O Náutico continua com o pior ataque do Campeonato Brasileiro da Série A. Foram apenas oito gols em 11 jogos. E este fraco aproveitamento do sistema ofensivo alvirrubro passa por um erro do técnico Zé Teodoro na escalação dos atacantes e na forma em que ele os coloca para atuar. Um bom exemplo é o do uruguaio Olivera, contratado como uma esperança de gols, mas que ainda não balançou as redes.
O atacante participou até agora de cinco partidas do Náutico na Série A. E por se tratar de um jogador de área, a expectativa é de que ele já tivesse deixado a sua marca. Contudo, a formação tática e as peças não vêm ajudando o uruguaio.
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Nos dois últimos jogos que ele foi titular – contra Internacional e Atlético-MG -, os laterais eram volantes ou zagueiros improvisados. Assim foi contra o Colorado com Auremir e Luiz Eduardo e contra o Galo com Auremir e Dadá.
Sem laterais ofensivos, os cruzamentos à área foram inexistentes. Como é um centroavante, espera-se de Olivera um bom aproveitamento nas jogadas aéreas. Mas, ele só teve uma oportunidade de cabecear a bola para o gol nas duas partidas, que foi defendida por Victor, no último sábado.
Além disso, as bolas paradas do Náutico são ineficientes. Hoje o torcedor alvirrubro não sabe quem é o cobrador de faltas da equipe. Rogério se arrisca, Dadá e Maikon Leite também, mas nenhum deles têm a qualidade suficiente para levar perigo à meta adversária.
Outro ponto falho na postura adotada por Zé Teodoro aconteceu nos jogos fora de casa contra o Botafogo e o Goiás. O treinador apostou nos contra-ataques e escalou dois jogadores de velocidade. Rogério e Jones Carioca no primeiro jogo e Rogério e Maikon Leite no segundo.
O problema é que a ligação direta entre a defesa e o ataque não funcionou porque não existia um homem de referência para ganhar no alto para os zagueiros. Por isso, a bola batia e voltava. Mostrando que a estratégia não foi a mais correta com as peças escolhidas.
Apesar dos erros de finalizações dos homens de frente do Náutico, Zé Teodoro precisa encontrar um meio termo na postura alvirrubra dentro e fora de casa. E utilizar as características de seus jogadores da melhor forma possível.