Tópicos | violência em PE

Líder da oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o deputado Silvio Costa Filho (PRB) previu, nesta quinta-feira (16), que o Estado pode fechar 2017 com cerca de 5,5 mil assassinatos, o que segundo ele, é a pior marca desde 2004. Até o momento já foram registrados 4.576 homicídios, de acordo com dados da Secretaria de Defesa Social. Sob a ótica do parlamentar, os números refletem a falta de uma política pública de segurança e o fracasso das ações pontuais adotadas pelo governo. 

“Os dados da própria SDS mostram a incapacidade do governo Paulo Câmara de combater a criminalidade. Já estamos no terceiro secretário de Defesa Social sem que nenhuma uma política de segurança tenha sido apresentada à sociedade. Nos últimos 12 meses foi registrada uma média de 57,6 mortes a cada grupo de 100 mil habitantes, quase seis vezes o máximo tolerado pela ONU (10/100 mil). A situação fica mais crítica a cada dia por causa da resistência do governo em aceitar sugestões”, criticou o parlamentar.

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Para o líder da oposição, além dos homicídios, outros indicadores de criminalidade mostram “a situação de abandono” como os 27 mil casos de violência doméstica contra a mulher e quase 2 mil casos de estupro. “Não adianta mudar a metodologia na divulgação dos índices de violência, diminuir a transparência e camuflar o debate, os números apenas confirmam o que a população sente nas ruas, que é o crescimento dos assassinatos, dos assaltos a ônibus, dos casos de roubos e furtos e da violência contra a mulher”, argumentou.

Silvio Costa Filho disse ainda que é importante que o governo reconheça a gravidade da situação e retome o diálogo com a sociedade. “Esperamos que o governador Paulo Câmara reconheça que as ações de seu governo não estão dando resultados e que ele tenha a humildade de ouvir quem está disposto a contribuir para mudar esse quadro, como os deputados da oposição, a OAB, Ministério Público, movimentos sociais, religiosos e o mundo acadêmico. O momento é de união de toda a sociedade na construção de um plano eficaz de redução da violência”, defendeu.

A deputada estadual Priscila Krause (DEM) sugeriu, nesta sexta-feira (3), que o governador Paulo Câmara (PSB) crie um Gabinete de Crise para gerenciar e combater a violência em Pernambuco. Dando como referência as explosões a agências bancárias, entre elas a que aconteceu na madrugada de hoje em Porto de Galinhas, a democrata disse que o problema está “há muito tempo sem solução”. 

“Cabe ao governador, comandante-em-chefe das forças militares estaduais, rápido pronunciamento a respeito de ações efetivas a serem tomadas imediatamente. Na prática, sugiro a criação de um Gabinete de Crise no sentido de unir representantes políticos e sociedade civil num esforço colaborativo emergencial”, salientou.

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Sob a ótica da parlamentar, “o clima de guerra instalado em PE há mais de um ano chega em 2017 com força assustadora” porque em 34 dias foram explodidas 17 agências bancárias em cidades como Camutanga, Bonito, São Vicente Férrer e Ipojuca.

A democrata se colocou ainda à disposição do governador, “acima das divergências político-partidárias”, para “contribuir na luta contra a grave crise de violência que, assustados, assistimos avolumar-se”.

A bancada de oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) se reúne, nesta quinta-feira (17), com o presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), Leopoldo Raposo, para debater sobre o crescimento da violência no Estado. A intenção, de acordo com a bancada, é de tentar estabelecer estratégias para que o Poder contribua com o combate a criminalidade. 

Segundo um levantamento da oposição, com base nos dados da Secretaria de Defesa Social (SDS), Pernambuco caminha para o terceiro ano consecutivo de crescimento no número dos homicídios. A alta acumulada este ano está em 12,9%, sobre um crescimento de 13,5% já registrado em 2015 e de quase 10% em 2014. 

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Ainda de acordo com dados apresentados pelo colegiado, no mês de outubro foram registrados 451 assassinatos no Estado, “o pior resultado” desde o lançamento do Pacto pela Vida, em 2007. Os parlamentares da Oposição defendem uma ampla discussão com a sociedade sobre o Pacto pela Vida e uma repactuação das bases do programa estadual de combate à violência.

O crescimento da violência em Pernambuco e os índices do Pacto pela Vida são temas de debate, na manhã desta segunda-feira (30), na Assembleia Legislativa (Alepe). A discussão, sugerida pela bancada de oposição na Casa, acontece após o número de assassinatos registrado no estado até o último dia 23 ultrapassar o total de ocorrências de todo o ano de 2014. Segundo os dados da Secretaria de Defesa Social (SDS), foram notificados 3.444 casos até o início da semana passada, 11 a mais que as 3.433 mortes registradas durante todo o ano passado. 

Foram convidados para a audiência o Secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho; o procurador-geral do Estado, Antônio César Caúla; o secretário executivo de Ressocialização, Éden Vespasiano, e o procurador-geral de Justiça, Carlos Augusto Guerra; além de representantes dos policiais civis, militares e dos delegados e demais categorias ligadas à segurança pública.

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Segundo o líder da oposição, Silvio Costa Filho (PTB), o encontro visa discutir com a sociedade e os responsáveis pela área de segurança da gestão estadual "as bases para repactuar e resgatar o programa de combate à violência no estado, que obteve êxito nos primeiros seis anos de sua criação, mas perdeu sua essência nos últimos dois anos de atividade".

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