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O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados se reúne nesta quarta-feira (22), às 11 horas, para analisar processos contra a deputada Célia Xakriabá (PSOL-MG) e o deputado André Fernandes (PL-CE). O deputado Paulo Magalhães (PSD-BA) é o relator do primeiro, enquanto o deputado Gutemberg Reis (MDB-RJ) relata o segundo. Os pareceres preliminares ainda não foram apresentados.

Célia Xabriabá responde a representação do PL (REP 9/23), que acusa a deputada de quebrar o decoro parlamentar ao ofender o deputado Zé Trovão (PL-SC) durante a votação do marco temporal que limita a demarcação de terras indígenas àquelas já ocupadas tradicionalmente desde 1988 (PL 490/07). Segundo o PL, Célia Xabriabá teria afirmado na sessão que os deputados favoráveis à proposta eram "assassinos do nosso povo indígena".

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A parlamentar protocolou defesa prévia em que nega ter proferido a palavra "assassinos". "Desafiamos o autor a apresentar as imagens contendo a conduta atribuída à representada", rebateu Célia Xabriabá, que pede o arquivamento da representação.

Já o deputado André Fernandes é acusado pelo PT de proferir falas de teor discriminatório durante a votação da reforma tributária (PEC 45/19). Na sessão, André Fernandes questionara uma explicação do deputado Rogério Correia (PT-MG) de que uma referência a gênero no texto da proposta se tratava de "gênero alimentício", e não orientação sexual.  "Se o que o Rogério Correia está dizendo que isso aqui que eu estou apontando é gênero alimentício, então, essa raça que ele está falando aqui é o quê? É raça de boi?", perguntou.

André Fernandes afirmou ser contra o racismo e rebateu a denúncia como caluniosa. Na REP 19/23, o PT aponta que as afirmações do deputado são marcadas por uma postura racista e discriminatória e pela ridicularização da questão racial e de identidade de gênero.

*Da Agência Câmara de Notícias

Antes de apresentar o plano de trabalho da Comissão parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre os atos golpistas de oito de janeiro, uma questão de ordem pediu a substituição de um dos parlamentares membros da comissão: o deputado federal André Fernandes (PL-CE).  

Autor do requerimento que criou a comissão, André Fernandes é um dos investigados pelo Supremo Tribunal Federal por publicar vídeos convocando para os atos golpistas, afirmando, inclusive,  que estaria presente na manifestação. Após a invasão, o parlamentar publicou imagem de porta de armário vandalizado do STF com o nome de Alexandre de Moraes com a legenda “Quem rir vai preso”. 

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O presidente da CPMI, Arthur Maia, indeferiu a questão de ordem e manteve o deputado André Fernandes no colegiado da CPI.

Segundo Maia, “não existe deputado pela metade, ou é deputado e pode participar de qualquer colegiado dessa casa ou não é e não pode fazê-lo. Além disso, essa indicação não compete ao presidente do colegiado e sim ao líder partidário”.

De toda forma, o presidente da CPMI disse que iria encaminhar a questão ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que é quem, a partir da indicação dos líderes, nomeia os membros da CPMI.  

Questão de ordem

A questão de ordem foi apresentada pelo deputado federal Rogério Corrêa (PT-MG). O petista lembrou que o deputado André Fernandes já foi indiciado pela Polícia Federal. “É provável que vire réu.  O deputado André Fernandes estaria participando de uma investigação que ele próprio é indiciado. Nesse caso, estamos solicitando que ele seja substituído por outro membro. Não há relação com a opinião política do deputado, mas evidentemente não pode ele sendo investigado e indiciado pela PF fazer parte do inquérito, seria como a raposa tomando conta do galinheiro”, argumentou o parlamentar mineiro.  

O colega de partido, deputado Felipe Barros (PL-PR), saiu em defesa do deputado André Fernandes. Para ele, essa questão já foi tratada em outras comissões parlamentares de inquérito, como a CPI dos Correios e do chamado Mensalão, que contavam com membros investigados pela polícia. Além disso, o deputado Felipe argumentou que “é competência exclusiva dos líderes a indicação dos membros de uma comissão temporária. Não cabe ao presidente da CPI ou outro parlamentar membro deliberar sobre a composição do seu colegiado. Por isso, peço que não conheça essa questão de ordem ou, caso conheça, julgue improcedente", ressaltou.  

A decisão causou protestos da base governista e aplausos dos oposicionistas. O deputado Rubens Pereira Júnior (PT-MA) informou que recorreria contra a decisão à Mesa Diretora do Congresso Nacional. 

O deputado bolsonarista André Fernandes (PL-CE) disse em depoimento à Polícia Federal que publicou nas redes sociais uma foto da porta do armário de togas do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), arrancada por vândalos no dia 8 de janeiro, como uma 'crítica ao ativismo judicial'.

Ele compartilhou a imagem com a legenda "Quem rir, vai preso". A publicação foi apagada minutos depois. O deputado disse ter percebido que a postagem poderia ser 'mal interpretada'. Fernandes negou, no entanto, que fosse um ataque pessoal ao ministro.

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O deputado também foi questionado sobre outra publicação, feita antes dos protestos. Ele divulgou, no dia 6 de janeiro, o ato que resultou na invasão do Palácio do Planalto e dos prédios do STF e do Congresso Nacional. "Neste final de semana acontecerá, na Praça dos Três Poderes, o primeiro ato contra o governo Lula. Estaremos Lá", disse.

Em depoimento, André Fernandes afirmou que a informação havia sido veiculada em um portal conservador, mas que ele próprio não compareceu aos protestos. Afirmou ainda que 'não possui insatisfações com os Poderes hoje constituídos na República', que não acredita na narrativa de que houve fraude na eleição e que não concorda com as tentativas de golpe.

"Em nenhum momento convidou, estimulou ou convocou manifestações em frente aos quartéis e a ocupação de prédios e a depredação de patrimônio não se trata de ação democrática", diz um trecho do termo de depoimento.

A Polícia Federal concluiu que André Fernandes incitou os atos golpistas. Ele foi um dos autores do pedido da CPI do 8 de janeiro. As conclusões da PF foram enviadas ao STF. Cabe agora à Procuradoria-Geral da República (PGR) dizer se vê elementos para denunciar o deputado. Moraes deu 15 dias para o órgão apresentar um parecer.

O Ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino satirizou o deputado federal André Fernandes (PL), durante audiência pública da Comissão de Constituição e Justiça realizada nesta terça-feira (28), na Câmara dos Deputados, em Brasília, por possível 'fake news' sobre o Jusbrasil, empresa privada de tecnologia jurídica.

O deputado André Fernandes afirmou que o nome de Flávio Dino aparece 277 vezes no Jusbrasil. Em resposta, o ministro ironizou que vai usar a fala do deputado “como anedota, como piada” na sala de aula, e que ele havia acabado “de entrar no meu livro de memórias”. “O Jusbrasil, quando bota o nome, não aparece os nomes de quem responde ao processo. Aparece o nome de quem pediu direito de resposta à Justiça, de quem foi requerido num pedido de resposta, de quem registrou a candidatura, de quem prestou contas à Justiça Eleitoral, foi testemunha num processo”, explicou. 

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“A essas alturas, dizer, com base no Jusbrasil, que eu respondo a 277 processos, se insere mais ou menos no mesmo continente mental de quem acha que a terra é plana. E, claro que, olhando nos seus olhos, eu vejo que o senhor sabe que a terra é redonda. Então, assim como o senhor sabe que a terra é redonda, nunca mais repita essa mentira, essa fake news”, afirmou Dino. 

A direção da Câmara dos Deputados resolveu cobrar o deputado André Fernandes (PL) pelo microfone que ele quebrou no discurso da última terça-feira (21). O parlamentar foi à tribuna para defender Jair Bolsonaro e colegas de partido apontados por espalhar mentiras contra o ministro da Justiça, Flávio Dino. 

Antes da postura indecorosa e violenta, o deputado criticava a notícia-crime apresentada pelo ministro ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra sete parlamentares que divulgaram fake news sobre sua agenda no Complexo da Maré. Mesmo sem ser citado, Fernandes tomou as dores dos aliados e reclamou da possibilidade de punição. 

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Na denúncia à Suprema Corte, Dino mencionou os irmãos Flávio e Eduardo Bolsonaro (PL), os deputados Carlos Jordy (PL), Paulo Bilynsky (PL), Otoni de Paula (MDB), Cabo Gilberto Silva (PL) e o senador Marcos do Val (Podemos).  

A presidenta da sessão, a deputada Maria do Rosário (PT), repreendeu André Fernandes pelo tapa que quebrou o equipamento e ouviu os protestos do deputado bolsonarista já sem o uso do microfone.  

Estímulo ao 8 de janeiro

Eleito como o deputado mais votado do Ceará, André costuma se envolver em polêmicas e foi incluído pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, na investigação sobre a tentativa de golpe de 8 de janeiro. Ele divulgou um vídeo contra o presidente Lula e convocou apoiadores para as manifestações que resultaram na destruição da Praça dos Três Poderes, no Distrito Federal. 

A Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) trancou a ação penal contra o jornalista que criticou o procurador-geral da República, Augusto Aras, em um artigo de opinião publicado na revista Carta Capital, em 2020. O autor, André Fernandes, havia feito comentários críticos à atuação do PGR, com a publicação “Procurador de Estimação”. O magistrado não reconheceu dolo específico na ação.

A defesa pediu a reforma de acórdão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), segundo o qual o jornalista, ao se referir ao chefe do Ministério Público como "cão de guarda", "perdigueiro" e "procurador de estimação", teria configurado, em tese, a vontade de caluniar, difamar e injuriar.

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"Admitir simplesmente que críticas dessa natureza caracterizam a imputação de crime, sem a demonstração, por meio de elementos concretos, da intenção deliberada de acusar levianamente, será, a meu sentir, não só banalizar o uso do direito penal, como utilizá-lo como forma de controlar e podar a liberdade da imprensa, hoje garantida constitucionalmente", destacou o ministro Sebastião Reis Júnior no voto que prevaleceu no colegiado.

O ministro observou que todas as críticas feitas pelo jornalista ao procurador-geral da República dizem respeito ao exercício de sua função pública, "em nenhum momento resvalando para o lado pessoal".

Conforme destacou o magistrado, o caso não envolve um cidadão comum criticando outro cidadão comum, mas foi na condição de jornalista que o acusado assinou a matéria criticando a atuação do procurador-geral, "servidor público federal, figura pública, no exercício de suas funções", inclusive "quanto ao seu relacionamento com o presidente da República, também servidor público, pessoa que o nomeou para o exercício do cargo".

O deputado estadual André Fernandes (PL-CE) afirmou ter sido vítima de um atentado na noite dessa segunda-feira (7), no município de Solonópole, a 230 quilômetros da capital cearense, Fortaleza. O parlamentar, que estava acompanhado do assessor, teria sido perseguido e o seu carro, alvo de disparos de arma de fogo. No relato, alega que pensou se tratar de um assalto e que os autores dos disparos estavam em uma motocicleta. Fernandes registrou um Boletim de Ocorrência (B.O) na Delegacia Regional de Iguatu.  

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No documento publicado em suas redes sociais, o deputado conta que saiu de casa, no Eusébio, com destino ao município de Cariús, por volta das 16h50, para cumprir agenda. Às 19h30, fez uma parada de cerca de 40 minutos em Banabuiú e seguiu viagem. Na altura da cidade de Solonópole, percebeu que poderia estar sendo perseguido por uma motocicleta e em seguida, ocorreram os disparos.

André alega que foram aproximadamente sete tiros. Ninguém ficou ferido graças à blindagem do veículo, mas um dos tiros teria atingido o pneu do automóvel, o que dificultou a fuga contra os suspeitos. Ainda assim, o deputado relata que conseguiu dirigir por cerca de três quilômetros, mas precisaram parar o veículo "pois era impossível seguir viagem". Nesse momento, a "motocicleta deu meia volta" e encerrou a perseguição. 

“Tentaram de matar! Acabei de sofrer uma tentativa de homicídio! Registrei o BO na Delegacia de Iguatu. Meu assessor que estava comigo, está assustado! Minha família está com medo!”, disse. 

Governador do Ceará se posicionou 

Em postagem nas redes sociais, o governador Camilo Santana (PT) afirmou que determinou rigorosa investigação e disse que o caso será devidamente apurado. Essa e outras ocorrências violentas que se passaram no estado na última semana deverão ser analisadas com maior cautela. A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará (SSPDS) ainda não se pronunciou sobre o caso. 

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Eduardo Bolsonaro cobra respostas 

Atualmente no Partido Liberal, mesma legenda do presidente Jair Bolsonaro, André Fernandes faz parte da cúpula governista do país. Quem saiu em sua defesa foi o filho do mandatário, o deputado paulista Eduardo Bolsonaro (PSL), que pediu imparcialidade por parte dos órgãos de segurança pública. “Os governantes e gestores têm que entender que a análise de risco para se determinar que uma equipe de segurança acompanhe a autoridade não pode se misturar com a política”, disse. 

O deputado também aproveitou da ocasião para justificar que a crescente da violência armada no Brasil pode ser amenizada através do porte de armas. “Além disso, o caso do Dep. André Fernandes pode ter mil motivações, mas a realidade é que todo brasileiro ainda vive num país violento e quem faz a segurança de sua família é ele próprio, logo, precisamos de uma nova lei sobre porte de armas a ser analisada pelo Congresso”, continuou. 

O deputado estadual do Ceará André Fernandes (Republicanos-CE) foi condenado, em primeira instância, pelos ataques de cunho machista contra a jornalista Patrícia Campos Mello, da Folha de S.Paulo, em fevereiro de 2020 . A decisão da 27ª Vara do Foro Cível do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) determinou que o parlamentar indenize a vítima das ofensas em R$ 50 mil por danos morais. A sentença ainda cabe recurso.

A reportagem tentou contato com Patrícia Campos Mello através de mensagens de e-mail, para se manifestar sobre a decisão contra o deputado estadual André Fernandes, mas não obteve nenhum retorno.

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Conforme analisou o responsável pelo caso, o juiz Vitor Frederico Kümpel, os ataques machistas feitos por André Fernandes são prejudiciais à vida particular e profissional da jornalista pelo simples fato de Patrícia Campos Mello ser mulher.

A condenação contra o deputado cearense ocorreu após uma publicação nas redes sociais em que o representante do Republicanos insinuou que a jornalista estaria oferecendo sexo aos seus entrevistados para conseguir informações contra o presidente da república. "Se você acha que está na pior, lembre-se da jornalista da Folha de SP que oferece SEXO em troca de alguma matéria para prejudicar o Presidente Jair Bolsonaro. Depois de hoje, vai chover falsos informantes pra cima desta senhora. Força, coragem e dedicação, Patrícia, você vai precisar!", escreveu o Fernandes sobre Patrícia, em sua conta pessoal do Twitter.

Diante das ofensas de cunho sexual, a jornalista ajuizou a ação judicial contra o parlamentar bolsonarista solicitando a indenização por danos morais. Ao se defender no processo, Fernandes alegou que seu comentário sobre a repórter estaria respaldado pela imunidade parlamentar, contudo, segundo o juiz, a ofensa moral em relação à jornalista não guarda qualquer relação com o exercício do mandato do cearense. Para o magistrado, os comentários feitos nas redes sociais foram "extremamente perniciosas à honra da autora" da ação.

Na análise do processo, o magistrado ressaltou que os ataques contra a jornalista não estavam relacionados à liberdade de expressão, mas sim a uma ofensa direta. "Ademais, como representante do povo, esperar-se-ía do réu uma postura minimamente sóbria e equilibrada, o que aliás, tem sido rechaçado por muitas figuras políticas e sociais na atualidade", pontuou Kümpel ao embasar sua decisão. "De qualquer viés que se analise o caso em tela,evidente o dano moral suportado pela autora, na medida em que se trata de jornalista bastante conhecida no meio em que atua, sendo certo o largo alcance das postagens realizadas pelo réu, conforme já mencionado".

COM A PALAVRA O DEPUTADO ESTADUAL ANDRÉ FERNANDES

O deputado estadual do Ceará André Fernandes foi questionado pela reportagem, através de seu e-mail institucional da Câmara Estadual do Ceara e da sua conta particular, sobre a condenação na justiça. Mas, até a publicação desta matéria, ainda aguardávamos uma resposta. O espaço permanece aberto a manifestações.

O deputado estadual bolsonarista André Fernandes (Republicanos), do Ceará, foi conduzido pela Guarda Municipal de Ipojuca, no litoral sul pernambucano, para prestar esclarecimentos, após ser flagrado desrespeitando medidas restritivas sanitárias decretadas pelo governo de Pernambuco nesse sábado (12). O deputado é defensor do presidente Jair Bolsonaro.

Em vídeos que circulam pelas redes sociais, o deputado bolsonarista aparece discutindo com as autoridades municipais, questionando a ordem de deixar a praia de Muro Alto. Ele dá um ‘tchauzinho’ para os Guardas e entra no mar, desrespeitando a ordem.

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"Fui tomar um banhozin de mar e a Guarda Municipal quis me tirar para 'cumprir o decreto governamental'... Nada está acima da Constituição Federal", escreveu Fernandes no Instagram.

Confira um dos vídeos que circula nas redes:

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Prefeitura de Ipojuca se posiciona

Em nota enviada à imprensa, a Prefeitura de Ipojuca lamentou a atitude do parlamentar cearense.

“Neste sábado (12/06/2021), o deputado estadual pelo Ceará, André Fernandes (Republicanos), em visita à praia de Muro Alto, em Ipojuca (Pernambuco), ignorou e debochou das orientações dos guardas municipais sobre o decreto do Governo de Pernambuco em vigor que proíbe o acesso ao litoral do estado nos finais de semana, em razão da COVID-19.

O parlamentar, de apenas 23 anos, desafiou a guarda entrando no mar e afirmando que ‘quem quisesse tirá-lo de lá teria que entrar na água’. Logo em seguida, ao sair do mar, discutiu com os guardas que afirmaram que o conduziria à delegacia por desacato e descumprimento do decreto estadual.

O deputado André Fernandes, então, na tentativa de se esquivar, se apresentou como deputado, afirmou possuir imunidade parlamentar, alertou que ninguém poderia tocá-lo e disse que não iria para a delegacia, além de dizer, repetidas vezes, que um decreto não está acima da Constituição, portanto, não estaria violando nada.

Só depois da chegada da ROMU o mesmo foi conduzido, em seu próprio veículo, para a delegacia de Porto de Galinhas aonde prestou esclarecimentos. Todo o fato será encaminhado pela delegacia ao Ministério Público e à Assembleia Legislativa do Ceará.

A Prefeitura do Ipojuca lamenta o ocorrido e pede aos turistas, seja qual for a profissão e a origem, que ao chegar na nossa cidade e no nosso estado, que respeitem as leis, os decretos, as portarias e as regras em vigor”.

A Assembleia Legislativa do Ceará realizou na manhã desta segunda-feira (25) uma reunião para solicitar esclarecimentos ao deputado André Fernandes (PSL) sobre a entrada de armas no local. De acordo com o deputado, elas seriam utilizadas para decorar o seu gabinete.

Com apenas 20 anos, André Fernandes foi eleito com 109 mil votos - o maior número de votos no estado - e se tornou o deputado mais jovem do Brasil. Na última sexta-feira (22), ele publicou em suas redes sociais imagens com seis armas emolduradas.

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Na legenda, André marcou a empresa que teria oferecido os modelos e disse indicar o serviço. Além disso, o deputado utilizou a hashtag #GabineteOpressor em sua publicação. O problema para André é que o artigo 366 do Regimento Interno da Assembleia Legislativa do Ceará proíbe a entrada e permanência de armas em qualquer cômodo do edifício.

O desrespeito da norma implica em uma infração disciplinar, que o deputado deve responder a partir de agora. André Fernandes ficou conhecido por vídeos que publica em seu canal no Youtube, muitos deles criticando os governantes do Partido dos Trabalhadores (PT).

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