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Educação, memória, cultura, arte, pesquisas sociais. Com um espólio sociogeográfico nacional, em especial às regiões Norte e Nordeste, a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), instituição federal vinculada ao Ministério da Educação, celebra nesta sexta-feira (21), 74 anos de fundação, com programação no campus Gilberto Freyre, em Casa Forte, a partir das 10h.

Criada pelo sociólogo Gilberto Freyre em 1949, a Fundaj, em sua gestão atual, mantém o legado do seu fundador e do patrono, o grande abolicionista Joaquim Nabuco, mas com olhar para o futuro, trazendo parcerias em suas áreas de atuação e abrindo as portas à sociedade, em especial a população em maior vulnerabilidade social.

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"Trata-se de uma data muito significativa, tendo em vista que a Fundaj é guardiã de inestimável patrimônio cultural dos estados do Norte,  Nordeste e do Brasil. Celebrar esta data significa exaltar esse importante legado com olhar para o futuro", afirma a presidenta da Fundaj, a professora doutora Márcia Angela Aguiar.

Das 10h às 12h, será inaugurado o Espaço de Convivência da Fundaj, no Edifício Paulo Guerra, em cerimônia conduzida pela presidenta, juntamente com a diretora de Planejamento e Administração (Diplad), Aida Monteiro. No espaço, uma área para leitura, painéis com a história de Joaquim Nabuco e infraestrutura para servidores, terceirizados e estagiários da Fundação fazerem suas refeições e se confraternizaram.

A partir das 14h, a Sala Calouste Gulbenkian recebe o público para a conferência O ideário abolicionista (re)visitado e o racismo estrutural no Brasil, apresentada pela Secretária Executiva do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), Dra. Rita Cristina de Oliveira. Sua participação no evento é significativa. Em 2021, a secretária fez parte da Comissão de Juristas Negros e Negras, instituída pela Câmara dos Deputados, quando expôs um relatório incluindo diversos projetos de reforma legislativa em prol ao combate do racismo institucional.

Esses trabalhos da comissão contribuíram para a promulgação da Lei 14.532/23, sancionada sem vetos em janeiro pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. A legislação aumentou para de 2 a 5 anos de reclusão a pena para injúria relacionada à raça, cor, etnia ou procedência nacional, podendo ser dobrada se o crime for cometido por duas ou mais pessoas.

Como debatedores da conferência, a pesquisadora da Fundaj, Profa. Dra. Cibele Barbosa, assim como o  Pró-reitor de Extensão (UFRPE) e integrante do PPGECI (UFRPE/Fundaj), o Prof. Dr. Moisés de Melo Santana. Cibele Barbosa reforça a relevância do tema da palestra para o debate atual e a forma como o mesmo se conecta de forma contemporânea e revisitada com as lutas abolicionistas, protagonizadas por militantes como o próprio patrono da Fundação.

Pró-reitor de Extensão (UFRPE) e integrante do PPGECI (UFRPE/Fundaj), o Prof. Dr. Moisés de Melo Santana ressalta que é preciso existir uma união de modo amplo e articulado para se pensar as formas de combate ao racismo. "O racismo estrutural naturaliza modos culturais que produzem cotidianamente, direta e indiretamente,  processos de subordinação da população negra", sintetiza.

Da assessoria

A professora e doutora em educação Márcia Angela da Silva Aguiar toma posse da presidência da Fundação Joaquim Nabuco na próxima sexta-feira (3). A cerimônia será realizada no Cinema da Fundação, no bairro de Casa Forte, Zona Norte da cidade, às 10h30. 

O ministro da Educação Camilo Santana e a senadora Teresa Leitão (PT), que indicou a professora ao cargo, estarão presentes no evento. Márcia Angela já vem atuando em eventos como presidente da Fundaj desde a sua atuação, em janeiro deste ano. 

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Ela sucede Antônio Campos na presidência da Fundaj. Ele foi demitido no dia 3 de janeiro, no início do governo do presidente Lula (PT), e estava no comando da Fundaj desde 2019, por indicação do então ministro da Educação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Abraham Weintraub. 



 

Desde a última  terça-feira (29), o Cinema da Fundação exibe a Mostra Mundo Ibérico, integrando a programação da Fundação Joaquim Nabuco deste mês, que vem discutindo as trocas culturais entre os países ibéricos e iberoamericanos. São seis longas, filmados na Espanha e em Portugal, plurais em temáticas e estilos. Eles são: “Volta à Terra”, de João Pedro Plácido; “O Homem Ideal?”, de Carles Alberola; “A Virgem de Agosto”, de Jonás Trueba; “John From”, de João Nicolau; “Verão” 1933, de Carla Simón e “A Floresta das Almas Perdidas”, de João Pedro Lopes.

“Essa comemoração em homenagem ao mundo ibérico, proposta pela Fundaj, é um bom motivo não só para a instituição manter vivo o pensamento do sociólogo Gilberto Freyre, como também de trazermos às nossas salas um pouco da diversidade dos cinemas de Portugal e Espanha. São filmes bastante diversos, mas igualmente  interessantes da produção dos dois países”, afirma Ernesto Barros, programador e coordenador do Cinema da Fundação. Ele também ressalta que essa programação abre portas para se descobrir um cinema que vem revelando jovens talentos e marcando presença no circuito internacional. 

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“Temos presença de cineastas jovens, com a catalã  Carla Simón, que este ano conquistou o Urso de Ouro do Festival de Berlim, com ‘Alcarràs’ seu segundo longa-metragem. Exibiremos seu filme Verão 1993, que já havia conquistado crítica e público, antes de agora confirmar ainda mais seu talento como cineasta.  Além dela, temos filmes de outros diretores jovens, com o madrilenho Jonás Trueba, com seu caloroso ‘A Virgem de Agosto’”, afirma Ernesto. “ Já do lado Portugal, a oferta é bem inesperada, com filmes infanto juvenis, como o inteligente John From, de João Nicolau, e o insuspeitado terror ‘A Floresta das Almas Perdidas’, de José Pedro Lopes, que foi filmado em Portugal e na Espanha”, complementa.

A programação completa pode ser conferida nas redes do Cinema da Fundação. Além dessas exibições, a Fundaj também discute o mundo ibérico em seu Seminário de Tropicologia, realizado neste dia 29, com a palestra de Nélida Piñon, escritora integrante da Academia Brasileira de Letras de ascendência hispânica, e com a exposição Bicentenário da Independência no Brasil, que traz 38 documentos inéditos com trocas pré e pós-coloniais entre Brasil e Portugal.

*Via assessoria de imprensa. 

O Museu do Homem do Nordeste (Muhne), da Fundação Joaquim Nabuco, agora está presente também no Google Arts & Culture. Isso significa que o equipamento cultural sediado no Recife poderá ser visitado em qualquer lugar do mundo, bastando acessar artsandculture.google.com/partner/museu-do-homem-do-nordeste . A partir do dia 22 deste mês, ao acessar a página exclusiva, o visitante irá conferir um recorte do acervo do museu. Um total de 565 itens. Além de uma exposição sobre o artista Mestre Vitalino (1909—1963), montada especialmente para a estreia. A estreia na plataforma dá início a transformação digital do Muhne.

“Vivemos a Era da Ubiquidade e o Nordeste também está em toda parte. O Museu do Homem do Nordeste tem mais de 16 mil peças em seu acervo.  Começaremos com esses 565 itens e seguiremos atualizando em consonância com o Google Arts & Culture”, celebra o presidente da Fundaj, Antônio Campos. Disponível para desktop, iOS e Android, o Google Arts & Culture conta atualmente com mais de 2 mil parceiros em 80 países.

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Em funcionamento desde 2011, a plataforma tem como objetivo aumentar a presença online de organizações culturais.  Cria ferramentas e tecnologias gratuitas para mostrar e compartilhar histórias de arte e cultura com um público online global. A plataforma é imersiva e possibilita explorar arte, história e maravilhas culturais ao redor do mundo, desde as pinturas no quarto do Van Gogh, à cela de prisão do Nelson Mandela.

Na página inicial, o visitante é recepcionado por uma carta do próprio Muhne. Nele, percorremos criação, origem e números atuais do equipamento cultural, como o acervo de aproximadamente 16,6 mil peças. “O Nordeste foi o território inaugural do Brasil, e eu alcancei representar a opulência e a originalidade da cultura dos meus representados. Nessas ocasiões não fui vitrine: fui espelho”, indica a carta. 

A experiência virtual permite acessar as coleções por estados, da Bahia ao Maranhão, ou material utilizado para a confecção das peças, como borracha, cera, couro, gesso, porcelana e tecido. São objetos como a calunga Dona Joventina, do Maracatu Estrela Brilhante. Talhada em madeira há 112 anos pelas mãos de um santeiro desconhecido, a história da calunga é repleta de disputas, controvérsias e muito mistério. 

Até uma suposta carta à boneca, que viveu com a antropóloga norte-americana Katarina Real, teria narrado em uma sessão espírita. Mas há também uma coleção de cachaças com rótulos repletos de arte, os mamulengos (fantoches pernambucanos), rendas de bilro, arupembas, foices, estrovengas, joalherias, instrumentos musicais e muito mais.

Vitalino

A exposição de estreia apresenta um recorte da Coleção Vitalino, do Muhne. Peças do artista brasileiro Mestre Vitalino (1909—1963) evidenciam a cultura do Nordeste do Brasil até meados do Século 20. “A exposição dá ênfase a algo que o artista desenvolveu como uma das suas principais características, a de cronista do cotidiano. Vitalino olhou sua realidade e a tomou como tema, narrando e registrando hábitos comuns no seu meio social. Tomou a si próprio como tema muitas vezes”, explica o coordenador de expografia do Muhne, Antônio Montenegro.

Pernambucano de Caruaru, no Agreste do estado, Vitalino Pereira dos Santos é um dos mais importantes artesãos do Brasil.  O caruaruense também se notabiliza por suas peças de cerâmica que trazem figuras inspiradas nas crenças populares, nos rituais e no imaginário da população da região. São formas, cores e outras visibilidades por ele criadas que conferem materialidade ao espírito e à identidade cultural de parte substantiva do Brasil. Para Montenegro, ao pensar o Nordeste muitas imagens surgem e as peças de Vitalino estão entre as principais.

Para o visitante, a exposição é também uma oportunidade para conhecer um dos diversos acervos do equipamento. “Para o Muhne, Vitalino é a ‘joia da coroa’ de suas coleções”, assinala o coordenador. A origem humilde do artista é colocada por meio de imagens do Centro de Documentação e Estudos da História Brasileira (Cehibra), da Fundaj. Mas também é possível ampliar a imersão a partir do documentário sobre Museus de Caruaru, de 1991, uma produção da Massangana Vídeo e Som (atual Massangana Audiovisual). Textos curtos e pequenos comentários completam a montagem.

*Via Assessoria de Imprensa

Na véspera do Dia da Consciência Negra, celebrado no próximo sábado (20), a Fundação Joaquim Nabuco firma uma parceria com a Casa Xambá para a realização de uma série de atividades que leva à frente as tradições ancestrais de um dos territórios mais longevos e resistentes da cultura afro-brasileira. A expectativa é de que as primeiras oficinas comecem a ser realizadas ainda neste ano, recebendo 250 participantes cada. O protocolo de intenções será assinado na sexta-feira (19), às 15h, na Sala Gilberto Freyre, campus Casa Forte da Fundaj.

“Temos orgulho em firmar essa parceria importante em uma data tão significativa, reforçando o comprometimento de nossa instituição com a perpetuação dos saberes e fazeres do povo brasileiro em suas mais diversas pluralidades. São ações que abrem ainda mais as portas da Fundação para a cidade, ajudando também portas de outras organizações importantes, como a Casa Xambá, a se abrirem também”, ressalta o presidente da Fundaj, Antônio Campos.  

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A assinatura da parceria contará com a presença de Pai Ivo e Tia Rosinha de Xambá, Antônio Campos, o diretor de Memória, Educação, Cultura e Arte da Fundaj (Dimeca), Mario Helio, a coordenadora-geral do Museu do Homem do Nordeste (muhne), Fernanda Guimarães, e a coordenadora de Ações Educativas e Comunitárias do Muhne, Edna Silva,  além de outros integrantes da Casa Xambá.  Inicialmente, serão realizadas duas oficinas: de percussão e de comidas de terreiro.

Na primeira, os participantes aprenderão desde os primeiros passos de afinação e conhecimento das particularidades de cada atabaque até ensinamentos de toques para sete orixás diferentes e aprendizados do toque de alfaia do coco de Xambá. Já na oficina gastronômica, serão ensinados a preparação de pratos importantes para a vivência do terreiro, como o acarajé, a galinha no arroz de dendê e o omulucum. As atividades estão previstas para receberem participantes a partir dos 14 anos de idade.

“São atividades importantes tanto como profissionalização, como também sendo uma forma de perpetuar nossa cultura. O terreiro é uma associação de aglutinação e empoderamento nesse sentido. É uma forma de manter nossas tradições vivas e fortes, além de socializarmos nossos conhecimentos e ajudar as pessoas no mercado de trabalho”, afirma Pai Ivo, reafirmando o caráter de diálogo e trocas das iniciativas propostas.

*Via Assessoria de Imprensa. 

Após passar todo o primeiro semestre de 2021 fechado ao público, por conta das restrições impostas pela pandemia, o Cinema da Fundação/Derby vai reabrir suas portas na próxima quinta (5). Na programação de reabertura, estão o vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2021, 'Druk - Mais Uma Rodada'; e o clássico Mad Max.

Para receber o público de volta, o Cinema da Fundação tem realizado quinzenalmente a sanitização dos ambientes, disponibilizou dispersores de álcool gel no local, bem como tapetes sanitizadores, e reduziu a capacidade da sala para 40% da lotação total. Além disso, os cinéfilos passarão por aferição de temperatura e higienização das mãos antes de entrarem na sala. Os protocolos visam coibir a propagação do coronavírus no ambiente.

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Na retomada do cinema, a programação contará com o pernambucano Piedade, de Cláudio Assis; o dinamarquês Druk - Mais Uma Rodada, vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2021; além do afegão Hava, Maryam, Ayesha - que também disputou a estatueta da Academia na categoria Melhor Filme Estrangeiro, este ano. Já na sessão Sábado à Tarde, será exibido o clássico Mad Max, com o primeiro longa da série.  Os horários e valores das sessões podem ser conferidos nas redes sociais do Cinema da Fundação. 



 

Em constante acompanhamento dos Informes Epidemiológicos divulgados pelas Autoridades Estaduais de Saúde do estado e do país, a Fundação Joaquim Nabuco prorrogou o prazo de vigência da Portaria Fundaj nº 50, de 30 de março de 2021, até o dia 30 de abril deste ano. Com isso, o regime híbrido de suas atividades foi estendido, mantendo também as medidas restritivas adicionais à disseminação do contágio do coronavírus (Covid-19), no âmbito da Instituição.

Conforme determinação do presidente da Casa, Antônio Campos, uma reunião telepresencial do Comitê Gestor da Crise Covid-19 foi realizada na última segunda-feira (12). No encontro virtual, houve a decisão para prorrogação da suspensão das atividades presenciais até 30 de abril de 2021.

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A Fundaj busca garantir as melhores medidas de segurança do patrimônio nos campi — Derby, Casa Forte e Apipucos — e no Engenho Massangana, no município do Cabo de Santo Agostinho.

Seguem fechados o Museu do Homem do Nordeste (Muhne), as galerias Massangana, Baobá, Valdemar Valente e Mauro Mota, e a Cinemateca Pernambucana, além dos cinemas (Cinema da Fundação, no Derby, e Cinema do Museu, em Casa Forte), que já estavam com as atividades suspensas desde dezembro do ano passado.

Já no campus Derby, os cursos presenciais da Escola de Inovação e Políticas Públicas (EIPP), as salas de Leitura Nilo Pereira, de Exposição Vicente do Rego Monteiro e de Videoarte Cristina Tavares continuam paralisados. A Villa Digital e a Biblioteca Blanche Knopf, no campus Apipucos, também permanecem com as operações paradas, assim como o Engenho Massangana.

*Via Assessoria de Imprensa

A Fundação Joaquim Nabuco promove uma campanha que busca alimentos não perecíveis, água, itens de higiene pessoal, roupas, colchões e cobertores para pessoas carentes. Intitulada “Fundaj Solidária”, a ação é realizada em parceria com a Central Única das Favelas Pernambuco (CUFA-PE) e promete beneficiar famílias de oito cidades da Região Metropolitana do Recife.

De acordo com a Fundaj, em torno de 24 mil famílias, vinculadas à CUFA, poderão receber os donativos. Caberá à Central elencar as favelas com maiores índices de vulnerabilidade social, acentuados pelos impactos econômicos e sociais oriundos da pandemia da Covid-19.

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Do total arrecadado, cerca de 30% das doações serão destinadas a artistas, grupos de cultura popular e profissionais da área técnica de casas de festas e eventos, uma vez que são setores afetados pela crise do novo coronavírus. “Pernambuco tem uma das culturas mais vivas, pulsantes e diversas no país, que foi muito afetada pela chegada da Covid-19. Não se pode falar de preservação e perpetuação da cultura sem interligar com as favelas, pois lá é onde se resiste e reside a maioria dos brinquedos e brincantes”, destaca a presidente da CUFA Pernambuco, Altamiza Melo, conforme informações da assessoria de comunicação da Fundaj.

As doações podem ser realizadas, em qualquer horário, de domingo a domingo, nos três campi da Fundaj: Derby, Casa Forte e Apipucos. Os donativos ainda podem ser entregues no Engenho Massangana, no Cabo de Santo Agostinho. Confira, a seguir, os endereços dos pontos de arrecadação:

Engenho Massangana

PE 60 - Km 10, 54500-000, Cabo de Santo Agostinho

Fundação Joaquim Nabuco Derby

Rua Henrique Dias - 609, Derby, 52010-100, Recife

Fundação Joaquim Nabuco Casa Forte

Avenida Dezessete de Agosto - 2187, Casa Forte, 52061-540, Recife

Fundação Joaquim Nabuco Apipucos

Rua Dois Irmãos - 92, Apipucos, 55071-440, Recife

Para celebrar o frevo, um dos ritmos mais tradicionais de Pernambuco, e ainda estimular a produção de novidades do estilo musical, a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj)  lança o Concurso Nordestino de Frevo. A disputa vai premiar compositores do Nordeste e ainda prestará homenagem ao Maestro Duda, um dos maiores nomes do segmento. 

O concurso,  realizado pela  Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca), tem como objetivo mostrar a relevância do frevo e ainda estimular novas produções. Podem participar compositores dos nove estados do Nordeste que tenham músicas inéditas. As inscrições podem ser feitas pelo site da Fundaj, até o dia 12 de junho. 

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A premiação vai contemplar 12 vencedores com até R$ 10 mil em diferentes categorias. Serão escolhidos os melhores Frevo de Rua, de Bloco, Canção e ainda, melhor intérprete, melhor arranjo e Hino da Turma da Jaqueira Segurando o Talo.  A entrega da premiação será feita no Dia Nacional do Frevo, em 14 de setembro. A apresentação dos vencedores será acompanhada pela Orquestra de Frevo Maestro Duda, o grande  homenageado do concurso. 

Nascido em 1935 na cidade de Goiana, Zona da Mata Norte de Pernambuco, começou sua carreira musical cedo: iniciou os estudos de música aos oito anos e aos dez se tornou integrante da Banda Saboeira. Nesse mesmo período, escreveu sua primeira composição, o frevo “Furacão”. A importância do regente é constantemente lembrada: em 1980, recebeu um prêmio de melhor arranjo de Música Popular Brasileira; em 2011, foi o homenageado do Carnaval do Recife; e em 2010 foi eleito Patrimônio Vivo do Estado de Pernambuco.

Categorias e premiações:

Melhor Frevo de Rua - 1º lugar: R$ 10 mil; 2º lugar: R$ 8 mil; 3º lugar: R$ 6 mil

Melhor Frevo de Bloco - 1º lugar: R$ 10 mil; 2º lugar: R$ 8 mil; 3º lugar: R$ 6 mil

Melhor Frevo Canção - 1º lugar: R$ 10 mil; 2º lugar: R$ 8 mil; 3º lugar: R$ 6 mil

Melhor Intérprete - 1º lugar: R$ 6 mil

Melhor Arranjo - 1º lugar: R$ 4 mil

Hino da Turma da Jaqueira Segurando o Talo - 1º lugar: R$ 10 mil

 

A Fundação Joaquim Nabuco aprovou o relatório da pesquisa “Acompanhamento longitudinal do desempenho escolar de alunos da rede pública do Recife”, desenvolvida pela Diretoria de Pesquisas Sociais (Dipes), que traçou um perfil de alunos do sexto e sétimo anos do ensino fundamental na capital pernambucana. O objetivo era analisar como essas características afetaram a vida acadêmica desses estudantes por meio da coleta de dados contínua. 

O estudo começou em 2013 e coletou dados de mais de 8 mil alunos de 120 escolas públicas, analisando informações como habilidades socioemocionais, redes de amizades em sala de aula, a saúde dos pais, contato com drogas, bebidas alcoólicas e armas de fogo. A coleta de informações foi feita por meio de questionários para os alunos, professores, diretores e pais ou responsáveis pelos alunos, além de provas no início e final de cada ano letivo.

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A pesquisa revelou uma conexão direta entre violência contra as crianças em casa e uma queda no rendimento escolar. De acordo com os dados, os alunos que apanham quando fazem algo errado têm notas inferiores em matemática quando comparados com os que sofrem outros tipos de punição, como castigo ou conversa. Em 2017, 51% das crianças afirmaram que nunca apanham da mãe quando fazem algo errado, enquanto 8% responderam que isso sempre acontece. 

Ter emoções negativas em relação ao próprio futuro também reduz o desempenho escolar: alunos que acreditam que vão morrer com menos de 30 anos, por exemplo, têm menores notas que aqueles que acreditam que serão ricos. 

“Procuramos nesta investigação identificar tanto a parte escolar em si quanto a parte da vida pessoal do aluno. O objetivo final é identificar cada um dos elementos e como eles influenciam no processo de aprendizagem dos alunos”, explica a pesquisadora da Fundaj e coordenadora da pesquisa, Isabel Raposo.

Confira outros dados da pesquisa: 

Segurança:

2018: 29% dos alunos não sentem-se seguros no bairro onde moram

Autoestima:

2018: 20% dos alunos concordam com a afirmação “Às vezes, eu penso que não presto para nada”

Recursos:

2018: 72% dos pais afirmaram não ter computadores ou notebooks nos domicílios dos alunos

Local para estudar:

2018: 14% dos alunos afirmaram não ter um local calmo e reservado para estudar em casa

*Com informações da Fundaj

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--> Tecnologia pernambucana identifica lacunas educacionais

A Cinemateca Pernambucana, da Fundação Joaquim Nabuco, divulgou o balanço de acessos ao site onde estão disponíveis 261 produções cinematográficas do Estado. Em 2020, o portal contabilizou 286.693 visitas. No ano anterior, a marca foi de 38.928. Ou seja, um aumento de 736,46% nos acessos. Para a coordenadora do Cinema da Fundação e Cinemateca Pernambucana, Ana Farache, os números atestam a importância de disponibilizar as produções para o acesso virtual, sobretudo na pandemia. “Com o distanciamento social e fechamento das salas de cinema, os acessos diários foram tão grandes que dobramos nosso link para melhor atender ao público”, revela.

De acordo com Ana Farache, novos títulos foram adicionados à plataforma no último ano. “Muitos diretores chegaram a disponibilizar mais filmes para serem assistidos online no portal.” Depois de Pernambuco, onde houve a concentração de 59% dos acessos, São Paulo (10,53%), Rio de Janeiro (5,57%), Bahia (3,40%), Minas Gerais (2,94%), Ceará (2,70%), Paraíba (2,43%), Rio Grande do Norte (2,31%), Distrito Federal (1,99%) e Rio Grande do Sul (1,40%)  foram os estados brasileiros com o maior percentual de engajamento. O balanço revelou ainda que 1,98% dos acessos foram realizados dos Estados Unidos. Portugal (0,71%), França (0,43%) e Argentina (0,31%) também visitaram o acervo do cinema pernambucano.

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Recorde, o dia 31 de março reservou 21.376 dos acessos totais. Na data, obras que até então só poderiam ser conferidas no espaço foram liberadas para o acesso remoto. Em seguida, os períodos de 20 de maio a 19 de junho, 26 a 30 de julho e 4 a 6 de novembro conservam uma média de mais de mil acessos diários. Para os monitores da Cinemateca Pernambucana, o reforço das mídias sociais e o monitoramento do sistema de streaming contribuíram para a marca. “Toda a cadeia produtiva sai mais fortalecida com essa propagação ampla de um cinema que já é reconhecido mundialmente como de grande valor estético e sócio-cultural, além de ser inspiração para novos realizadores”, celebra a coordenadora da Cinemateca Pernambucana.

Dentre as produções, os sucessos de audiência tratam de aspectos profundos desses Brasis, como os dramas A História da Eternidade (7.203 acessos), de Camilo Cavalcante, ambientado no Sertão; e Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo (2.688), de Marcelo Gomes e Karim Aïnouz, que fala das solidões. Mas não foram apenas as ficções que renderam cliques, o documental O Silêncio da Noite É Que Tem Sido Testemunha das Minhas Amarguras (4.092), de Petrônio Lorena, investiga a poesia do Pajeú e também foi campeão de acessos. O remake da comédia O Auto da Compadecida (2.770), de Guel Arraes, adaptado para o público surdo, e o curta-metragem A Arte de Ser Profano (3.079), de Fernando Spencer, completam o ranking.

Cinemateca Pernambucana

Inaugurada em 2018, a Cinemateca Pernambucana funciona no Campus Gilberto Freyre, da Fundaj, em Casa Forte, na Zona Norte do Recife. Quase 300 filmes, entre curtas e longas-metragem, podem ser conferidos no acervo do espaço. São produções que datam desde 1924 até os dias atuais.

A Cinemateca se constitui, também, como centro avançado de estudos e pesquisas na área do cinema. “Coletar, catalogar, preservar, difundir, estudar, pesquisar e ressignificar as obras. Essas são as responsabilidades de uma cinemateca. Sem esquecer que a história dos filmes do passado fortalece e expande a nova produção audiovisual”, defende Ana Farache. Confira as produções em cinematecapernambucana.com.br

 

*Via assessoria de imprensa

Na manhã desta sexta-feira (11), a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) realizou uma cerimônia para anunciar a implementação do Complexo Cultural Gilberto Freyre. O espaço terá recursos de acessibilidade, pinacoteca e a sediará a cinemateca pernambucana.

O anúncio foi feito no 1° andar do Solar Francisco Ribeiro Pinto Guimarães, na sede da instituição, em Casa Forte, e contou com a presença do ministro da Educação, Milton Ribeiro, além do diretor de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca), Mário Hélio, do presidente da Fundaj, Antônio Campos, e do secretário estadual de Cultura, Gilberto Freyre Neto, cujo avô foi homenageado no evento.

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O projeto se encontra em fase de licitação, com lançamento de edital para contratação da empresa que fará os projetos de engenharia, paisagístico e de acessibilidade. A pinacoteca será instalada no primeiro andar do solar, primeira entrega do futuro complexo cultural, sucedida pela cinemateca. As novas estruturas estarão ligadas a outros equipamentos culturais da Fundaj, como por exemplo o cinema da Fundação e o Museu do Homem do Nordeste. 

De acordo com o diretor de Memória, Educação, Cultura e Arte da Fundaj, Mário Hélio, a partir da inauguração do complexo cultural, o Recife contará com espaços dedicados ao cinema pernambucano e às obras de grandes artistas brasileiros. 

“Temos Tarsila do Amaral, temos Cícero Dias, artistas da maior importância sobretudo da arte moderna brasileira falarão conosco a partir de hoje. Nos próximos dias vamos inaugurar o primeiro módulo chamado ensaio 1, o começo do que será um espaço de exposição permanente. Teremos todo um espaço aqui dedicado ao cinema, dedicado mais do que somente à exibição de filmes, dedicado à memória cinematográfica de Pernambuco  (...) Será um espaço de convívio, haverá uma programação cultural constante com acesso pleno da sociedade a esse espaço que será um espaço de convívio humano”, disse ele. 

O secretário estadual de Cultura, Gilberto Freyre Neto, alegou estar “duplamente emocionado” por participar do evento de anúncio da criação de um complexo cultural com o nome de seu avô. Para ele, a cultura tem o papel de “nos manter com o futuro desejado na mira”. “Falo agora como neto de Gilberto Freyre, com a responsabilidade que esse nome tem, de agradecer todos os esforços que estão sendo de forma evidente colocados diante da sociedade para fazer com que a cultura seja de fato um motor do reaquecimento da convivência humana que está sendo tolhida durante esse ciclo da pandemia”. 

O presidente da Fundaj, Antônio Campos, agradeceu pela presença do ministro da Educação no evento, afirmando que “as atividades da Fundação Joaquim Nabuco só são possíveis pelo firme apoio do MEC (Ministério da Educação) a quem agradecemos o valioso apoio e incentivo”. 

A inauguração do Complexo Cultural Gilberto Freyre reafirma a esperança nesse novo país que vem aí, do MEC, do Governo Federal e da Fundaj. (...) Qualquer brasileiro poderá governar esse Brasil. Lenhador, lavrador, pescador, faqueiro, marinheiro, carpinteiro, um capitão, Jair...Messias Bolsonaro. Contanto que seja digno do Governo do Brasil, que tenha olhos para ver pelo Brasil, ouvidos para ouvir pelo Brasil, ânimo de viver pelo Brasil, mãos para agir pelo Brasil”, disse o presidente da Fundação. 

Milton Ribeiro passou a maior parte do evento sem máscara de proteção contra a Covid-19 e fez um pedido aos jornalistas presentes no local para que não fosse “chamado de negacionista em nenhum jornal”, alegando que apesar de ter “visto hoje uma notícia sobre reinfecção” ele já teve a doença, sendo então, em suas palavras, “teoricamente uma barreira sanitária aqui”.

O ministro da Educação também fez saudações a Gilberto Freyre Neto, pela homenagem feita ao seu avô. “É dia de celebrarmos mais uma vez a memória de Gilberto Freyre e há um trecho da Bíblia que diz “a memória dos justos será honrada” e é isso que fazemos aqui. É uma honra para você, Gilberto Freyre Neto, e um peso. Bem ou mal, se aguarda, tem uma expectativa de que alguma coisa do seu avô tenha sobrado para você desenvolver. Geneticamente, mas também em termos de inspiração, tanto é que você está na área da cultura. Que você possa ter na Fundaj um lugar, um laboratório para realizar grandes obras e contribuições à nossa cultura”, disse o ministro. 

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--> Porto Digital inaugura sala de cinema no Recife Antigo

Na tarde desta terça-feira (3) o Porto Digital inaugurou o Cinema do Porto, nova sala de exibição localizada no edifício Vasco Rodrigues, na avenida Cais do Apolo, nº 222, no Bairro do Recife. O equipamento cultural, que tem 511 m² e 138 lugares com estrutura para acessibilidade de pessoas com deficiência, será administrado pela Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) e é aberto ao público. O evento contou com a presença do atual ministro da Educação, Milton Ribeiro.

Com a concessão do espaço, a Fundaj se torna responsável pela manutenção de todo o 16º andar, o que inclui elevadores, eletricidade e trabalhadores terceirizados, como seguranças e bilheteiros. Em contrapartida, o Porto Digital destinará parte dos ingressos a moradores da Comunidade do Pilar, que fica no Recife Antigo, além de realizar sessões especiais acessíveis para os projetos Alumiar e Indigo, voltados a pessoas autistas, cegas, surdas, ensurdecidas e com síndrome de down.

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A reforma do espaço, onde antes funcionavam empresas de tecnologia e o Núcleo de Gestão do Porto Digital, começou em 2019 e custou R$ 1,3 milhão nas obras e R$ 500 mil para a aquisição de equipamentos, como um telão com 7x3 metros, um projetor e som Dolby 7.1. Até o momento, ainda não há previsão de data para a abertura da sala ao público.

O termo de colaboração foi assinado pelos presidentes da Fundaj, Antônio Campos, e do Porto Digital, Pierre Lucena, em uma cerimônia que reuniu 20 convidados e a imprensa. Em sua fala, Antônio Campos disse que a Fundação tratará o Cinema do Porto com “extremo carinho”. 

“Nós estamos num momento de grande aceleração, de muitas mudanças, mas sem dúvida a tecnologia, o conhecimento e a educação estão dando um salto nessa crise da pandemia da Covid-19. Sem dúvida a Fundação Joaquim Nabuco, integrante do Ministério da Educação vê nessa parceria, hoje, aqui nessa tarde, um momento importante. Não só na assinatura da administração de um cinema de um estado que tem uma cena de cinema e cultural tão importante mas vejo estrategicamente uma aproximação entre pesquisa, cultura, conhecimento e colocando isso com tecnologia”, disse o presidente da Fundaj. 

Por sua vez, Pierre Lucena agradeceu pela parceria e disse que diversas obras do cinema pernambucano passam pelo Porto Digital, através de uma iniciativa chamada Portomídia, braço do Porto Digital na economia criativa. “Poucas pessoas sabem, mas Aquarius foi finalizado aqui, recentemente Bacurau também foi finalizado lá no Portomídia e é um equipamento que nos orgulha, o cinema pernambucano nos orgulha. Essa parceria com a Fundação Joaquim Nabuco, que é o melhor parceiro que poderíamos ter em Pernambuco para fazer o Cinema do Porto”, afirmou o presidente do Porto Digital. 

Gilson Machado Neto, presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), afirmou que o Porto Digital é o maior berço de tecnologia da América Latina “e exemplo para o mundo da criatividade e de como o pernambucano consegue fazer, com poucos recursos comparado com o que outros países têm, algo excelente”.

“Educação e Cultura têm partido”

Milton Ribeiro, atual ministro da Educação do governo Bolsonaro, iniciou sua fala durante a cerimônia de inauguração da nova sala de cinema “dizendo que cultura e educação têm partido”. Sem explicar ou contextualizar sua afirmação, ele continuou sua participação na solenidade afirmando que “unanimemente nós concordamos que são colunas essenciais de uma sociedade que possa progredir”. 

Após saudar os demais presentes no evento, o pastor e ministro elogiou a iniciativa de inaugurar a sala de cinema prometendo apoio federal à Fundaj e ao Porto Digital. “Essa iniciativa de estarmos aqui com o MEC, com o Governo Federal para estendermos a mão ao povo pernambucano que tem sua marca preponderante na história do Brasil para mim é uma alegria. No que depender de mim como tenho feito, tudo que a gente puder fazer dentro do governo federal, dentro do MEC para apoiar esse projeto, nós vamos fazer”, disse o ministro.

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O Recife acaba de ganhar mais uma sala de cinema. O Porto Digital, em parceria com a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), está abrindo uma sala de exibição no 16º andar do Edifício Vasco Rodrigues, localizado no Cais do Apolo, prédio que abrigava o antigo Banco do Estado de Pernambuco, o Bandepe. O lançamento será na próxima terça (3), para convidados. 

A nova sala ficará em um espaço de 511 metros quadrados, dotado de um foyer e capacidade para 138 lugares. Além disso, haverá outros quatro espaços acessíveis e reservados a cadeirantes.  O Cinema do Porto conta também com  um telão de 7x3 metros, projetor da marca Christie modelo CP 2208 e som Dolby 7.1. A administração do cinema ficará sob responsabilidade da Fundação Joaquim Nabuco. 

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Uma parte dos bilhetes das sessões do Cinema do Porto será destinada aos moradores da Comunidade do Pilar, localizada no Bairro do Recife. A programação também contará com sessões exclusivas para crianças da área e exibições acessíveis dos projetos Alumiar e Índigo — voltadas a pessoas cegas, surdas e ensurdecidas, autistas ou com síndrome de Down. 



 

Na tarde desta quarta-feira (28), a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) realizou a cerimônia de lançamento do Prêmio Delmiro Gouveia de Economia Criativa, que contemplará 90 projetos de baixo custo nos nove estados do Nordeste brasileiro, com R$ 100 mil para cada um deles. As inscrições estão abertas a brasileiros natos e naturalizados maiores de 18 anos e devem ser feitas virtualmente, através do site da Fundaj, até o dia 9 de novembro. 

A cerimônia de lançamento foi realizada na Sala Calouste Gulbenkian, campus Casa Forte da Fundaj, no Recife, e contou com as presenças do ministro da Educação, Milton Ribeiro, do presidente da Fundaj, Antônio Campos, do secretário estadual de Cultura, Gilberto Freyre Neto, entre outros convidados. Segundo o diretor de Memória, Educação e Cultura da Fundaj, Mário Hélio Gomes, o propósito do prêmio é localizar, reconhecer e premiar iniciativas benéficas à economia criativa de baixo custo que beneficiem os estados do Nordeste. 

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“Um prêmio amplamente inclusivo, diversificado porque atinge praticamente todas as áreas da economia criativa. Desde o artesanato até o game, esperamos que as pessoas que trabalham com soluções concretas para problemas concretos, tanto propostas que já foram desenvolvidas e estão em vias de acontecer, todas estas ideias são bem-vindas”, disse ele. 

A criação do prêmio, de acordo com Mário Hélio, é a primeira iniciativa da Fundaj no sentido de apoiar a inovação e haverá também a criação de um observatório de economia criativa. “Será um observatório permanente. Estruturamos esse observatório de uma forma que não haja somente participação de técnicos e estudiosos da Fundação Joaquim Nabuco, mas que tenha também participação da sociedade. Será um observatório colaborativo que integra uma série de ações de valorização permanente da economia criativa. O prêmio é apenas o início disso”, afirmou o diretor da Fundaj. 

Antônio Campos, presidente da Fundaj, afirmou que o Nordeste do País tem na economia criativa uma grande força de desenvolvimento. “Esse prêmio visa prestigiar iniciativas em economia criativa que possam, com baixo custo, ajudar a vida dos nordestinos e brasileiros, neste quinhão do Brasil. A economia criativa é um dos desenvolvimentos principais do Nordeste. É impossível pensar o Nordeste sem sua criatividade, e o nordestino sem sua resistência, resiliência. Da gastronomia à produção de softwares, do artesanato a música", declarou Campos.

O secretário estadual de Cultura, Gilberto Freyre Neto, destacou as razões pelas quais o empreendedor cearense Delmiro Gouveia foi o homenageado escolhido para dar nome ao prêmio. “Nós somos uma referência em que a cana-de-açúcar conheceu o massapê e esse encontro tem criatividade e inovação. Foi a partir de experimentos desenvolvidos aqui no nosso Estado que a gente financiou, durante 300 anos, o projeto de país”, disse ele. 

Presente na cerimônia, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, falou de temas como corrupção e educação sexual para crianças antes de afirmar que vai direcionar verbas públicas do orçamento do MEC à Fundação Joaquim Nabuco. “Vamos fazer com que o recurso público possa ser usado de maneira inteligente. (...) Eu encaminhei o orçamento para que uma verba considerável possa ser enviada para a nossa fundação”, disse o ministro.

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O Nordeste é, por excelência, uma usina geradora de ideias produtivas. Dos artesãos aos desenvolvedores de games e softwares. A fim de impulsionar a geração de empregos, renda e a diversidade cultural, a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) lança o Prêmio Delmiro Gouveia de Economia Criativa. No dia 28 de outubro, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, e o presidente da Fundaj, Antônio Campos, participam da cerimônia realizada na Sala Calouste Gulbenkian, campus Casa Forte da Fundaj. O evento é restrito a 40 convidados, seguindo as normas de prevenção ao coronavírus (Covid-19).

Proposto pela Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca), da Fundaj, serão distribuídos R$ 900 mil, do orçamento da Instituição Federal, aos nove estados do Nordeste. Com isso, Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Rio Grande do Norte, Ceará, Bahia, Sergipe, Piauí e Maranhão contarão com R$ 100 mil para projetos de caráter criativo e inovador. Os critérios de premiação levarão em conta, principalmente, o baixo custo e a quantidade de beneficiados. A estimativa é de que, no mínimo, sejam contempladas 90 iniciativas.

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As inscrições são gratuitas e devem ser realizadas via formulário, disponível no site fundaj.gov.br,  até 9 de novembro. Após fornecer todas as informações e documentos solicitados, é necessário selecionar um segmento. É facultado inscrever quantos projetos desejar. No entanto, apenas um será contemplado. Para concorrer como Pessoa Física, o candidato deve ser maior de 18 anos, brasileiro nato ou naturalizado. Enquanto para Pessoa Jurídica, a única restrição é para a natureza governamental, sendo possível que desde instituições privadas a ONGs participem. Confira, na íntegra, o edital do I Prêmio Delmiro Gouveia de Economia Criativa https://n9.cl/c5pch

Além dos artesãos, artistas e coletivos de cultura, o Edital contemplará diversos outros segmentos da Economia Criativa. Audiovisual, produtos tecnológicos de interesse cultural, espetáculos de arte, iniciativas relacionadas ao patrimônio material e imaterial estão entre as categorias contempladas. Discriminadas no texto geral, ações de apoio a manifestações culturais, sejam elas pesquisas ou atividades de acesso à cultura, também estão entre as ações pertinentes a concorrer ao certame, assim como obras de gênero: cinema, fotografia, ilustração, instalações artísticas e intervenções urbanas. 

“A concessão de um prêmio como este representa um duplo reconhecimento: o primeiro, de que o destino do nordestino está em suas próprias mãos; e, outro consequente, de que é por meio da criatividade e da inovação que se pode enfrentar as mais difíceis crises e superá-las”, reflete o presidente da Fundaj, Antônio Campos. “O mundo foi tomado de surpresa com a crise sanitária que aprendemos a administrar dia após dia. O setor cultural e todos seus atores precisam mais do que nunca de apoio para atravessar esse momento, ao que somos solidários.”

“O Prêmio Delmiro Gouveia é um dos itens de um trabalho mais amplo, que inclui a formação de um núcleo de estudos em permanente atualização, seminários e publicações”, explica o diretor da Dimeca, Mario Helio Gomes, a respeito da criação de um Núcleo de Economia Criativa na Instituição sediada em Pernambuco, em formato de observatório. “Não somente para pesquisar e estudar os problemas do Nordeste, mas para encontrar a solução deles. Solução que muitas vezes está, literalmente, nas mãos de uma rendeira, de um oleiro, virtuoses de artesanato tanto quanto é um programador de computadores na invenção de um aplicativo.” 

Cursos de Economia Criativa e Empreendedorismo Cultural também estão previstos no escopo do Prêmio, para potencializar os resultados da ação.  A divulgação do resultado final do Prêmio Delmiro Gouveia de Economia Criativa será publicada no Diário Oficial da União e no site e canais da Instituição e do Ministério da Educação, no dia 4 de dezembro. Os vencedores terão do dia 8 a 31 de dezembro para a emissão do empenho. 

Homenageado

Visionário, o industrial  Delmiro Gouveia (1863—1917) modernizou o Sertão do Nordeste ao inaugurar a primeira usina hidrelétrica da região brasileira em Paulo Afonso, na Bahia, em 1913, e a primeira fábrica têxtil no estado de Alagoas, em 1914. Embora fosse natural do Ceará, foi em Pernambuco que iniciou sua trajetória como empreendedor, ligando o interior do Estado ao Exterior, com o comércio de peles de cabras e ovelhas. Em 1899, ainda no Século XIX, construiu o primeiro shopping center do Brasil, o Mercado-modelo do Derby, no Recife.

Serviço

Prêmio Delmiro Gouveia de Economia Criativa

Cerimônia de lançamento

Data: quarta-feira, 28 de outubro

Horário: 15h

Local: Sala Calouste Gulbenkian. Sede Fundaj (Av. Dezessete de Agosto, 2187 - Casa Forte, Recife - PE)

Restrito a 40 convidados

*Via Assessoria de Comunicação

Estão abertas as inscrições para a seleção pública da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj). A oportunidade visa contratar seis instrutores para ministrar cursos on-line de curta duração ofertados pela Escola de Inovação e Políticas Públicas (EIPP), no período de novembro de 2020 a janeiro de 2021.

Para participar, os interessados devem enviar para o e-mail cursos.difor@fundaj.gov.br, até o dia 13 de outubro, os currículos constando a formação acadêmica e a experiência profissional em atividades de instrutoria na temática do curso proposto em cursos ministrados por meio de plataformas de ensino a distância. Os candidatos ainda deverão enviar a proposta de curso, apresentando nome do curso, justificativa, objetivos, metodologia, recursos didáticos, forma de avaliação e professor.

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Ao todo, serão seis cursos ofertados, tais como: projetos de economia criativa; implementação de políticas públicas culturais; elaboração de projetos culturais; noções de empreendedorismo cultural; lei geral de proteção de dados para o setor público; noções básicas de relações institucionais e governamentais sob a ótica da participação e controle social na elaboração de políticas públicas.

A Fundaj informa que os cursos ocorrerão remotamente, na plataforma Google Meets da EIPP, e terão duração de até 30 horas, sendo quatro horas a título de remuneração pela elaboração e cessão de direitos autorais do material de apoio a ser utilizado. A seleção dos candidatos será composta pela avaliação dos currículos e proposta do curso. O valor da remuneração não foi informado.

Nesta segunda (10), a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) dá início à mais uma edição da Semana da Juventude. Até à próxima quinta (13), o evento realizado de forma totalmente online vai promover debates, palestras e oficinas em comemoração ao Dia Internacional da Juventude, celebrado no dia 12 deste mês. Uma das convidadas da ação é Larissa Vitória, a Larigol, que viralizou na internet, recentemente, após fazer um vídeo desabafando sobre o bullying.

A Semana da Juventude da Fundaj vai abordar alguns temas como empreendedorismo social, educação, inovação, sustentabilidade e cultura. As atividades do evento, realizadas por meio da Coordenação-geral de Cooperação e de Estudos de Inovação da Diretoria de Formação Profissional e Inovação (Difor) da Fundaj. serão transmitidas através do canal da instituição no YouTube.  

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Participam da programação nomes como Daniel Paixão, ativista, líder social e participante do projeto Fruto de Favela, e o idealizador da ONG Novo Jeito, Fábio Silva; e Larissa Vitória, a Larigol, menina de apenas 10 anos que  ganhou notoriedade nas redes sociais após fazer um vídeo desabafando sobre o bullying que sofre dos colegas na escola por querer ser jogadora de futebol. 

Confira a programação completa:

Semana da Juventude

Datas: 10 a 13 de agosto

Plataforma: YouTube Oficial da Fundaj

Dia 10 - Empreendedorismo social

10h - Abertura

Antônio Campos, presidente da Fundação Joaquim Nabuco

10h10 - Mesa “A importância da juventude no empreendedorismo social”

Daniel Paixão, estudante de jornalismo da Unicap, ativista e líder social, faz parte do projeto Fruto de Favela)

Fábio Silva, fundador da ONG Novo Jeito

Larissa Vitória Souza da Silva (Larigol)

Nivia Maria de Lima e Maria do Carmo Silva (representantes do Empodera, ONG voltada para promover o empoderamento de meninas e jovens mulheres)

Mediação : Leonardo Cruz, coordenador da Escola de Inovação e Políticas Públicas da Fundaj

16h -  Conversa sobre Políticas Públicas voltadas para a juventude (participação do Núcleo de Inovação Social em Políticas Públicas (Nisp) da Fundaj)

Wagner Maciel (diretor da Difor)

Dia 11 - Educação

10h - Lançamento do Aplicativo Pesquisa Escolar

Mario Helio, diretor de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca) da Fundaj

Nadja Tenório, coordenadora da Biblioteca Blanche Knopf da Fundaj)

Rodrigues José Ferreira (coordenador de Tecnologia da Informação da Fundaj)

Mediação:

16h - Lançamento do projeto “Museu vai à escola” do Muhne

Frederico Almeida, coordenador-geral do Museu do Homem do Nordeste

Edna Silva, coordenadora de Ações Educativas do Muhne    

17h - Oficina do Educativo do Museu do Homem do Nordeste (Muhne)

Dia 12 - Inovação e Sustentabilidade

10h - Mesa “Agenda para a juventude”

Keylla Guerra, Delegate Youth Assembly ONU 2019)

Luiza de Sá Leitão (Oficial do Programa de Desenvolvimento e Participação de Adolescentes e Jovens do Unicef Brasil)

Leila Azevedo Holmes da Silva, graduanda em Engenharia Eletrônica e presidente do Ramo Estudantil IEEE UFRPE

Mediação : Maria Luiza Cruz, coordenadora-geral de Cooperação e de Estudos de Inovação da Difor/Fundaj

16h - Juventude e Conexões

Cláudio Marinho, cofundador do Porto Digital, consultor em cenários e estratégias na Porto Marinho

Marcela Valença, gerente de Pessoas do Porto Digital

Mediação : Luis Romani, diretor de Pesquisas Sociais da Fundaj)

Dia 13 - Cultura

10h - Cultura de paz nas escolas

Marcelo Pelizzoli, doutor em Bioética e professor do mestrado em Direitos Humanos da UFPE)

Hebe Pires, gerente-executiva do Projeto Escola Legal: Cultivando a Cultura de Paz

Paulo Teixeira, psicólogo e servidor do MPPE

Mediação: Maria Luiza Cruz, coordenadora-geral de Cooperação e de Estudos de Inovação da Difor/Fundaj

16h - Roda de conversa com jovens do Projeto Fruto de Favela e do Grupo Adolescer

Mediação: Edna Silva, coordenadora de Ações Educativas do Muhne


 

Em celebração ao Dia Internacional do Livro e em homenagem a escritora Clarice Lispector, a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) realizará, no dia 23 deste mês, a Festa Digital do Livro. O evento começará às 6h e seguirá até a meia-noite no endereço eletrônico flidfundaj.com.br. Serão 18h ininterruptas de lives de palestras, debates, entrevistas, recitais, filmes e programas de rádio e TV. O universo do escritor irlandês James Joyce, uma das inspirações de Clarice, está relacionado à duração do evento. Em seu clássico Ulisses (1922), Joyce leva seu personagem principal em uma viagem de 18 horas por Dublin.

Durante o evento online  participarão diversas personalidades, entre escritores, professores, artistas, jornalistas e articuladores culturais do Brasil e do Mundo. Será discutido desde o livro em si - obras, escrita, história etc. -, até os formatos físico e digital. A jornalista e escritora Clarice Lispector será homenageada pelo seu centenário, comemorado em dezembro deste ano. Ucraniana naturalizada brasileira, a escritora é uma das autoras mais importantes internacionalmente do século 20 e a maior escritora judia desde Franz Kafka. Por isso, também, a cultura judaica integra a tríade de temas centrais.

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“Nada melhor no Dia Internacional do Livro que uma homenagem a mais internacional das escritoras brasileiras”, aponta o presidente da Fundação e escritor, Antônio Campos. Sobre o formato proposto, ele destaca o papel da Instituição diante do cenário de combate à pandemia do novo coronavírus. “Com as medidas de prevenção adotadas, estamos experienciando novas dimensões do convívio digital. As lives ou videoconferências nunca estiveram tão presentes e foram usadas de tantas formas quanto agora. Nosso esforço é para continuarmos atuantes, com iniciativas e atividades de qualidade. É um momento também de estimular a leitura”, ressalta.

A iniciativa é coordenada pela Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca). “A Dimeca entende que o projeto de um festival 100% digital, neste momento, justifica-se por si só. É a diretoria o espaço por excelência da riqueza documental, artística, cultural e educativa da Fundação. É nossa missão realizar ações digitais que continuem a atender aos interesses da população”, explica o gestor da Dimeca, o escritor e jornalista Mario Helio Gomes, curador da Festa Digital do Livro. Para a celebração da data, explica, adotou a origem ibérica, iniciada em 23 de abril de 1926. “É também a data de morte do escritor espanhol Miguel de Cervantes e do dramaturgo inglês William Shakespeare”, acrescenta.

Com uma programação híbrida, as atividades contarão com transmissão simultânea no site flidfundaj.com.br e nas redes sociais da Fundaj - Instagram,  Facebook, Twitter, YouTube. Na abertura, às 6h, contará com o poema “Tecendo a manhã”, do poeta pernambucano João Cabral de Melo Neto, amigo de Lispector, além da fala do presidente da Fundação, Antônio Campos, ao vivo na TV Fundaj. A leitura do horóscopo e das principais manchetes de jornais do 10 de dezembro de 1920 (nascimento da homenageada),  a programação musical trazendo canções do Recife nas décadas de 1920 e 1930, antecedem a primeira entrada do programa de rádio e TV “A Hora das Estrelas”.

Na sequência, a Festa Digital do Livro discute “O livro didático no Brasil”. Integram o bate-papo representantes da Fundação Joaquim Nabuco, do Ministério da Educação e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Quem assume a primeira palestra é a agente literária Luciana Villas-Boas, que refletirá sobre a situação atual e o mercado editorial em “Melhor estar no negócio do livro do que no da aviação”. A programação matutina chega ao fim com a leitura de “O mistério do coelho pensante” (1967), texto infantil escrito por Clarice Lispector após a provocação do filho sobre o porquê de escrever textos para adultos apenas.

À tarde, a jornalista e escritora Cláudia Nina, que editou o caderno especializado em literatura do Jornal do Brasil, Ideias & Livros, e contribuiu para o Prosa & Verso, do O Globo; assume a segunda palestra: “O pequeno mundo compartilhado - a subjetividade pulsante nas crônicas de Clarice”. Cláudia também é autora de A palavra usurpada: exílio e nomadismo na obra de Clarice Lispector, publicado no Brasil em 2003. A crônica, aliás, é o objeto de análise da atividade seguinte. O jornalista Marcelo Pereira, editor do caderno Cultura do Jornal do Commercio, é convidado a responder perguntas sobre o cronista pernambucano Antônio Maria e Lispector.

Já o professor Lawrence Flores Pereira, doutor em Teoria da Literatura pela PUCRS, realiza leitura de trechos da obra de William Shakespeare, na data do aniversário de morte do poeta e dramaturgo inglês William Shakespeare. O poeta e dramaturgo criou  personagens imortais da literatura mundial, como Otelo, Hamlet, Romeu e Julieta. Lawrence é um dos tradutores da obra do dramaturgo no Brasil. Para refletir a cultura judaica no País, a Cinemateca Pernambucana exibe “O Rochedo e a Estrela”, de Katia Mesel. Ainda entre as palestras,  o professor João Cezar de Castro Rocha abordará Shakespeare e Miguel de Cervantes dentro de uma perspectiva comparada.

A leitura de trechos do romance Dom Quixote, de Cervantes, pelo professor espanhol Ángel Espina Barrio; e a entrevista ao escritor Lucilo Varejão Neto, presidente da Academia Pernambucana de Letras e membro da União Brasileira de Escritores, encerra a programação vespertina. A Hora das Estrelas volta ao ar e, dentre os destaques da noite, também está a palestra “Por uma questão de justiça: modos de ler Clarice Lispector”, com a professora da PUC-Rio Clarisse Fukelman. A palestrante reuniu publicações e adaptações da autora no Brasil e no exterior numa vasta pesquisa de mais de 30 anos. 

A exibição do curta-metragem Clandestina Felicidade, de Marcelo Gomes e Beto Normal, e a divulgação dos resultados dos concursos Claricem Imagens e Claricem Palavras integram o momento. Os ganhadores serão premiados com entradas grátis para os cinemas da Fundação ou fotobiografia da escritora (conferir detalhes abaixo). O encerramento fica por conta da leitura das histórias de fantasmas compiladas no livro Assombrações do Recife (1955), clássico de Gilberto Freyre. Dentre as estórias, pontos da capital pernambucana, como a Cruz do Patrão, no porto do Recife, e lendas como O Papa-Figo. 

Interpretações

Ao longo do dia, vídeos de diversas personalidades recitando trechos da obra clariciana poderão ser acessados. Entre as participações confirmadas está a atriz Maria Fernanda Cândido, que estreará a adaptação de A Paixão segundo G.H., dirigido por Luiz Fernando Carvalho. O escritor norte-americano Benjamim Moser, autor da biografia “Clarice, uma biografia” (2009), que foi traduzida em meia dúzia de idiomas, também integra a lista de leitores que colaboraram com a Festa Digital do Livro.

Rádio e TV

O ponto de partida da vida brasileira de Clarice Lispector começa em Alagoas. Depois passa a viver com a família em Pernambuco e depois no Rio de Janeiro. Em seu romance-novela A Hora da Estrela (1977), a personagem Macabéa realiza uma trajetória similar. Em alusão direta à última obra publicada em vida pela autora e adaptado ao cinema em 1985 por Suzana Amaral, a Festa Digital do Livro realizará programa de Rádio e TV “A Hora das Estrelas”. As entradas reunirão diversos convidados, dentre eles as representantes do clube de leitura Leia Mulheres. Além de trazer notícias sobre o mundo do livro, recitais, músicas e muito mais.

Filmes

As salas do Cinema da Fundação Joaquim Nabuco seguem fechadas por tempo indeterminado devido à pandemia do Covid-19, no entanto, continuam presentes por meio do site cinematecapernambucana.com.br. O endereço virtual reúne 261 obras do cinema do Estado. A maioria disponível para ver de casa. Durante a Festa Digital do Livro, o público será convidado a conferir Clandestina Felicidade (Marcelo Gomes, Beto Normal, 1998) e O Rochedo e a Estrela (Katia Mesel, 2011).

Em 1971, Clarice Lispector reuniu diversos contos inéditos e já publicados na coletânea Felicidade Clandestina. O curta-metragem Clandestina Felicidade, que pega emprestado não só o adjetivo e substantivo utilizados pela autora, mas recolhe fragmentos da infância vivida por ela no Recife de 1929, da paixão cultivada pela leitura e o olhar curioso e perplexo com o qual ela descobriu o mundo. A trilha sonora é assinada pelo produtor musical DJ Dolores e o cantor Fred 04, do grupo Mundo Livre S/A. 

Por sua vez, a premiada cineasta pernambucana Katia Mesel passeia pela história da colônia judaica do Recife, a primeira das Américas. O longa-metragem rodado em 35 mm conta com trilha sonora de Lula Côrtes. Marcada pelas diversas perseguições e opressões ao longo da história, a cultura judaica está entre os principais temas da Festa.

Concursos

“Ele estava longe de tudo e de todos, sozinho. Ele estava desligado de tudo, feliz, rente ao coração selvagem da vida.” Da leitura destas frases do escritor irlandês James Joyce se originou o título do primeiro romance de Clarice Lispector: Perto do Coração Selvagem (1943). Assim como a autora foi inspirada por outras obras, na Festa Digital do Livro ela será a inspiração de seus leitores. Em Claricem Palavras os participantes devem produzir comentários sobre a vida e obra de Lispector em um texto de até 100 palavras, incluindo o título. Caso exceda, o participante é desclassificado.

O texto deve ser enviado até o dia 18 de abril no e-mail fundajoficial@gmail.com. Os resultados serão divulgados na data do evento. Os melhores colocados receberão entradas grátis para os cinemas da Fundação. Para o primeiro lugar, o ganhador receberá 100 entradas. O segundo lugar, 50, enquanto o terceiro, 30. Já para o Claricem Imagens, os participantes deverão produzir fotos-legendas com a mesma inspiração. As legendas podem ser frases retiradas da obra da autora ou de suas biografias, tanto quanto de livre interpretação do fotógrafo-leitor. O prêmio será a fotobiografia Clarice: uma vida que se conta, de Nádia Battella Gotlib.

SERVIÇO

_Festa Digital do Livro_

23 de abril de 2020, das 6h às 0h

flidfundaj.com.br

facebook.com/fundacaojoaquimnabuco

Instagram: @fundajoficial

Livre

 

*Via Assessoria de Imprensa

Em atenção à pandemia de coronavírus, a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) decidiu suspender todas as atividades abertas ao público oferecidas pelos equipamentos da instituição. O funcionamento de cinemas, museus, galerias e cursos da Fundaj estão cancelados por tempo indeterminado a partir deste sábado (14). 

Com a decisão, ficam fechados os cinemas (Cinema da Fundação, no Derby, e Cinema do Museu, em Casa Forte). Ainda no Campus Casa Forte serão suspensas as atividades do Museu do Homem do Nordeste, das galerias Massangana, Baobá, Valdemar Valente e Mauro Mota, e da Cinemateca Pernambucana. Já no Campus Derby deixam de funcionar os cursos da Escola de Inovação e Políticas Públicas (EIPP), as salas de Leitura Nilo Pereira, de Exposição Vicente do Rego Monteiro e de Videoarte Cristina Tavares. 

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Além disso, ficam suspensas as atividades da Villa Digital, em Apipucos, e da Biblioteca Blanche Knopf. O Engenho Massangana, unidade da Fundaj no Cabo de Santo Agostinho, também terá as atividades canceladas. 

 

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