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Produtores do Vale do São Francisco garantem qualidade dos vinhos da região - Foto: Nathan Santos/LeiaJáImagens

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Banhadas pelo Rio São Francisco, cinco cidades nordestinas fomentam a produção de frutas e fortalecem a economia regional. Petrolina, Lagoa Grande e Santa Maria da Boa Vista, em Pernambuco, e Casa Nova e Curaçá, na Bahia, são os motores financeiros do Vale do São Francisco. Entre as atividades, se destaca o tradicional cultivo de uvas de mesa e para a fabricação de vinhos e espumantes.

De acordo com a Prefeitura de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, considerada a principal cidade do ciclo produtivo, o Vale do São Francisco produz 10 milhões de litros de vinhos por ano e comporta 400 hectares de área plantada, além de ser responsável por 15% do mercado nacional. É considerado o segundo maior polo vinícola do Brasil, ficando atrás apenas da região Sul.

O Vale contempla, ao todo, oito vinícolas. Na indústria, existem 250 trabalhadores, enquanto que no campo há mais de 3 mil profissionais em empregos diretos e 9 mil em funções indiretas. Além disso, há, aproximadamente, 50 rótulos de vinhos reconhecidos no Brasil e no exterior.

Vale conta com oito vinícolas - Foto: Nathan Santos/LeiaJáImagens

Neste ano, o setor de produção de vinhos e espumantes do Vale do São Francisco deve movimentar cerca de R$ 40 milhões; para 2020, a estimativa de crescimento é na ordem de 5%. “É uma região que muita gente do país não espera produzir vinho, mas temos um clima convidativo para a produção, devido à escassez de chuva e à disponibilidade de água através da irrigação. Conseguimos dar a quantidade de água que a planta precisa. A fruticultura irrigada no Vale é a maior produtora de frutas do país. Realmente a gente não sente a crise porque a produção não para. Temos água e clima suficiente. Levamos nossa produção para fora do país, saem vôos diretos para a Europa”, comenta o secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo de Petrolina, Emício Júnior.

Ausência de chuvas, ironicamente, pode ser benéfica para a produção de uvas. A afirmação é do representante da Vinícola Terranova, localizada no município de Casa Nova, na Bahia, Adauto Quirino. Como as fazendas da região são irrigadas pelo Rio São Francisco e pela Barragem de Salgadinho, os produtores conseguem manipular a quantidade de água necessária para que as uvas brotem.

“Como a gente não tem inverno e manipulamos a irrigação, então meio que controlamos a planta. A diferença, na comparação com o Sul do país, é você chegar ao campo e ver podando, brotando, perto de colher e colhendo, tudo ao mesmo tempo. Isso no Sul não existe. Aqui você consegue ver todo o ciclo da uva. A estiagem para a gente é benéfica; precisamos ter irrigação para alimentar as plantas. Uva não se dá muito com chuva; dá doença, racha a fruta”, justifica Adauto.

Segundo o gerente da Terranova, a vinícola é capaz de produzir 3.200 toneladas de uvas por ano, além de 3 milhões de garrafas de vinhos e espumantes. De 2016 até este ano, Adauto confessa que a companhia registrou queda de 30% nas vendas de vinhos, em decorrência da crise econômica. “Crise já não é novidade. O vinho nacional sofre muito com a entrada do vinho internacional. Outro grande problema é o brasileiro preferir tomar um vinho chileno ao vinho nacional. É um paradigma a pessoa achar que o produto de fora é melhor. É um preconceito achar que vinho bom é o importado”, opina o gerente.

A queda nas vendas de 2016 até hoje, contudo, não corresponde à baixa na produção. A Vinícola Terranova dobrou a quantidade de fabricação de produtos nesse período, chegando aos 3 milhões de litros. “O bom do vinho é que podemos guardar”, comenta o enólogo Hernane Pereli, ressaltando a importância de se fazer estoque para apurar a qualidade da bebida.

De acordo com o especialista, a Terranova possui conhaques, feitos a base de vinhos, guardados há dez anos em 450 barricas. “Um produto desses é vendido de R$ 50 a R$ 60”, conta o enólogo. Já os vinhos variam de R$ 11 a R$ 110, enquanto os espumantes custam de R$ 25 a R$ 28.

O enoturismo é outra vertente que fortalece o Vale do São Francisco. Além do turismo de negócios, que conta com empresários ao longo dos dias de semana, há os passeios em embarcações pelo Rio São Francisco até as principais vinícolas da região, onde os turistas podem acompanhar as belezas naturais e o processo de fabricação de vinhos. “Ano passado a gente recebeu entre 20 mil e 25 mil pessoas. E este ano a gente espera entre 30 mil a 35 mil. O que motiva esse turismo é a curiosidade do brasileiro por uma região que produz vinho e não é no Sul do Brasil. O que chama a atenção é o nosso potencial produtivo”, analisa Adauto.

Suco na mira dos produtores

Além do cultivo de uvas de mesa, vinhos e espumantes, empresários do Vale do São Francisco apostam na produção do suco de uva. Desde 2015, a GrandValle, situada em Casa Nova, passou a investir no produto, chegando a uma capacidade de fabricação de 1 milhão de litros por ano.

Foto: Nathan Santos/LeiaJáImagens

“Está sendo muito boa a aceitação do suco, tudo que vai para o natural e ecologicamente correto sai bem. A gente não precisa fazer propaganda, ele mesmo se vende. A cada litro de suco, usamos dois quilos de uva”, destaca o representante da GrandValle, Evandro Mascarelo (Foto). O suco é comercializado no varejo entre R$ 14 e R$ 15.

A empresa produz 2,5 milhões de uvas por ano, principalmente a de mesa. Desse total, 85% são para exportação destinada à Europa.

Com a paralisação dos caminhoneiros chegando ao seu nono dia, produtores de frutas do Vale do São Francisco já contabilizam um prejuízo de R$ 570 milhões. O setor deixou de comercializar nesta última semana para os mercados interno e externo cerca de 40 mil toneladas de uvas e 60 mil toneladas de mangas, além de mais 200 mil toneladas de outras frutas como acerola, banana, coco e mamão; estando ainda 80% da safra a ser colhida comprometida por falta de mercado.

presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Petrolina (SPR), Jailson Lira pondera que além de terem cancelados todos os novos pedidos do mercado interno, outro agravante é a falta de combustível para os tratores e pulverizadores, "o que pode ocasionar a perda das safras de exportação de setembro e outubro”, pontuou Jailson.

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A conta foi apresentada na tarde desta segunda-feira (28). “Com todo esse tempo de paralisação, nossas câmaras frias já estão com a ocupação esgotada, não oferecendo mais espaço para o armazenamento das frutas colhidas recentemente. O resultado são pomares e mais pomares com frutas apodrecendo no campo”, lamentou Jailson Lira.

A assessoria do sindicato diz que os produtores assinaram um documento onde reconhecem a legitimidade do movimento dos caminhoneiros, “por que também sentem o alto custo do diesel na atividade agrícola” e solicitam dos poderes competentes a agilização das negociações, liberação das estradas e acessos aos portos, além da agilização dos documentos de liberação das frutas, a exemplo da Permissão de Trânsito de Vegetais (PTV).

Desde 2001, a Unicred Vale do São Francisco conquistou mais de três mil associados na região de mesmo nome. Com agências em Petrolina e Juazeiro, a cooperativa está ganhando clientes pela oferta de taxas menores e um retorno maior, já que não tem fins lucrativos e o excedente é revertido em investimentos locais. Com contas, cheques, cartões, seguros, é fácil confundir com um banco, mas a diferença está no destino do capital acumulado.

"É uma associação de pessoas, ao contrário dos bancos, que são de capital. Nosso objetivo é unir pessoas de diferentes perfis de investimentos e ajudar umas as outras. Você gera resultado e dá retorno para estas próprias pessoas, ajudando a fortalecer a economia local. No caso dos bancos, existe o lucro que é direcionado aos acionistas, normalmente longe da área onde a riqueza é gerada. O que é arrecadado em Petrolina, por exemplo, fica na própria cidade", conta o presidente do conselho administrativo da Unicred, Antônio Vinícius Ramalho Leite.

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Para conseguir fazer com que os clientes de bancos apliquem seus investimentos e façam empréstimos, as cooperativas precisam conquistar a confiança dos clientes, já que não têm tanta projeção. Com a legislação vigente regulando as atividades e o Banco Central nos papéis de fiscal e garantia, as instituições esperam conseguir trazer o investidor e seu dinheiro.

"Ninguém quer colocar seu dinheiro em um local inseguro. Somos acompanhados diariamente pelo Banco Central do Brasil. Patrimônio. liquidez, operações, tudo. Obedecemos todas as leis de cooperativas de crédito. Temos a garantia do crédito ao investidor do FGCOP, mesmo dos bancos para garantir o cliente caso a empresa quebre, no valor de R$ 250 mil. Sem falar que estamos trabalhando com pessoas capacitadas. Temos um fundo de reserva de três milhões, entre outras garantias para o associado se sentir seguro. Hoje, é bem mais seguro apostar na cooperativa de crédito", afirmou Antônio Vinícius.

Com os ativos na beira dos R$ 80 milhões, não é de se espantar que os projetos de expansão sejam ambiciosos. Segundo a gerente geral da Unicred Vale do São Francisco, Edna Burgos, o objetivo da cooperativa é retornar aos associados um valor superior aos R$ 4,5 milhões alcançados em 2015. O planejamento passa por uma recente parceria com o Sicredi, instituição financeira cooperativa, que deve trazer benefícios aos cooperadores.

"Na prática, o nosso associado terá mais opções de agências para um melhor atendimento. Já éramos parceiros antes, usamos o cartão de crédito do BanSicredi, que é o banco da cooperativa, entre outros recursos. O que muda é que estamos saindo da antiga união com a Unicred", destacou.

Atualmente, as operações financeiras em cooperativas de crédito representam algo em torno de 3% do total no Brasil. Uma parcela pequena se comparada a outros países. Mas a expansão é acelerada e já representa 18% das agências bancárias. Um atrativo para os investidores está na taxa do cheque especial que, diferente dos 11% em bancos, atingem apenas 5,5% nas cooperativas. A Unicred Vale do São Francisco, agora Sicredi, está presente em oito municípios de Pernambuco e Bahia.

Começa nesta quinta-feira (4) a III Feira do Vale do São Francisco, que leva literatura e outras atividades correlatas à região. Durante quatro dias, nomes de destaque do universo literário, oficinas especiais e palestras prometem mergulhar o público no mundo dos livros. A programação completa pode ser conferida no site do festival. 

Dentre os nomes que compõem a feira estão Francinaldo Borges, artista e poeta de Lagoa Grande; a escritora Ana R. Costa, de Petrolina e o poeta Miró da Muribeca, lançando seu novo livro, 'O penúltimo olhar sobre as coisas'. Serão, ao todo, cerca de 30 atividades para todos os públicos. Entre elas, contação de histórias, performances artísticas, debates e bate papo com autores. Toda a programação é voltada para disseminação da cultura e educação através da leitura. 

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A Feira do Livro do Vale do São Francisco já é parte integrante do calendário anual do Estado e é considerado um dos principais eventos da região. O festival é realizado pela Prefeitura de Petrolina, Cia de Eventos e a Ideação e conta com o apoio da Univasf, o Sebrae, o Museu Cais do Sertão, Cia. do Lazer, entre outras instituições.

Confira este e muito mais eventos na Agenda LeiaJá.

Serviço

III Feira do Livro do Vale do São Francisco

Quinta (4) a domingo (7) | 14h às 21h

Centro de Convenções Nilo Coelho - Petrolina

Soluções emergenciais que possam evitar um colapso hídrico na região do Vale do São Francisco serão debatidas pela Comissão Mista de Mudanças Climáticas (CMMC) do Congresso Nacional nesta quarta-feira (4). A audiência pública, que será presidida pelo senador Fernando Bezerra Coelho (PSB), está agendada para às 14h30 (horário de Brasília) e deve além de elencar formas para amenizar a seca, avaliar se as medidas já adotadas estão surtindo efeitos. 

O diretor-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu; o diretor de Irrigação da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf), Luís Napoleão; e o superintendente de Operação e Contratos de Transmissão de Energia da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), João Henrique Franklin, são esperados na audiência. 

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O encontro será transmitido pelo site do Senado.

O vice-prefeito de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, Guilherme Coelho (PSDB), alertou o novo presidente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf), Felipe Mendes, sobre a crise hídrica que ameaça a produtividade agrícola na região. De passagem por Brasília esta semana, o tucano teve uma audiência com Mendes e expôs os principais problemas para a captação de água fruticultura irrigada no Vale.

Na conversa, o vice-prefeito ressaltou o importante papel da Codevasf, mas não deixou de responsabilizar o Governo Federal pela crise hídrica que ameaça o Vale. “Em 2014, ano de eleição, o Governo Federal, mesmo sabendo da escassez de chuvas, continuou soltando água em grande volume nas hidrelétricas, para manter o custo da energia, já que se trata de uma fonte mais barata. Como resultado, a água está acabando, a crise bate a porta e, agora, depois de reeleita, a presidente Dilma autoriza o uso das termoelétricas e aumenta o preço da conta no final do mês", observou o tucano. "É assim, com mentiras e enganação, que o PT se mantém no poder”, acrescentou Coelho.

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Com capacidade de transporte de até 8,5 milhões de toneladas por ano, o rio São Francisco já não vive o dia 3 de fevereiro da mesma forma. A data marca o dia de Navegação do Velho Chico, mas, desde julho de 2014, o rio não é mais utilizado como via de transporte. A medida foi tomada em razão do baixo volume de água, responsável pelo aparecimento de pedras e bancos de areia, capazes de causar danos às embarcações. 

Em agosto do ano passado, a baixa vazão da Usina Hidrelética Três Marias, em Minas Gerais, expôs empecilhos para o transporte, como o assoreamento e o surgimento de bancos de areia formados no Porto Fluvial do São Francisco, em Pirapora, município mineiro em que começa a hidrovia (primeiro ponto de embarque e desembarque). Segundo relatório enviado pela empresa energética que administra a hidrelétrica, o lago da usina operava com apenas 9,5% da capacidade total.   

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O comprometimento da navegação nos 1.371 quilômetros do rio não afetam somente o transporte de materiais como grãos, caroços de algodão e gipsita – principais produtos que passam pelo curso de água -, mas também o turismo de passageiros. No Vale do São Francisco, único local em que acontece o transporte de pessoas, a atividade ainda não foi paralisada, mas os baixos níveis inspiram cautela. “Estamos trabalhando com bastante cuidado, por causa dos bancos de areia. As embarcações grandes já não passam mais, então só restaram as lanchas, os jet skis e os catamarãs, que podem comportar até 80 pessoas”, explica o guia turístico Josué Pereira. 

Segundo Pereira, a usina hidrelétrica de Sobradinho, a 40 quilômetros dos simbólicos municípios de Juazeiro, na Bahia, e Petrolina, em Pernambuco, opera atualmente com apenas 22% da capacidade total. “Com as chuvas em alguns períodos específicos do ano passado, esse nível chegou a subir para 28%, mas está parado há um bom tempo”, afirma. 

De acordo com o superintendente da Administração da Hidrovia do São Francisco (AHSFRA), Luiz Felipe Carvalho, o transporte hidroviário é diretamente influenciado pelas condições climáticas. “Como o rio nasce em Pirapora, uma cidade mineira, também estamos sentindo os efeitos da seca que está prejudicando a região Sudeste como um todo”, lamenta. Apesar de o transporte estar proibido durante o período de baixos níveis, há a esperança de que os trabalhos possam ser retomados ainda em 2015. 

“Durante o ano, iremos instalar sinalização luminosa para facilitar o transporte noturno de materiais pelo Rio São Francisco. Esperamos que o volume do rio volte a subir para que haja, novamente, o transporte de cargas”, comenta o superintendente da AHSFRA. Josué Pereira, guia turístico no Vale do São Francisco, espera pelo mesmo resultado. “Agora é pedir à natureza e a Deus”, diz. 

Cerca de R$ 2,9 milhões de reais foram liberados pelo Governo do Estado para o controle das moscas-da-frutas no município de Petrolina, no sertão do Estado. A praga é responsável por um prejuízo de cerca de R$120 milhões de reais por ano para os produtores de frutas da região e para os fruticultores do país que dependem da exportação.

A verba, liberada na última segunda-feira (08), irá beneficiar mais de dois mil pequenos agricultores. Indiretamente, toda a cadeia de produtores da região do Vale do São Francisco também será favorecida. Durante a solenidade de entrega, no Sest/Senat de Petrolina, o Governo do Estado também entregou nove carros, 76 computadores, 37 impressoras e 13 notebooks, frutos de um convênio entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e o Governo de Pernambuco. Os equipamentos vão incrementar ainda mais as ações de defesa e fiscalização agropecuária no Estado.

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O Plano Emergencial de Controle das Moscas-das-Frutas conta com controle químico, através da pulverização; cultural, através de campanha de incentivo à colheita de frutos caídos; e biológico, por meio de técnica que deixa o inseto estéril. 

"Temos uma região forte na geração de emprego e renda e não podemos permitir o avanço das moscas-das-frutas. O avanço dessa praga poderia comprometer a economia local e nacional, pois é importante salientar que o mercado doméstico não comportaria essas frutas que não fossem aceitas pelo mercado internacional", explicou o governador João Lyra Neto.

Com informações da assessoria

Acusada de promover trabalho escravo no sertão pernambucano, a empresa Mandacaru Agropecuária LTDA firmou um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com o Ministério Público do Trabalho (MPT), nesta quinta-feira (3). Através do documento, a instituição se compromete a regularizar a situação de oito pessoas, entre elas um adolescente, que têm sido tratadas de forma “degradante”, como aponta o MPT.

A propriedade, localizada no Vale do São Francisco, em Petrolina, deve proibir o trabalho de menores de 18 anos, efetuar o correto pagamento dos salários e disponibilizar água potável e fresca em quantidade suficiente nos locais de trabalho. Há informações de que os trabalhadores utilizavam copos coletivos no local. As ferramentas de trabalho devem ser disponibilizadas gratuitamente, além de se orientar quanto ao uso correto dos equipamentos de proteção. 

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Caso o termo seja descumprido, a Mandacaru será obrigada a pagar uma multa de R$ 10 mil por cláusula, além de mil reais por trabalhador prejudicado, reversíveis ao Fundo de Amparo ao Trabalhado (FAT). Responsável pelo TAC, a procuradora do trabalho Vanessa Patriota da Fonseca afirmou que os trabalhadores não tinham registro, não sabiam quanto receberiam pelos serviços prestados e estavam alojados em um barraco, em situação precária.

“Do valor pago pela empresa, R$ 7 por árvore podada, apenas R$ 5,50 eram repassados aos funcionários, que tinham parte desse dinheiro subtraída quando realizam compras no mercadinho próximo do local”, explicou Vanessa ao lembrar que este caso se configura numa espécie de “servidão por dívida”. 

Com informações do MPT

De 10 a 23 de março será realizada a primeira edição do Festival Gastronômico Valores do São Francisco, evento que vai possibilitar aos clientes de restaurantes que praticam uma gastronomia de alto nível no Estado a degustação de caprinos, ovinos, peixes, frutas e vinhos do São Francisco, em menus exclusivos. O processo de seleção para o festival já teve início e os interessados devem entrar em contato através do e-mail festivalvaloresdosaofrancisco@gmail.com.

Já estão confirmadas as participações dos restaurantes Mingus, IT, HotSpot, Ça Va, Dali Coccina, Nez, Giardino Bistrô, Just Madá, Pantagruel, Capitão Lima, Rui Paula, Mr. Carnes, Seu Luna e Carne do Sol do Cunha, Oficina do Sabor, Horácios Bistro e Da Villa, Formidável Pasta Gourmet e Monjopina. O festival conta com recursos do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura). O valor do menu não será tabelado. Cada estabelecimento irá escolher o valor a ser cobrado de acordo com seus custos e tíquete médio.

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Cada restaurante vai oferecer um cardápio composto por entrada, prato principal e sobremesa com insumos do Vale do São Francisco, além da sugestão de um vinho daquela região.

A deputada Teresinha Nunes (PSDB) pediu mais segurança ao Vale do São Francisco, nesta terça-feira (12), na Assembleia Legislativa do Estado (Alepe). A tucana subiu a tribuna da Casa para relatar mais uma invasão no local. Ela citou o caso da vinícola Bianchetti, que no último domingo (10), foi ocupada por trabalhadores do Movimento Sem Terra.

“Na semana passada estive neste plenário mostrando o caso da fazenda Milanno, que há cerca de 30 dias foi invadida por integrantes do MST. Na ocasião alertei para a possibilidade de novas invasões caso o Governo do Estado não aumentasse a segurança na região para evitar outras ocorrências desse tipo, no entanto o que vimos foi exatamente mais uma fazenda invadida”, relatou a parlamentar.

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Teresinha Nunes cobrou mais agilidade do Governo em cumprir mandado de reintegração de posse, no caso da Fazenda Milano, que desde o dia 16 de outubro foi determinado pela Justiça. Ela citou outros dois casos de invasões ocorridos há dois meses envolvendo as fazendas Goiás e Novo Horizonte, também em Lagoa Grande. O problema sensibilizou os deputados que decidiram criar uma comissão parlamentar para servir de intermediária entre os sem terra, produtores, justiça e o Governo.

“O Vale tem se notabilizado por atrair capital estrangeiro, com empresas de outros países investindo no Estado por sua capacidade produtiva, não podemos deixar que a insegurança iniba a vinda de novos investidores”, defendeu.

 

Com informações da assessoria.

Uma equipe do governo brasileiro, através da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), estará em Israel até esta quinta-feira (13), visando promover a transferência de técnicas que fazem do país um dos líderes em produtividade e cultivo em condições extremas. A Tilápia criada pelos israelenses, por exemplo, engorda mais rápido e tem mais filé que a criada aqui.

Dados da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO/ONU) mostram que a pesca é essencial para a sobrevivência e a segurança alimentar de cerca de 200 milhões de pessoas em todo o mundo. Ao mesmo tempo, ainda segundo a FAO, 80% das espécies de peixes do mundo já foram exploradas ao máximo ou estão se esgotando.

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O grupo fez uma visita ao Centro de Alta Tecnologia em Produção de Algas Marinhas, que trabalha com a produção de vacinas para peixes, em Rehovot, no último domingo (9). Na segunda-feira (10), a comitiva conheceu uma fazenda de criação de trutas e de esturjão – destinado a produção de caviar, no Kibutz Maoz Haim, no Vale de Beit-Shean.

A comitiva conheceu também a produção em gaiolas no mar mediterrâneo. Nesta quarta-feira (12) está reservado para uma visita à Estação de Pesquisa em Aquicultura “Dor”, no Moshav Dor e para conhecer o “Dagon”, Centro de Criação de Peixes, no Kibutz Maagan Michael. A missão acontece a convite do ministro da Agricultura e do Desenvolvimento Rural de Israel, Yair Shamir.

A aquicultura é apontada como alternativa para a sobrepesca - e um dos maiores potenciais do mundo para o cultivo de peixes está no Brasil. O país tem condições, com o aproveitamento de apenas 0,5% da lâmina de água de lagos e reservatórios, de produzir mais de 20 milhões de toneladas de pescado por ano, segundo levantamento do Ministério da Pesca e Aqüicultura (MPA). A produção atual é de cerca de 500 mil toneladas, e um dos grandes desafios está na tecnologia de produção.

Investimento

Este ano, os Centros Integrados de Recursos Pesqueiros e Aquicultura operados pela Companhia estão recebendo investimentos de R$ 14 milhões. Os recursos estão sendo destinados principalmente para reforma e ampliação das unidades, que têm como principal objetivo promover a revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco.

A expectativa é que isso contribua para o aumento da produção nos centros integrados nesse ano, o que possibilitará que passem a produzir cerca 15 milhões de alevinos. Dentre as espécies nativas produzidas destacam-se Matrinxã, Dourado, Surubim e Piau; e as espécies exóticas, usadas na piscicultura comercial, Tambaqui e Tilápia.

A Companhia também espera triplicar o número de peixamentos realizados em relação ao ano passado – serão cerca de 100 em 2013. A ação consiste no repovoamento do rio usando algumas espécies nativas de peixes da bacia do São Francisco, produzidas nos Centros Integrados. Por meio dessa iniciativa, a empresa busca a manutenção e o aumento dos estoques pesqueiros, garantindo o futuro da pesca e gerando renda para a população local. Ao todo, são sete centros integrados, distribuídos nos estados de Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Pernambuco e Sergipe.

Com informações da assessoria

 

ATENÇÃO: se você procura a programação do São João do Vale de 2016, acesse aqui

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Nesta segunda-feira (10), o prefeito de Petrolina, Julio Lossio, anunciou a grade de programação do São João do Vale, a maior festa junina do Vale do São Francisco. O evento, que terá este ano o tema “O sertanejo é antes de tudo um forte”, será realizado entre os dias 15 a 30 deste mês e vai acontecer em vários espaços da cidade.

Durante sua fala, Julio Lossio deu destaque às atrações de renome nacional e regional que se apresentarão de 20 a 28 de junho no Pátio de Eventos Estação Multicultural Ana das Carrancas. Dentre os principais nomes divulgados estão Jorge e Mateus, César Menotti e Fabiano, Garota Safada, Aviões do Forró, Calypso, Gustavo Lima, Chiclete com Bananaq e Munhoz e Mariano.

Tradição - A popular Jecana, corrida e desfile de jegues, acontecerá no próximo sábado (15), na comunidade de Capim. Entre os dias 17 e 19 deste mês, na Concha Acústica, localizada no Centro da Cidade, o São João Cultural vai contar com a apresentação de sanfoneiros e violeiros regionais. Já nos dias 29 e 30 o vaqueiro será o foco da programação, com a realização do Forró da Espora e da Missa do Vaqueiro. E com a proposta de ter o Rio São Francisco como cenário para o São João, no próximo dia 23, às 10h, será realizado o Forró das Águas na Ilha do Maroto, com apresentação da Orquestra Fernando Junior.

Confira a programação dos shows no Pátio de Eventos Estação Cultural Ana das Carrancas

20/06 - Israel Novaes, Estakazero, Ytalo & Maciel

21/06 – César Menotti e Fabiano, Moleca 100 Vergonha, Brasas do Forró, Josildo Sá

22/06 – Munhoz e Mariano, Tayrone Cigano, Forró Pega Leve

23/06 – Vicente Nery, Alcimar Monteiro e Marcelo Porttela

24/06 – Garota Safada, Léo Magalhães e Forró do Muído

25/06 – Jorge e Mateus, Forró Pegado e Flávio Leandro

26/06 – Aviões do Forró, Forró dos Plays e Calypso

27/06 – Gusttavo Lima, Desejo de Menina e Targino Gondim

28/06 – Luan Estilizado, Tom Bahi e Chiclete com Banana

29/06 – Grande Forró da Espora (Calango Aceso, Louro e Victor Santos, Edson e Bruno)

Nestas quarta (3) e quinta-feira (4), será realizado, em Petrolina, o Agrosertão - Seminário sobre o agronegócio do sertão irrigado pernambucano - que abordará panorama do mercado internacional de frutas, os impactos do Código Florestal e os novos cultivos para o Vale do São Francisco.
O evento, voltado para profissionais de ciências agrárias, técnicos e estudantes, além de demais interessados no tema, acontecerá no auditório do Senai na cidade. Outras informações podem ser obtidas por meio dos telefones (81) 3861.3510 e (87) 3312.8500.
 
Serviço:

Agrosertão, em Petrolina

Dias 3 e 4 de abril

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Auditório do Senai - Av. Monsenhor Ângelo Sampaio, n.º 267, Areia Branca - Petrolina

Inscrição gratuita

A Fundação Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) não vai estender suas atividades às cidades mineiras do Vale do São Francisco. O motivo da não expansão é que a Comissão de Educação e Cultura não aprovou, recentemente, a proposta que autoriza a instituição de ensino a expandir suas ações. A Univasf foi instituída no ano de 2002, com sede na cidade pernambucana de Petrolina, e possui autorização para atuar em todo o semiárido do Nordeste.

A ampliação da instituição de ensino está prevista no Projeto de Lei 1584/11, do deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG). De acordo com informações da Agência Câmara de Notícias, o relator da proposta, o deputado Waldenor Pereira (PT-BA), usa como argumento que a definição da área de atuação de uma universidade federal não pode ser definida como tema de projeto de lei, por causa da autonomia universitária. Conforme informações da agência, Pereira diz que “ademais, a ampliação da atuação de universidades federais implica a criação de órgãos públicos e, consequentemente, dos cargos, funções e empregos correspondentes, o que, segundo a Constituição Federal, é competência privativa do Poder Executivo”.

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Por causa da rejeição, a Comissão de educação solicitou o envio de uma indicação ao Poder Executivo com o mesmo objetivo do PL 1584/11. Essa ação é considerada uma sugestão, para que assim, a Administração Pública busque a ampliação da área de atuação da Univasf.

Os campi universitários da instituição de ensino oferecem mais de 30 cursos de graduação, além de quatro programas de pós-graduação em nível de mestrado, nas áreas das ciências da natureza, ciências agrárias, veterinária e das engenharias, bem como programas e projetos de extensão em inúmeras áreas.

No que diz respeito a tramitação do projeto de lei, ele já havia recebido aprovação da aprovada pela Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público. A proposta ainda receberá análise das comissões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça e de Cidadania antes de seguir para o Plenário.

Com informações da Agência Câmara de Notícias

Nos dias 27 e 28 deste mês, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), em Petrolina, sediará o II Seminário sobre Segurança e Saúde do Trabalhador do Vale do São Francisco. Discutir as questões no contexto dos arranjos produtivos da região e reiterar o compromisso das entidades organizadoras do evento pela busca e promoção de ambientes de trabalho seguros, saudáveis e decentes é o intuito da ação. 

De acordo com o Senai, profissionais e pesquisadores da área de segurança e saúde, entre outros, fazem parte do público alvo do seminário. Durante a realização do encontro, haverá palestras sobre diversos temas, tais como “CIPA – uma só legislação, várias configurações”, “A nova NR-35 e a gestão do trabalho em altura”, e “Benefícios da Previdência Social em decorrência de acidentes do trabalho”.

As inscrições podem ser realizadas através do contato asseapetrolina@gmail.com. Mais detalhes informativos sobre o evento também podem ser obtidos pelo endereço eletrônico. O Senai Petrolina fica na Avenida Monsenhor Ângelo Sampaio, 267, área central da cidade.  

O município de Petrolina, localizado no sertão de Pernambuco, sedia, a partir desta sexta (3), a Aldeia do Velho Chico, projeto que realiza uma série de apresentações culturais durante 16 dias. São espetáculos teatrais, musicais e de dança, além de uma vasta programação de literatura, cinema, artes plásticas e fotografia, envolvendo cerca de 600 artistas. O público total desta oitava edição festival é estimado em 70 mil pessoas. A abertura acontece com o “Abre Alas para o Velho Chico”, um grande cortejo pelas ruas de Petrolina, com concentração às 16h, no Sesc Petrolina.

O Aldeia do Velho Chico é um desdobramento do projeto Palco Giratório na Região do Vale do São Francisco e nesta edição investe mais em ações gratuitas nas ruas e bairros da cidade, com o intuito de democratizar ainda mais o acesso à cultura.

O festival tem palcos em lugares como as praças do Bambuzinho e Dom Malan, Ilha de Massangano e no centro comercial de Petrolina.

A programação inclui a exposição "Memória Instantâneo – Retrospectiva Fotográfica da Aldeia do Velho Chico", em cartaz no Museu do Sertão, a mostra “Figura, Paisagem e Natureza Morta”, na Galeria de Artes Ana das Carrancas do Sesc Petrolina, e diversas ações formativas realizadas nas escolas do município. Confira a programação completa na página do festival.

Para os “enófilos” uma boa notícia: A BACO Multimídia, em parceria com o IBRAVIN (Instituto Brasileiro do Vinho) e Wines of Brasil, lança, em breve, no mercado o ANUÁRIO VINHOS DO BRASIL, apresentando todo o universo do vinho brasileiro.

São 156 páginas trazendo assuntos como as principais regiões produtoras (Vale do São Francisco, Serra do Sudeste, Serra Gaúcha, Campos de Cima da Serra, Campanha e Planalto Catarinense), as rotas do vinho, o enoturismo, gastronomia e tudo que as regiões oferecem de melhor neste segmento, além de dicas e serviços.

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A edição traz ainda, com exclusividade, um panorama do mercado brasileiro de vinhos – os números do mercado, padrões e tendências de consumo, ilustrado com infográficos. Apresentação inédita da consolidação dos resultados e números dos estados produtores do Brasil.

O livro foi produzido com jornalistas de diversas regiões brasileiras, entre eles Marco Merguizzo (editor), Guilherme Arruda (RS), João Lombardo (SC) e Flávia de Gusmão (BA/PE), e editado sob os olhares do jornalista Marcelo Copello.

Flávia de Gusmão – Para quem não lembra, a jornalista lançou recentemente em conjunto com o maitre e sommelier do Wiella Bistrô Otoniel Abílio da Costa, o livro Arte e Desejo: uma breve introdução à alta gastronomia no Brasil.

*Com informações da assessoria

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