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A Real Federação Espanhola de Futebol nomeou nesta quarta-feira um novo presidente interino após a suspensão provisória do anterior, Ángel Maria Villar, que está preso desde a semana passada, acusado de corrupção. A entidade gestora do futebol espanhol designou o seu tesoureiro, Juan Luis Larrea, como presidente interino.

Villar foi detido na semana passada, assim como seu filho, Gorka Villar, o vice-presidente da federação, Juan Padrón, e o secretário da federação regional de Tenerife, Ramón Hernández.

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A polícia os acusa de administração desleal, peculato, corrupção e falsificação de documentos. Os documentos indicam que, além dos fundos desviados, Villar supostamente corrompeu várias federações regionais, oferecendo favores em troca de votos.

Um juiz negou a solicitação de liberdade sob fiança para os Villar e Padrón, que foram transferidos de uma delegacia de polícia para a prisão madrilenha de Soto del Real enquanto segue a investigação.

Villar era o presidente da federação espanhola de futebol desde 1998 e também ocupa uma das vice-presidências da Fifa e da Uefa. Ele trabalhou perto de dirigentes que já foram indiciados pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, e foi apontado em relatório como tendo conduta considerada questionável no processo de definição de sedes da Copa do Mundo.

A autoridade máxima do esporte na Espanha, o Conselho Superior Esportivo, decidiu na última terça-feira suspender Villar por um ano, enquanto aguarda o resultado da investigação que abalou o futebol espanhol. Agora a federação definiu o nome de um interino para dirigi-la.

O presidente da Federação Espanhola de Futebol, Ángel María Villar, 67 anos, foi preso nesta terça-feira (18) por crimes de apropriação indevida de dinheiro e uso de documentos falsos na organização de partidas internacionais durante sua gestão.

Além de Villar, seu filho, conhecido como Gorka Villar, também foi detido e uma ação de busca de provas está ocorrendo na sede da Federação. Ao menos 10 pessoas já foram presas pela polícia no âmbito de uma operação anticorrupção, informa a mídia espanhola.

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Os agentes também foram em diversas sedes de federações regionais e em residências privadas dos envolvidos e, segundo o jornal "El Pais", também teria sido preso o vice-presidente econômico da Federação e presidente da federação de Tenerife, Juan Padron.

Villar, que é o líder do futebol espanhol desde 1988, foi reeleito em maio para o seu oitavo mandato e atualmente faz parte do Comitê Executivo da Fifa. Ele também é o presidente em exercício da Uefa.

De acordo com as primeiras informações, a ação policial de hoje foi ordenada pelo juiz anticorrupção da Audiência Nacional de Madri, Santiago Pedraz, após investigações iniciadas no ano passado após uma denúncia apresentada pelo Conselho Superior do Esporte.

O presidente da Federação também responde outro processo sobre o uso não justificado de um subsídio público de 1,2 milhões de euros destinados à projetos esportivos em países da África e da América Central que nunca foram realizados. 

A Fifa anunciou nesta sexta-feira uma multa de 25 mil francos suíços (US$ 25 mil dólares) e uma advertência ao seu vice-presidente Angel Maria Villar, da Espanha, por má conduta durante as investigações a respeito da escolha das sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022. De acordo com o Comitê de Ética, o dirigente "não se comportou de acordo com as normas gerais de conduta".

Inicialmente, Villar, que preside a Real Federação Espanhola e é "número 2" da Uefa, se negou a cooperar com as investigações de Michael Garcia, advogado norte-americano contratado pela Fifa para comandar uma apuração independente sobre a escolha das sedes das próximas Copas. Depois, ele agiu para tentar expulsar Garcia do caso.

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A punição a Garcia poderia ser mais dura, mas o juiz de ética da Fifa, Joachim Eckert, entendeu que Villar depois demonstrou vontade de cooperar. O espanhol é suspeito de orquestrar um pacto declarado para que Espanha e Portugal, que tinham candidatura conjunta pelo Mundial de 2018, trocassem apoio com o Catar, que acabou escolhido como sede da Copa de 2022.

Também os executivos congoleses Jean Guy Mayolas e Badji Wantete foram punidos pela Fifa nesta sexta-feira, recebendo ambos uma suspensão de seis meses por má conduta durante o mais recente congresso da entidade, em maio. Ambos ofereceram e receberam presentes e outros benefícios, de acordo com o Comitê de Ética.

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