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A Administração de Espaço Cibernético da China informou nesta terça-feira (14) que multou a operadora da rede social Weibo em 3 milhões de yuans (cerca de US$ 470 mil), após considerar que a plataforma permitiu a publicação de postagens que "violaram a lei". Em comunicado, a agência reguladora afirmou que a empresa foi alvo de 44 multas semelhantes este ano, no total de 14,3 milhões de yuans (US$ 2,24 milhões). O órgão acrescentou que "ordenou-lhe que retificasse imediatamente e tratasse seriamente com as pessoas responsáveis relevantes".

A multa é aplicada em um contexto de crescente cerco do governo chinês contra o setor de tecnologia do país. Pequim tem buscado aumentar a supervisão do conteúdo sob domínio dessas empresas, com objetivo de assegurar o controle das informações disseminadas. Após a notícia, a ação da Weibo despencou 9,38% na Bolsa de Hong Kong.

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O anúncio da rede social chinesa Weibo de que eliminará conteúdo "homossexual" da popular plataforma gerou uma onda de queixas na Internet, neste sábado (14), com a hashtag #EuSouGay.

A Weibo disse na sexta-feira em comunicado que havia começado uma "campanha de limpeza" para eliminar conteúdo "ilegal", incluindo "mangás e vídeos com implicações pornográficas, que promovam a violência, ou (relacionados com a) homossexualidade".

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Esse é o mais recente exemplo da repressão do Partido Comunista, no poder, para retirar da Internet qualquer conteúdo que se afaste dos "valores centrais do socialismo". Além de verificar a Internet, as autoridades chinesas obrigam os sites a ter seus próprios censores.

Sob a liderança do presidente Xi Jinping, a censura se reforçou no país. A campanha anunciada pela Weibo, de três meses de duração, também aponta para "os vídeo-games violentos como 'Grand Theft Auto'", disse a Weibo em sua conta oficial.

A popular plataforma, similar ao Twitter e que conta com 400 milhões de usuários ativos por mês, indicou que estava aplicando a nova lei sobre cibersegurança na China e que na noite de sexta-feira já havia eliminado 56.240 elementos.

Ao meio-dia de sábado, cerca de 170 mil usuários da Weibo haviam empregado a hashtag #EuSouGay para protestar contra o anúncio, antes de ser aparentemente proibido pela plataforma.

"Não pode existir homossexualidade no socialismo? É incrível que a China progrida econômica e militarmente, mas regresse ao período feudal em termos de ideias", disse um dos usuários. "Como se estreitou tanto a opinião pública nos últimos dois anos?", se questionou outro.

A China descriminalizou a homossexualidade em 1997, mas as atitudes conservadoras continuam sendo generalizadas. Muitas mensagens de protesto foram apagadas.

O governo da China acusa a plataforma de microblog Weibo de propagar "conteúdos nocivos" e lhe ordenou a suspensão de algumas funções da rede social.

Sina Weibo - plataforma geralmente classificada como o "Twitter chinês" - recebeu no sábado (27) as críticas do órgão do governo chinês encarregado da Internet, que intensifica o controle dos conteúdos "inapropriados".

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O Weibo permite que seus usuários "publiquem conteúdos que vão no sentido das opiniões ruins, obscenas, de mau gosto, ou (que defendem) a discriminação étnica", insistiu a autoridade reguladora em um comunicado.

De acordo com a nota, o Weibo "infringiu as leis e a regulamentação do país, orientou a opinião pública na má direção e exerceu uma influência muito ruim".

Como sanção, os reguladores pediram ao Weibo para suspender algumas funções por uma semana. Entre elas, o sistema para buscar os temas mais compartilhados, ou um serviço de pagamento que permite fazer perguntas a celebridades.

Na China, a Internet é controlada de maneira drástica com um complexo sistema de censura, chamado de "a Grande Muralha Digital", que bloqueia as populares redes sociais, como Facebook e Twitter, a plataforma YouTube, ou o buscador Google.

As novas sanções "são um pretexto para controlar melhor a lista de temas mais compartilhados. O que se verá agora nos primeiros lugares da lista será o que o governo quiser pôr em evidência", lamentava no domingo um usuário do Weibo em sua conta dessa plataforma.

Algumas referências ao Ursinho Pooh começaram a ser bloqueadas nas redes sociais na China, onde a imagem do famoso urso costuma ser usada em memes, nos quais também aparece o presidente Xi Jinping.

Nesta segunda-feira ainda era possível publicar a imagem no ursinho da rede social Weibo, equivalente chinesa do Twitter, assim como a frase "Weini xiao xiong" ("O ursinho Pooh", em chinês). Mas qualquer comentário sobre o personagem estava bloqueado com uma mensagem que dizia que "este conteúdo é ilegal".

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O aplicativo de mensagens WeChat, muito utilizado na China, suprimiu a imagem do urso de sua galeria de imagens, embora os usuários ainda possam divulgar os próprios GIFs do personagem criado na Grã-Bretanha em 1920.

"Pobre ursinho Pooh. Que mal fez esse adorável filhote de urso que ama mel?", questionou um usuário no Weibo.

Conforme se aproxima o congresso quinquenal de outono do Partido Comunista Chinês, no qual o presidente Xi Jinping deve obter um novo mandato para comandar o país, os censores de Pequim aumentaram a vigilância para proteger a imagem do chefe de Estado.

As primeiras comparações entre o urso e o líder da segunda potência econômica mundial aconteceram em 2013, quando os internautas sobrepuseram uma imagem de Xi Jinping e do ex-presidente americano Barack Obama com uma do Pooh e de seu amigo Tigrão.

Um ano depois, os internautas fizeram algo parecido, mas com uma foto de Xi e do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, que compararam com uma imagem de Pooh abraçando o seu amigo Bisonho.

Em 2015, a imagem do presidente chinês fazendo a revista das tropas foi comparada com uma do urso, de pé, em um carro conversível, se tornando "a foto mais censurada do ano na China", segundo a página de análise política Global Risk Insights.

O presidente Michel Temer fez sucesso nas redes sociais chinesas graças a uma foto do momento em que comprou sapatos em uma loja de Hangzhou, a cidade que recebe a reunião do G20, informou a imprensa estatal.

"Durante o fim de semana (Temer) fez uma parada surpresa e natural em um centro comercial de Hangzhou, onde comprou um par de sapatos de couro", afirma o site do jornal oficial chinês People's Daily. O novo presidente brasileiro está na cidade do leste da China para participar na reunião do G20.

Nas fotos publicadas, Temer aparece experimentando sapatos. De acordo com o canal estatal CCTV, que ele também comprou um brinquedo, um cão-robô. "A visita de Temer coincide com as dificuldades (...) da indústria brasileira dos calçados", afirma o site do People's Daily, antes de destacar que "a sociedade brasileira poderia pressionar Temer para que não seja tão positivo com os artigos fabricados na China".

O brasileiro criou em fevereiro uma conta no Weibo, uma das principais redes sociais do país, equivalente ao Twitter, e tem mais de meio milhão de seguidores.

Temer chegou ao poder em 31 de agosto após o polêmico processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff e seu governo enfrenta a oposição de parte dos brasileiros.

A Sina, desenvolvedora do microblog Weibo afirmou há cerca de oito meses que o seu serviço estaria disponível dentro de dois ou três meses em outros países além da China. Apesar de parecer que a expansão não iria acontecer, um layout com palavras em inglês foi publicado.  

O Weibo está ativo nos Estados Unidos e já pode ser acessado pelos internautas, no entanto, o não é possível mudar o idioma do microblog que está disponibilizado com uma tradução parcial para o inglês.

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Como no país os seus internautas locais não possuem acesso ao Facebook e Twitter por motivos de veto, o microblog nativo teve grande aceitação e já alcançou seus mais de 400 milhões de pessoas. 

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