso sobre a falta de amor e enfatizou que não tolera misoginia e homofobia. Na plateia, o público entoava #EleNão.

“Em primeiro lugar, eu quero dizer que só acredito no amor como solução para o ódio, especialmente na falta de diálogo que vem acontecendo nas redes sociais. Como mulher, quero dizer que não tolero misoginia e aqui, junto de vocês, eu vou reiterar que não admito, nem tolero homofobia”, falou a cantora.

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Mesmo sem citar diretamente a campanha #EleNão, contra o candidato à presidência do Brasil Jair Bolsonaro (PSL), o público entendeu a mensagem da cantora e aplaudiu o posicionamento político. Vários famosos têm abraçado a causa. Na última sexta-feira (28), a rainha do pop, Madonna, também se manifestou em apoio à ação por meio do Instagram. 

Confira o vídeo do momento:

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Por Lídia Dias

Além dos sabres de luz, do hiperespaço e da eterna luta do Bem contra o Mal, os últimos episódios de "Star Wars" buscaram romper com o padrão que caracterizava a saga galática.

Sucessos de bilheteria como "O despertar da força" e "Os últimos Jedi" deram destaque a papéis como o de Rey e Finn - uma mulher e um homem negro - para lutar no mesmo nível com os tradicionais heróis brancos.

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Mas essa política de inclusão que começou com a trilogia mais recente - em 2015 foi lançado o episódio VII - tem o próprio lado obscuro: o comportamento vil de uma minoria de fãs que assegura nas redes que a sua "vaca sagrada" foi roubada.

"Seria injusto e muito geral dizer que 'Star Wars' tem um problema de fã clube. Quem têm um problema são os fãs homens e brancos", disse a roteirista Kayleigh Donaldson.

Este subgrupo de devotos, que se relacionam com a extrema direita e a comunidade virtual "incel" (do inglês para "celibato involuntário"), está incomodado porque sente que os filmes já não são dirigidos a eles.

Mesmo com "Star Wars" estando longe de ser um exemplo, na era Disney, da equidade de gênero e de uma maior diversidade que muitos em Hollywood exigem.

Inclusive em "Os últimos Jedi", que pode ser considerado o mais feminino, as mulheres aparecem menos da metade do tempo que os homens, enquanto em "O despertar da força" os homens têm dois terços dos diálogos.

"A mera inclusão de mulheres e atores não brancos é suficiente para que chorem e afirmem que estão 'tomando o controle' da franquia", acrescentou Donaldson em um texto para o site SyFyWire.

- Sacrilégio -

"Os últimos Jedi", em particular, foi acusado de acabar com legado de "Star Wars", destruindo uma mitologia construída cuidadosamente por décadas para promover políticas liberais.

Enquanto Mark Hamill (Luke Skywalker), Adam Driver (Kylo Ren) e Domhnall Gleeson (General Hux) não foram alvo de ataques, Daisy Ridley (Rey), John Boyega (Finn) e Kelly Marie Tran (Rose Tico), de ascendência vietnamita, não podem dizer o mesmo.

As duas atrizes desativaram as suas contas no Instagram. No caso de Tran pelos constantes ataques sexistas e racistas de uma legião de "trolls", usuários que se dedicam a fazer provocações e insultos em comunidades virtuais.

A sua página no site de referência da saga "Wookieepedia" foi atacada por esses provocadores, mudando o nome da atriz por "Ching Chong Wing Tong". Também foi descrita como "estúpida, autista e retardada".

Ridley, por sua vez, teve que fazer terapia para lidar com o estresse, enquanto o diretor Rian Johnson recebeu ameaças de morte, e Boyega tem sido acusado de "sacrilégio" desde que saiu a notícia de que interpretaria um Stormtrooper negro.

Uma petição que exige a retirada de "Os últimos Jedi" da saga superou as 100.000 assinaturas, enquanto outra que exige uma desculpa de Johnson superou as 10.000.

- Zombaria -

Mas esta cultura tóxica antecede a era do "politicamente correto" da Disney, que comprou a Lucasfilm por quatro bilhões de dólares em 2012.

Jake Lloyd e Hayden Christensen, que interpretaram Anakin Skywalker quando criança e jovem, deixaram Hollywood após as chacotas implacáveis por suas atuações nos "prequels" (filmes que contam uma história anterior) do criador do universo galático, George Lucas.

Mas esses "haters" que também criticaram os "prequels" e as mudanças que Lucas fez nos filmes originais são os mesmos que agora lhe imploram que "salve" a franquia da Disney.

E sustentam que seu movimento, principalmente pelo Twitter, levou o spin-off sobre Han Solo ao fracasso.

A Disney ainda não respondeu o pedido da AFP de comentários sobre a questão.

Por enquanto, David Opie escreveu na revista on-line "Highsnobiety", citando Rose em "Os últimos Jedi": "ao invés de brigar contra o que odiamos, a melhor forma de ganhar é 'salvando o que amamos'".

"Nada captura mais o espírito rebelde do que celebrar as coisas que mais nos importam e tratar os demais com respeito. Enquanto continuarmos fazendo isso, o lado obscuro dos fãs de 'Star Wars' se manterá para sempre", disse.

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