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O presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Maurício Antonio Lopes, defendeu a integração dos diversos elos do agronegócio para que o setor consiga enfrentar as eventuais complexidades que o mercado global está demandando. "Complexidade está se tornando norma para o agro e vamos lidar com temas maiores. Isso significa que temos que nos preparar melhor para o futuro. Nenhum participante operando de forma isolada vai resolver problemas. Temos que trabalhar em conjunto para avançar ainda mais", disse, no Fórum Nacional de Agronegócios, promovido pelo LIDE - Grupo de Líderes Empresariais.

Lopes avalia que o Brasil é "muito rarefeito" em inteligência estratégica e competitiva. "Temos que nos antecipar e planejar mais para os desafios e riscos. O Brasil reage muito. Mas é necessário um planejamento melhor para agirmos de forma mais rápida", declarou.

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Segundo ele, alguns aspectos que devem ser amplamente trabalhados pelo setor na questão de sustentabilidade: segurança biológica, tecnologia para manejo de água, mão de obra, inteligência territorial e inclusão dos pequenos produtores no comércio nacional e internacional.

"Hoje temos uma carência de mão de obra no campo. E preciso tornar processos menos penosos, para encorajar os jovens a entrarem na agricultura. Inteligência territorial é também fundamental para o futuro do nosso agronegócio. Creio que a tendência é cada vez mais ter a integração pecuária-floresta", ressaltou.

Encerram nesta segunda (16), as inscrições de projetos para o Incubatec Rural. A Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), por meio da Pró-Reitoria de Atividades de Extensão, é responsável pela seleção de projetos para o programa. 

Serão contemplados 14 empreendimentos, sendo 6 do campus Dois Irmãos, 4 do Campus UAG (Garanhuns), no Agreste, e 4 do campus UAST (Serra Talhada), no sertão de Pernambuco. Os projetos serão avaliados nos quesitos Inovação, Relevância da Proposta, Viabilidade Técnica e Econômica e Perfil Técnico e Empreendedor do Proponente e Equipe. 

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A Incubatec Rural tem como finalidade facilitar o processo de constituição e solidificação de empreendimentos focados no agronegócio regional, ofertando produtos e ou serviços frutos principalmente de pesquisa ou atividades de extensão universitária e contribuir para o desenvolvimento de práticas inovadoras. O projeto conta com a parceria das instituições Anprotec, Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Cesar, Compesa, CNPq, Fadurpe, Finep, IEL, Itep e Sebrae.

Outras informações podem ser obtidas no site.

Com informações da assessoria 

Os títulos de financiamento do agronegócio giram nesta terça-feira (4), oito anos após a realização do primeiro negócio, em abril de 2005, um volume financeiro da ordem de R$ 400 bilhões. O valor representa um terço de toda a carteira de crédito livre que financia a agricultura, calcula o diretor adjunto de Produtos e Financiamentos da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Ademiro Vian.

No entanto, a despeito de terem sido criados numa parceria entre o Ministério da Agricultura e a Febraban, terem mercado e potencial de crescimento, a negociação destes títulos é ainda pouco difundida. Até mesmo o governo, nos anúncios de seus Planos Agrícolas e Pecuários (PAP), também conhecido como Plano de Safra, costuma negligenciar a propaganda desses papéis.

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Nesta terça-feira (4), a presidente Dilma Rousseff e o ministro da Agricultura, Antônio Andrade, anunciarão os recursos e o detalhamento do novo PAP 2013/14. É possível que mais uma vez deixem de fazer menção aos papéis. Entre os especialistas, a crítica é de que falta envolvimento do Ministério da Agricultura na divulgação dos títulos entre os produtores, lideranças rurais, setor cooperativista, investidores e outros. Ou seja, estimular a qualificação de pessoas para trabalhar com todos os papéis de forma que pequenos produtores também possam ter acesso a essa fonte de financiamento.

A ideia de se criar os títulos nasceu da necessidade de inserção do Agronegócio Brasileiro no Mercado de Capitais a partir do reconhecimento, por parte do governo, de que não haveria mais condições de financiar as grandes empresas do agronegócio brasileiro e ao mesmo tempo direcionar recursos para o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

"A exigibilidade de crédito rural dos bancos não cresce o suficiente para atender a demanda por produtores, cooperativas e empresas do setor", diz o diretor da Febraban. De acordo com ele, quanto mais tecnologia os produtores incorporam na produção mais recursos demandam e o governo federal não tem orçamento para complementar as exigibilidades bancárias.

Diante deste cenário, explica o diretor da Febraban, o governo resolveu dar como contrapartida às empresas do agronegócio, que passariam não mais a contar com linhas de financiamento, mas com a instrumentalização para que elas passassem a se autofinanciarem no mercado financeiro. Foi ai que surgiram os títulos agrícolas Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), Certificados de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA) e Certificado de Recebíveis do Agronegócios (CRA), além da reestruturação do Certificado de Depósito Agropecuário-Warrant (CDA-WA), lançados em 31 de dezembro de 2004 na gestão do então ministro e produtor rural Roberto Rodrigues. O governo isentou de qualquer tributo as operações com estes títulos tanto para pessoa jurídica ou física que comprarem ou venderem estes papeis.

Nestas quarta (3) e quinta-feira (4), será realizado, em Petrolina, o Agrosertão - Seminário sobre o agronegócio do sertão irrigado pernambucano - que abordará panorama do mercado internacional de frutas, os impactos do Código Florestal e os novos cultivos para o Vale do São Francisco.
O evento, voltado para profissionais de ciências agrárias, técnicos e estudantes, além de demais interessados no tema, acontecerá no auditório do Senai na cidade. Outras informações podem ser obtidas por meio dos telefones (81) 3861.3510 e (87) 3312.8500.
 
Serviço:

Agrosertão, em Petrolina

Dias 3 e 4 de abril

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Auditório do Senai - Av. Monsenhor Ângelo Sampaio, n.º 267, Areia Branca - Petrolina

Inscrição gratuita

O ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, disse nesta sexta-feira, em nota, que o Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária deve continuar crescendo em 2013. "Novamente o agronegócio mostra sua força na economia nacional. E os percentuais de crescimento devem ser ainda maiores no próximo ano, a partir das previsões de safra de grãos recorde e aumento das exportações do setor", afirmou o ministro.

A previsão para 2013 é que a safra de grãos possa atingir até 181,5 milhões de toneladas, de acordo com levantamento apresentado em novembro deste ano pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Além de parte da produção destinada às vendas ao comércio exterior, outro segmento que pode crescer é o de carnes, com possibilidade de elevar os embarques para destinos importantes como Japão e Rússia.

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Os principais destaques do setor entre julho e setembro de 2012 foram o café e o milho, com crescimento de produção (14,5% e 27,1%, respectivamente) e de produtividade.

Por Hana Dourado

A Festa do Boi, uma das maiores festas do agronegócio do país e a maior do Rio Grande do Norte, começa nesta quinta-feira (11), no Parque de Exposição Aristófanes Fernandes, na cidade de Parnamirim. A estimativa é que a festa, que chega à sua 50ª edição, seja responsável por um movimento em torno de R$ 100 milhões em negócios.  A edição deste ano vai até o dia 20 de outubro.

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A Festa do Boi oferece a empresários do ramo do agronegócio leilões, exposições de animais, máquinas e implementos agrícolas, torneios, seminários e palestras para produtores. Além da programação específica para a área agropecuária, o público vai poder conferir uma programação cultural com apresentações de músicos e bandas conhecidas, como o grupo Chiclete com Banana.

De acordo com a Associação Norte-Riograndense de Criadores (Anorc), responsável pela organização da festa, a feira vai contar com 500 expositores apresentando mais de cinco mil animais e a participação dos bancos do Nordeste e do Brasil, além do Sebrae. Cerca de 450 mil pessoas devem circular pelo parque durante os dez dias do evento.

Assim como no Brasil, o PMDB elegeu o maior número de prefeitos nos dez principais municípios agropecuários do País. O partido vai comandar três municípios e tem o deputado federal Paulo Piau no segundo turno em Uberaba (MG), na disputa com Antonio Lerin (PSB).

O PMDB vai comandar São Desidério (BA), segundo maior Produto Interno Bruto (PIB) agropecuário, com R$ 753 milhões, com a eleição de Ademilton Santos e reelegeu Julio de Macedo em Petrolina (PE), o terceiro maior PIB, com R$ 658,8 milhões. O partido terá também o prefeito de Campo Novos do Parecis (MT), décimo maior PIB agropecuário do País, Mauro Berft.

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O PMDB foi seguido pelo PTB, com dois prefeitos eleitos de municípios entre os dez maiores do setor. Mas foi o PR que elegeu o prefeito de Sorriso (MT), maior PIB agropecuário do País, de R$ 792 milhões. Com 57,17% dos votos válidos e R$ 52,77 milhões em bens, entre eles oito fazendas, empresário rural Dilceu Rossato assumirá a cidade em 2013.

Única mulher eleita prefeita entre os dez maiores municípios do setor, com 59,02% dos votos válidos, a vereadora Ilma Barboza (PSD) vai comandar Sapezal (MT), o quarto maior PIB agropecuário do País. Além da prefeita de Sapezal, apenas o prefeito eleito de Primavera do Leste (MT), Erico Piana (DEM), não integra a base governista da presidente Dilma Rousseff.

Milionários

Os destaques individuais do agronegócio nas eleições foram os irmãos Pivetta, ambos do PDT. Adriano Pivetta vai comandar Nova Mutum (MT), sétimo município no ranking do setor. O empresário rural declarou bens de R$ 16,72 milhões, bem menos que os R$ 321 milhões do seu irmão, Otaviano Pivetta. Considerado o candidato mais rico do País, Otaviano é controlador da Vanguarda Agro e foi eleito prefeito de Lucas do Rio Verde (MT), cujo PIB é de R$ 405 milhões.

Se nos dez maiores PIBs municipais do agronegócio brasileiro - a maioria no Centro-Oeste e no Mato Grosso - agropecuaristas tiveram a preferência da grande parte dos eleitores, em outros municípios importantes do setor há um perfil político entre os vitoriosos e os que disputarão o segundo turno.

Com 68,72%, o PT elegeu o deputado federal Gilmar Machado para comandar Uberlândia, segundo maior município de Minas Gerais e um dos maiores polos de processamentos e escoamento de grãos do estado. Em Unaí (MG), sexto maior PIB do agronegócio brasileiro, o deputado estadual Delvito Alves (PMDB) será o novo prefeito.

No Estado de São Paulo, em Ribeirão Preto (SP) a ex-deputada e atual prefeita, Dárcy Vera (PSD), e o deputado federal Duarte Nogueira (PSDB) disputarão o segundo turno. Em Araraquara, Marcelo Barbieri (PMDB) foi reeleito prefeito e derrotou a vereadora Márcia Lia (PT) e, em Araçatuba, Cido Sério (PT) também foi reeleito.

No Mato Grosso do Sul, o ex-deputado e ex-vice-governador Murilo Zauith (PSB) também permanecerá como prefeito, em Dourados, segundo maior colégio eleitoral e principal município agropecuário do Estado.

Nos três principais polos agroindustriais do Paraná, a disputa será no segundo turno. Em Ponta Grossa, os eleitores escolherão entre os deputados estaduais Marcelo Rangel (PPS) e Pericles Mello (PT). Edgar Bueno (PDT) e Professor Lemos (PT) disputarão o segundo turno em Cascavel e, em Maringá, o embate ficará entre Carlos Pupin (PP) e Enio Verri (PT).

O agronegócio brasileiro perde cerca de US$ 5 bilhões por ano com a baixa eficiência logística, principalmente no transporte de grãos, de acordo com cálculos da Bunge Brasil, apresentados hoje pelo presidente da companhia, o ex-ministro da Casa Civil e do Planejamento Pedro Parente. "Esse valor poderia ser incorporado na renda do produtor", disse Parente, durante o Fórum Nacional de Agronegócios, em Campinas (SP).

Segundo ele, o Brasil tem potencial para atender às necessidades de alimentos e energia do mundo, mas, "por outro lado, temos na logística o gargalo muito importante". Dados apresentados por ele no evento apontam que os gargalos na cadeia trazem uma diferença de US$ 70 por tonelada de grãos exportada pelo Brasil em relação aos Estados Unidos, por exemplo.

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Na avaliação de Parente, o País tem capacidade de atingir uma produção de 200 milhões de toneladas de grãos só de milho e soja, ante as cerca de 140 milhões de toneladas atuais dos dois grãos e um total de 165 milhões de toneladas da safra inteira. No entanto, segundo ele, o nível de investimento em logística e infraestrutura ainda é muito baixo para o escoamento desse volume.

Para o presidente da Bunge, no entanto, o governo "já está acordando para isso e começou a destravar o processo", com o pacote de medidas para a infraestrutura e a criação da Empresa de Planejamento da Logística. "Mas há ainda um longo caminho."

Segundo o executivo, a perspectiva de o País atingir uma produção de 200 milhões de toneladas dos dois grãos não está muito longe, principalmente pelo avanço na produção do milho. "O milho deixou de ser cultura oportunista e agora é encarado como um produto nobre, como a soja", avaliou. Sobre a safra 2012/2013, que começa a ser plantada, Parente avaliou que as previsões do mercado apontam para recordes de produção no País.

Etanol

Parente, que na semana passada cobrou do ministro da Fazenda, Guido Mantega, medidas para dar competitividade ao etanol, afirmou que o embate entre o setor sucroalcooleiro e o governo não resolverá o problema e ratificou os planos de investimentos da companhia no setor. "Nós, da Bunge, estamos há 107 anos no Brasil, temos visão de longo prazo e a gente acha que, pela relevância, essas questões conjunturais que afetam a questão do etanol no País serão resolvidas", afirmou.

O governo adotará medidas emergenciais para suprir o gargalo no armazenamento de grãos no País, entre elas a realocação de estruturas, licitações emergenciais e a adoção de Parcerias Público-Privadas (PPPs). "Espero que no próximo ano tenhamos menos dificuldade para eternas carências e uma armazenagem mais adequada", disse o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, antes da abertura do Fórum Nacional de Agronegócios, em Campinas (SP).

Como exemplo das ações, Mendes Ribeiro disse que o governo irá vender armazéns ociosos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em estados onde a produção de grãos é pequena, como no Rio de Janeiro, e aplicará recursos para unidades em estados onde há déficit de armazenamento ou dificuldades de escoamento, como no Mato Grosso, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.

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"Além disso, o governo já tem uma linha de crédito, autorizada pela presidente, com dois anos de carência, nove anos para pagar e juro negativo para esse setor", afirmou o ministro, sem detalhar valores. Para Mendes Ribeiro, as PPPs ocorrerão por meio do credenciamento de armazéns privados para o uso por parte da Conab e ainda a abertura de processos de licitações de emergência para unidades de estocagem de grãos.

Entre outros gargalos do setor, Mendes Ribeiro citou o alto custo de frete para o escoamento de grãos das regiões produtoras do Centro-Oeste para as consumidoras no Sul e no Sudeste. "Além disso, tivemos greve de caminhões e o preço do milho, já que eu (governo) não posso pagar além do mínimo, o que gera desinteresse do produtor", afirmou.

O ministro evitou opinar sobre o fim da tramitação no Congresso da Medida Provisória (MP) do Código Florestal, aprovada na Câmara dos Deputados e ainda pendente de votação no Senado. Por fim, Mendes Ribeiro afirmou que as crises do Brasil com parceiros comerciais, como a recente com os Estados Unidos, "são coisas do jogo".

Ele citou os recentes embates no setor agropecuário, como o entre o Brasil e os Estados Unidos no suco de laranja, e com a Argentina, na suinocultora. "Isso mostra que a crise vai passar, é do dia a dia", concluiu.

No evento, Mendes Ribeiro recebeu uma minuta da "Carta de Campinas", na qual representantes do Fórum Nacional de Agronegócios cobram ações estratégicas do governo e da sociedade civil para temas como infraestrutura, logística, política externa e tecnologia.

De 22 a 24 de agosto, o Centro de Convenções de Pernambuco sedia o 20º Agrinordeste. O evento irá debater o agronegócio, um dos setores que mais se expande no país. A expectativa da organização é atrair cinco mil participantes. 

A edição traz novidades. Uma delas é a Mostra de Turismo Rural, que reunirá 24 equipamentos turísticos do Estado localizados no Agreste e nas Zonas da Mata Norte e Sul e o Espaço Sabor Rural. No local, chefs e estudantes de gastronomia irão elaborar pratos com os produtos Made in Pernambuco expostos na Feira de Lácteos e na  Mostra de Produtos do Agronegócio. 

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O Agrinordeste movimenta, em paralelo, uma esperada feira do setor, com marcas tipicamente pernambucanas. Serão cerca de cem estandes distribuídos com o Show de Lácteos, com produtos derivados do leite (queijos variados de produção artesanal, manteigas, coalhadas, entre outros), as Mostras de Produtos do Agronegócio, com exemplos de produções locais de cachaça, mel, rapadura, artesanato, frutas, café orgânico, entre outros e de Turismo Rural, com a exposição de equipamentos turísticos no interior do Estado.         

Para debater sobre o agronegócio, o evento traz especialistas e palestrantes de vários estados brasileiros. São mais de 80 palestras, sempre das 8h15 às 17h45, distribuídas entre os temas: turismo rural, apicultura, aquicultura, bovinocultura de leite, caprinovinocultura, fruticultura, meio ambiente e recursos hídricos. As palestras ocorrem simultaneamente em diversos auditórios do Centro de Convenções de Pernambuco. 

As inscrições para o 20° Agrinordeste custam R$ 80,00 para profissionais e R$ 40,00 para estudantes. As vagas são limitadas por área temática, com prioridade para os participantes envolvidos com cada setor. Quem se inscrever para uma determinada área temática, terá direito a participar também das oficinas e minicursos de cada setor. 

Acesse o site do evento e confira a programação completa. Outras informações pelo telefone (81) 3972-5377.

O protecionismo verde - criação de barreiras comerciais para proteção ao meio ambiente - é uma das maiores preocupações dos agricultores brasileiros, de acordo com pesquisa feita pela Câmara Americana de Comércio (Amcham, na sigla em inglês). O levantamento mostra que 67% dos entrevistados temem que os países criem taxas que dificultem a importação de commodities agrícolas brasileiras.

O levantamento ouviu 84 altos gestores de empresas do setor, entre os dias 16 e 31 de julho. Durante a Rio+20, representantes de países em desenvolvimento contestaram a ideia de países desenvolvidos de taxar commodities cuja produção não segue as recomendações de preservação do meio ambiente.

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A pesquisa "Panorama do Setor de Agronegócios no Brasil e no Mundo", da Amcham, mostra ainda que os empresários brasileiros estão interessados em expandir suas exportações de produtos agrícolas para a África e países da América Latina. Depois dos Estados Unidos, citado por 40% dos entrevistados, o principal alvo dos exportadores é a Argentina, apontada como prioridade por 35%. Entre os países da América Latina, aparecem ainda Chile (22%), Colômbia (17%) e Venezuela (11%). A África foi citada por 25% dos empresários e a China, um dos principais importadores das commodities brasileiras, por 33%.

Na hora de apontar os principais fatores que causam impacto negativo no agronegócio brasileiro, os empresários elegeram os maiores empecilhos, pela ordem: infraestrutura e logística defasadas; sistema tributário burocrático; falta de acordos internacionais; e legislação trabalhista pouco flexível. Em contrapartida, os exportadores citaram o transporte rodoferroviário como a melhor relação custo beneficio para o setor.

Apesar dos problemas, que, segundo a pesquisa feita pela Amcham, aumentam o custo Brasil e dificultam as exportações, 49% dos empresários ouvidos acreditam que as linhas de financiamento oferecidas pelo governo são satisfatórias. Outros 24% afirmaram que não precisaram recorrer às linhas governamentais, enquanto 19% dizem que, além de insuficientes, as linhas não atendem às necessidades do setor e 7% afirmam ter dificuldade de acesso.

Os empresários também se mostram otimistas em relação ao crescimento do setor nos próximos anos. Sobre a previsão da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que aponta que a oferta mundial de alimentos precisa crescer em 20% até 2020, e que o Brasil deve responder por 40% desse crescimento, 80% acreditam que conseguirão atingir ou superar a meta.

Na intenção de expandir informações estratégicas para exportação do agronegócio, bem como buscar uma maior integração das cadeias produtivas com potencial de exportação no estado, será realizado o  AgroEx - Seminário do Agronegócio para Exportação. O evento ocorrerá no dia 12 de julho, na cidade de Serra Talhada, no Sertão pernambucano, na Câmara dos Vereadores do município, e é direcionado para produtores rurais e seus sindicatos, associações rurais, cooperativas, agroindústrias e distribuidoras, entre outros públicos.

Desafios e oportunidades do agronegócio nacional, principais exigências sanitárias e fitossanitárias, sustentabilidade e aspectos relevantes do processo exportador são alguns dos temas que serão abordados no evento. As inscrições podem ser feitas através da página virtual do Ministério da Agricultura.

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O superávit da balança comercial do agronegócio brasileiro atingiu US$ 15,09 bilhões no primeiro trimestre deste ano, alta de 8,62% ante os US$ 13,89 bilhões de igual período de 2011, informou o Ministério da Agricultura. No período de janeiro e março, as exportações do setor atingiram US$ 19,41 bilhões, 8,7% superiores ao total de US$ 17,86 bilhões do primeiro trimestre de 2011. Já as importações cresceram 9% entre os períodos, de US$ 3,96 bilhões, para US$ 4,32 bilhões.

O destaque no trimestre foi o complexo soja, cuja receita com as exportações cresceu 52,6% sobre os três meses do ano passado, e variou de US$ 3,16 bilhões para US$ 4,83 bilhões. O faturamento com as vendas externas de carne, segundo maior entre os produtos do agronegócio, atingiu US$ 3,61 bilhões, alta de 2% sobre os US$ 3,54 bilhões do primeiro trimestre de 2011. A carne de frango ocupou o primeiro lugar no segmento, com US$ 1,76 bilhão de receita no trimestre, seguida da carne bovina, com US$ 1,22 bilhão e a carne suína, com US$ 313,63 milhões.

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Na receita total com as exportações no trimestre, o complexo soja respondeu por quase 25% e as carnes por 18,6%. Além dos dois setores outros destaques no faturamento são complexo sucroalcooleiro, com US$ 2,33 bilhões (queda de 7,5%), produtos florestais (US$ 2,24 bilhões, queda de 5%) e café (US$ 1,76 bilhão, queda de 9%).

O principal parceiro comercial do agronegócio brasileiro no acumulado deste ano é a China, com US$ 2,96 bilhões de divisas geradas para o País, alta de 84,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Com a receita, a fatia da China nas exportações totais brasileiras do agronegócio disparou de 9% para 15,2% entre 2011 e 2012. Praticamente estáveis entre os períodos, as importações dos Estados Unidos ficaram em US$ 1,33 bilhão nos primeiros trimestres de 2011 e 2012, mas a fatia do país no total brasileiro recuou de 7,5% para 6,8%, segundo o Ministério da Agricultura.

Rússia - O destaque negativo é a Rússia, cujas importações de produtos do agronegócio brasileiro caíram 53,5% entre os períodos avaliados, de R$ 1,22 bilhão para R$ 565 milhões, o que fez com que o país caísse da quarta para a nona posição entre os principais parceiros brasileiros no setor.

Março - O Ministério da Agricultura informou ainda que em março o superávit da balança comercial brasileira do agronegócio foi de US$ 6,18 bilhões, alta de 4,04% sobre os US$ 5,94 bilhões de março de 2011. A receita com as exportações cresceu 4,6%, de US$ 7,37 bilhões para US$ 7,71 bilhões e a das importações subiu 5,8%, para US$ 1,52 bilhão.

O destaque no mês também foi o complexo soja, com alta de 31,2% no faturamento, para US$ 2,69 bilhões. Já os destaques negativos foram o complexo sucroalcooleiro, com queda de 27,8% em faturamento, para R$ 650 milhões, e café, com baixa de 19%, para US$ 571 milhões.

As exportações brasileiras do agronegócio registraram novo recorde em 2011, somando US$ 94,59 bilhões, valor 24% superior ao alcançado em 2010 (de US$ 76,4 bilhões). A meta do Ministério da Agricultura para 2012 é ultrapassar US$ 100 bilhões, com estimativa de 5,7% de crescimento.

As importações brasileiras de produtos agropecuários atingiram US$ 17,08 bilhões (valor 28% superior ao registrado em 2010), resultando em um superávit de US$ 77,51 bilhões na balança comercial do agronegócio de 2011, crescimento de 22,9%. O saldo do setor agropecuário é quase três vezes superior ao acumulado no resultado global da balança comercial brasileira, que fechou o ano de 2011 com superávit de US$ 29,8 bilhões. O bom desempenho fez de 2011 o melhor ano para a balança comercial do agronegócio desde 1997.

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Os produtos do complexo soja (grão, farelo e óleo) foram os que mais contribuíram para o crescimento nas vendas externas e os que registraram o maior valor de exportação. Complexo sucroalcooleiro e carnes também se destacaram nas exportações. Os principais destinos dos embarques de produtos nacionais foram os mercados da União Europeia, China, Estados Unidos, Rússia e Japão.

Na comparação com 2010, as exportações de soja em grãos cresceram 47,8% em valor (US$ 11,03 bilhões para US$ 16,31 bilhões), devido ao crescimento de 30,3% no preço médio de venda. Em volume, o aumento foi de 13,5%. As exportações de farelo e óleo de soja somaram, respectivamente, US$ 5,69 bilhões e US$ 2,13 bilhões em 2011.

O complexo sucroalcooleiro teve receita de US$ 16,18 bilhões com vendas externas em 2011 (17,45% superiores em relação ao ano anterior). O crescimento se deu em função do aumento de 29,9% no preço de venda, apesar da queda de 9,6% na quantidade exportada no período (29,52 milhões para 26,70 milhões de toneladas).

As carnes foram o terceiro setor de maior exportação, com vendas de US$ 15,64 bilhões, o que representa 14,8% de expansão em relação a 2010. Esse crescimento ocorreu em função da elevação de 16,6% no preço médio do produto, o que compensou uma queda de 1,6% na quantidade exportada em relação a 2010. O setor foi responsável por 16,5% do montante total das vendas externas do agronegócio em 2011, com destaque para a carne de frango, cujas vendas somaram US$ 7,49 bilhões, 19,9% a mais do que o ano anterior.

Os produtos florestais ficaram em quarto lugar no ranking de exportações do agronegócio, com US$ 9,64 bilhões e 3,8% de crescimento em relação ao ano anterior. Destaca-se ainda o café, que atingiu a cifra de US$ 8,73 bilhões (51,5% superior ao ano anterior).

Em conjunto, os cinco principais setores (complexo soja, complexo sucroalcooleiro, carnes, produtos florestais e café) somaram US$ 74,33 bilhões em exportações, sendo responsáveis por 78,6% do total das vendas externas de produtos brasileiros agropecuários em 2011. Essa participação representa um aumento na concentração da pauta exportadora. Em 2010, os mesmos setores foram responsáveis por 77,9% dos embarques.

Principais destinos

Em 2011, as vendas externas concentraram-se, principalmente, em mercados como Ásia e União Europeia, responsáveis, em conjunto, por 57,4% do total exportado pelo agronegócio brasileiro (US$ 54,34 bilhões) - fatia maior que os 56,8% registrados em 2010 (US$ 43,38 bilhões). Em seguida, destaca-se a participação do Oriente Médio (10,1%), dos países do Nafta - Estados Unidos, México e Canadá - (8,5%) e da África, excluindo Oriente Médio (8%).

A maior expansão, em relação ao ano anterior, ocorreu na Oceania (55,8% superior), seguida da África excluindo Oriente Médio (43,4% superior) e da Ásia (33,3% superior). Houve redução da participação apenas nos demais países das Américas (com redução de 6,6%). A União Europeia foi responsável por 18,3% do incremento de US$ 18,15 bilhões ocorrido nas vendas externas em 2011 na comparação com o ano anterior.

Na análise por país, destacam-se as exportações para a China, com US$ 16,51 bilhões em 2011, seguida de Estados Unidos (US$ 6,70 bilhões), Países Baixos (US$ 6,36 bilhões), Rússia (US$ 4,05 bilhões), Japão (US$ 3,52 bilhões) e Alemanha (US$ 3,50 bilhões). O bom desempenho nas exportações para a China se deve, em grande parte, às vendas de soja em grãos (US$ 10,96 bilhões), celulose (US$ 1,3 bilhão) e açúcar (US$ 1,22 bilhão). Esses produtos representaram, em conjunto, 81,6% do total das exportações do agronegócio para o país no período.

Dezembro

No último mês de 2011, as exportações brasileiras do agronegócio alcançaram o valor de US$ 7,01 bilhões, o que significou um crescimento de 15,7% em relação aos US$ 6,06 bilhões exportados no mesmo mês do ano anterior. Os principais setores responsáveis pelos US$ 949,5 milhões de incremento verificados nas exportações agrícolas brasileiras em dezembro foram: complexo soja (US$ 599 milhões ou 63,1%); carnes (US$ 155,8 milhões ou 16,4%); e fibras e produtos têxteis (US$ 149,9 milhões ou 15,8%).

O setor de carnes foi o principal exportador do agronegócio no mês de dezembro de 2011, com um patamar de US$ 1,28 bilhão em vendas ao exterior, ou 18,3% do total exportado pelo agronegócio brasileiro no período. Esse valor representou um crescimento de 13,8% em relação aos US$ 1,12 bilhão exportados pelo setor em dezembro/2010. Os principais responsáveis pelos valores comercializados foram a carne de frango, com US$ 650,1 milhões em vendas, e a carne bovina, com US$ 413,7 milhões exportados. Em dezembro/2011, o setor de carnes registrou crescimento tanto das quantidades embarcadas (6,1%) quanto do preço médio comercializado (7,3%).

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