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O Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-PE) confirmou, nesta sexta (19), a provável aplicação de multa à Alumini Engenharia, antiga Alusa, empresa atuante na Refinaria Abreu e Lima, em Suape. Cerca de R$ 96 milhões deveriam ter sido depositados em relação a salários atrasados, rescisões e outras verbas a quase 5 mil trabalhadores. O prazo para o pagamento era a última quarta-feira (17).

Na tarde desta sexta-feira, o processo foi encaminhado ao Setor de Cálculo do TRT-PE para apuração da multa a ser aplicada à empresa, que deve corresponder a 50% sobre o valor devido. A juíza Josimar Mendes, da 1ª Vara do Trabalho de Ipojuca, também determinou a tentativa de bloqueio dos bens da empresa. 

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Aproximadamente R$ 46 milhões, depositados pela Petrobras na quarta (17), foram destinados ao pagamento dos funcionários da Refinaria Abreu e Lima. O valor corresponde a créditos que a Alumini possuía junto à estatal e também estavam previstos no acordo firmado em audiência realizada no dia 10 de dezembro. Porém, cerca de 340 trabalhadores não receberam por “inconsistência nas contas bancárias”. 

O TRT ainda julgou procedente o processo contra a Petrobrás realizado pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplanagem em Geral no Estado de Pernambuco (Sintepav-PE). Na sentença, a petrolífera foi considerada responsável subsidiária pelas obrigações trabalhistas devidas pelas empresas Alumini Engenharia S/A, Consórcio EBE-ALUSA, Consórcio ALUSA-CBM, Consórcio SERNEST, Empresa Brasileira de Engenharia S/A e Construtora Barbosa Mello S/A.

Depois de inúmeros protestos realizados pelos trabalhadores da Alumini Engenharia, consórcio de empresas atuantes na Refinaria Abreu e Lima, um denominador comum foi encontrado na manhã desta sexta-feira (5), na Procuradoria do Trabalho, no Recife. As empresas terão até o dia 19 de dezembro para depositar os valores de rescisão indireta dos contratos e dos salários atrasados do mês de outubro, além da multa de 40% do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Segundo as informações divulgadas pelo Sintepav, sindicato dos trabalhadores de Suape, o pagamento dos salários de outubro ultrapassam os R$ 12 milhões e a multa de 40% do FGTS é superior a R$ 86 milhões. Em relação às férias em atraso, a Alumini reconhece a dívida de pouco mais de R$ 414 mil aos trabalhadores e garante o pagamento do valor até 19 de fevereiro de 2015. Há uma multa relacionada a esta questão de mais de R$ 11 milhões (que será paga no dia 19 de março do próximo ano).

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Após a reunião desta sexta, as empresas ainda garantiram que será realizada a baixa nas carteiras de trabalho dos empregados que tiveram o contrato encerrado no dia 12 de novembro e para os trabalhadores demitidos pela empresa antes desta data, no prazo de até 15 dias, contados a partir da homologação do acordo. Caso a Alumini não cumpra o acordo dentro dos prazos, estará sujeita a multar de 50% sobre o valor do saldo. 

Garantias aos funcionários e contas bloqueadas

De acordo com o sindicato da categoria, as funcionárias gestantes terão todos os direitos garantidos, com os casos analisados individualmente. Profissionais que retornaram do benefício previdenciário também terão os direitos assegurados, caso seja necessária análise. 

Os valores bloqueados da Construtora Barbosa Mello permanecem bloqueados até o pagamento devido aos trabalhadores, no dia 19 de dezembro. Todos os valores da Alumini, Consórcios e Construtora Barbosa Mello com a Petrobras, de contratos não relativos à Refinaria, permanecerão bloqueados caso não haja a quitação dos valores devidos no dia 19 de dezembro.

Os funcionários da Refinaria Abreu e Lima voltam a protestar, na manhã desta quarta-feira (19), pelas ruas do centro do Recife. Na última quarta (12), o grupo esteve na sede da Procuradoria Regional do Trabalho da 6ª Região para denunciar atraso de salário, tíquetes-alimentação e outras questões de caráter trabalhista.

A expectativa é que cerca de 500 trabalhadores se reúnam em frente ao Ministério do Trabalho e Emprego, no bairro do Espinheiro. A passeata passará pela Avenida Agamenon Magalhães, Derby, seguirá pela Avenida Conde da Boa Vista, até chegar ao Palácio do Campo das Princesas, no bairro de Santo Antônio. 

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“Precisamos pressionar o governo e cobrar uma atitude deles. São seis mil trabalhadores com salários atrasados. Cerca de 1.700 estão sem vale-alimentação e refeição, em alojamentos sem energia, água e limpeza. Podem ser despejados a qualquer momento, muitos moram em outros estados e não têm dinheiro para voltar para casa”, argumenta Aldo Amaral, presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplenagem em Geral no Estado de Pernambuco (Sintepav-PE).

Na última quinta-feira (13), o Sintepav-PE deu entrada em ação judicial, no Ministério Público do Trabalho, contra a Alumini Engenharia, que – segundo a categoria - deve salários e outros benefícios aos trabalhadores de Suape. 

Com informações da assessoria

Trabalhadores da empresa Alumi Engenharia, antiga Alusa Engenharia, estão realizando um protesto na Refinaria Abreu e Lima, em Suape, na manhã desta quinta-feira (6). A PE-60 chegou a ser bloqueada no início da manifestação, mas o grupo já liberou a via.

As reivindicações da categoria são o pagamento de R$ 350 referente à cesta básica, que devia ter sido depositado no último sábado (1º); e o salário, cujo dia de pagamento é hoje. A empresa teria informado em reunião realizada na quarta-feira (5) que não cumpriria a data de pagamento porque a Petrobrás não repassou o dinheiro (R$ 1,8 bilhão) que serviria para o pagamento dos funcionários, diz o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplenagem em Geral no Estado de Pernambuco (Sintepav). Além disso, os trabalhadores também pedem a saída do gerente de Recursos Humanos da empresa que, segundo o Sintepav, age com destrato e assédio moral. 

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Entre os manifestantes estão profissionais que foram demitidos há cerca de dois meses. Até o momento, eles não receberam as verbas indenizatórias. As demissões teriam ocorrido em virtude da diminuição da demanda.

A categoria ficará paralisada por tempo indeterminado. A Alumi Engenharia possui seis mil trabalhadores em Pernambuco. Na refinaria Abreu e Lima, a empresa atua na área de óleo e gás. 

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