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Estudo do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar) e da consultoria PwC aponta que há espaço no Brasil para incremento de fusões e aquisições entre empresas do varejo. A análise faz parte do Ranking Ibevar 2013 das 120 maiores empresas do varejo brasileiro.

Para o professor Cláudio Felisoni de Angelo, presidente do Ibevar, existe uma necessidade das companhias de ganho de escala para que consigam encarar o ambiente competitivo. Ele destacou que a tecnologia e a internet permitiram maior transparência e acompanhamento de preços entre as empresas, o que tornou a marcação mais rápida e a competição mais explícita.

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Jorge Inafuco, gerente sênior da PwC Brasil, afirmou que em 2013 a consultoria espera que varejo e consumo representem cerca de 10% das fusões e aquisições do Brasil, ou seja, 80 negócios de um montante que pode chegar a 800 negócios no ano. A fatia de 10% é a mesma do ano anterior, quando foram 770 negócios. Farmácias e shoppings se destacam dentro do setor.

Os negócios, diz Inafuco, devem se concentrar em redes pequenas e médias, com faturamento anual entre R$ 300 milhões e R$ 1 bilhão. As fusões de empresas do mesmo porte, mantendo operações com bandeiras diferentes, são uma possibilidade, destaca. O vice-presidente do Ibevar, Eduardo Terra, destaca que as fusões e aquisições devem contribuir para aumentar a quantidade de empresas com faturamento superior a R$ 1 bilhão por ano.

De acordo com Terra, a expectativa é de que mais 15 empresas atinjam a marca do R$ 1 bilhão em 2013. Com isso, esse grupo chegaria a 87 companhias. Ele avalia que até seis empresas poderiam chegar ao chamado "clube do bilhão" com crescimento orgânico, mas outra parte conta com fusões e aquisições. "Trabalhamos com a hipótese de que o varejo todo um dia chegue ao faturamento superior a R$ 1 bilhão", diz.

Expansão

O estudo do Ibevar e da PwC identificou ainda potencial para expansão das redes de varejo. De acordo com o levantamento, apenas nove das 120 redes avaliadas tem presença em todos os estados do Brasil. Além disso, apenas sete empresas tem mais de mil lojas.

A atuação em diversos canais, com lojas físicas e virtuais, é característica de apenas 53% das empresas estudadas. Além disso, 48% têm lojas em formatos diferentes (de portes diversos, por exemplo) e 44% têm mais de uma bandeira de loja.

O diretor presidente da Minerva Foods, Fernando Galletti de Queiroz, reafirmou, nesta segunda-feira, 4, na abertura de teleconferência com analistas, que o ciclo de aquisições no Brasil da companhia se encerrou com o acordo celebrado entre a companhia, seu acionista controlador VDQ e a BRF. "Isso encerra o ciclo de M&A (fusões e aquisições) no Brasil. Achamos que esse foi um passo que consolidou o Minerva no território brasileiro", afirmou.

Segundo ele, a empresa seguirá agora com o foco, em termos de aquisições, na América do Sul, citando especificamente o Uruguai e o Paraguai. O executivo evitou dar prazos para que estas negociações ocorram e enfatizou que a empresa buscará negociações que tragam efeitos neutros nos níveis de alavancagem. "No momento, nosso foco é a integração dos ativos (da BRF)", afirmou.

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Queiroz ressaltou que o acordo será encaminhado esta semana para o Conselho Administrativo de Defesa da Concorrência (Cade) e prevê que o tramite deve durar cerca de 30 dias.

Na primeira metade de 2013, o Google gastou cerca de US$1,  3 bilhões na compra de dezesseis novas empresas, segundo divulgado pela companhia na última quinta-feira (25).

A maior parte desse valor foi gasto na aquisição da sua ex-rival em mapeamento Waze, que custou US$996 milhões, pouco menos do que os US$  1,1 bilhão especulados anteriormente, mas, ainda assim, uma quantia considerável.

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As outras 15 aquisições custaram a empresa US$ 344 milhões, incluindo a Makani Power e Wavii. O Google, porém, também realizou a venda da Motorola Home adquirida pela Arris por US$ 2,238 bilhões, resultando em um lucro de US$ 747 milhões para a empresa, incluso nos ganhos do segundo trimeste.

Depois de anunciar que irá implementar sua rede 4G compartilhada com a operadora claro, a Telefônica Brasil anunciou que os investimentos serão em torno de R$ 5,7 bilhões para expandir a rede de fibra ótica e instalar a rede telefonia móvel 4G.

Em 2013, os valores investidos são 12,5% maiores do que no passado, com isso a empresa espera melhorar a qualidade dos serviços e expandir os serviços de banda larga gratuita e TV em alta definição.

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Os valores que serão usados para compra de licenças de radiofrequência e fusões e aquisições ainda não foram calculados e não estão inseridos nesses investimentos.

O novo regimento do Conselho Administrativo de Defesa Econômica, aprovado na tarde desta terça-feira, trouxe uma nova regra para notificação ao Cade de fusões e aquisições. Além dos critérios de faturamento mínimo, que constavam na lei aprovada em novembro do ano passado, as operações que não envolverem a compra do controle das companhias terão limites mínimos de capital adquirido para que sejam notificadas.

No caso de duas empresas não concorrentes, só precisarão ser submetidas ao Cade as operações de compra de pelo menos 20% do capital votante ou social da companhia, estendendo-se para múltiplos desse patamar.

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Para empresas concorrentes ou que tenham uma relação vertical na cadeia produtiva, o limite é menor, de 5%, e a cada vez que a fatia do comprador chegar a seus múltiplos, ou seja, 10%, 15%, 20% e por aí em diante.

"Todos os países com mercados de capitais em desenvolvimento têm preocupação com essas participações minoritárias", afirmou o novo presidente do Cade, Vinícius de Carvalho, que toma posse no cargo nos próximos dias. "Buscamos estabelecer filtros para analisarmos um número de operações que sejam relevantes."

Rito sumário

O novo regimento da autoridade antitruste fixou ainda critérios para que as operações sejam submetidas a um rito sumário, que se encerrará na Superintendência Geral, criada pelo novo modelo do Cade, sem precisar passar pelo julgamento do plenário.

O rito sumário contemplará a entrada do agente em um novo mercado e as operações com participação de mercado dos grupos inferior a 20%. Ainda passarão pelo trâmite sumário as consolidações de controle por parte de grupos dominantes e a formação de joint ventures.

Segundo o novo superintendente-geral, Carlos Ragazzo, a intenção é que o rito sumário dure de 30 a 60 dias, conforme a média internacional. Esse prazo, no entanto, não foi estipulado no regimento devido à fase de transição do conselho.

O site de compras coletivas Peixe Urbano, criado em março de 2010 no Brasil, está ampliando sua base de usuários e sua presença na América Latina. A empresa anunciou hoje a aquisição das operações do site espanhol Groupalia em seis  países da AL, incluindo o Brasil. Segundo a empresa, o Peixe Urbano agora atinge uma base de 20 milhões de usuários cadastrados e amplia presença para mais dois países da região - Colômbia e Peru.

O Groupalia é apontado pela comScore como o segundo site de compras coletivas mais

visitado da América Latina e o quarto maior site do segmento no Brasil. Ao comprar as operações do Grupalia no Brasil, Argentina, México, Chile, Colômbia e Peru, o Peixe Urbano passa a atuar mais fortemente no chamado Local Commerce, oferecendo mais amplitude de ofertas específicas de descontos para cada país. Segundo o informe das empresas, o Groupalia pretende por sua vez concentrar seus investimentos na  Espanha e Italia.

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No inicio de 2012, o Peixe Urbano anunciou a terceira rodada de investimentos, liderada pela Morgan Stanley Investment Management e pela T. Rowe Price Associates. Recentemente, adquiriu o site pioneiro e líder no segmento de reservas online no Brasil, o Zuppa.

“Vimos no Groupalia uma excelente oportunidade de reforçar a nossa estrutura e de ampliar o alcance da empresa, trazendo assim mais eficiência e mais benefícios aos nossos usuários e parceiros,” diz Julio Vasconcellos, presidente e co-fundador da empresa.

Os anúncios de fusões e aquisições foram 6% inferiores no Brasil no ano passado, somando um total de 746 transações, quando comparados a 2010 (797 negócios), conforme relatório da PricewaterhouseCoopers (PwC). Apesar da redução, o segmento de M&A (sigla em inglês para fusões e aquisições) continua "aquecido", confirmando, segundo a consultoria, uma menor sensibilidade às turbulências e incertezas do cenário externo.

Na comparação com o resultado de 2007, ano considerado referência nacional e internacional de atividades econômicas, o balanço de 2011 apresentou elevação de 3% nos negócios anunciados. Depois do esfriamento nas negociações durante o terceiro trimestre de 2011, o mês de dezembro foi destaque com 75 transações anunciadas. No entanto, o volume é menor que o registrado no mesmo mês dos anos de 2010 e 2009, com 95 e 78 transações, respectivamente.

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As transações cujo valor foi divulgado (273 negócios ou 73% do universo total), somaram US$ 49,9 bilhões, o que corresponde a uma média de US$ 183 milhões por negócio. Entre os maiores negócios anunciados estão a compra de fatia da Usiminas pela Ternium, de US$ 2,7 bilhões, e a aquisição da Schincariol pela Kirin, de US$ 2,5 bilhões.

Liderança dos brasileiros

Os investidores nacionais participaram da maioria das negociações (63%) no ano passado, respondendo por 400 aquisições de participação (controladora ou não). Em 2010, foram 403 negócios. Em seguida, vieram os investidores estrangeiros, que estiveram presentes 237 transações, participação inferior aos 267 negócios observados em 2010.

"Após período de constante interesse por parte do investidor estrangeiro no País, nota-se uma leve redução da atividade deste investidor em relação ao ano anterior", destaca a PWC. Este fenômeno foi verificado nos últimos meses devido à instabilidade do mercado e à crise internacional.

Os fundos de private equity marcaram presença em 42% dos negócios de fusões e aquisições no Brasil em 2011. Segundo a PwC, a participação desses investidores saltou de 11% para 42% nos últimos cinco anos, chegando a atingir 44% em alguns períodos do ano passado.

Setores

O perfil multissetorial foi mantido no setor de M&A, com o segmento de tecnologia da informação liderando os negócios anunciados, com 11% do volume. Foram 79 transações em 2011 contra 71 no ano imediatamente anterior. Alimentos ocuparam a segunda colocação no ranking de fusões e aquisições, com 66 negócios. Química e bancos vieram em seguida, com 64 e 61 operações, respectivamente.

Favorecidas pela crise global, as empresas brasileiras não só estão se internacionalizando, mas também começaram a avançar sobre as estrangeiras no País. Estudo inédito feito pela Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização (Sobeet) revela que as companhias brasileiras desembolsaram US$ 27,5 bilhões desde 2008 até novembro deste ano para comprar ativos de empresas estrangeiras no Brasil.

A cifra é um pouco menor do que a que foi gasta com a internacionalização das companhias brasileiras no mesmo período para comprar ativos no exterior (US$ 32,6 bilhões). No entanto, o resultado é importante porque sinaliza uma nova tendência, de acordo com o estudo feito com base em 850 fusões e aquisições.

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Os negócios envolveram empresas brasileiras como compradoras, vendedoras ou alvo. Neste último caso, o Brasil não é nem comprador nem vendedor, mas sedia o ativo que é objeto da negociação.

"O resultado foi surpreendente. Superou o que eu imaginava", afirma o vice-presidente da Sobeet, Reynaldo Passanezi, economista responsável pelo estudo. Ele observa que, anteriormente, o que se via apenas era o movimento de internacionalização das multinacionais brasileiras.

"Comecei a observar e constatei que as empresas brasileiras estavam não só indo às compras no exterior, mas também adquirindo estrangeiros no Brasil, num claro sinal de fortalecimento da sua situação financeira", diz o economista. Na opinião dele, o que desencadeou esse movimento de compra pelas brasileiras de ativos das estrangeiras foi a crise nos países de origem dessas companhias.

Tanto é que os dados do estudo mostram que houve uma grande concentração de negócios em 2010 e 2011, até novembro. Nesses dois anos, ocorreram cerca de 60% dessas transações, considerando-se os valores envolvidos. "Acredito que essa tendência continue não só enquanto a crise persistir. Isso porque há interesse das estrangeiras de 'consertar' as matrizes, investindo mais recursos em seus países de origem." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Mesmo diante de um período de estresse global, as empresas brasileiras projetam novas aquisições para os próximos 12 meses. Ao invés de diminuir, o período de volatilidade contribuiu para que as organizações aumentassem seu apetite. Levantamento do "Capital Confidence Barometer", produzido pela Ernst & Young Terco, mostra que 37% das companhias no Brasil esperam concluir uma aquisição no próximo ano, índice superior aos 29% registrados em abril, data da pesquisa anterior.

Além disso, o país figura na lista das regiões mais atraentes para investimentos ao lado de China, Índia, EUA e Austrália. De acordo com Rogerio Villa, sócio-líder de Transações da Ernst & Young Terco, apesar de grande parte do mundo estar preocupada com a volatilidade dos mercados, as organizações brasileiras estão focadas no crescimento, com um total de 71% delas projetando expansão nos próximos 12 meses. "Enquanto a maior parte do crescimento deve ser orgânico, nós esperamos um aumento em transações, na medida em que mais de um terço das companhias planeja realizar aquisições", afirma.

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No mundo, 41% das empresas líderes globais esperam concluir alguma aquisição nos próximos 12 meses. Saindo do escopo dos BRICS, Malásia, México e Argentina se destacam como os três mercados emergentes mais populares como destino para os investimentos. "Um portfólio de negócios equilibrado precisa ter a presença de um mercado emergente assim como operações em mercados maduros. Os emergentes asiáticos estão entre os mais atrativos, com seu alto potencial de crescimento oferecendo alguma proteção contra a volatilidade atual nos mercados maduros", justifica Pip McCrostie, vice-líder global de Transações da Ernst & Young, por meio de comunicado à imprensa.

Conforme o levantamento, o apetite das empresas por fusões e aquisições é sustentado por demonstrações financeiras mais sólidas e um foco maior na adequação operacional. Somado a esses fatores está o fato de os preços dos ativos terem sofrido uma forte apreciação, estimulando os vendedores a irem a mercado. Na avaliação de quase dois terços (57%) dos executivos entrevistados, as avaliações de ativos devem manter-se nos níveis atuais por 12 meses, gerando uma expansão de 30% em potenciais vendedores na comparação com seis meses atrás - 26% das empresas consultadas avaliavam a possibilidade de serem adquiridas no próximo ano.

"Atualmente, companhias líderes de mercado descartam fazer parte das crises do mercado e focam em crescimento e M&A (fusões e aquisições, na sigla em inglês). Para elas, não se trata de um novo 2008. Essas companhias têm passado os três últimos anos reduzindo os riscos financeiros de suas demonstrações e adotando duras medidas de eficiência necessárias para o fortalecimento de suas posições, o que as habilita à gestão em tempos de volatilidade", explica McCrostie.

Outra mola que sustenta o ritmo de negócios, segundo mais de um terço dos entrevistados, é a possibilidade de abocanhar uma fatia de um novo mercado. Companhias brasileiras que investem no exterior estão buscando espaço na China, EUA e Índia, de acordo com o levantamento da Ernst & Young Terco.

Obstáculos não reduzem confiança

Os riscos regulatórios ainda causam uma grande dor de cabeça para as empresas. Na opinião da maioria dos executivos consultados (87%), o aumento por pressões regulatórias poderia impedir o crescimento das organizações, com destaque para os setores bancários e de reforma financeira que, consequentemente, impactariam "amplamente" em outros segmentos e regiões. "A regulação é um obstáculo em potencial. Além disso, há a questão do ambiente econômico. Embora os nossos entrevistados tenham demonstrado uma posição otimista em relação a M&A, uma recessão global profunda afetaria todas as apostas das empresas", afirma McCrostie.

No entanto, o clima ainda é "surpreendentemente" otimista, de acordo com levantamento da Ernst & Young Terco, que ouviu 1.000 executivos no mundo todo. Dois terços dos entrevistados (63%) consideram a economia global, ao menos, estável, embora seja ressaltado no relatório que "a diminuição do crescimento nos EUA, acompanhada do rebaixamento da classificação de crédito do país e da escalada da crise da dívida soberana na zona do euro, afetou a atividade do mercado de capitais à época das entrevistas". A confiança está "particularmente alta" em setores como energia, petróleo e gás, metais e mineração.

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