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O astronauta americano Scott Kelly e seu companheiro russo Mikhail Kornienko voltaram à Terra nesta quarta-feira (2), após permanecer quase um ano em órbita na Estação Espacial Internacional (ISS).

Kelly e Kornienko, que dedicaram sua missão na ISS a preparar futuras missões habitadas a Marte, pousaram nas estepes do Cazaquistão às 04H27 GMT (01H27 Brasília), anunciaram o centro de controle russo e a Nasa.

Os dois haviam embarcado em uma nave russa Soyuz, depois da cerimônia de despedida, às 18h40 (horário de Brasília). Por volta das 22h (Brasília), a nave começou a se afastar da ISS rumo à Terra.

A Soyuz acionou seus motores por volta da meia-noite para frear o curso e sair da órbita terrestre antes de iniciar a queda de 53 minutos na direção da Terra. Graças a sua estada na ISS, Scott Kelly bateu dois recordes americanos: o do voo espacial mais longo e o de mais tempo de permanência acumulada no espaço, com 540 dias.

"Fisicamente, eu me sinto muito bem", disse Kelly à imprensa por meio de uma videoconferência.

"Poderia ficar mais 100 dias... poderia ficar mais um ano, caso fosse preciso", afirmou.

O recorde mundial da estadia espacial é do russo Valeri Poliakov entre 1994 e 1995, ao passar 437 dias a bordo da estação espacial MIR. O recorde mundial de tempo acumulado em órbita também foi de um russo, Gennady Padalka. No total, ele permaneceu 879 dias no espaço.

Na microgravidade, as gotas de água que flutuam no ar e em contato com o corpo se colam firmemente à pele, o que torna muito difícil tomar um banho. Os astronautas fazem seu asseio com esponjas molhadas.

Kelly disse que "a primeira coisa" que vai fazer ao chegar em casa, em Houston, no Texas, será pular na piscina.

Durante a longa permanência na estação, os dois homens foram submetidos a exames médicos regulares, bem como a uma bateria de testes e análises para estudar os efeitos a longo prazo da microgravidade sobre o corpo humano.

Três astronautas - um russo, um americano e um japonês - da Estação Espacial Internacional (ISS) retornaram à Terra nesta sexta-feira (11) a bordo de uma nave Soyuz, que aterrissou durante a noite no Cazaquistão.

Oleg Kononenko, Kjell Norwood Lindgren e Kimiya Yui aterrissaram na Terra às 13H18 GMT (11h18 de Brasília) a bordo da nave Soyuz TMA-17M, informou a agência espacial russa Roskosmos. "Aterrissaram com total segurança e a equipe de socorristas os encontrou. Tudo vai ocorrendo como estava previsto", declarou um porta-voz da agência.

Trata-se do primeiro pouso noturno de uma cápsula Soyuz desde novembro de 2012 e o sexto no total. "Obviamente é mais complicado, mas nossas equipes estão treinadas para trabalhar dia e noite e em todo tipo de condições meteorológicas", explicou à AFP um controlador aéreo, Serguei Talalasov.

Os três astronautas chegaram à ISS em julho passado a bordo de uma nave espacial russa Soyuz, apesar da falha de um sensor solar, em um voo que havia sido adiado dois meses após a perda espetacular de uma nave Progress.

Durante sua missão de 141 dias, Oleg Kononenko, Kjell Norwood Lindgren e Kimiya Yui realizaram vários experimentos científicos para tentar manejar robôs por controle remoto.

A Rússia fornece à ISS seu principal módulo, onde se situam os motores-foguetes, e as naves russas Soyuz são o único modo de levá-los e de repatriar tripulação da estação, depois que os Estados Unidos colocaram fim ao seu serviço.

Dezesseis países participam da ISS, uma estação laboratório colocada em órbita em 1998 com um custo total de 100 bilhões de dólares, financiado principalmente por Rússia e Estados Unidos.

A Rússia planeja realizar seu primeiro voo tripulado para a Lua em 2029, anunciou nesta terça-feira Vladimir Solntsev, diretor da estatal russa Energia, que concebe e desenvolve veículos espaciais.

"Em 2029, faremos um voo tripulado rumo à Lua e irão desembarcar no satélite", declarou Solntsev, citado pela agência de notícias russa Ria Novosti durante uma Conferência sobre Tecnologias Espaciais em Moscou.

Segundo Vladimir Solntsev, a Rússia vai iniciar em 2021 os testes de uma nave espacial especialmente concebida para ir à Lua. A aeronave realizará a partir de 2023 voos rumo a Estadão Espacial Internacional (ISS), antes de ser enviada vazia para a Lua em 2025.

A Agência Espacial Europeia (ESA) anunciou há uma semana a ideia de criar uma "cidade lunar" internacional, que poderia ser construída pouco a pouco graças a robôs, e anunciou colaborar com a missão russa Luna 27, prevista para 2020.

A missão russa Luna 27 prevê o envio de um módulo de exploração lunar com o objetivo de ir até as regiões onde foram encontrados depósitos de gelo.

Cinquenta e quatro anos após o voo de Yuri Gagarin, primeiro homem no espaço, enviar um homem à Lua continua uma grande ambição da Rússia que encarou como uma afronta o fato de ser ultrapassada pelos norte-americanos nesta conquista em 1969.

Moscou tenta avançar há algum tempo com este projeto, mas deve lidar com um setor espacial minado pela corrupção e rombos orçamentários.

Após a perda de diversas espaçonaves por causa de lançamentos fracassados, Moscou apresentou um projeto de reforma de sua indústria espacial, transformando a agência espacial Roskosmos em empresa pública, prevendo aumentar os salários e combater a corrupção.

Dois astronautas russos iniciaram nesta segunda-feira (10) ao redor da Estação Internacional uma caminhada espacial que deve durar seis horas e meia, para realizar trabalhos de manutenção e revisão das instalações. Está previsto que a caminhada espacial, que começou pouco depois das 14h00 GMT (11h00 de Brasília), dure seis horas e 28 minutos.

Os astronautas Gennady Padalka e Mikhail Kornienko, vestidos com seus uniformes que carregam a insígnia russa, saíram da estação para limpar as janelas, além de outras tarefas de manutenção da cápsula.

Padalka, de 57 anos, quebrou em junho o recorde da pessoa que passou mais tempo no espaço, contando 803 dias. Esta é sua nona caminhada espacial, enquanto seu colega, de 55 anos, realiza sua segunda saída.

Os astronautas, equipados com câmeras de vídeo, flutuaram no espaço tendo a Terra como pano de fundo. Durante a operação estarão em constante comunicação com o posto de controle da missão, localizado nos arredores de Moscou, que divulgou parte da filmagem através do site da agência espacial.

Também planejam mudar a antena e fotografar a superfície da parte russa da estação. A Nasa informou que esta é a 188ª caminhada que é realizada fora da Estação Internacional.

A próxima caminhada ao redor do setor russo da estação está programada para janeiro ou fevereiro de 2016, disse à agência TASS Alexander Kaleri, funcionário da indústria espacial.

Três homens e uma mulher foram nomeados nesta quinta-feira (9) pela Nasa como os primeiros quatro astronautas que irão voar a bordo de naves espaciais construídas pelas empresas privadas Boeing e SpaceX nos próximos anos.

Voos espaciais comerciais que transportam os astronautas para a Estação Espacial Internacional (ISS) estão marcados para começar em 2017, e irão restaurar o acesso dos EUA ao espaço depois de um hiato de seis anos após a aposentadoria do programa de ônibus espaciais em 2011.

"Estes astronautas veteranos ilustres estão abrindo uma nova trilha - uma trilha que um dia vai colocá-los nos livros de história e os americanos com os pés em Marte", disse o administrador da Nasa Charles Bolden.

A astronauta mais experiente do quarteto é Sunita Williams, de 49 anos. Ela é um capitã e piloto de helicóptero da Marinha que já passou quase um ano (322 dias) no espaço. Ela detém o recorde de tempo total cumulativo de caminhada espacial para uma astronauta, em 50 horas e 40 minutos, segundo a Nasa.

Doug Hurley, de 48 anos, é um coronel fuzileiro naval aposentado, que pilotou duas missões do ônibus espacial, incluindo a final, STS-135, em julho de 2011. Os outros, Eric Boe, 50, e Robert Behnken, 44, são os dois coronéis da Força Aérea que voaram em duas missões de ônibus espacial.

"Estamos muito animados em termos um grupo tão experiente de astronautas trabalhando com o Programa de Tripulação Comercial da Boeing e SpaceX, que voarão em missões de teste de voo das empresas", explicou a gerente dos programas de Tripulação Comercial da Nasa, Kathy Lueders.

A Boeing deve ser a primeira empresa comercial a transportar um astronauta da Nasa para o espaço a bordo da nave CST-100 no final de 2017. A SpaceX ainda não anunciou uma data para seu primeiro voo com tripulação da espaçonave Dragon.

A empresa com sede na Califórnia dirigida pelo empresário Elon Musk sofreu um grande revés no mês passado quando seu foguete Falcon 9 explodiu logo após o lançamento, destruindo a nave de carga que ia para a Estação Espacial Internacional.

Uma causa ainda não foi determinada para a explosão, que foi o terceiro acidente em oito meses envolvendo cargas que iam para o espaço. O foguete Antares da Orbital explodiu após a decolagem em outubro, e Rússia perdeu o controle de uma nave de abastecimento Progress em abril.

A Nasa investiu 4,2 bilhões de dólares na Boeing e 2,6 bilhões na SpaceX para ajudar as empresas a construir um sucessor para o ônibus espacial e de incentivar a concorrência na indústria aeroespacial. Enquanto isso, os astronautas do mundo voam para a ISS a bordo de naves espaciais Soyuz russas a um custo de 70 milhões de dólares por assento.

Três membros da tripulação da Estação Espacial Internacional (ISS) permanecerão em órbita por um mês a mais do que o previsto em razão da perda, há uma semana, do cargueiro não tripulado Progress, anunciou nesta terça-feira uma autoridade russa do setor.

O regresso à Terra do russo Anton Shkaplerov, do americano Terry Virts e da italiana Samantha Cristoforetti, membros da 43ª expedição da estação, inicialmente previsto para quinta-feira (14), foi adiado para o início de junho, declarou o diretor de voos do segmento russo da ISS, Vladimir Soloviev.

De acordo com Soloviev, seu retorno seria "inadequado" apenas uma semana depois do acidente do cargueiro Progress, que se desintegrou na atmosfera após a perda de controle por parte dos operadores russos logo após seu lançamento.

"Claro que a notícia foi dada aos cosmonautas, que aceitaram com compreensão e concordaram em continuar por mais um mês trabalhando em órbita", disse o oficial russo.

O envio da nova tripulação da ISS, inicialmente previsto para 26 de maio, também foi adiado para o final de julho, ou seja, depois de um novo teste de lançamento de outro cargueiro Progress de abastecimento para a estação.

A perda do cargueiro não coloca em risco a tripulação da ISS, que tem vários meses de reservas.

Dois russos e um norte-americano embarcam neste sábado na Estação Espacial Internacional, dando início a uma jornada de um ano para dois deles. Mikhail Kornienko e Scott Kelly ficarão 342 dias a bordo do laboratório, quase o dobro do tempo de uma missão padrão. O russo Gennady Padalka permanecerá lá por seis meses.

Os astronautas chegaram à estação quase oito horas após partirem de uma base russa no Casaquistão. Eles foram recebidos pelo norte-americano Terry Virts, o russo Anton Shkaplerov e a italiana Samantha Cristoforetti, que estão lá desde o fim de novembro. Essa é a primeira tentativa da NASA de realizar uma missão espacial de um ano. Quatro russos já passaram um ano ou mais no espaço, todos a bordo da estação soviética Mir. O objetivo é analisar os efeitos de um período prolongado sem gravidade no corpo humano, um passo para uma possível missão tripulada para Marte.

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O gêmeo idêntico de Kelly, Mark, que é um astronauta aposentado, concordou em participar dos mesmo exames médicos que serão realizados com o irmão, para ajudar os cientistas a comparar como um corpo no espaço reage em relação a um indivíduo semelhante na Terra. Eles têm 51 anos. Os ossos e músculos se enfraquecem em um ambiente sem gravidade, assim como o sistema imunológico. Os fluidos corporais também mudam, se concentrando na cabeça, o que aumenta a pressão no cérebro e olhos.

Com os novos experimentos, o futuro da Estação Espacial Internacional parece garantido pelo menos até 2024. No ano passado, em meio às tensões entre EUA e a Rússia, o vice-primeiro-ministro russo Dmitry Rogozin disse que o país planejava extinguir o projeto em 2020. Agora, porém, o diretor da agência espacial russa, Igor Komarov, afirmou que chegou a um acordo com a NASA. "Também vamos trabalhar com a NASA em um programa para uma futura estação orbital", revelou ele após o lançamento no Casaquistão.

Além dos obstáculos fisiológicos, a longa missão espacial também traz outros desafios, especialmente emocionais. Porém, esse não parece ser um problema para Kelly. Questionado se não sentiria falta do irmão gêmeo, ele disse que já passou mais tempo afastado de Mark. "E foi ótimo", brincou. Fonte: Associated Press.

A nave espacial Soyuz, com um americano e dois russos a bordo, atracou na madrugada deste sábado (28) na Estação Espacial Internacional (ISS), onde dois integrantes do grupo permanecerão por um ano, informou a Nasa.

Após ser lançada às 19h42 GMT (16h42 Brasília) do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, a Soyuz-TMA16M realizou um voo sem incidentes, de seis horas, até atracar na ISS, à 01h33 GMT de sábado.

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O engenheiro da Agência Espacial Americana (Nasa), Scott Kelly, e o russo Mikhail Kornienko passarão 342 dias na ISS. Já o terceiro tripulante, o russo Gennady Padalka, ficará no espaço durante o período habitual de seis meses.

Encontram-se na ISS, atualmente, o russo Anton Shkaplerov, a italiana Samantha Cristoforetti e o americano Terry Virts. O trio deve voltar à Terra em maio.

Kelly, de 51 anos, e Kornienko, de 54, farão uma missão especial de teste dos efeitos de voos espaciais sobre o corpo humano durante longos períodos. Será o tempo ininterrupto mais longo dentro da ISS desde que a estação recebeu o primeiro visitante, em 2000.

Fora da ISS, o cosmonauta russo Valeri Poliakov tem o recorde da maior estadia em órbita, com mais de 14 meses consecutivos a bordo da estação espacial Mir entre 1994 e 1995.

Antes de partir, Kelly se disse preocupado pelo efeito das radiações e pela ausência de gravidade, e também porque a estadia prolongada afeta o sistema imunológico, reduz a densidade óssea e atrofia os músculos. A falta de gravidade também afeta a visão.

"Espero que isto não seja muito difícil e que possamos continuar vivendo e trabalhando no espaço durante períodos mais longos", disse. "Mas não saberemos até o final da experiência".

Seu irmão gêmeo, Mark, um astronauta aposentado que também realizou várias missões dentro da ISS, participará do experimento da Terra. Fará exames médicos com frequência para que a equipe médica possa comparar os parâmetros clínicos com os apresentados dentro da estação orbital.

Também serão feitos exames genéticos para determinar a forma como um voo prolongado ao espaço pode afetar o organismo, afirmou Julie Robinson, uma das cientistas responsáveis pelo programa.

Assim como em suas estadias anteriores a bordo da ISS, Scott Kelly vai passar uma parte de seu tempo lendo e vendo jogos de basquete e hóquei na televisão. Além disso, ele tem a intenção de levar um diário onde vai registrar suas experiências e impressões. Kelly disse que sentirá muita falta de sua família. É divorciado e tem dois filhos. Mikhail Kornienko é casado e tem uma filha.

Para o cosmonauta russo Gennady Padalka, que comandará a ISS durante os seis primeiros meses da estadia de Kelly e Kornienko, a prova mais difícil não será física, mas psicológica.

"A missão de Scott Kelly é essencial para o objetivo dos Estados Unidos de enviar astronautas a Marte", declarou o diretor da Nasa, Charles Bolden. "Vamos obter novos dados sobre os efeitos dos voos espaciais de longa duração sobre o organismo humano".

Dois astronautas da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) faziam nesta terça-feira, véspera de Natal, uma incomum caminhada espacial, durante a qual devem concluir os trabalhos de reparos em um sistema de refrigeração do complexo orbital, iniciados no sábado, informou a Nasa.

"Que vista!", disse o astronauta americano Mike Hopkins, de 44 anos, que ao lado do compatriota Rich Mastracchio, de 53, surgiu na escolhida da ISS às 09h53, horário de Brasília.

"De fato, vocês estão sobre o Atlântico", respondeu um dos controladores da missão no Centro Espacial Johnson, em Houston (Texas, sul dos Estados Unidos), segundo imagens transmitidas ao vivo pela Nasa TV.

Se a caminhada espacial transcorrer nesta terça-feira segundo o previsto, os trabalhos para substituir a bomba de amoníaco defeituosa devem ser concluídos "em apenas duas saídas" a fim de "restaurar por completo a capacidade de refrigeração do complexo", informou a agência espacial americana.

No sábado, os dois astronautas foram particularmente eficientes, concluindo a expedição em 5 horas e 28 minutos, uma hora a menos do previsto e finalizando inclusive uma parte importante dos trabalhos programados para esta segunda caminhada espacial.

Na ocasião, eles retiraram a bomba de amoníaco defeituosa (de 355 quilos, o tamanho de uma geladeira grande) antes de colocá-la em uma parte da ISS, onde ficará durante vários meses antes de ser armazenada em um local permanente.

Na terça-feira, depois de pouco mais de 2h30 no espaço, os dois operários espaciais tinham retirado a proteção térmica da bomba de substituição - uma das três a bordo da ISS - e os diversos elementos de conexão.

Capacete de reposição

Tanto Mastracchio quanto Hopkins reportaram que seus trajes espaciais funcionavam perfeitamente e que não havia sinal de água dentro de seus capacetes.

Um problema de condensação, descoberto no sábado no capacete de Mastracchio, depois de concluída a caminhada espacial, forçou o uso de um capacete de reposição nesta expedição, prevista inicialmente para a segunda-feira e que precisou ser adiada em 24 horas.

A Nasa informou que este problema não teve nada a ver com o misterioso vazamento de água ocorrida no capacete do italiano Luca Parmitano, durante uma caminhada espacial executada em julho. O astronauta da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) precisou, na ocasião, voltar em caráter de urgência a bordo da ISS.

A substituição da bomba de amoníaco da estação não podia aguardar, informou na semana passada a Nasa, que havia tentando resolver este problema de forma remota, acionando uma válvula para compensar a que estava bloqueada e impedia a circulação normal de amoníaco no circuito destinado a manter uma temperatura adequada.

Se ocorrer outro problema de funcionamento no segundo sistema de refrigeração, a ISS ficaria em uma situação potencialmente perigosa que demandaria evacuar sua tripulação.

Desde que a falha no sistema de refrigeração foi detectada em 11 de dezembro, a climatização da ISS depende do segundo circuito de refrigeração, que não consegue satisfazer todas as necessidades do laboratório orbital.

O inconveniente, no entanto, nunca pôs em risco os seis membros da tripulação da estação, assegurou a Nasa.

A decisão da Nasa de realizar estas caminhadas de emergência levou ao adiamento para o início de janeiro do lançamento da cápsula não tripulada da empresa privada Orbital Science, que devia ter realizado sua primeira missão de abastecimento da ISS em 19 de dezembro.

A caminhada da terça-feira é a segunda da carreira de Hopkins e a oitava de Mastracchio.

Dois astronautas americanos da tripulação da Estação Espacial Internacional (ISS) foram para o espaço neste sábado, na primeira das três incursões planejadas para reparar uma falha no sistema de arrefecimento da plataforma avançada orbital, informou a Nasa.

"A saída espacial de hoje (sábado) começou oficialmente", disse um comentarista da agência espacial dos Estados Unidos, que transmitiu imagens ao vivo do astronauta japonês Koichi Wakata, encarregado da operação de dentro da ISS.

O astronauta americano Rick Mastracchio realiza a sétima caminhada espacial de sua carreira, acompanhado pelo estreante Mike Hopkins, que faz sua primeira incursão fora do laboratório de pesquisa global.

Wakata vai operar o braço robótico de 15 metros da estação, içando Mastracchio e o pesado equipamento de uma seção para outra da ISS.

A primeira tarefa dos homens será a de desligar a bomba de amônia defeituosa, que é aproximadamente do tamanho de um refrigerador (1,65 metros de altura por 1,20 metros de largura e 0,90 metros de profundidade).

Num segundo momento, marcado para segunda-feira, os astronautas vão remover a bomba para que ela possa ser substituída por um reserva armazenada na ISS.

Uma terceira caminhada espacial está prevista para o dia de Natal, quando a bomba defeituosa será transferida e a instalação de substituição será concluída.

No entanto, existe a possibilidade de que os astronautas concluam toda a tarefa em apenas duas caminhadas espaciais, segundo a Nasa.

Dois astronautas russos começaram neste sábado (9) a primeira caminhada espacial da História com a tocha olímpica, depois de deixarem a Estação Espacial Internacional (ISS), a três meses dos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi.

As imagens ao vivo, transmitidas pela rede de televisão estatal russa, mostraram Oleg Kotov levando a tocha apagada em sua mão direita, enquanto seu colega, o astronauta Serguei Ryazansky, filmava o histórico acontecimento com uma câmera de alta tecnologia.

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"Maravilhoso!", disse Ryazansky enquanto Kotov agitava a tocha diante da câmera, no momento em que eles passavam sobre a Austrália, na órbita da Terra, a uma 420 quilômetros de altitude. "É difícil acreditar que isto esteja acontecendo", afirmou um comentador da televisão estatal. "Algo belo assim nunca tinha acontecido antes", prosseguiu.

Os astronautas, vestidos com trajes especiais, levaram cerca de uma hora passando a tocha de um para o outro e posando para as câmeras externas dispostas do lado de fora da ISS, com a Terra ao fundo. Eles também se revelzaram filmando e tirando fotos.

As operações demandaram muitas precauções, já que a tocha tinha que ficar presa a um cabo ligado a uma estrutura metálica da ISS. Em alguns momentos os astronautas soltaram a tocha para fazer manobras, mudando diversas vezes de posição para fazer o maior número de imagens e eternizar o evento.

Após as manobras com a tocha, os dois astronautas continuaram suas tarefas no espaço, que deveriam durar mais seis horas. A tocha vermelha e cinza levada ao espaço é uma das 16.000 utilizadas há um mês na Rússia para o maior percurso da história olímpica (65.000 km) até a abertura dos Jogos de Inverno, em 7 de fevereiro de 2014, em Sochi, entre o mar Negro e as montanhas do Cáucaso.

A única diferença é que a tocha ficou apagada durante toda a viagem espacial por razões de segurança. Acender a chama no espaço seria impossível devido à ausência de oxigênio.

Retorno na segunda-feira- Serguei Ryazansky e Oleg Kotov chegaram à ISS em 26 de setembro a bordo de uma nave espacial Soyuz, lançada da base espacial russa de Baikonur, no Cazaquistão, e se disseram muito felizes com a missão.

Além de ser transmitida pela televisão russa, a decolagem da Soyuz que levou a tocha - decorada com a logomarca dos Jogos de Sochi e com os anéis olímpicos - foi transmitida ao vivo num telão montado na praça Times Square, em Nova York, um dos endereços mais movimentados do mundo.

A tocha olímpica já foi havia sido levada ao espaço a bordo de uma nave antes dos Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996, e de Sydney, em 2000, mas ela nunca havia saído da termosfera.Depois desta etapa inédita, a tocha retornará à Terra a bordo de uma cápsula Soyuz, acompanhada do cosmonauta Fiodor Iourtchikhin (russo) e dos astronautas Karen Nyberg (americana) e Luca Parmitano (italiano), que concluem uma temporada de cinco meses e meio no espaço.

A aterrissagem está prevista para as 00h50 da próxima segunda-feira, 11 de novembro, nas estepes do Cazaquistão. Após a vigem espacial, a chama olímpica visitará as profundezas do lago Baikal, na Sibéria, depois de já ter passado pelo Polo Norte, em um périplo de 123 dias que começou em 7 de outubro em Moscou e que terminará com a cerimônia de abertura dos Jogos.

Alfonso Cuarón contou certa vez que o cinema sempre fez parte de sua vida. "Nasci e cresci perto do estúdio Churubuscu, o maior do México, e sempre me senti atraído pelo universo misterioso por trás daqueles muros." Estudante de cinema, foi expulso do curso porque fez seu primeiro curta, "Vengeance Is Mine", em inglês. Já era uma carta de intenções, ou princípios. Cuarón fez filmes mexicanos ("E Sua Mamãe Também"), mas, com certeza, já vislumbrava a possibilidade de uma carreira hollywoodiana. Dirigiu o terceiro "Harry Potter" e deu um upgrade à série. Assina "Gravidade", que estreia nesta sexta-feira, 11, depois de abrir o Festival de Veneza.

É um grande filme - um dos maiores do ano. Encerra múltiplos desafios. Como ser intimista numa narrativa cheia de lances espetaculares? Como manter o público ligado o tempo todo em apenas dois personagens, e em suspenso? Digamos que ajuda bastante que esses personagens sejam interpretados por atores carismáticos, astros e estrelas como George Clooney e Sandra Bullock. Ela é a alma de "Gravidade". Toda a curva dramática, a ossatura do filme, converge para o desfecho. Num filme em que os personagens vivem o tempo todo fora do eixo, e sem gravidade - sem condições de se colocar de pé -, o desafio é justamente esse. O homem e a mulher foram feitos para ficar eretos. Para andar sobre os dois pés.

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No material que a distribuidora Warner divulgou para a imprensa, Cuarón conta o deslumbramento que sentiu ao acompanhar a descida do homem na Lua. Queria ser astronauta, ou diretor de cinema. Realizou seu sonho. Existe uma história, muito sólida e sucinta, em "Gravidade". Um casal de astronautas perde-se no espaço. Todo o esforço dele e dela é para se manterem umbilicalmente ligados à nave e para voltar à Terra. Ela é uma cientista. No espaço, não existe som nem oxigênio. As temperaturas são extremas. A vida é impossível fora do casulo. A história é de uma luta extrema pela sobrevivência, narrada com rigor documentário. Cuarón já brincou dizendo que "Gravidade" é um documentário em Imax, com tecnologia de ponta, que não deu certo. Há um imenso voo poético, e é ele que faz a diferença.

Como reage, não só o físico, mas a mente humana, em condições extremas? É a pergunta que Cuarón se propõe em "Gravidade". E, a par do seu realismo, o filme comporta leituras metafóricas - a segunda chance e o retorno ao lar são temas hollywoodianos por excelência. À deriva no espaço, ela (Sandra) consegue verbalizar a dor causada pela morte da filha. Essa dor a paralisou, agora poderá inspirá-la. Quanto à volta ao lar, de "...E o Vento Levou" a "E.T. - O Extraterrestre" e "Apollo 13", o eterno retorno está na essência da produção de Hollywood. 'Home', lar. O extraterrestre de Steven Spielberg aponta o dedo para o espaço. Clooney e Sandra olham o maravilhoso espetáculo da Terra. A gigantesca bola azul os atrai, a atrai.

Tudo é simbólico e, ao mesmo tempo, só interessa a intensidade audiovisual. Exatamente 45 anos depois de Stanley Kubrick, Cuarón retoma e inverte a obra-prima "2001, Uma Odisseia no Espaço". Na aurora do mundo de Kubrick, logo no começo de 2001, o macaco põe-se de pé e brande o osso, iniciando um processo de desenvolvimento tecnológico que culminará, milhares de anos depois, na nave espacial. O corte monumental de Kubrick. A inversão de Cuarón até chegar ao seu homem erectus, à sua mulher. O mais interessante é que, gigantesco como é, esse é um filme que exige a participação do espectador para preencher os vazios do relato. Não é só a técnica, a dramaturgia também. Como visionário, Cuarón está vislumbrando o futuro do homem (e do cinema).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os Estados Unidos mantêm seu compromisso de enviar astronautas a Marte na década de 2030, e todo o programa de exploração da Nasa tem este objetivo, disse, nesta segunda-feira (6), o chefe da agência espacial americana, Charles Bolden. "Um voo tripulado a Marte é agora o destino final da humanidade em nosso sistema solar e a prioridade da Nasa", disse durante a abertura de uma conferência de três dias em Washington dedicada à conquista do planeta vermelho.

"Todo o nosso programa de exploração espacial está alinhado para apoiar este objetivo", acrescentou.

O presidente americano, Barack Obama, enviou recentemente ao Congresso um orçamento de 17,7 bilhões de dólares para a Nasa em 2014, menor que no ano anterior. Mas apesar das restrições alfandegárias atuais, o governo de Obama "segue comprometido com uma estratégia coordenada e uma exploração dinâmica de Marte para que os Estados Unidos sigam desempenhando um papel dominante na exploração do planeta vermelho", insistiu Bolden, ex-comandante do ônibus espacial.

A pesquisa na Estação Espacial Internacional (ISS, em inglês), onde seis astronautas vivem seis meses seguidos no ano, já tem como foco a preparação de missões de longa duração a um asteroide e a Marte, através do estudo dos efeitos da microgravidade no corpo humano e da realização de testes em tecnologias necessárias para estas viagens, disse.

Dois astronautas, um americano e um russo, devem passar um ano na plataforma orbital em 2015, o que corresponderia à duração de uma missão a Marte. A Nasa planeja enviar astronautas em 2025 a um pequeno asteroide, a fim de colocá-lo em órbita ao redor da Lua.

Esta missão permitirá "o desenvolvimento de tecnologias e capacidades exigidas para as missões tripuladas a Marte", disse Bolden, citando melhores sistemas de sobrevivência e propulsão.

"A Nasa não tem atualmente a capacidade tecnológica para enviar seres humanos a Marte, mas acredito que estamos no caminho que nos levará lá na década de 2030", afirmou o chefe da Nasa, negando-se a comentar projetos privados que têm por objetivo ir ao planeta vermelho muito antes.

Um cosmonauta russo, uma astronauta americana e um japonês da Estação Espacial Internacional (ISS) retornaram nesta segunda-feira, em uma cápsula russa Soyuz, à Terra depois de um período de quatro meses no espaço.

O russo Yuri Malenshenko, a americana Sunita Williams e o japonês Akihiko Hoshide tocaram a terra, no Cazaquistão, no horário previsto (2h00 GMT, 23h00 de Brasília), informou o Centro Russo de Controle de Voos Espaciais (TSOUP).

O pouso da Soyuz aconteceu ao norte norte de Arkalik, na região central do Cazaquistão, ex-república soviética da Ásia central.

Os três foram submetidos a exames médicos pouco depois da saída da cápsula Soyuz.

Os russos Oleg Novitski e Evgueni Tarelkine e o americano Kevin Ford permaneceram na ISS. Eles chegaram à Estação no dia 25 de outubro.

A primeira mulher astronauta da China e outros dois membros da tripulação retornaram em segurança para a Terra nesta sexta-feira. Eles emergiram sorridentes da cápsula que os trouxe de volta após 13 dias de operações em um módulo orbital.

O Shenzhou 9 abriu o paraquedas e pousou nas planícies da região autônoma da Mongólia Interior por volta das 10 da manhã (horário local). A China declarou que a primeira missão tripulada para o módulo Tiangong 1 foi um grande passo à frente para o ambicioso programa espacial do país.

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Cerca de uma hora depois, o comandante Jing Haipeng, de 45 anos, saiu da cápsula, seguido por Liu Wang, 33 anos, e a primeira astronauta chinesa, Liu Yang, de 33 anos. Todos aparentavam estar em boas condições.

O comandante do programa espacial, general Chang Wanchuan, declarou que os astronautas estão bem de saúde e declarou a missão "completamente bem-sucedida". Já o primeiro-ministro Wen Jiabao afirmou que a missão marcou "progresso absolutamente importante" para o programa espacial.

Os próximos objetivos da China incluem outra missão tripulada para Tiangong 1, que é o protótipo de uma futura estação espacial. As informações são da Associated Press.

Astronautas da Estação Espacial Internacional (ISS) flutuaram neste sábado para dentro do nave de carga Dragon, um dia depois de a SpaceX se tornar a primeira empresa privada a enviar a própria nave ao laboratório orbital. O astronauta da Nasa Donald Pettit, o primeiro a entrar na cápsula, disse que se lembrou da sua picape, em Houston. "O cheiro dentro é como o de um carro novo", afirmou Pettit. O compartimento estava brilhantemente branco, limpo. Nenhuma sujeira ou partículas pareciam estar flutuando ao redor."

"Este evento não é apenas uma simples abertura de porta entre duas espaçonaves - ele abre a porta para um futuro no qual a indústria dos EUA pode e trará benefícios enormes para a exploração espacial do país", disse o Space Frontier Foundation, um grupo de defesa em comunicado.

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A Nasa está repassando o trabalho de entrega orbital para empresas americanas, a fim de se concentrar em objetivos maiores e melhores, tais como o transporte de astronautas a asteroides e a Marte. A agência espacial espera que as viagens de astronautas ocorram em breve. A SpaceX afirma que suas naves Dragon poderão transportar astronautas da estação espacial para cima e para baixo dentro de três ou quatro anos. A SpaceX é controlada pelo bilionário Elon Musk, que ajudou a criar a PayPal e fundou a companhia de carros elétricos Tesla Motors. As informações são da Associated Press.

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