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Moradores dos bairros da Bomba do Hemetério, Água Fria e Casa Amarela, na Zona Norte do Recife, reclamam das dificuldades diárias por conta da falta de água. Na rua Mercúrio, localizada no bairro de Água Fria, os moradores afirmam que estão há 14 dias sem saber o que é água encanada e precisam se virar como podem para conseguir o mínimo possível.

A cabeleireira Karolaine Barbosa, 24 anos, diz que na sua casa, localizada no Alto do Pascoal, onde moram cinco pessoas, foi preciso comprar garrafões de água mineral para conseguir cozinhar e tomar banho. “A situação fica mais complicada quando a gente tem crianças em casa. Eu mesma tenho duas filhas e tive que me virar para poder fazer o básico na minha residência”, conta.

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Carina Souza, 28 anos, moradora da Rua Mercúrio, até pensou que não seria tão atingida pela falta de água, já que conta com duas caixas de 2 mil litros. No entanto, ela também não imaginava que iria ficar tanto tempo sem água - fazendo com que a sua reserva acabasse e precisasse comprar água mineral e pagar por alguns baldes cheios que vinham de poço artesiano.

“Eu cheguei a pagar aqui até R$ 5 por um único balde de água. A situação ficou tão complicada que quando a gente ia tomar banho, tinha que pegar uma bacia e se banhar dentro dela para poder regar e colocar essa água, que ia pelo ralo, para dar descarga”, comenta.

Depois dos 14 dias sem água, nesta quarta-feira (12), a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) enviou para a comunidade um caminhão pipa para abastecer os moradores, que se tumultuaram em fila.

Fred Oliveira, 25 anos, foi um dos responsáveis por conseguir, junto com a Compesa, seis caminhões pipas que abasteceram diversas comunidades da Zona Norte da capital pernambucana.

“A gente passou mais de cinco dias ligando e insistindo para a Compesa mandar água pra população. Eu estou desde manhã cedo rodando junto com os caminhões para distribuir a água pro povo”, aponta.

Ao LeiaJá, a Compesa disse que o desabastecimento acontece há oito dias e é consequência de vazamentos localizados na Rua Aníbal Benévolo, no Alto Santa Terezinha, onde havia uma construção irregular em cima das tubulações.

No entanto, segundo a companhia, o fornecimento de água nos bairros afetados já foi retomado desde a última segunda-feira (10) e deve ser regularizado ao longo desta semana. 

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Confira a nota na íntegra

A Compesa informa que o fornecimento de água nos bairros citados foi retomado na última segunda-feira (10) e será regularizado ao longo desta semana, de acordo com o calendário vigente. 

O desabastecimento foi consequência de vazamentos localizados na Rua Aníbal Benévolo, Alto Santa Terezinha, sendo o primeiro ocorrido na terça-feira da semana passada em um trecho onde havia uma construção irregular em cima da tubulação. 

A situação impactou o fornecimento de água em diversas áreas da zona norte do Recife, incluindo os bairros de Água Fria e Bomba do Hemetério.

A Compesa adianta que será necessário o remanejamento de cerca de 400 metros dessa rede onde havia construções irregulares, que é interligada à estação elevatórias dos morros (sistema de bombeamento). As intervenções, entretanto, serão executadas com o sistema atual em funcionamento.

Um jovem trabalhador, identificado como Robson Ferreira dos Santos, 26 anos, teve seu pequeno depósito de água arrombado na madrugada desta última sexta-feira (2). A bicicleta de carga, único meio de transporte dos garrafões de água mineral, foi levada na ação.

O roubo aconteceu na avenida Aníbal Benévolo, no Alto Santa Terezinha, Zona Norte do Recife. Robson salienta que esse é o único meio de sustento de seus três filhos e de sua esposa. "Para muitos é nada, mas para mim é muito", ressalta. A vítima afirma que fez um Boletim de Ocorrência na Delegacia do Alto do Pascoal, também na Zona Norte da capital pernambucana.

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Em nota, a Polícia Civil informou que está investigando o furto praticado por elementos ainda desconhecidos. O órgão afirma que as investigações seguirão até a completa elucidação do ocorrido.

Durante oito anos, segundo os moradores, a comunidade do Alto Santa Terezinha e adjacências recebiam atendimento médico numa casa que foi alugada pela Prefeitura do Recife e  transformada para ser a sede do Posto de Saúde da Família (PSF). Visitando a comunidade para comemorar o aniversário de 482 anos da capital pernambucana, enfim, para a alegria dos populares, a Upinha Alto do Pascoal foi inaugurada pelo prefeito Geraldo Julio.

Antes, na casa onde funcionava a PSF, segundo os moradores, faltava tudo. Não tinha copo para beber água, o quadro médico era insuficiente, além de outras coisas que faltavam para a população. Agora, Maria de Lurdes, de 56 anos, se diz esperançosa com a abertura da unidade de saúde. “Eu já não aguentava mais aquela humilhação. Espero que agora isso aqui não seja só boniteza para enganar os pobres”, revela.

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O prefeito Geraldo Julio afirmou que equipamento foi uma conquista para os moradores, mas não quis falar sobre a demora para que a Upinha, prometida há oito anos para os moradores, antes mesmo de sua gestão, fosse entregue.

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De acordo com a gerente da Upinha do Alto do Pascoal, Daniele Tavares, os atendimentos na unidade começarão já a partir desta quarta-feira (13), mas só para aqueles que já tinham agendado. Aos poucos o local deve normalizar o atendimento à população.

Os médicos da prefeitura do Recife iniciaram na manhã de segunda-feira (8) uma paralisação. Um ato como "forma de protesto contra os descasos da gestão da prefeitura do Recife com a saúde pública", até a sexta-feira (12). As críticas são inúmeras e a falta de estrutura para se trabalhar dignamente é um dos pontos mais combatidos. Na comunidade do Alto Santa Terezinha, por exemplo, na Zona Norte do Recife, um posto de saúde está com a construção para ser finalizada há sete anos; seus atendimentos têm sido remanejados para uma casa de primeiro andar, que fica a alguns metros da obra.

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Segundo informado pela moradora local Ana Lúcia, 35 anos, que estava tentando marcar uma consulta para a sua filha, o espaço para onde o posto de saúde foi encaminhado, desde que desativaram o ‘Posto do Alto do Pascoal’, (comunidade que fica ao lado) é “uma casa improvisada. Por conta disso, são cerca de 30 fichas distribuídas por dia para atender tanto o Terezinha como o Pascoal. A gente, pra conseguir uma ficha, tem que chegar bem cedo”, afirmou. Ela, juntamente com outras pessoas que estavam no local, reclamam da demora para conseguir ser consultado pelos médicos. “Só para marcar a consulta é mais de 1 mês, dependendo do caso”, afirmou Ninha, como prefer ser chamada. Alguns dos moradores, que preferiram não se identificar, afirmam que se fosse no ‘Posto do Pascoal’, seria melhor.

Casa que abriga a Unidade de Saúde desde o início da construção da futura Upinha, em 2011

Matos ao redor, construção caindo, lixos amontoados, barro, buracos e um segurança para cuidar de todo o espaço da construção que, segundo Veridiana Sizino, líder comunitária, vem se arrastando desde 2011, quando derrubaram a antiga Unidade de Saúde da Família, para construir uma Upinha. “Agora já vamos para a terceira empresa que será responsável pela construção desse espaço. A prefeitura diz que toda vez que a empresa responsável desiste, tem que se fazer uma nova licitação, e isso já dura 7 anos”, informa. Vera, como é conhecida, informou, também, que a última vez que o representante da prefeitura foi lá para se reunir com a comunidade, foi no dia 7 de novembro de 2017. “Falaram que iriam dar continuidade às obras e, agora no mês de março, (2018) a obra seria concluída. Só que a gente passa por lá e não vê ninguém trabalhando”, pondera. 

Moradores denunciam que quando o espaço, a "casa de improviso", está cheio de gente, é insuportável, ficando difícil até para os profissionais. O "posto de improviso" conta hoje com três médicos que atendem gestantes, crianças, jovens e idosos. 

Abandono Generalizado

Esse caso no bairro de Água Fria, segundo informado pelo presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), Tadeu Calheiros, não é um caso isolado. Há Postos de Saúde da Família (PSFs) e Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) funcionando de forma “improvisada em toda região do Recife". Tadeu conta que na Várzea, Zona Oeste da capital, a Unidade de Saúde da Família Campo do Banco está funcionando num container. “Esse ato é uma forma de chamar a atenção da sociedade e do prefeito, para que ele possa dar prioridade para a saúde do município, porque os Pet Shops da cidade estão melhor do que as PSFs”, confirma.  

Segundo o representante dos médicos em Pernambuco, o Sindicato já realizou várias reuniões com a secretaria de saúde do Recife, na tentativa de viabilizar um melhor tratamento para essa área e seus profissionais - mas tudo indica que até o momento não tiveram sucesso. Até a segurança nos Postos e Centros de saúde está, segundo o presidente, defasada. “Tiraram os seguranças das unidades e vão colocar câmeras de segurança. Tudo isso sem, se quer, um monitoramento online”, afirma.

O Simepe acentua que já pediu para conversar diretamente com o prefeito Geraldo Júlio, que nega o encontro e informa ser possível apenas com a Secretaria de Saúde do Recife. ”Na prática não é como se vê na televisão (na propaganda de gestão). Não está tendo uma priorização da saúde por parte da gestão do atual prefeito. Ano passado, os profissionais da área tiveram um reajuste de 0%; falta pessoal e condição humana para atendimento da população”, lamenta Tadeu Calheiros.

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O que diz a prefeitura?

Através de nota oficial, a Secretaria de Saúde do Recife informa que, "no período de 2013 até agora, foram investidos cerca de R$ 40 milhões na reforma de 170 unidades. Mais oito unidades de saúde estão em processo de requalificação". Em relação à Unidade de Saúde da Família Campo do Banco, situada na Várzea, a Gerência do Distrito Sanitário IV explica que o imóvel que abrigava a USF está com a estrutura comprometida.

"A Gerência esclarece que tem se reunido com a comunidade para tratar da situação, e ficou acordado que, enquanto procura outro imóvel na área, os moradores cadastrados, para não terem prejudicado seu acesso à Saúde, serão atendidos provisoriamente pelas duas Equipes de Saúde da Família em contêineres. Serviços de odontologia e curativos estão sendo feitos no Centro de Saúde Olinto de Oliveira, no mesmo bairro".

Já em relação à obra da Upinha Alto do Pascoal, cuja ordem de serviço foi assinada em 2015, a Prefeitura diz que  "está em andamento com previsão de entrega ainda no primeiro semestre deste ano".

Em relação às fraldas geriátricas, a Secretaria de Saúde do Recife esclarece que a "distribuição de fraldas descartáveis não está prevista na lista da assistência farmacêutica do Ministério da Saúde, portanto não é financiada pelo Sistema Único de Saúde. O Recife, inclusive, é uma das poucas cidades do país que tem um programa de distribuição de fraldas. Com a atual escassez de recursos, gerada devido a crise econômica dos últimos 3 anos, o município tem sido obrigado a priorizar os compromissos obrigatórios previstos em lei. Entendendo a relevância social do tema, a Secretaria de Saúde do Recife estuda a viabilidade de novas aquisições em 2018".

Nesta quinta-feira (26), o PROCON-Móvel estará no Alto do Pascoal, das 14h às 17h. Na ocasião, o ponto estará recebendo os moradores da região para tirar dúvidas sobre questões de consumo, com base no código de Defesa do Consumidor (CDC). A unidade estará próximo da Escola Rotary do Alto do Pascoal.

Serviços como emissão de documentos, assessoria jurídica, capacitação em direitos humanos são alguns dos serviços que serão oferecidos também. O Procon-Móvel, programa desenvolvido por meio de uma parceria do Governo do Estado com o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania – Pronasci, do Ministério da Justiça e executado pelo Procon-PE, órgão vinculado a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos e conta com um micro-ônibus adaptado para o atendimento, inclusive com acessibilidade às pessoas com locomoção reduzida.

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O prefeito Geraldo Julio assina, nesta segunda-feira (23), a Ordem de Serviço para a construção da Upinha Dia Alto do Pascoal, no Alto Santa Terezinha. De acordo com a prefeitura a intervenção está orçada no valor de R$ 1,1 milhão.

A previsão inicial é de que a obra seja concluída em sete meses. A unidade de pronto atendimento deverá beneficiar 13 mil pessoas, entre eles moradores do Alto Santa Terezinha, Bomba do Hemetério e Linha do Tiro. 

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Desde 2013, segundo dados divulgados pela gestão, foram inauguradas seis Upinhas. Três delas no regime de 24h (Dr. Moacyr André Gomes, em Casa Amarela; Prof. Dr. Hélio Mendonça, no Córrego do Jenipapo; e Profª. Dra. Fernanda Wanderley, na Linha do Tiro) e três Upinhas Dia (Novo Prado, no Bongi; ACS Maria Rita da Silva, no Córrego do Euclides; e Novo Jiquiá, no Jiquiá). 

Buscando oferecer atendimento aos moradores do Alto do Pascoal, na Zona Norte do Recife, e de Cajueiro Seco, em Jaboatão dos Guararapes, a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) irá disponibilizar agências móveis nessas localidades até a próxima sexta-feira (12). No Alto do Pascoal, a agência móvel ficará na Rua Ladeira de Pedra, em frente à Associação de Moradores; em Cajueiro seco, o serviço funcionará na Rua Professora Cândida Andrade Maciel, em frente ao Centro de Referência e Assistência Social (CRAS). Nos dois locais, o atendimento irá das 9h às 16h.

Durante o atendimento itinerante, a população poderá contar com serviços como emissão de segunda via de fatura, pedido de ligação, negociação de débitos e mudança de titularidade. Também será possível se inscrever na Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE), programa que concede desconto de até 65% na conta de energia. Para participar, é preciso levar identidade, CPF, última fatura da Celpe e Número de Inscrição Social (NIS) ou do Benefício de Prestação Continuada (BPC).

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Caso não possam comparecer às agências móveis, os clientes poderão procurar as agências convencionais ou os Pontos Celpe Serviço. As 48 agências funcionam de segunda a quinta-feira, das 8h às 16h30. Na sexta, o horário vai das 8h às 16h. Também é possível ter acesso aos serviços através da Agência Virtual da Celpe.

Com informações da assessoria

 

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