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O brasileiro "Que Horas Ela Volta?", de Anna Muylaert, não está entre os nove longas-metragens pré-selecionados pela Academia para a categoria de melhor filme estrangeiro no Oscar. Entre os nove filmes que permanecem na disputa, selecionados entre produções de 81 países, sete são da Europa, um da Colômbia e um da Jordânia.

A produção francesa "Mustang", do diretor franco-turco Deniz Gamze Erguven, está na lista. A curiosidade fica por conta do filme não ser falado em francês, o que também aconteceu em 1960, quando "Orfeu Negro", filmado no Brasil, venceu o Oscar de filme estrangeiro para a França. Outro destaque na pré-lista é o drama húngaro "O Filho de Saul", do diretor Laszlo Nemes, um drama sobre o Holocausto aclamado pela crítica.

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A lista conta ainda com o belga "The Brand New Testament", o colombiano "El Abrazo de la Serpiente" e o dinamarquês "A War". "The Fencer" (Finlândia), "Labyrinth of Lies" (Alemanha), "Viva" (Irlanda) e "Theeb" (Jordânia) completam a lista.

Os cinco indicados à categoria de filme estrangeiro serão anunciados com todas as demais categorias do Oscar em 14 de janeiro. A cerimônia do Oscar acontecerá em 28 de fevereiro.

O filme Que horas ela volta?, da cineasta Anna Muylaert, foi o escolhido para representar o Brasil no Oscar 2016. O anúncio foi feito nesta quinta (10) pelo Ministério da Cultura. entre os indicados estava o pernambucano A História da eternidade, de Camilo Cavalcante, Alguém qualquer, Campo de Jogo, Casa Grande, Entrando numa roubada, Estrada 47 e Estranhos. 

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O longa de Muylaert foi um dos mais elogiados deste ano. A produção recebeu boas críticas de jornais estrangeiros como NY Times, le Figaro, El Pais e Guardian e já foi premiada nos festivais de Berlim, na Alemanha, e Sundance, nos EUA.

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A seleção final dos concorrentes na categoria ainda será definida pela organização da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, responsável pela premiação. Os indicados devem ser divulgados no dia 14 de janeiro de 2016. A última vez que o Brasil teve um filme indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro foi em 1999 com Central do Brasil. 

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Os cineastas Lírio ferreira e Cláudio Assis causaram desconforto durante um debate realizado no Cinema da Fundação, no último sábado (29). Após a exibição do filme Que horas ela volta?, de Anna Muylaert, os dois teriam dito frases sexistas e não deixaram a própria diretora da produção falar. Nesta segunda (31), a Fundaj se posicionou diante o ocorrido anunciando que os dois realizadores não poderão participar dos eventos da fundação, bem como suas produções, pelo período de um ano. 

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Em nota publicado no Facebook, a Fundaj informou a proibição e lamentou o comportamento dos cineastas. A instituição já havia se manifestado em relação ao fato, através da mesma rede social, pedindo desculpas aos frequentadores do Cinema da Fundação: "A situação desagradável e o constrangimento causados servirão de exemplo para novas medidas a serem tomadas pela Fundaj, instituição que não corrobora nenhuma expressão de preconceito. Ao contrário, vem trabalhando há mais de seis décadas para tornar a sociedade melhor".

O evento do sábado repercutiu bastante nas redes sociais. O diretor de arte Thales Junqueira postou em seu perfil do Facebook: "Quero que o debate do Que horas ela volta? realizado ontem no Cinema do Museu seja postado na íntegra. As pessoas precisam assisti-lo. Não só porque conseguimos levantar reflexões importantes - e novas - sobre o filme, mas também pelo show de machismo escandaloso de Lírio Ferreira e Claudio Assis que tentaram impedir uma mulher diretora de falar sobre seu próprio cinema. Show de machismo, sexismo, gordofobia: insetos em volta da lampada".

A jornalista Carol Almeida também se manifestou: "Agora, sobre a perversidade de tudo isso. O que tinha acabado de ser projetado naquela sala de cinema era um filme sobre protagonismo feminino, sobre dar à mulher o lugar de fala que historicamente lhe foi negado. E aí o filme acaba, se acendem as luzes da vida tal como ela é e neste momento surgem dois homens para interromper a fala de uma mulher diretora. Não importa o quanto eles gostaram do filme, ou do quanto estariam lá porque era amigos dela. O fato é que: eles reproduziram exatamente o machismo do qual a própria Anna, sendo mulher e realizadora de cinema, certamente sempre sofreu (e, como se vê, ainda sofre)".

O novo filme de Regina Casé pode dar trabalho ao seus concorrentes no Oscar de Melhor Filme Estrangeiro de 2016. O longa intitulado Que Horas Ela Volta?, e em inglês The Second Mother (A Segunda Mãe) está na lista do famoso site americano Indiewire, especializado em cinema, como um dos possíveis indicados ao prêmio.

A atriz faz a personagem principal Val, uma pernambucana que vai a São Paulo para trabalhar como babá, mas deixa para trás uma filha pequena. Anos se passam e então acontece o reencontro entre ambas. O filme tem data de estreia no Brasil para próxima quinta-feira, dia 27, e promete emocionar depois do seu enorme sucesso nos festivais de cinema de Sundance, Cannes e Berlim.

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O longa dirigido por Anna Muylaert poderá concorrer com mais quatro filmes, que o site aponta serem: Dheepan, da França; Gueros, do México; Mustang, da Turquia, Son of Saul, da Hungria.

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