Tópicos | veto presidencial

O Congresso Nacional analisa agora vetos do presidente da República e Projetos de Lei do Congresso Nacional (PLN). A sessão é presidida pelo deputado Marcos Pereira (Republicanos-SP).

Segundo o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), acordo com líderes no Senado definiu a apreciação de vetos e oito projetos de lei do Congresso Nacional (PLN). Ele afirmou que os demais itens previstos na pauta serão realizados em nova sessão conjunta no dia 24 de outubro para apreciar os itens da pauta.

##RECOMENDA##

Vetos

Randolfe afirmou que o Veto (VET) 67/2021 deve ser votado ainda hoje. Em 2021, o ex-presidente Jair Bolsonaro vetou trechos novo marco legal do transporte ferroviário (Lei 14.273, de 2021). Bolsonaro vetou exigências documentais reputadas como não essenciais à obtenção das autorizações e vetou dispositivo que estabelecia preferência para as atuais concessionárias na obtenção de autorizações em sua área de influência.

Também será analisado o VET 16/2023 do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao projeto que alterou diversos pontos do Código de Trânsito Brasileiro (Lei 14.599, de 2023), como a inclusão de exames toxicológicos para motoristas.

Projetos

Segundo Randolfe, será analisado o PLN 13/2023, que abre crédito adicional especial no Orçamento de 2023 para o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação no valor de R$ 22,8 milhões.

Também está pautado o PLN 15/2023, que autoriza o uso de recursos para arcar com contribuições de organismos internacionais, e o PLN 26/2023, que remaneja R$ 39,7 milhões entre setores do Comando do Exército para a duplicação da rodovia GO-123.

Outros projetos que abrem créditos ao governo federal (PLN 19/2023, 22/2023, 24/2023, 25/2023 e 26/2023) também serão analisados.

*Da Agência Senado

O Congresso Nacional ainda tem 25 vetos do presidente da República, Jair Bolsonaro, pendentes de deliberação. Todos estão trancando a pauta de votações, ou seja, têm que ser votados antes de outras matérias. Veja a lista completa. Ainda não há previsão de quando será a próxima reunião do Congresso.

  O veto mais antigo é o VET 46/2021, originado da sanção do PL 2.108/2021, que se converteu na Lei 14.197, de 2021. Bolsonaro vetou o trecho que previa até cinco anos de reclusão para quem cometesse o crime de “comunicação enganosa em massa” — definido como a promoção ou o financiamento de campanha ou iniciativa para disseminar fatos inverídicos e que fossem capazes de comprometer o processo eleitoral. 

##RECOMENDA##

Além disso, Bolsonaro vetou o trecho que aumentava a pena para militares envolvidos em crimes contra o Estado democrático de direito. De acordo com o projeto, eles estariam sujeitos à perda do posto, da patente ou da graduação. 

O veto mais recente é o VET 52/2022, que cancelou dois dispositivos da Lei 14.457, de 2022, que teve origem na MP 1.116/2022, que criou o Programa Emprega + Mulheres. 

Outro que precisa ser votado é o VET 67/2021, aplicado à Lei 14.273, de 2021, que trata do Marco Legal das Ferrovias — oriunda do PLS 261/2018. Dos 38 dispositivos vetados no projeto, um já teve o veto mantido, em sessão do Congresso em abril. O trecho determinava que a lei decorrente do projeto teria 90 dias para entrar em vigor. Com o veto mantido, a lei é considerada válida desde dezembro de 2021, quando foi sancionada. Entre os dispositivos vetados que ainda precisam ser analisados, está o que atribuía ao regulador ferroviário a destinação final de bens relacionados a trechos devolvidos ou desativados por concessionárias. 

 Na lista de vetos que trancam a pauta também está o VET 30/2022, sobre a Lei 14.368, de 2022, que flexibiliza regras do setor aéreo. A polêmica está na cobrança pelo despacho de bagagens em voos. O presidente Jair Bolsonaro não concordou com a volta do despacho gratuito. Ele alegou que excluir a cobrança aumentaria os custos dos serviços aéreos e teria o efeito contrário ao desejado, ou seja, encareceria as passagens.

  O ponto vetado não fazia parte do texto da MP e foi acrescentado por emenda na Câmara dos Deputados. Desde 2017, as companhias aéreas são autorizadas a cobrar pelas malas despachadas. Na época, as empresas alegavam que a cobrança permitiria baratear as passagens. 

Também tranca a pauta do Congresso o veto total (VET 31/2022) ao projeto que tratava da identidade profissional de radialista (PLC 153/2017). O documento serviria como prova de identidade em todo o território nacional, e seria emitido pelo sindicato da categoria. O motivo alegado para o veto integral foi que o esforço do governo federal para padronizar a identificação dos cidadãos seria prejudicado.

  Há ainda o VET37/2022, parcial, à Lei 14.382, de 2022 que efetivou o Sistema Eletrônico dos Registros Públicos (Serp), criado para modernizar e unificar sistemas de cartórios em todo o país e permitir registros e consultas pela internet. Foram vetados 11 itens, entre eles o que exigia uma cópia do contrato na íntegra acompanhando o extrato (resumo) no caso de negócios com bens imóveis. 

Também está pendente de votação o VET 33/2022, imposto à Lei 14.375, de 2022, que permitiu o abatimento de até 99% das dívidas de estudantes com o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Bolsonaro vetou item que retirava da base de cálculo de impostos os descontos em dívidas concedidos no Programa Especial de Regularização Tributária. 

*Da Agência Senado

O Congresso Nacional tem sessão conjunta semipresencial na quinta-feira (10), às 16h, para votar dois vetos do presidente da República, Jair Bolsonaro. O primeiro é o VET 59/2021, que atingiu dispositivos do projeto que originou a lei do Programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual (Lei 14.214/2021), entre eles o que previa distribuição gratuita de absorventes higiênicos para estudantes de baixa renda e pessoas em situação de rua. 

O projeto original (PL 4.968/2019), da deputada Marília Arraes (PT-PE), foi aprovado com o objetivo de promover a dignidade menstrual, combatendo a chamada precariedade menstrual, que significa a falta de acesso ou a falta de recursos para a compra de produtos de higiene e outros itens necessários ao período da menstruação.

##RECOMENDA##

A relatora da matéria no Senado, Zenaide Maia (Pros-RN), salientou que uma em cada quatro jovens não frequenta as aulas durante o período menstrual porque não tem absorvente. 

Veto presidencial

No entanto, o presidente Jair Bolsonaro vetou seis trechos da proposição alegando falta de previsão de fontes de custeio e incompatibilidade com a autonomia dos estabelecimentos de ensino.

  Bolsonaro vetou o artigo primeiro do projeto, que previa "a oferta gratuita de absorventes higiênicos femininos e outros cuidados básicos de saúde menstrual", bem como o artigo terceiro, que apresentava a lista de beneficiadas - estudantes de baixa renda matriculadas em escolas da rede pública de ensino; mulheres em situação de rua ou vulnerabilidade social extrema; mulheres apreendidas e presidiárias, recolhidas em unidades do sistema penal; e mulheres internadas em unidades para cumprimento de medida socioeducativa. 

Outros dispositivos vetados pelo presidente determinavam que as despesas com a execução das ações previstas na lei ocorreriam por conta das dotações orçamentárias disponibilizadas pela União ao Sistema Único de Saúde (SUS) ou pelo Fundo Penitenciário Nacional, e a inclusão de absorventes nas cestas básicas entregues no âmbito do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan). 

Relp

Também deve ser votado o veto integral (VET 8/2022) ao Projeto de Lei Complementar 46/2021, de autoria do senador Jorginho Mello (PL-SC), que institui um programa de renegociação de dívidas para micro e pequenas empresas. O projeto havia sido aprovado em 5 de agosto pelo Senado, na forma do substitutivo do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), e em 16 de dezembro pela Câmara dos Deputados. 

Batizado com a sigla Relp, o Programa de Reescalonamento do Pagamento de Débitos no Âmbito do Simples Nacional concede descontos sobre juros, multas e encargos proporcionalmente à queda de faturamento em plena pandemia de covid-19, no período de março a dezembro de 2020, em comparação com o período de março a dezembro de 2019. Empresas inativas no período também poderiam participar. 

Na mensagem de veto, o governo alegou vício de inconstitucionalidade e contrariedade ao interesse público, pois o benefício fiscal implicaria em renúncia de receita. Foram ouvidos o Ministério da Economia e a Advocacia-Geral da União.

  O texto autoriza o parcelamento de quaisquer dívidas no âmbito do Simples Nacional, desde que o vencimento tenha ocorrido até a competência do mês imediatamente anterior à entrada em vigor da futura lei. 

*Da Agência Senado

A apreciação do veto presidencial ao Projeto de Lei n. 4968/2019, conhecido como PL dos Absorventes, de autoria da deputada Marília Arraes (PT-PE), foi retirada da ordem do dia do Congresso Nacional nesta sexta-feira (17). O adiamento foi confirmado pela assessoria da parlamentar. Esta será a última sessão conjunta do Senado e da Câmara, que se preparam para a pausa de fim de ano e só retomam a apreciação das matérias em 2022. A sessão de hoje está prevista para análise de diversos vetos presidenciais, mas só o PL da pobreza menstrual ficou pendente. 

O presidente, apesar de ter sancionado a criação do Programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual (Lei 14.214), vetou, em outubro, a previsão de distribuição gratuita de absorventes femininos para estudantes de baixa renda e pessoas em situação de rua, que era a principal medida determinada pelo programa. A sanção foi publicada no Diário Oficial da União.  

##RECOMENDA##

A proposta (PL 4.968/2019), da deputada Marília Arraes (PT-PE), foi aprovada pelo Senado em 14 de setembro, sob a relatoria da senadora Zenaide Maia (Pros-RN). A intenção era combater a precariedade menstrual, que significa a falta de acesso ou a falta de recursos para a compra de produtos de higiene e outros itens necessários ao período da menstruação. 

De acordo com parlamentares favoráveis à aprovação do projeto, o adiamento da análise é mais uma “artimanha” do governo Bolsonaro para impedir o trabalho de Marília, que é de oposição, e para barrar um parâmetro básico da dignidade das mulheres. Confira a repercussão entre os políticos: 

[@#video#@]

O Salão Verde do Congresso Nacional foi palco, nesta terça-feira (7), para um ato e coletiva de imprensa organizados com o objetivo de derrubar o veto presidencial à Lei de Dignidade Menstrual, que será discutido no plenário da Casa também nesta terça. O momento foi organizado pela bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) e pela deputada federal Marília Arraes (PT-PE), autora da ação, que se debruça através do Projeto de Lei (PL) 4.968/2019.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) chegou a sancionar a criação do Programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual (Lei 14.214), em 7 de outubro. No entanto, vetou a previsão de distribuição gratuita de absorventes femininos para estudantes de baixa renda e pessoas em situação de rua, que era a principal medida determinada pelo programa. Confiante de que o veto será derrubado, Arraes indica que os impasses mencionados pelo mandatário, como a verba para o projeto, já haviam sido discutidos. 

##RECOMENDA##

“Espero que a gente possa avançar cada vez mais, para que daqui a pouco tempo a gente mostre que essa é uma política pública necessária e natural. Para que todas as mulheres que precisam, possam ter acesso a absorventes nos postos de saúde. O impacto orçamentário e financeiro foi descrito no projeto, diferente do que Bolsonaro alegou, e foi um impacto conversado, mediado aqui na Casa. E que uniu as opiniões de deputados e deputadas de diversas colorações partidárias. Hoje vai ser uma grande vitória a derrubada desse veto”, disse a parlamentar. E continuou: “Se os homens menstruassem, esse assunto já estaria resolvido”. 

A proposta (PL 4.968/2019), da deputada Marília Arraes (PT-PE), foi aprovada pelo Senado em 14 de setembro, sob a relatoria da senadora Zenaide Maia (Pros-RN). A intenção era combater a precariedade menstrual, que significa a falta de acesso ou a falta de recursos para a compra de produtos de higiene e outros itens necessários ao período da menstruação. 

A nova lei determina também que o programa seja implementado de forma integrada entre todos os entes federados, mediante atuação, em especial, das áreas de saúde, de assistência social, de educação e de segurança pública. 

[@#video#@] 

 

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, anunciaram acordo com o governo para derrubar o veto do presidente da República, Jair Bolsonaro, a dispositivos da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2020. Está prevista para amanhã sessão do Congresso Nacional para análise dos vetos presidenciais. Maia e Alcolumbre se reuniram no Palácio do Planalto nesta terça-feira com o ministro da Secretaria do Governo, general Luiz Eduardo Ramos.

A aprovação de um dos vetos desobrigaria o governo de ouvir as comissões permanentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal e também o relator-geral da proposta orçamentária, deputado Domingos Neto (PSD-CE), antes de executar as emendas parlamentares que apresentaram para o próximo ano.

##RECOMENDA##

Com esse mesmo veto, o Poder Executivo estaria autorizado a bloquear a execução das despesas previstas em emendas apresentadas pelas comissões e pelo relator-geral caso as receitas não sejam suficientes momentaneamente.

Orçamento impositivo

Na avaliação dos presidentes da Câmara e do Senado, a derrubada do veto vai garantir que a aplicação do orçamento seja impositiva, de forma a fortalecer o papel do Parlamento. O orçamento impositivo, promulgado pelo Congresso em junho e regulamentado pela Emenda Constitucional 100, determina a execução obrigatória de emendas parlamentares de bancada.

Para Maia, o acordo demonstra que há espaço para aprovar outros projetos importantes para o País.

“Há um grande espaço para que a gente possa aprovar a reforma tributária e a administrativa, como as PEC’s que estão no Senado e, assim que chegar à Câmara, serão tratadas com toda urgência necessária”, afirmou Maia.

De acordo com Alcolumbre, o acordo prevê a derrubada do veto relativo ao orçamento e a manutenção de outros. Ele ressaltou o alinhamento entre governo e Congresso.

“O Congresso Nacional, alinhado com o governo federal, vai derrubar o veto do caput do artigo e vai assegurar a impositividade do orçamento, que foi uma proposta do próprio governo capitaneada pelo ministro da Economia”, destacou Alcolumbre.

O ministro da Secretaria do Governo, Luiz Eduardo Ramos, destacou o diálogo entre o Executivo e as duas Casas do Parlamento.

“Desde que assumi a articulação, tenho total e irrestrito apoio do presidente Rodrigo Maia e do presidente Davi Alcolumbre. Eles sabem do momento em que vivemos. Eles ajudam o Brasil”, disse a jornalistas após a reunião no Planalto.

*Da Agência Câmara Notícias

 

O veto presidencial à proposta de criação de municípios será analisado pelo Congresso Nacional no dia 18 de março. Até lá, o governo espera conseguir avançar com uma nova proposta sobre o assunto e evitar a derrubada do veto.

A presidente Dilma Rousseff vetou totalmente a antiga proposta para a criação, incorporação, fusão e desmembramento de municípios. Há duas semanas, o Palácio do Planalto encaminhou ao Parlamento um novo projeto que trata sobre o mesmo assunto. 

##RECOMENDA##

Segundo o senador Humberto Costa (PT-PE), líder do PT no Senado, o novo texto traz mais restrições para evitar criação desnecessária de municípios e a divisão do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), o que poderia gerar uma "uma divisão insuficiente tanto para os novos como para os antigos municípios". "A ideia agora é regras um pouco mais rígidas para a formação de municípios", explicou.

"No que diz respeito às regras para fusão e incorporação não há grandes mudanças. Acredito que podemos construir rapidamente um entendimento no Senado, para que a Câmara possa votar. Assim, haveria a manutenção do veto já que outra proposta estaria em curso", completou.

Para Humberto, a questão do número de habitantes para a nova cidade é que será o principal entrave a ser discutido. Parlamentares do Nordeste, Sudeste e Sul reclamam que houve um rigor maior para essas regiões. "Isso acontece porque no Norte e no Centro-Oeste temos baixa densidade demográfica, então é preciso ter flexibilizar o número de habitantes. Para os casos em que é realmente necessária a criação do município é preciso flexibilizar, mas ao mesmo tempo evitar que municípios inviáveis sejam criados", frisou.

Já o autor da proposta inicial, o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), tem opinião diferente. Para ele, a melhor opção é derrubar o veto de depois analisar a nova proposta. "O melhor acordo a ser feito é derrubamos o veto e logo depois aprovarmos o novo projeto do Executivo, que, em caso de divergências, poderia revogar alguns dispositivos do texto anterior", considerou.

Ele também reclamou da interferência do Palácio do Planalto. "Os poderes têm que ser independentes e harmônicos, como manda a Constituição. Não pode haver este monopólio do Executivo na hora de legislar; como se não bastassem as medidas provisórias, que vêm toda hora e trancam as pautas".

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando