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O elevado comprometimento da renda com dívidas e os altos juros dos financiamentos devem frear o consumo neste Natal de itens de maior valor, como eletrodomésticos e eletroeletrônicos, normalmente comprados a prazo.

Apesar da alta de preços dos alimentos, a expectativa é este seja o Natal da comida, da bebida e das roupas, itens de menor valor e normalmente pagos à vista ou, no máximo, parcelado no cartão. Também a volta das confraternizações em família deve dar um impulso extra às vendas dos básicos.

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Mais de 70% do faturamento total do varejo neste final de ano, projetado em R$ 65,01 bilhões pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), deverão estar concentrados em comida, bebida e artigos de vestuário.

Se as projeções se confirmarem, a grande fatia de alimentos e itens de vestuário nas vendas em dezembro será uma marca inédita. "Nos últimos anos, não lembro de uma concentração tão forte (72,5%) de vendas em alimentos, bebidas e vestuário", afirma o economista-chefe da CNC, Fabio Bentes.

A receita com bens duráveis de dezembro é um indicador antecedente importante para a economia como um todo, porque alavanca a atividade no início do ano. Quando o resultado da comercialização desses itens em dezembro é favorável, a indústria começa janeiro com pé direito e a reposição de estoques puxa uma longa cadeia de produção, emprego e renda.

Para este ano, no entanto, a perspectiva é que o faturamento real (descontada a inflação) do Natal com duráveis recue para R$12,8 bilhões, ante R$ 13 bilhões em dezembro de 2021, e atinja o menor patamar de receita para o mês em 12 anos.

Um dos fatores para o fraco desempenho na venda de duráveis é o fato de o brasileiro chegar neste Natal com quase 30% da sua renda comprometida com pagamento de dívidas, aponta um estudo feito pelo economista da CNC, a pedido do Estadão, para avaliar o impacto do empenho da renda e da alta dos juros no consumo de final de ano. Esse é o maior nível de comprometimento da renda para os meses de dezembro desde o início da série em 2010, segundo dados do Banco Central (BC).

Também o juro cobrado nos financiamentos de duráveis, excluindo veículos, que atingiu 31,7% ao ano em outubro, de acordo com o BC, pesa sobre o consumo a prazo. Com a perspectiva de a taxa continuar pressionada, porque a inflação voltou a subir nos últimos meses, o juro ao consumidor para compra de bens duráveis deve encerrar 2022 no maior nível para dezembro desde do início da série, em 2011.

Levantamento da CNC mostra que, pelo segundo ano consecutivo, em 2022 o pagamento de dívidas será o principal destino da segunda parcela do 13º salário (37,8%), seguido pelos gastos com consumo de bens (33%). "Este será o Natal do consumo possível, acessível", frisa Bentes.

Diante desse cenário, lojas de eletroeletrônicos buscam alternativas para alavancar vendas e supermercados já se prepararam para o crescimento no volume de negócios na casa de dois dígitos.

Casas Bahia faz campanha de 'parcelinha' de R$ 29,90

A Casas Bahia, por exemplo, uma das principais varejistas de eletroeletrônicos, começou no dia 9 deste mês uma campanha de Natal na qual a parcela mínima de produtos comprados a prazo no cartão da loja e de terceiros é de R$ 29,90. A empresa informa que o objetivo dessa condição comercial para as compras na loja física, site e aplicativo, é tornar as compras acessíveis "a todos os bolsos". A estratégia envolve itens selecionados, como smartphones, games, brinquedos, por exemplo.

A varejista não detalha os motivos para fixar a parcela em R$ 29,90. Coincidência ou não, nesta semana um Chocottone Maxi, de 500 gramas, da marca Bauducco, era vendido na loja do Carrefour do Bairro do Limão (SP) por R$ 29,99.

A perspectiva mais favorável à venda de alimentos neste Natal em relação aos duráveis animou os supermercados. Pesquisa da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) mostra que 66% das empresas projetam aumento de vendas de 11,2% nas quantidades de carnes natalinas, entre aves, suínos, frangos e bovinos. No caso das bebidas, que incluem cervejas, vinhos, espumantes, destilados e refrigerantes, a alta esperada é de 12,5% ante dezembro de 2021.

Em outros anos, o crescimento em dezembro girava em torno de 8%, lembra o vice-presidente da Abras, Marcio Milan. "Este ano a expectativa de crescimento de dois dígitos dos supermercados surpreendeu."

Ele lembra que hoje há mais dinheiro em circulação na economia e isso deve impulsionar as vendas neste fim de ano. De 2021 para 2022, por exemplo, são 3 milhões de empregados a mais com carteira assinada e recebendo o 13º salário. Além disso, diz o executivo da Abras, hoje há um milhão a mais de beneficiários do auxílio do governo, que aumentou de R$ 400 para R$ 600. "No ano passado, não tinha auxílio caminhoneiro nem taxista."

Com a pandemia sob controle, também as festas de família devem aumentar este ano. E isso acaba sendo um empurrão extra nas vendas de alimentos e bebidas.

Inflação resiste

O aumento de dois dígitos nas vendas de alimentos e bebidas é esperado pelos supermercados, apesar do avanço nos preços. No início do mês, a Abras pesquisou o custo de dez itens muito consumidos no Natal e constatou que, na média do País, a cesta neste ano está 9,8% mais cara em relação a 2021. A perspectiva, segundo Milan, é que os preços recuem com a proximidade das festas e o recebimento da segunda parcela do 13º salário. O dirigente da Abras diz que a concorrência entre varejistas aumentou muito e que a perspectiva é de um volume maior de ofertas comparativamente a outros anos, fruto de negociações entre indústria e supermercados.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse neste sábado, 19, em Campinas, que seu governo não vai apoiar o plano de ajuste fiscal do governo federal e a possível recriação de uma contribuição nos moldes da extinta CPMF. "Não vai ter o nosso apoio. O que é preciso é enxugar o tamanho do governo", afirmou.

Ele disse que, ao perceber a crise, o governo de São Paulo fez o dever de casa, tendo fechado uma secretaria e três fundações - a quarta ainda será extinta. "Vendemos um avião a jato, um helicóptero, reduzimos frota de automóveis, diárias, horas extras", relatou.

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Segundo Alckmin, o Brasil tem governo demais e Produto Interno Bruto (PIB) de menos. "Como não cabe um no outro, a tentação é aumentar impostos para equilibrar as contas, o que, num momento de recessão, vai agravar a crise. Em momentos excepcionais isso até pode ser necessário, mas o primeiro esforço tem de ser de redução de despesas", disse o governador, que participa hoje do 4º Fórum Nacional de Agronegócios.

Ainda segundo Alckmin, o governo precisa voltar a crescer. Se o País não retomar o crescimento, o ajuste fiscal não funciona porque a arrecadação vai cair mais. O foco está equivocado e a solução, de aumentar a carga tributária, ainda mais.

Perguntado sobre a afirmação do ministro Gilmar Mendes, de que o Brasil vive uma cleptocracia, Alckmin disse que é necessário apoiar a investigação que está em curso. "Estamos passando por um processo importante de investigação, apuração e punição, o que é fundamental. Os crimes do colarinho branco, você tem em muitos lugares, o que não pode ter é impunidade. O que a gente verifica é que não são casos isolados. Você tem de maneira mais sistêmica na área federal, e principalmente no caso das estatais, uma promiscuidade entre o público e o privado que precisa ser corrigida."

Ed Sheeran pode arrancar suspiros e roubar o coração de muitos fãs ao cantar o hit Thinking Out Loud, porém, de acordo com a People, em entrevista à rádio australianaNova FM, ele revelou um acontecimento um tanto quanto nojento durante uma de suas apresentações.

- Não medi direito um pum no palco e acabei me sujando. Isto foi bem no meio de uma performance e eu estava bem empolgado com aquela apresentação e, de repente, eu simplesmente pensei: 'ok, vou ficar na minha até eu terminar e espero que acabe logo para ir para casa e poder tirar essas calças', contou o cantor, que tem sua música de sucesso como o tema de Benjamin e Mari, em I Love Paraisópolis.

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Mas o excesso de informação despejado pelo cantor não começou à toa. A conversa de conteúdo inusitado começou quando Ed foi indagado se ele já havia soltados gases no palco. A entrevista foi feita em forma de um jogo, em que o cantor deveria levantar as plaquinhas de 'sim' ou 'não' de acordo com cada pergunta.

- Você já ficou mais de três dias sem trocar sua roupa íntima?, perguntou o apresentador.

Ele então logo levantou a plaquinha de 'sim'. O que será que os fãs acharam dessas revelações, hein Ed?

A uma semana do Fórum Econômico Mundial de Davos e depois do aperto nos juros mais forte pelo Banco Central, o ministro em exercício da Fazenda, Dyogo Oliveira, mandou um recado claro para os críticos da política fiscal: o governo vai ser duro no controle de gastos e obter resultados fiscais muito melhores no primeiro semestre deste ano.

Escalado para falar sobre a estratégia da área econômica para as contas públicas, Oliveira afirmou à reportagem que a política fiscal em 2014 será marcada por uma sequência de resultados positivos, que vai começar a organizar as expectativas e reduzir críticas. O governo vai segurar o lançamento de novas despesas e projetos. A chave para evitar o aumento dos gastos será "dizer não".

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Número 2 no comando do Ministério da Fazenda, Oliveira antecipou que os dados de janeiro até quarta-feira (15) mostram uma arrecadação de impostos e contribuições federais acima do esperado pelo governo. "A reversão dessas expectativas negativas da política fiscal virá do resultado que vamos apresentar", disse ele.

Além da suspensão de novas despesas e do aumento da arrecadação, o governo colocou na geladeira novas desonerações. "Só vamos retomá-las quando estiver sobrando dinheiro", garantiu. E, em meio à pressão do mercado em torno da condução da política fiscal na virada do ano, o ministro interino fez um mea culpa. "Em muito casos, há falta de comunicação do governo a respeito das matérias que afetam o resultado", admitiu. Ele também ponderou que há críticas com base em análises precipitadas e que mereceriam um pouco mais de atenção.

Gastos

Oliveira disse que é preciso levar em consideração a redução do ritmo de crescimento das despesas, acrescentando que os gastos cresceram, em média, 5,2% entre 2010 e 2013, enquanto as receitas primárias aumentaram 5,7%.

Entre 2002 e 2013, a média de crescimento das despesas foi de 9,9%, ante uma expansão de 9,1% das receitas. "O que é importante para analisar a qualidade da política fiscal é a comparação entre o crescimento das despesas totais e das receitas", afirmou.

Em resposta ao represamento de despesas no fim do ano passado, Oliveira assegurou que não haverá pressão adicional nas contas deste ano por causa desses gastos ainda a serem pagos. "As despesas que forem pagas em 2014 estarão dentro do limite financeiro que nós vamos fixar", afirmou.

O limite estará fixado em um decreto que será divulgado em fevereiro, junto com a meta fiscal para o ano. Oliveira faz mistério: "Não vou antecipar, mas estou dizendo as variáveis que favorecem o resultado fiscal em 2014. É a continuidade das despesas nesse sistema de controle e, do outro lado, uma arrecadação que virá melhor por vários fatores". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo da Espanha planeja apresentar no dia 30 de dezembro uma série de medidas para atingir as ambiciosas metas de redução do déficit orçamentário, e estabeleceu um prazo limite em 7 de janeiro do ano que vem para representantes empresariais e sindicatos negociarem um acordo para a reforma do mercado de trabalho, segundo informou hoje a porta-voz do governo, Soraya Saenz de Santamaria, que também é vice-primeira-ministra.

As medidas serão uma solução temporária enquanto o governo trabalha no orçamento de 2012, que deve ser apresentado em 30 de março. Os comentários de Soraya foram feitos em uma entrevista coletiva, após a primeira reunião de gabinete do primeiro-ministro Mariano Rajoy, do Partido Populista. Ele venceu as eleições realizadas no dia 20 de novembro, mas a administração anterior, do socialista José Luis Zapatero, não elaborou o orçamento de 2012, preferindo optar por estender o orçamento deste ano.

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Soraya não deu detalhes das medidas que serão anunciadas na próxima semana. As informações são da Dow Jones.

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