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A Philip Morris distribuiu comunicado à imprensa em que lamenta a regulamentação sobre produtos de tabaco anunciada pela Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A empresa diz que examinará todas as alternativas para combater a medida e pede uma revisão imediata da Resolução pela Anvisa.

Segundo a empresa, a decisão "terá um impacto devastador sobre a produção e cultivo do fumo". "A Anvisa optou por desconsiderar as preocupações reiterada e consistentemente levantadas por produtores de fumo, fornecedores, varejistas e fabricantes durante todo o processo de consulta pública. Suas ações são arbitrárias, extremas e não apresentam qualquer evidência relevante de que terão um impacto positivo para a saúde pública", diz a nota da companhia.

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Uma pesquisa da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mostra que somente 30,7% dos hospitais têm taxa de adesão à higiene das mãos superior a 70%. A higienização, seja lavar com água ou uso do álcool em gel, é a maneira mais eficaz e barata de reduzir casos de infecção hospitalar.

Dos 901 hospitais com dez ou mais leitos de unidade de terapia intensiva participantes da pesquisa, em 85 deles a adesão é maior que 70%, percentual considerado ideal por especialistas. Em 130 instituições, a taxa varia de 40% a 70%.

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De acordo com o levantamento, grande parte das unidades de saúde dispõe de estrutura para a limpeza das mãos, como pias com sabonete e toalhas descartáveis nos leitos. Também foi constatado que 99% têm fornecimento contínuo de água limpa e 53% possuem álcool em gel disponíveis em enfermarias.

Os programas de capacitação e monitoramento dos profissionais sobre a higiene das mãos aparecem em menor quantidade, o que pode explicar a baixa adesão. O diagnóstico revela que 68% das unidades não têm orçamento exclusivo para treinamento em higienização das mãos, menos de 40% têm programa regular de treinamento dos médicos e enfermeiros e em 66% deles não há observadores para aferir a adesão à higienização.

Para o coordenador de Infectologia Hospitalar da Sociedade Brasileira de Infectologia, Eduardo Medeiros, capacitar é o caminho para disciplinar a prática de lavar as mãos. “Ele [profissional de saúde] não é igual a um funcionário de uma fábrica, fica exposto a muita pressão e questões emocionais. A instituição precisa investir em capacitação constante. Os médicos e enfermeiros são pessoas bem formadas, mas a higienização deixa a desejar mesmo entre esses profissionais”, disse.

Medeiros sugere que os hospitais devem usar estratégias para estimular a adesão, como premiar profissionais ou áreas onde a higiene das mãos é um hábito frequente.

Na maioria dos hospitais (77%), o profissional não tem retorno sobre os efeitos da prática, por exemplo, no controle das infecções. “É fazer a enfermeira e o médico receber os dados do ato de higienização. Ele vai saber se precisa melhorar ou se está cumprindo sua tarefa”, disse Diana de Oliveira, gerente-geral de Tecnologia em Serviços de Saúde da Anvisa, em entrevista à TV Brasil.

De maio a dezembro de 2011, a Anvisa colocou à disposição o questionário, para avaliar a situação da prática de higienizar as mãos nos hospitais. A participação na pesquisa era voluntária. Há representantes de todos os estados e do Distrito Federal no levantamento. Do total de unidades de saúde que responderam o formulário, 320 eram de São Paulo.

Foi liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, por volta das 22h de ontem, para seguir viagem,o navio MSC Armonia, da MSC Cruzeiro, que estava ancorado no Porto de Santos, litoral paulista. Com cerca de 2 mil pessoas a bordo, o cruzeiro faz um tour pela América do Sul e tem no itinerário a Argentina e o Uruguai.

A inspeção teve início às 8h15 e durou quase 14 horas. As vistorias foram necessárias após a morte de uma tripulante por Influenza B no último dia 17, além de outros dez tripulantes também ficarem doentes. O transatlântico está sob a suspeita de um surto de gripe tipo B. Segundo a Anvisa, os passageiros que apresentaram algum sintoma da doença foram medicados dentro do navio. Os que não demonstram nenhum sinal de infecção foram liberados e aguardaram até a noite para reembarcarem.

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No dia 17 deste mês, a tripulante do navio Fabiana dos Santos, de 30 anos, morreu por complicações respiratórias. Ela estava internada no Hospital Ana Costa, em Santos, desde o dia 15, quando desembarcou do MSC Armonia com sintomas de gripe. No mesmo dia em que Fabiana morreu, mais cinco tripulantes deram entrada no mesmo hospital, com sintomas semelhantes. No último dia 18, mais dois tripulante e três passageiros foram internados. Segundo o hospital, todos os demais pacientes tiveram alta até segunda-feira passada (20). Apenas Fabiana apresentou complicações.

Os exames preliminares de todos os pacientes detectaram a presença do vírus influenza B e estão sendo realizados novos exames para diagnosticar a causa da morte de Fabiana. Segundo a MSC Cruzeiros, a embarcação já havia passado por uma inspeção da Anvisa no dia 18, quando não foi constatado nenhum risco para a saúde de hóspedes e tripulantes. A empresa informa ainda que o navio passou por novas inspeções quando ancorou no Uruguai e na Argentina. No primeiro país, sete tripulantes passaram por um hospital de Montevidéu para observação por apresentarem sintomas de gripe, como coriza e tosse, mas tiveram alta em seguida. Na Argentina, o navio foi rapidamente liberado.

A Anvisa informa que acompanhou o desembarque de passageiros no Porto de São Francisco do Sul, em Santa Catarina, onde o navio fez uma nova parada ontem, 26. Em nota, a MSC Cruzeiros declarou que segue "rigorosamente todas as normas internacionais da Organização Marítima Internacional , do Ministério do Trabalho, da Anvisa e demais autoridades locais. Todas as embarcações estão de acordo com regras e padrões de funcionamento e operação mundiais, além de seguir todas as exigências das agências reguladoras dos países em que operam".

Apesar de serem de uso controlado, os ansiolíticos, indicados para o controle de ansiedade e tensão, estão entre os medicamentos mais consumidos no país nos últimos anos. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), esses inibidores do sistema nervoso central têm sido mais consumidos no Brasil do que muitos medicamentos que não exigem receita médica.

Responsável por fiscalizar a produção e a comercialização de produtos e serviços submetidos à vigilância sanitária, a Anvisa divulgou hoje (20) boletim técnico contendo uma série de informações a respeito do consumo de medicamentos controlados.

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De acordo com o Boletim do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados, desde 2007 os ansiolíticos feitos a partir de substâncias como clonazepam, bromazepam e alprazolam são os mais consumidos entre os 166 princípios ativos listados na Portaria SVS/MS nº 344, que inclui também as substâncias usadas em outros medicamentos de uso controlado, como emagrecedores e anabolizantes.

Os ansiolíticos estão entre os remédios conhecidos por “tarja preta”, que só poderiam ser comprados em farmácias registradas e autorizadas pela Anvisa a comercializar os medicamentos listados na Portaria 344. Não é difícil, contudo, encontrar na internet quem os ofereça como solução para curar a tristeza – qualquer que seja a causa – e até a insônia.

De acordo com a Anvisa, a venda legal de Rivotril – nome com o qual é comercializado o ansiolítico produzido a partir do clonazepam – saltou de 29,46 mil caixas em 2007 para 10,59 milhões em 2010. A Anvisa estima que só em 2010 os brasileiros gastaram ao menos R$ 92 milhões com Rivotril.

Entre os ansiolíticos, o segundo mais comercializado, o Lexotan (bromazepan), vendeu, em 2010, 4,4 milhões de unidades. Já o Frontal (alprazolam) registrou 4,3 milhões de unidades.

Os técnicos chamam a atenção para o grande volume de receitas de remédios controlados, em geral, prescritas por dentistas e médicos veterinários, percentualmente maior que a quantidade recomendada por médicos.

Principais órgãos reguladores da saúde pública no Brasil, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) entraram em choque hoje sobre a troca de implantes de silicone. Pressionada pelo Ministério da Saúde, a ANS teve de voltar atrás e rever as orientações sobre a assistência que planos têm de oferecer para troca de implantes PIP e Rofil. No fim da manhã, a agência informou que planos estariam obrigados a garantir tratamento para complicações de cirurgias estéticas, mas os custos da nova prótese ficariam por conta das pacientes.

A recomendação contrariava a garantia dada pelo presidente da Anvisa Dirceu Barbano, que, na quarta-feira, afirmou que todas as mulheres, independentemente da natureza da cirurgia, teriam direito à troca, desde que a ruptura da prótese fosse constatada. Depois de um telefonema do Ministério da Saúde, veio a mudança: o pagamento da prótese deverá ser discutido numa reunião entre as duas agências e representantes da Pasta, marcada para amanhã, em Brasília.

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"Vamos ter de acompanhar para ver qual definição será dada. Estamos dispostos a colaborar, mas não sei se devemos arcar com a substituição de uma prótese que não implantamos. E se essa também der problemas?", afirmou o presidente da Associação Brasileira de Medicina de Grupo, Arlindo Almeida. Esta é a segunda mudança do governo na estratégia para atender as mulheres vítimas da fraude dos implantes de silicone.

Há três semanas, o Ministério da Saúde havia informado que se responsabilizaria apenas pela troca das próteses colocadas durante cirurgias reparadoras. Ontem, numa reunião com representantes de sociedades médicas, o governo anunciou que a troca estava garantida para todas as pacientes. "O governo reconheceu que houve falha na metodologia para autorizar a importação das próteses", contou o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), Luciano Chaves, que esteve no encontro. "Tanto é que critérios agora foram alterados. Indústrias serão vistoriadas e os lotes do material, analisados". Chaves afirmou que as próteses terão dois itens avaliados: sua composição e resistência.

Os critérios do atendimento das pacientes deverão ser definidos numa reunião. A ideia inicial é que médicos particulares convoquem suas pacientes para uma consulta. A SBCP vai recomendar que os cirurgiões não cobrem por esse atendimento. As mulheres serão então submetidas a um exame de ultrassom e, se necessário, uma ressonância magnética para identificar o rompimento. O mesmo procedimento deverá ser adotado no serviço público de saúde: pacientes farão exame na rede pública e encaminhadas para serviços de cirurgia, caso seja indicado.

De acordo com Ministério da Saúde, nos serviços de média e alta complexidade mulheres serão atendidas de acordo com critérios da equipe médica. Não haverá uma fila específica para estas pacientes. Mas, se médicos considerarem o caso de emergência, ele poderá ser atendido mais rapidamente. Chaves afirma que a cada 100 mulheres que fazem mastectomia, 10 conseguem fazer a cirurgia reparadora nos primeiros 2 anos. A presidente da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama, Maira Caleffi, vai além: "Dependendo da região onde a mulher mora, essa cirurgia nunca é feita".

Para Maira, o problema pode piorar caso de não haja um aumento - nem que seja temporário - dos serviços para atender à nova demanda. "Não acho justo que uma mulher que está há anos mutilada, aguardando uma prótese, seja preterida por outra com complicações de uma cirurgia estética", disse. "Principalmente porque não há, em muitos casos, urgência". O Ministério da Saúde afirma não haver nenhum estudo que comprove a demora de dois anos para realização de um implante mamário. De acordo com a Pasta, a espera varia de serviço para serviço.

Chaves afirmou que não está descartada uma revisão nos critérios para indicação da substituição da prótese. "Tudo vai depender dos resultados encontrados" disse. Se ficar constatado, por exemplo, um risco acrescido nas próteses mais antigas, a cirurgia poderá ser recomendada. "Mas, por enquanto, trabalhamos apenas os casos de ruptura. É o mais acertado".

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou hoje no Diário Oficial da União a decisão de suspender em todo o território nacional, a importação, distribuição, comercialização e implantes da prótese mamária M-IMPLANTE fabricada pela empresa holandesa Rofil Medical Nederland, importada no Brasil pela Pharmedic Pharmaceuticals.

A importadora deverá recolher todo o material distribuído e no prazo de 30 dias encaminhar à Anvisa informações sobre o quantitativo importado, comercializado e recolhido.

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A decisão foi tomada pela Anvisa depois que autoridades sanitárias holandesas informaram que a Rofil havia importado implantes da empresa francesa PIP (Poly Implants Protheses), fabricados com silicone impróprio para uso médico.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) cancelou o registro da prótese holandesa Rofil, também fabricada com silicone impróprio para uso médico e, por isso, com maior risco de ruptura e complicações para pacientes. A medida ocorre quinze dias depois de autoridades sanitárias holandesas informarem que a Rofil, sediada naquele país, havia importado implantes da PIP e dias depois de mulheres registrarem queixas sobre reações provocadas pelo implante holandês na agência.

A Sociedade Internacional de Estética e Cirurgia Plástica também já havia divulgado um alerta sobre os riscos da prótese Rofil e sobre a necessidade de pacientes adotarem os mesmos cuidados que aquelas que receberam implante PIP. Na Holanda, a venda dos implantes da Rofil havia sido suspensa em 2010. O registro da prótese holandesa foi concedido no País para empresa Pharmedic Pharmaceuticals em 2009, com validade até 2014.

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A empresa informou na tarde de hoje que iria pedir o cancelamento do registro. De acordo com a distribuidora, apenas uma importação foi realizada da Rofil: em abril de 2009, com 193 unidades. A Pharmedic diz que nenhuma queixa foi feita sobre o produto e que ela se responsabiliza apenas por esse material. Mas, antes da Pharmedic, o produto já estava no mercado. Em 2001, a prótese Rofil foi registrada pela empresa Pró-Life Equipamentos. Em 2004, pela empresa Andema, que afirmou não ter porta-voz para se pronunciar.

A Anvisa não soube informar quantas próteses holandesas foram usadas e quantas ainda estão no mercado. O presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, José Horácio Aboudib, disse que a prótese não é mais encontrada no mercado brasileiro. A Anvisa não informou também se há risco de outras próteses, a exemplo da Rofil, terem terceirizado a produção para PIP.

O registro da PIP foi cancelado no Brasil dia 30 de dezembro, depois da comprovação de que a empresa havia usado silicone industrial para fabricação do implante. As próteses adulteradas apresentam maior risco de ruptura. Como o material é impróprio para uso em humanos, o risco de inflamações e outros efeitos colaterais é considerado mais elevado. Não houve confirmação de que o produto é cancerígeno. Estima-se que 12,5 mil mulheres usaram a prótese PIP no Brasil entre 2005 e 2010. No Brasil, até semana passada, 94 reclamações de implantes mamários foram registrados na Anvisa - dos quais 12 relacionados à PIP. A agência não informou quantos registros de queixas foram feitas por pacientes da prótese holandesa.

Diante do escândalo da adulteração das próteses, a Anvisa decidiu rever do acompanhamento da qualidade do material - considerada frouxa por médicos ouvidos pelo Estado. A proposta, que começou a ser analisada pela equipe técnica há dois anos mas ainda não foi concluída, prevê a análise de amostras de lotes das próteses antes de serem comercializadas. Esse procedimento já é adotado para camisinhas e luvas descartáveis.

Numa reunião marcada para amanhã entre Anvisa, Ministério da Saúde, representantes da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica devem pedir pressa para adoção de medidas mais rígidas de fiscalização. Desde 2010, a renovação ou concessão de um novo registro de prótese mamária de silicone está condicionada à inspeção da Anvisa para verificar a forma como é feita a fabricação. O cancelamento da prótese Rofil deverá ser publicado nos próximos dias no Diário Oficial. A empresa deverá providenciar a coleta e o descarte do material.

A Ouvidoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu 94 reclamações de mulheres que apresentaram problemas em próteses mamárias de silicone desde abril de 2010 - das quais pelo menos 12 relacionadas à marca francesa Poly Implant Protheses (PIP). Quando o registro do implante foi cancelado no Brasil, o presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, afirmara que não havia registro de notificações no sistema Notivisa - que reúne dados informados por profissionais de saúde. Mas não se referiu aos números de queixas feitas por pacientes.

Hoje, o Estado revelou que duas pacientes informaram à Anvisa reações adversas provocadas pelo implante da PIP. As queixas foram feitas em abril de 2010, logo depois de a agência determinar a suspensão do uso do produto - feito com material adulterado. As pacientes informam que não receberam resposta da agência. De acordo com a Anvisa, há registros de que apenas uma das pacientes - Jane - procurou a agência ainda em 2010.

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"Naquele momento, o aconselhamento já havia sido dado de forma geral: a recomendação era para pacientes procurarem seus médicos", disse o presidente-adjunto da Anvisa, Luis Alberto Klassman. Ele afirma que os dados coletados pela ouvidoria passaram a ser reavaliados depois da comprovação do risco maior de ruptura das próteses feitas com material adulterado da PIP. "Por enquanto, os dados que temos não mostram haver um número elevado de reações adversas. Há menos reações com os implantes do que com o ácido assetil salicílico".

O Brasil importou 34.631 unidades da marca PIP, das quais 24.534 foram comercializadas. As outras 10.097 próteses serão recolhidas e descartadas. A forma como o descarte deverá ser feito será discutida em detalhes amanhã, durante reunião com representantes da única empresa distribuidora do produto no Brasil, a EMI.

Klasmann afirmou que parte dos implantes foi usada em centros de referência de câncer. Dia 11, a Anvisa, representantes de sociedades médicas e do Ministério da Saúde deverão definir a estratégia que será adotada para acompanhar as mulheres que receberam a prótese. A agência tem em mãos um mapa com informações os serviços que receberam os implantes e quantas foram usadas. A maior parte foi usada em São Paulo, Rio e Estados do Sul. "Resta saber o que faremos: se vigilâncias vão procurar pacientes para completar o rastreamento ou aguardar comunicados de reações adversas".

Klasmann acredita que parte das mulheres que receberam a prótese da PIP já fizeram a troca, mas por razões de praxe. "A recomendação é de que produto periodicamente seja trocado", disse. A Anvisa enviou amostras das próteses para serem analisadas em laboratorialmente. Os resultados serão usados para instruir um Inquérito Administrativo Sanitário, aberto pela Anvisa para apurar o caso. A expectativa é de que as investigações sejam concluídas até o fim deste semestre. O presidente-adjunto disse não haver nenhuma recomendação para realização de um mutirão para que mulheres sejam submetidas a uma retirada da prótese. Mesmo para aquelas submetidas à cirurgia para retirada de tumor. "As recomendações serão discutidas dia 11", disse.

Pelo menos duas mulheres que usaram as próteses de silicone PIP e tiveram problemas com o rompimento registraram queixas na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2010 e nunca receberam resposta.

Em entrevista ao Grupo Estado na última semana de 2011, Dirceu Barbano, presidente da Anvisa, afirmou que, embora existam registros de reações adversas em outros países, a agência não tinha recebido nenhuma comunicação de problemas relacionados ao implante no Brasil.

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Ontem, procurada novamente pela reportagem, a Anvisa não explicou os motivos de não ter respondido às queixas das pacientes sobre os problemas com as próteses. Disse apenas: "aguarde a reunião que será realizada no próximo dia 11".

A esteticista Jany Simon Ferraz, de 54 anos, e a artista plástica Denise Villar Berretta, de 56, registraram reclamações na Anvisa em 2010 - logo após a agência ter suspendido a comercialização das próteses da marca Poly Implant Protheses (PIP) no País por causa da baixa qualidade. Desde então, nunca receberam nenhuma ligação e ainda aguardam resposta da área técnica.

Jany teve câncer de mama e fez mastectomia (retirou os dois seios). Colocou as próteses da marca PIP em 2005 por indicação do seu médico. "O plano de saúde pagaria por uma nacional, mas meu médico falou que só garantiria a cirurgia se eu usasse a prótese francesa PIP, que era melhor e mais segura. Segui a orientação dele e paguei R$ 3 mil."

Quatro anos depois, Jany começou a sentir dor e desconforto nas mamas. Fez um ultrassom que constatou o rompimento da prótese - o que foi confirmado depois com uma ressonância magnética. "O silicone tinha se espalhado por toda a região do tórax e axilas", conta.

Jany procurou o cirurgião que fez o implante de silicone e a EMI, empresa responsável pela importação das próteses PIP, mas nenhum deles quis se responsabilizar e arcar com os custos de outra cirurgia. Em 2010, com a suspensão da comercialização, a esteticista registrou a queixa na Anvisa.

A esteticista entrou com uma ação judicial que determinou que a EMI pagasse os custos da cirurgia e de um novo implante. Ao todo, entre exames, deslocamento e a cirurgia, foram gastos cerca de R$ 14 mil.

Mas os problemas de Jany não acabaram nessa cirurgia. Pouco tempo depois de trocar as próteses, ela voltou a ter febre e sentir dores. Teve de se submeter a outro procedimento para trocar novamente a prótese do lado direito, porque ainda havia resquícios do silicone vazado. Além disso, ela desenvolveu um tipo de reação alérgica grave - provavelmente causada pelo silicone que ficou no corpo - e toma medicamentos para controle até hoje.

"Essas próteses francesas acabaram com a minha vida. Estou sempre tensa, porque nunca sei qual será a próxima notícia ruim. É um absurdo a Anvisa, um órgão que deveria zelar pela saúde pública, dizer que não tem registro nenhum de problemas. O que eles fizeram com minha queixa? Engavetaram?"

Outro caso

A artista plástica Denise colocou as próteses em 2007 por razões estéticas. Também queria de outra marca, mas foi convencida pelo médico de que as próteses da PIP eram seguras e proporcionavam resultados estéticos melhores. Pagou R$ 4,3 mil pelo procedimento.

Dois anos depois, começou a sentir dor na axila esquerda e percebeu um caroço. Em 2010, fez exames que constataram o rompimento. "Fiquei apavorada, pois fui pesquisar sobre a PIP e descobri o escândalo na Europa. Registrei queixa na Anvisa, relatando a ruptura, e o que recebi de resposta foi um silêncio absoluto. Não é possível que a Anvisa ignore os casos."

Denise trocou as próteses por conta própria, mas ainda sente dores e os incômodos causados pelo silicone que ficou no corpo. Um mastologista vai avaliar a necessidade de realização de outra cirurgia. Ela também entrou com uma ação judicial que ainda está em andamento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A maior parte das próteses mamárias de silicone francesas PIP (Poly Implants Protheses) usadas no Brasil estão nos Estados do Sul e Sudeste. Ao todo, a empresa EMI Importação e Representação importou 34.631 das próteses defeituosas. Dessas, pouco mais de 24 mil foram usadas por cerca de 15 mil mulheres. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) começou nos últimos dias um rastreamento das próteses vendidas e chamou a empresa responsável pela importação, EMI importação e representação, para que forneça os dados de venda do produto no País.

"Todas as próteses tem um número de identificação que fica registrado no prontuário médico do paciente. A empresa vai trazer para a agência todos os seus registros de venda para que possamos saber para onde foram as próteses no País", explicou Luiz Alberto Klassmann, presidente-adjunto da Anvisa. Um lote de 10 mil, ainda em poder da empresa, será destruído.

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Apesar do rastreamento, Klassmann disse que é importante que as mulheres que não saibam ou tenham esquecido a marca de suas próteses procurem a clínica ou o médico que as atendeu para saber se estão entre as que receberam o produto da PIP. Ao mesmo tempo, a Anvisa recomenda aos médicos que usaram essas próteses que procurem seus pacientes e informem dos possíveis riscos de ruptura do material.

Na próxima semana, a Anvisa fará uma reunião com representantes das sociedades brasileiras de mastologia e de cirurgia plástica para analisar os riscos e a possibilidade de estabelecer um protocolo de procedimentos no caso de rupturas das próteses mamárias. "Como não temos um número significativo de casos de alteração pós-uso das próteses no nosso sistema, não temos uma série histórica que possamos analisar para saber como proceder preventivamente. Há uma deficiência nas informações repassadas à agência. Daí a necessidade de consultas à área médica", disse Klassmann.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou hoje o cancelamento do registro de próteses mamárias PIP (Poly Implants Protheses). A decisão, que deverá ser publicada no Diário Oficial nos próximos dias, foi tomada diante da comprovação de que o silicone usado nas bolsas não era para uso em saúde e dos registros de rompimento dos implantes.

O uso dos implantes no Brasil já estava suspenso desde abril de 2010, quando foi constatada que a fabricante do produto, uma empresa francesa, havia usado silicone sem registros. De acordo com a Anvisa, das 34.631 unidades importadas, 24.534 foram comercializadas.

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A recomendação é de que mulheres que receberam tais implantes procurem seus médicos para saber qual melhor procedimento a ser adotado. "Caso a paciente não saiba a procedência do implante recebido, o melhor é procurar o médico, a clínica ou hospital onde o procedimento foi feito. Eles têm obrigação de manter registros", afirmou o presidente da Anvisa, Dirceu Barbano.

A prótese que agora será proibida foi comercializada no Brasil entre 2005 e abril de 2010. De acordo com Barbano, embora registros de reações adversas tenham sido feitos em outros países, a Anvisa não recebeu nenhuma comunicação de problemas relacionados ao implante no Brasil.

Pelo menos 12 mil mulheres no Brasil usaram essas próteses em seus implantes mamários. Nos próximos dias, a Anvisa deve concluir um mapeamento sobre o uso dos implantes das próteses PIP no País. "A ideia é fazer um rastreamento, descobrir onde foi feita a distribuição do material e orientar vigilâncias locais para ficarem atentas", disse;

Barbano informou que estudos apresentados até agora não comprovaram a suspeita, apresentada na França, de que o material usado nas próteses aumentava o risco do desenvolvimento de câncer. "Os estudos não identificaram essa possibilidade. O que sabemos é que há maior risco de reações, de infecções."

O produto no Brasil foi importado pela Emi Importação e Distribuição. A empresa ficará encarregada de fazer a coleta das próteses e o descarte do material. A destruição do material será feito somente depois de autoridades sanitárias conferirem a quantidade dos implantes. "Não há como saber se houve uso irregular das bolsas desde o período em que determinamos a suspensão do produto. Isso seria uma atividade criminosa", disse Barbano. A fabricante do produto pediu o encerramento da empresa para o governo Francês.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vai cancelar o registro das próteses de silicone para seios da empresa francesa PIP (Poly Implants Protheses). A agência reguladora tomou a decisão depois que testes de laboratório, divulgados por autoridades sanitárias francesas, constataram que a empresa usou um tipo de silicone não autorizado para preencher as próteses.

Na semana passada, o governo francês recomendou às mulheres a retirar os implantes da marca PIP, porque eles apresentam maior risco de romper ou vazar. As cirurgias serão pagas pelo governo.

A Anvisa ainda irá recolher os produtos da marca que não foram utilizados no país. Das 34.631 próteses importadas, 24.534 foram implantadas. O restante será recolhido. Desde abril de 2010, o uso dessa marca de prótese de seio estava suspenso no Brasil.

A Vigilância Sanitária não registra problemas com os implantes nas brasileiras, mas aconselha que as pacientes com próteses da marca PIP procurem seus médicos para uma avaliação clínica. De acordo com a agência reguladora, os testes feitos na França descartaram ligação do produto com casos de câncer.

Brasília - A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) inicia hoje (27) uma campanha nos meios de comunicação para esclarecer a população sobre a proibição do uso e da venda de remédios para emagrecer no país.

Na primeira fase, a campanha será veiculada em 43 rádios de noves capitais – São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Fortaleza, Belo Horizonte, Curitiba, Recife, Porto Alegre e Salvador – onde há maior público consumidor de inibidores de apetite, segundo a Anvisa. Em fevereiro, a campanha começa a ser apresentada nos canais nacionais de televisão.

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As mensagens vão alertar que a maneira eficaz de emagrecer é com alimentação balanceada e prática de exercício físico semanal.

Em outubro, a Anvisa decidiu banir do mercado os medicamentos para emagrecer à base de anfepramona, femproporex e mazindol, os chamados anfetamínicos, porque podem causar problemas cardíacos e alterações no sistema nervoso central dos pacientes. Desde o dia 9 deste mês, farmácias e drogarias do país estão proibidas de vender os remédios. A fabricação e prescrição médica foram vedadas.

A sibutramina, usada também no tratamento de obesidade, continua liberada, mas com restrições. Os pacientes e médicos precisam assinar um termo de responsabilidade, que deve ser apresentado junto com a receita médica no momento da compra do medicamento. Os profissionais de saúde são obrigados a informar à Anvisa problemas em pacientes que usam o remédio.

De acordo com a agência reguladora, a sibutramina ajuda a perder, no mínimo, 2 quilos de massa corporal em um período de quatro semanas. O tratamento é indicado para quem tem Índice de Massa Corporal (IMC) igual ou acima de 30 e não sofre de doença cardíaca. O prazo máximo é de dois anos.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está aguardando a conclusão de autoridades francesas da área de saúde para decidir que orientações serão dadas às brasileiras que implantaram cerca de 25 mil próteses de mama PIP (sigla para Poly Implant Prothèse). De acordo com o governo francês, há suspeitas de que o gel de silicone seja de má qualidade e apresente mais chances de se romper.

Autoridades francesas aconselharam nesta sexta-feira (23) 30 mil mulheres do país que fizeram operações para aumentar os seios a retirarem seus implantes, segundo a BBC Brasil. As operações serão pagas pelo governo francês.

Fabricadas pela empresa PIP, as próteses vêm se rompendo em uma taxa acima do normal, pelo menos na França. A Anvisa informou à Agência Brasil que está acompanhando o desenrolar das investigações, que provavelmente a responsabilidade pela retirada dos implantes será do fabricante e que o caso deverá ser resolvido no âmbito do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), órgão vinculado ao Ministério da Justiça.

Ainda de acordo com a Anvisa, as orientações sobre procedimentos que deverão ser adotados pelas mulheres que implantaram próteses de mama PIP dependem ainda das informações que serão repassadas pela França. Caso a orientação seja a de retirada das próteses, caberá ao Ministério da Saúde dizer de quem será a responsabilidade pelas cirurgias de retirada.

O implante desse tipo de prótese foi proibido no Brasil em 2010. Em todo o país, foram comercializadas 25 mil delas. Até o momento, segundo a Anvisa, nenhum funcionário da área de saúde registrou a ocorrência de problemas nas próteses implantadas em brasileiras.

O único anticoagulante de uso oral que pode ser tomado com outras medicações, a rivaroxabana, já pode ser usado para prevenção de doenças vasculares como acidentes vasculares cerebrais (AVCs), embolia sistêmica em pacientes com arritmia cardíaca, como a fibrilação atrial, e no tratamento de tromboembolismo venoso (TEV), conhecido como trombose. A liberação foi feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Em estudos feitos com o medicamento, o risco de recorrência de trombose profunda caiu pela metade.

O Brasil é o país com maior número de mortes por derrame cerebral no continente. São quase 130 mil casos todos os anos, segundo dados da Ispor (Sociedade Internacional de Farmacoeconomia , na sigla em inglês). A fibrilação atrial é um tipo de arritmia cardíaca que atinge cerca de 1,5 milhão de brasileiros e é uma das principais causas de derrame cerebral, responsável por 20% de todos os casos registrados no país.

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O tromboembolismo venoso (TEV), que atinge entre uma e duas pessoas por grupo de mil habitantes no Brasil, compreende os casos de trombose venosa profunda (TVP) e de embolia pulmonar (EP). É caracterizado pela obstrução total ou parcial da veia por um coágulo, que impede o retorno do sangue ao coração da forma correta.

Brasília – A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vai recorrer da decisão da Sexta Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) que suspendeu a veiculação de seis das dez imagens de advertência em maços de cigarro da empresa Souza Cruz.

A empresa detém quatro das dez marcas mais vendidas legalmente no país – Derby, Hollywood, Free e Dunhill – e informou que só vai retirar as mensagens dos maços quando o julgamento terminar em última instância. A própria Souza Cruz já esperava que a Anvisa recorresse da decisão.

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A assessoria de imprensa da Anvisa lembrou que já foram feitas outras tentativas, por parte da indústria do tabaco, de retirar as imagens de advertência dos maços de cigarro, mas que o órgão tem obtido sucesso em todas as questões judiciais que envolvem a publicidade desses produtos.

Brasília - Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicada hoje (8) no Diário Oficial da União proíbe a distribuição e comercialização em todo o país do açúcar cristal marca Levesucar, com data de validade de 4/2013, distribuído por Silveira Comércio e Negócios de Açúcar Ltda, Ribeirão Preto (SP).

Laudo do Instituto Adolfo Lutz constatou a presença de grânulos irregulares com formatos diversos de partículas metálicas que indicam "falha na adoção de boas práticas de fabricação".

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Os primeiros casos de denúncia de contaminação de açúcar com fragmentos metálicos surgiram em Minas Gerais, em julho passado. De acordo com a Anvisa, a depender da dimensão e formato desses fragmentos, pode haver lesão no trato gastrointestinal do consumidor.

Desde então, a Anvisa orientou as vigilâncias sanitárias a intensificar a atividade de fiscalização das unidades beneficiadoras de açúcar.

Em outra resolução, a Anvisa determinou a interdição cautelar do lote 8014L JL 116 do produto canela da China em pó, marca Kinino, data de validade 6/7/2012, distribuído por RH do Brasil Indústria e Comércio de Produtos Alimentícios Ltda, de São José do Rio Preto (SP). O produto continha fragmentos de insetos, segundo a resolução.

Foi interditado ainda o amendoim marca Primor, data de validade 30/06/2012, produzido pela empresa Alimentos Primor Ltda, de Campo Belo (MG), por conter aflatoxinas acima do permitido pela legislação sanitária.

 

 

Brasília – A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) constatou que os produtores rurais têm usado agrotóxicos não autorizados no plantio de determinados alimentos. Em 2010, a Vigilâncias Sanitária avaliou 2.488 amostras de alimentos, sendo que 28% apresentaram resultado insatisfatório para a presença de resíduos dos produtos. Deste total, 605 (24,3%) amostras estavam contaminadas com agrotóxicos não autorizados.

Quando o uso de um agrotóxico é autorizado no país, os órgãos responsáveis por essa liberação, indicam para que tipo de plantação ele é adequado e em que quantidade pode ser aplicado. Em 42 amostras (1,7%), o nível de agrotóxico estava acima do permitido. Em 37% dos lotes avaliados, não foram detectados resíduos de agrotóxicos. 

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“Os resultados insatisfatórios devido à utilização de agrotóxicos não autorizados resultam de dois tipos de irregularidades, seja porque foi aplicado um agrotóxico não autorizado para aquela cultura, mas cujo [produto] está registrado no Brasil e com uso permitido para outras culturas, ou seja, porque foi aplicado um agrotóxico banido do Brasil ou que nunca teve registro no país, logo, sem uso permitido em nenhuma cultura”, conclui o relatório do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos de Alimentos (Para).

O pimentão lidera a lista dos alimentos com grande número de amostras contaminadas por agrotóxico. Em quase 92% das amostras foram identificados problemas. Em seguida, aparecem o morango e o pepino, com 63% e 57% das amostras com avaliação ruim.Em uma amostra de pimentão, foram encontrados sete tipos diferentes de agrotóxicos irregulares. A batata foi o único alimento sem nenhum caso de contaminação nas 145 amostras analisadas.

A agência reguladora constatou também que, das 684 amostras consideradas insatisfatórias, 208 (30%) tinham resíduos de produtos que estão sendo revistos pela Vigilância Sanitária ou serão banidos do país, como é o caso do endossulfan e do metamidófos, que serão proibidos no Brasil nos próximos dois anos.

Em 2010, foram avaliados resíduos de agrotóxicos em 18 tipos de alimentos em 25 estados e no Distrito Federal. São Paulo não participou do programa.

A lista com os dez alimentos com mais amostras contaminadas com resíduos de agrotóxicos é a seguinte:

1) pimentão
2) morango
3) pepino
4) cenoura
5) alface
6) abacaxi
7) beterraba
8) couve
9) mamão
10) tomate

Rio de Janeiro - O transatlântico Veendam, da empresa Holland América, que atracou no Porto do Rio de Janeiro nesta terça-feira (22) com uma passageira morta e cerca de 80 pessoas passando mal, poderá ser impedido de zarpar, dependendo do resultado da vistoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A informação foi dada pelo diretor da agência reguladora, Agenor Álvares da Silva.

Ele disse que estão sendo feitas análises de alimentos, água e produtos descartáveis. “Dependendo do grau de risco que a nossa fiscalização constatar a bordo do navio, ele pode ser autuado. E, dependendo ainda da situação em que se encontrar, pode, inclusive, ser proibido de zarpar do Porto do Rio enquanto não for feita uma desinfecção total do navio após avaliação dos nossos técnicos”.

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Ainda segundo o diretor, os tripulantes notificaram as autoridades, no último domingo (20), dos casos de diarreia em 86 pessoas, que surgiram quando a embarcação deixou Montevidéu, no Uruguai, uma das escalas da viagem.

Sobre a morte de uma passageira dos Estados Unidos, Álvares da Silva informou que os médicos da tripulação do Veendam descartaram a possibilidade de que a morte esteja ligada aos casos de diarreia. “Segundo os médicos do navio, o óbito ocorreu entre Montevidéu e Rio. Entre [o balneário chileno de] Valparaíso e Montevidéu ocorreu o surto de diarreia que acometeu as 80 pessoas. A pessoa que morreu era uma pessoa idosa, com quadro de diabetes, hipertensão e cardiopatia. O corpo está no Instituto Médico Legal e estamos aguardando os resultados da autópsia”.

O navio Veendam saiu de Nova York (Estados Unidos) havia 36 dias. Foram feitas escalas no Panamá, Valparaíso e Montevidéu antes de chegar ao Rio de Janeiro. Segundo relato de passageiros, a tripulação passou orientações sobre cuidados com higiene pessoal, como não tocar nos alimentos e lavar as mãos de duas em duas horas.

A chegada de um transatlântico internacional com uma passageira morta e um surto de gastroenterite a bordo, que atingiu 86 pessoas, sendo 79 passageiros e sete tripulantes, tumultuou o Pier Mauá, na Região Portuária do Rio, hoje pela manhã.

O Porto do Rio e a Secretaria de Turismo do Estado afirmaram que não foram avisados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre os problemas de saúde no cruzeiro e não souberam informar sobre o controle de saúde dos passageiros, que desembarcaram para passar a tarde na cidade. Apesar da embarcação ter atracado sob o código vermelho, o alerta máximo para risco iminente de segurança, a Anvisa informou que apenas um passageiro chegou ao Rio com os sintomas de gastroenterite.

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O navio MS Veendam, da Holland America Line, partiu de Nova York no dia 16 de outubro, mas a maioria dos passageiros embarcou no porto de Valparaíso, no Chile, no dia 6 deste mês. "Depois do desembarque no Chile, eu senti uma leve dor de barriga, mas nada demais" disse o americano aposentado Richard Rezba, de 67 anos, que viajava com a mulher Carol, de 64. O casal percebeu que a tripulação e funcionários incrementaram os procedimentos de segurança com uso de máscaras, luvas e toucas. O navio seguiu para a Argentina.

Há três dias, quando a embarcação passou pelo Uruguai, o navio adotou o código vermelho. A piscina foi interditada e todos eram orientados a lavar as mãos a cada duas horas. Passageiros com sintomas de diarreia foram isolados em suas cabines para atendimento médico, segundo os relatos dos viajantes hoje.

Enquanto alguns passageiros tinham conhecimento do código vermelho, outros desconheciam que uma mulher estava morta a bordo. "Eu realmente não sabia disso. É preocupante", disse o inglês Jim Sullivan, de 61 anos. O corpo de Dorothy Missin Phillips foi encaminhado para o Instituto Médico Legal para autópsia, que vai determinar a causa da morte. Autoridades afirmavam que a mulher teve um enfarte sem ligação com a intoxicação ocorrida a bordo, mas apenas o laudo cadavérico vai determinar o que ocorreu.

"Os dois fatos (a morte da passageira e o surto dentro do navio) não foram comunicados ao Estado. Foi feita uma notificação à Anvisa, que não conseguiu contatar o Estado. O próprio Píer não estava preparado para receber esta infecção dentro do navio", reconheceu o secretário de Turismo do Estado, Ronald Azaro.

Segundo ele, um auto de infração seria emitido para a operadora estrangeira e uma notificação para a operadora do cruzeiro no Rio.

A comandante e o médico do navio transatlântico foram levados à Polícia Federal para prestar esclarecimento e permaneceram na sede da Superintendência por menos de uma hora. A PF abrirá inquérito apenas se o laudo cadavérico do corpo da americana não apontar morte de causa natural.

Em nota, a Anvisa informou que nos últimos dois dias foram registrados dois casos de gastroenterite no transatlântico e que isto apontava uma "diminuição significativa do número de casos no momento de atracação do navio no Brasil".

De acordo com a Anvisa, o navio, durante sua navegação em águas internacionais, tomou todas as medidas recomendadas para controle do surto de gastroenterite a bordo e as falhas identificadas pelos inspetores da Anvisa, durante a inspeção realizada na manhã de hoje Rio, foram corrigidas pela equipe do transatlântico.

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