Tópicos | Adlim

Às vésperas do Dia do Trabalhador, 1600 merendeiras das escolas estaduais do Estado de Pernambuco foram demitidas por motivo de encerramento contratual com a empresa terceirizada ADLIM. Por conta disso, o Sindicato dos Trabalhadores em Asseio e Conservação de Pernambuco (Stealmoaic) protocolou uma denúncia ao Ministério Público do Trabalho contra o Governo de Pernambuco. 

O sindicato aponta que "a troca da empresa terceirizada, que é responsável pela contratação de merendeiras das escolas públicas estaduais, é uma decisão totalmente arbitrária, principalmente no momento de pandemia que estamos vivenciando, onde houve a necessidade de suspensão das aulas nas escolas".

##RECOMENDA##

Para o Stealmoaic, uma alternativa seria suspender o trabalho, conforme o artigo 8º da MP 936/20 do Governo Federal, que permite durante o estado de calamidade pública, o empregador acordar a suspensão temporária do contrato de trabalho de seus empregados pelo prazo máximo de 60 dias, fracionável em até dois períodos de 30 dias e não optar pela demissão em massa.

Na ação do MPT, o Sindicato relata que desde o início do movimento de quarentena imposto pelo Estado de Pernambuco (Decretos 48.809/20 e 48.882/20), a denunciante vem sendo procurada pelos representados que trabalham em escolas públicas estaduais que alegam que podem perder o emprego, ou seja, o risco é iminente.

*Com informações da assessoria

 

O Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-PE) manteve sentença da 2ª Vara do Trabalho de Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR), condenando a Adlim Terceirização em Serviços Especializados LTDA ao pagamento de R$ 2 mil por danos morais. O motivo: a empresa não teria tomado atitudes para garantir a segurança do seu empregado mesmo sabendo que ele sofria agressões de passageiros no Terminal Integrado (TI) da Macaxeira, Zona Norte do Recife.

O autor da ação era organizador de fila no terminal de ônibus. Ele informou na petição inicial que sofria constantes xingamentos, empurrões e até murros daqueles que não queriam seguir a fila. Segundo ele, o número de vigilantes e policiais era insuficiente devido ao quantitativo de passageiros. Testemunhas ouvidas em juízo confirmaram que passageiros insultavam e agrediam os orientadores de fila.

##RECOMENDA##

Em recurso, a empresa de terceirização defendeu que a violência era feita por terceiros, não havendo responsabilidade sua. Acrescentou também que o profissional não comprovou ter sofrido abalos psicológicos capazes de provocar a reparação moral.

Para a desembargadora Nise Pedroso Lins de Sousa, relatora no caso, o empregador tem o papel de garantir a saúde e a segurança daqueles que prestam serviços em seu benefício, devendo tomar medidas para reduzir o risco inerente ao trabalho. "Logo, não há como deixar de reconhecer a existência de dano moral ao empregado, por culpa da reclamada, decorrente da ausência da empregadora de proteger a integridade física de seus empregados, de forma que tem o dever de indenizar", salientou.

LeiaJá também

--> Terminais de ônibus estão sem organizadores de filas

Terceirizados do Governo de Pernambuco vão protestar na manhã da próxima sexta-feira (5) em frente à empresa terceirizada Adlim, que presta serviços a hospitais de Pernambuco. A categoria é composta por terceirizados responsáveis pela limpeza e conservação, maqueiros, telefonistas e recepcionistas. A sede da Adlim fica no bairro do Barro, Zona Oeste do Recife.

Cerca de 3,8 mil trabalhadores estão com os salários de novembro e dezembro atrasados, informou o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Asseio e Conservação de Pernambuco (Stealmoiac-PE). O ato está marcado para as 9h. 

##RECOMENDA##

O LeiaJa.com procurou a Secretaria de Administração de Pernambuco, que disse que não se manifestará. A reportagem aguarda o posicionamento da Adlim. 

Os prestadores de serviço de limpeza de hospitais do Recife estão fazendo um novo protesto nesta terça-feira (10). Os funcionários do Hospital da Restauração estão interditando a faixa sentido Boa Viagem da Agamenon Magalhães, já os do Hospital Barão de Lucena estão travando o sentido centro da Avenida Caxangá. Os servidores do Hospital Getúlio Vargas também estão de braços cruzados.

A reivindicação se deve por causa de salários e benefícios atrasados. De acordo com os trabalhadores do HR, o tíquete refeição está há quatro meses sem ser depositado e o salário há um mês.

##RECOMENDA##

>> Protesto dos servidores do HR trava a Agamenon Magalhães

Nos hospitais da Restauração e Getúlio Vargas, o efetivo dos trabalhadores de limpeza está reduzido, com funcionários apenas nos setores essenciais. No Hospital Barão de Lucena a paralisação é geral. As vias ficam fechadas momentaneamente, por cerca de dez minutos, e em seguida são liberadas. O ato de rua deve se encerrar às 13h.  

Em nota, a Secretaria de Educação do Estado (SEE) respondeu às reivindicações dos profissionais terceirizados da Adlim. O órgão informou que representantes da empresa foram recebidos pelo chefe da Casa Civil, Pedro Pontual, e pela gerente geral de Orçamento e Finanças, Ângela Costa. Um prazo foi estabelecido para o pagamento das remunerações atrasadas.

“A SEE esclarece que frustração de receita no final do ano passado obrigou o Governo do Estado a reprogramar o pagamento da Adlim, mas que até a próxima quinta-feira (13.02) o devido repasse será feito à empresa”, diz a nota. Os trabalhadores contestam a falta de pagamento dos vales-refeição de janeiro e feveiro, além do salário de janeiro. 

##RECOMENDA##

Presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Asseio e Conservação (Stealmoiac), Rinaldo Lima garantiu que os profissionais só voltam a trabalhar após os pagamentos serem efetuados. “Só vamos voltar quando o dinheiro estiver na conta. A empresa é forte (financeiramente), acredito que se a Secretaria notificar, eles pagam”, disse o presidente. 

Um total de 3.700 empregados foram atingidos pelo atraso salarial. “São trabalhadores das escolas estaduais de todo Pernambuco, merendeiras, auxiliares de portaria, funcionários de limpeza, todo esse conglomerado que dá mais de 3 mil pessoas”, informou Rinaldo Lima. Na manhã desta segunda (10), cerca de 200 representantes da categoria realizaram um protesto em frente à sede provisória do Governo, no Centro de Convenções. 

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando