O vereador do Recife, Romerinho Jatobá (PR), respondeu aos comentários de Raul Jungmann (PPS) sobre os resultados do Pacto Pela Vida do Recife. Jatobá, em nota, pontua a vocação do adversário para ser humorista e diz que "em vez de cidade mais violenta do Brasil, vivemos hoje na capital mais segura do Nordeste". No artigo, Jungmann questiona os resultados do programa e diz, ironicamente, que "tal sucesso (do Pacto Pela Vida do Recife) – nos parece claro – não pode ficar confinado a nossa cidade, embora seja importante para todos nós".
Veja na íntegra a resposta de Romerinho Jatobá (PR):
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Por Romerinho Jatobá (PR), vereador do Recife
Chamo a atenção dos profissionais do humor no Brasil para a concorrência desleal que eles vêm sofrendo. O novo concorrente dos comediantes é o vereador do Recife Raul Jungman. A disputa é desleal porque, ao invés de subir no palco, como todos os humoristas, ele resolveu fazer graça utilizando a tribuna da Câmara Municipal. Além, claro, dos blogs e sites. Por isto mesmo, as piadas do vereador, que não respeita o povo, não têm a menor graça.
Eu sei, você sabe (só Raul Jungmann finge não saber) que não cabe aos representantes eleitos manipular dados e distorcer informações para atacar algo ou alguém. Jungmann hoje tentou descredibilizar o programa Pacto pela Vida, cujos resultados são reconhecidos nacional e internacionalmente. Uma iniciativa pioneira no país, que colocou Pernambuco na vanguarda do combate à violência. Isso é fato: em vez de cidade mais violenta do Brasil, vivemos hoje na capital mais segura do Nordeste.
Mas o vereador foi ainda pior: ele quis fazer graça com as vidas perdidas e esqueceu de lembrar das vidas poupadas, os avanços que conquistamos quando somamos a força e a experiência acumulada pela equipe comandada por Eduardo Campos (das polícias à área social) à contribuição fundamental da administração municipal comandada por Geraldo Julio. É esta parceria que, de forma inédita, faz com que um mais um seja muito mais que dois e produza não apenas um policiamento melhor, mas a sensação de segurança que se experimenta quando as ruas estão mais iluminadas, a ocupação do solo respeita o que é comum e a garantia do direito de ir e vir faz o cidadão ter prazer em circular pela sua cidade a pé, de carro ou de bicicleta.
Eu sei, você sabe, (só Raul Jungmann finge não saber) que não cabe a um humorista, cômico ou até a um palhaço, fazer o sério, o bem feito, parecerem engraçados. A missão sagrada do artista é fazer pensar para ajudar as pessoas a compreenderem o mundo e a se posicionar diante dos fatos. Não é, de forma alguma, fazer o certo parecer errado, pegar o que comprovadamente deu bons resultados, ganhando aplausos do Brasil e da ONU, e querer minimizar, desqualificar, sabotar. Santo Tomás de Aquino ensinou que o humor é necessário para a vida humana. Certas pessoas nos ensinam que uma piada sem graça é um erro triste…