Tópicos | voo 370

Dois adolescentes da Malásia processaram a companhia Malaysia Airlines e o governo local nesta sexta-feira pela morte de pai no voo 370. É a primeira ação no país movida por parentes das pessoas a bordo do avião que desapareceu misteriosamente há oito meses.

Jee Kinson, de 13 anos, e Jee Kinland, de 11 anos, acusaram o Departamento de Aviação Civil de negligência por não tentar contato com o avião dentro de um prazo razoável depois que ele saiu do radar durante o voo de Kuala Lumpur para Pequim em oito de março, com 239 pessoas a bordo.

##RECOMENDA##

A ação movida no Supremo Tribunal de Kuala Lumpur alega que a companhia aérea foi negligente e não tomou todas as medidas cabíveis para garantir um voo seguro. Ela também nomeou os diretores-gerais de Aviação Civil e de Imigração, o chefe da Força Aérea e o governo da Malásia como responsáveis e alegou que eles cometeram negligência e violação de dever.

"Nós esperamos por oito meses. Depois de falar com vários especialistas, creditamos que temos provas suficientes para um caso forte. Um grande avião desaparecido nessa era de tecnologia é realmente inaceitável", afirmou Arunan Selvaraj, advogado responsável pelo caso.

Os garotos estão buscando indenização por sofrimento mental, dor emocional e perda de apoio após o desaparecimento de seu pai, Jee Jing Hang. Selvaraj disse que cabe ao tribunal determinar o valor de qualquer indenização.

Acredita-se que o avião caiu em uma área remota do Oceano Índico, onde as buscas ainda estão em curso. Não foi encontrado qualquer pedaço da aeronave até o momento. Funcionários australianos, que estão coordenando a busca, afirmaram que o processo pode demorar mais de um ano. Fonte: Associated Press.

As buscas pela aeronave do voo 370 da Malaysia Airlines, desaparecida desde 8 de março, foram retomadas no início desta segunda-feira (horário local), no Oceano Índico. As buscas estavam suspensas há quatro meses para que equipes pudessem mapear 60.000 km² de solo oceânico na região, cerca de 1.800 quilômetros a oeste da costa da Austrália.

A área das buscas fica na região do Sétimo Arco, onde os investigadores acreditam que a aeronave ficou sem combustível e caiu. Oficiais analisaram as transmissões do voo para um satélite para estimar a região onde o avião pode ter atingido a água. Três navios vão passar cerca de um ano buscando por destroços e as equipes vão usar sonares, câmeras de vídeo e sensores de combustível de aviação para fazer varreduras em águas profundas.

##RECOMENDA##

"Estamos confiantes na nossa análise e acreditamos que a aeronave está próxima ao Sétimo Arco", disse o comissário chefe do Escritório de Segurança dos Transportes da Austrália, Martin Dolan, órgão responsável pelas buscas. O Boeing 777 desapareceu por razões desconhecidas há mais de seis meses, durante um voo de Kuala Lumpur para Pequim, com 239 pessoas a bordo. Fonte: Associated Press.

As equipes de busca continuam a mostrar um "alto grau" de confiança de que os sinais detectados nesta semana são do voo 370 da Malaysia Airlines, disse o primeiro-ministro da Austrália, Tony Abbott, neste sábado, mas ele advertiu que as operações no sul do Oceano Índico são difíceis e devem levar "um longo período de tempo". "Ninguém deve subestimar a dificuldade da tarefa que ainda está pela frente", disse Tony Abbott a repórteres em Pequim no final de uma visita diplomática.

Mais cedo, coordenadores da busca pelo avião disseram que não tinham detectado há 24 horas sinais conhecidos como "pings" a partir do que eles suspeitam ser as caixas-pretas do avião. "Até agora não há detecções acústicas confirmadas ao longo das últimas 24 horas", disse o Centro de Coordenação Conjunta de Agências em um comunicado, acrescentando que os objetos recuperados do mar na sexta-feira não devem ser parte de destroços.

##RECOMENDA##

A perda de contato ocorreu depois que nove aviões militares, uma aeronave civil e 14 navios retornaram à busca. As autoridades estão tentando reduzir ainda mais o tamanho da área analisada, antes de as baterias das caixas-pretas perderem toda a força. As autoridades também querem reduzir a área de busca antes de usar veículos submarinos autônomos, que podem analisar mais de perto o fundo do mar. Fonte: Dow Jones Newswires.

As buscas após o desaparecimento de um avião com mais de 230 passageiros mobilizaram o mundo. O voo MH-370 da Malaysia Airlines sumiu, inexplicavelmente, dos radares após aproximadamente uma hora de voo enquanto sobrevoava o Golfo da Tailândia, no Mar da China. A rota aérea não é incomum e há passageiros regulares e internacionais no trecho.

Os dias passaram e o desespero das famílias em busca de informações sobre parentes e amigos que estavam no voo só aumentavam. As especulações sobre o desaparecimento do avião só aumentavam e quatro hipóteses sobre as possíveis causas do desaparecimento passaram a ser cogitadas: falha mecânica; sabotagem; falha humana; atentado terrorista.

As hipóteses sobre desaparecimento do avião começaram a ser colocadas em dúvida, já que o avião havia passado por manutenção dias antes do voo e, além disso, até o momento do desaparecimento dos monitores de radar, a tripulação não relatou nenhuma anomalia com o vôo e o sistema ACARS da aeronave - um serviço que permite ao computador a bordo do avião se comunicar com o sistema a no solo - também não enviou mensagens por satélite, o que deveria ocorrer automaticamente no caso de alguma falha.

Na história da aviação, não há registro de um acontecimento como este, já que trata-se de um Boeing 777,  tido como "de operação muito segura" e sendo um dos melhores modelos da aviação comercial. O caso mais próximo é o do Air France 447, que caiu no oceano Atlântico em 2009, depois de ter descolado do Rio de Janeiro. No entanto e diferente do voo 370, os destroços foram detectados no mar no dia seguinte ao desastre.

As únicas informações concretas sobre o voo MH-370 é que ele mudou a rota estabelecida, indo para a direção contrária e que os sistemas de comunicação foram desativados "deliberadamente", segundo as autoridades malaias, quando o avião cruzava o espaço aéreo malaio para o vietnamita sobre o Mar do Sul da China. Apenas isso. Passados mais de 15 dias de buscas baseadas apenas em palpites, presumiu-se que o avião tenha caído no mar, em uma área de difícil acesso e considerada uma das mais remotas do planeta.

O desaparecimento do voo 370 entra para a história da aviação mundial e mesmo que o avião tenha caído no mar, nunca será  possível afirmar se a tragédia foi devido a uma falha mecânica, humana ou terrorista. E o tempo está se esgotando, já que o feixe sinalizador que elas emitem se extinguem após 30 dias. Sem as caixas-pretas da aeronave, nunca será possível explicar o porquê da aeronave ter voado durante várias horas até esgotar o combustível e cair no mar.

As famílias continuam sem respostas e nos resta a certeza que, mesmo com toda a tecnologia disponível, ainda há situações que não podem ser evitadas.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando