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Ryan Crouser continua fazendo história no arremesso de peso. Campeão olímpico no Rio, em 2016, o americano se garantiu na disputa dos Jogos de Tóquio com título e recorde mundial no Pré-Olímpico em Oregon. Com arremesso sensacional de 23m37, ele quebrou uma marca que durava havia 31 anos.

O atleta de 28 anos cravou a nova marca mundial em sua quarta tentativa na decisão do Pré-olímpico de Oregon, no Hayward Field, em Eugene, a 90 minutos de Portland, sua cidade natal. Agora ele é dono dos recordes do arremesso do peso ao ar livre e em ambientes fechados.

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A antiga marca pertencia ao compatriota Randy Barnes, com 23m12, e resistia desde 1990. Recentemente, Crouser chegou perto, com 23m01. Agora ele a supera em 25 centímetros. E espera ir ainda mais longe em Tóquio, a partir de 23 de julho.

Curiosamente, o recorde do arremesso do peso em ambientes fechados também pertencia a Barnes. Crouser quebrou a marca ao arremessar para 22m82 em competição no Arkansas.

A noite de sexta-feira do Pré-Olímpico em Oregon não dava pintas de recorde mundial. Crouser lançou para 22m61, 22m55 e 22m73 em suas primeiras tentativas. Marcas suficientes para superar Joe Kovacs, seu principal rival e campeão mundial em 2019, que garantiu ida a Tóquio com 22m34 e o segundo lugar na final. A terceira vaga foi de Payton Otterdahl, com 21m92.

Mas, o americano se superou na quarta tentativa.

O americano agora soma sete das 15 melhores marcas do arremesso de peso na história, com três entre as seis principais somadas somente nos últimos 12 meses.

O atleta sul-africano Luvo Manyonga, medalha de prata na prova de salto em distância nos Jogos Olímpicos do Rio-2016 e campeão no Mundial de Londres-2017, recebeu nesta sexta-feira (18) uma suspensão de quatro anos por não ter cumprido o protocolo de exames antidoping. De acordo com a Unidade de Integridade do Atletismo (AIU, na sigla em inglês), ele não cumpriu os critérios de "paradeiro".

A AIU divulgou que seu Tribunal Disciplinar baniu Manyonga por quatro anos, a partir de 23 de dezembro de 2020, por falhas de localização para realizar exames antidoping. Essa foi a sua segunda violação das regras antidoping da World Athletics, a entidade que comanda o atletismo mundial.

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O atleta de 30 anos, que assim perderá os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, pode apelar da decisão da AIU na Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês), que tem sede em Lausanne, na Suíça. Manyonga é o recordista africano do salto em distância com a marca de 8,65 metros.

De acordo com a World Athletics, os atletas devem informar às autoridades o paradeiro pretendido para permitir que os oficiais antidoping os encontrem. Se eles deixarem de mostrar ou fornecer informações erradas três vezes por ano, podem ser punidos.

A AIU disse que Manyonga perdeu um primeiro teste em 26 de novembro de 2019 e era muito impreciso sobre os detalhes da localização para outros dois em 2020.

Em 2012, o sul-africano, também medalha de ouro nos Jogos da Commonwealth (Comunidade Britânica) em 2018, foi banido por 18 meses após o resultado positivo em um exame antidoping para a substância metanfetamina.

Pernambuco terá quatro representantes no 52º Campeonato Sul-Americano de Atletismo Adulto. Érica Sena (marcha atlética), Keila Costa (salto triplo), Fernando Balotelli (decatlo) e Sarah Freitas (salto em altura) foram convocadas pela Confederação Brasileira de Atletismo para a Seleção que vai disputar o torneio entre os dias 29 e 31 de maio, na cidade de Guayaquil, no Equador.

Mais do que a presença no torneio continental, para Keila, Fernando e Sarah, a competição vai servir para buscarem o índice que garante vaga nas olimpíadas de Tóquio entre julho e agosto deste ano. Já Érica Sena, considerada a melhor marchadora do país, já alcançou o índice desde 2019 e tem sua vaga garantida.

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“É uma convocação muito sonhada, que eu espero há muito tempo. São sete anos que venho tentando compor a delegação da Seleção Brasileira, então a expectativa é muito boa. A gente vem trabalhando muito para isso e quero chegar lá para fazer uma boa competição. A meta principal é o índice olímpico, mas o primeiro degrau é bater a barreira dos 8 mil pontos.

“É uma convocação muito sonhada, que eu espero há muito tempo. São sete anos que venho tentando compor a delegação da Seleção Brasileira, então a expectativa é muito boa. A gente vem trabalhando muito para isso e quero chegar lá para fazer uma boa competição. A meta principal é o índice olímpico, mas o primeiro degrau é bater a barreira dos 8 mil pontos", disse Fernando Balotelli, convocado pela primeira vez.

Em contrapartida, a veterana Keila Costa, conta que recentemente retornou ao estado para treinar sem grandes aspirações, mas agora que enxerga a chance da disputa olímpica como real, ela garante que vai lutar até o fim. Se ainda existir 1% de chance, eu vou tentar até a última competição. Estou muito feliz, fazendo o que eu gosto e ainda com possibilidade de ir para a minha quinta Olimpíada. Vou poder incentivar ainda mais as crianças de Abreu e Lima”, afirmou. 

Campeã da São Silvestre em 1996 e representante brasileira nos Jogos Olímpicos de Atlanta no mesmo ano, Roseli Aparecida Machado, de 52 anos, morreu nesta quinta-feira, em Curitiba, vítima das decorrências da covid-19. A morte da ex-atleta, que estava entubada havia duas semanas em um hospital na capital paranaense, foi confirmada pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) em uma nota.

"A Roseli teve uma história no atletismo brasileiro, venceu a São Silvestre, integrou a seleção brasileira, treinou nos Estados Unidos. Nós tínhamos uma grande amizade, fomos atletas pelo mesmo clube, treinamos juntos quando eu era juvenil, defendemos Londrina no começo das nossas carreiras. Estou muito sentido, vem as lembranças. Treinamos juntos na pista de Londrina quando era de saibro ainda", disse Wlamir Motta Campos, presidente eleito da entidade.

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Nascida em Coronel Macedo, no interior paulista, Roseli passou a infância em Santana do Itararé, no Paraná. Ela foi a segunda brasileira a conquistar o título da São Silvestre, repetindo Carmen Oliveira, campeã em 1995. Na Olimpíada de Atlanta, Roseli disputou os 5 mil metros e terminou em 22º lugar.

Formada em Educação Física, especializada em Fisiologia do Exercício, trabalhou a partir de 2002 como treinadora de atletismo. Chegou a concorrer a vereadora em Almirante Tamandaré, no Paraná, e, segundo Campos, presidente da CBAt, trabalhava nos últimos anos no ramo da construção civil.

O jamaicano Usain Bolt, de 34 anos, afirmou, em entrevista ao jornal italiano 'La Gazzetta dello Sport, estar muito feliz por ser comparado a lendas do esporte como o argentino Diego Maradona, o brasileiro Pelé e o norte-americano Muhammad Ali.

"Existem muitas lendas no esporte. Não se pode eleger apenas uma. Eu sempre sonhei atingir um grande nível para ser uma delas", disse o ex-atleta, dono do melhor tempo nos 100 (9s58) e 200 (19s19) metros, além de oito medalhas de ouro olímpicas.

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Bolt relembrou que sempre foi motivado pelo técnico Glen Mills a atingir grandes objetivos por causa de seu talento extraordinário. "Depois de eu ganhar os meus primeiros Jogos Olímpicos, em Pequim/2008, meu técnico disse: 'Usain, se fosse se dedicar nos treinos vai ser um dos melhores em todos os tempos. Ele tinha razão.'"

Protagonista nos Jogos de Pequim/2008, Londres/2012 e Rio/2016, Bolt espera poder ir a Tóquio para acompanhar como "torcedor" as competições. "Gostaria de sentir ao ver os outros correndo na pista", disse o jamaicano, que é um grande admirador do futebol, torcedor do Manchester United, e até chegou a jogar em um time australiano, em 2018.

Para o ex-velocista, Cristiano Ronaldo é melhor que Lionel Messi. "É uma eleição muito difícil. Mas acho que Cristiano demonstrou um pouco mais por ter jogado na Itália, Espanha e Inglaterra, mas gosto muito da seleção argentina." Sobre os jogadores mais jovens, Bolt destacou Kylian Mbappé, do Paris Saint-Germain.

Sem ser disputada em 2020 em função da pandemia do coronavírus, a Corrida Internacional de São Silvestre abrirá as inscrições para a 96.ª edição nesta quinta-feira. No último dia do ano, quando tradicionalmente é realizada, a prova começará a receber a confirmação da participação dos interessados.

A São Silvestre teve a sua data transferida para 11 de julho de 2021, na primeira mudança da programação na sua história. Mas ainda não há certeza sobre a sua realização em função do coronavírus - tudo dependerá das determinações dos órgãos públicos. Com isso, caso seja necessária nova alteração, os que se inscreverem a partir desta quinta-feira já estarão confirmados na disputa em 31 de dezembro do próximo ano.

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Os interessados em participar da próxima São Silvestre vão encontrar novidades no momento da inscrição, como a opção do "Pelotão Premium", com kit e espaço de largada diferenciados. Além disso, o corredor também poderá se inscrever no Treinão Virtual, um preparativo para a sua participação na prova.

As inscrições, os valores e demais informações sobre a prova, como regulamento, estarão disponíveis no site oficial da São Silvestre a partir desta quinta-feira.

O atleta Bralon Taplin, de Granada, foi suspenso por três anos por não ter sido localizado em três exames antidoping no período de um ano. Com isso, o finalista na prova dos 400 metros na Olimpíada do Rio/2016 soma sete anos a serem cumpridos de punição.

Aos 28 anos, Taplin só poderá competir novamente em setembro de 2026. Em 2019, o atleta sofreu a primeira punição, de quatro anos (até 29 de setembro de 2023), após fugir de um controle de doping em abril daquele ano.

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Sétimo colocado na final olímpica dos 400 metros na Rio-2016, com o tempo de 44s45, Taplin não foi encontrado pelo controle antidoping em três oportunidades este ano: em 21 de abril, 28 de agosto e 25 de novembro de 2019.

O atual campeão olímpico dos 400 metros é o sul-africano Wayde van Niekerk 43s03. A prata ficou com Kirani James, de Granada, seguido por 43s76, seguido pelo norte-americano LaShawn Merritt (43s85).

A edição 2020 do Troféu Brasil de Atletismo, disputado no último fim de semana na capital paulista, foi de vitória para dois atletas da Universidade Guarulhos (UNG). Sob os comandos técnicos de Neilton Moura, professor do curso de Educação Física, a instituição faturou três medalhas de ouro com os atletas Alexsandro do Nascimento, conhecido como Bolt, e Thiago Julio Souza Alfano Moura.

Na competição nacional, realizada no Centro Olímpico do Ibirapuera, o saltador Alexsandro do Nascimento venceu no salto triplo e no salto em distância. O atleta atingiu a marca de 16,48 m no triplo e 8,16 m na modalidade que mede o alcance do salto livre. Já no salto em altura, a vitória foi de Thiago Julio Souza Alfano Moura, que superou o sarrafo posicionado a 2,27 m do chão.

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A preparação

De acordo com o professor Moura, é importante destacar a disposição dos vencedores do último Troféu Brasil de Atletismo. Segundo ele, foram 16 semanas de treinos individuais em casa e outras quatro de preparação em locais que não tinham a estrutura necessária para suprir o treinamento específico das modalidades. "Com muita sorte, a pista de Guarulhos abriu, porque eles realizavam treinamentos específicos numa estrutura de primeiro mundo e aqui na cidade não temos. Não fizemos nenhum treino em uma pista de primeiro mundo. Mesmo assim, o Thiago conseguiu realizar a melhor performance a melhor da vida dele, e o Alexsandro quase a melhor da vida dele no salto em distância", explica o treinador que ainda ressalta as lesões e a luta para não contrair o coronavírus como obstáculos superados pelos campeões.

O atleta Thiago Julio Souza Alfano Moura (à esq.) e o treinador Neilton Moura | Foto: Divulgação / UNG

Segundo Moura, embora nacional, o Troféu Brasil de Atletismo é uma competição reconhecida pelo alto nível técnico. O treinador cita que o torneio tem visibilidade no exterior e que tanto os atletas como ele receberam congratulações vindas de diversas partes do mundo pela conquista. "Só algumas competições muito difíceis como Pan-Americano, Mundial e Jogos Olímpicos, talvez a Liga de Diamantes que reúne os maiores, seriam superiores ao nível do Troféu Brasil", destaca o professor, que assegura não haver o que se preocupar em relação à competitividade dos saltadores. "Eles já competiram em um nível muito importante. Todos os que ganharam têm uma boa experiência internacional, de bons resultados lá fora também", comemora Moura.

Sequência rumo a Tóquio

A interrupção no ciclo olímpico de 2020 atrapalhou o andamento da busca dos atletas pelos índices que os habilitaria à disputa das Olimpíadas de Tóquio. Com o adiamento dos Jogos para 2021, devido à pandemia, Moura conta que é possível seguir trabalhando com foco no que vislumbram Alexsandro e Thiago. "São coisas bem diferentes para cada um. O Thiago busca um objetivo muito difícil de alcançar que, por incrível que pareça e com tantos problemas que foram enfrentados esse ano, ele se aproximou demais da participação nos Jogos Olímpicos, que é o sonho de todo atleta", diz. "O Alexsandro, que já é atleta convocado para a Olimpíada, teve o desafio dele de superar uma lesão nas costas e ainda bem que conseguiu se recuperar, participar do Troféu Brasil e ganhar as duas provas", complementa o treinador.

O atleta Alexsandro do Nascimento, conhecido como Bolt | Foto: Divulgação / UNG

Moura garante estar satisfeito com o rendimento da dupla. "É uma satisfação enorme saber que eles estão prontos para ingressar na fase final de preparação que agora é direta para os Jogos Olímpicos", complementa.

Após a árdua batalha que atravessou a pandemia e chegou até as medalhas de ouro no Troféu Brasil, o técnico lembra que já programou a folga dos atletas antes de retornar às atividades do ciclo olímpico. Segundo Moura, embora haja motivação para alcançar a plenitude e disputar a Olimpíada, a mente dos competidores de alto nível precisa de descanso. "Quando se compete em um nível tão elevado, por melhor preparado que esteja, o desgaste psicológico é gigante. Tão importante quanto treinar é se recuperar dos treinamentos e das competições não só fisicamente, mas mentalmente também", finaliza o treinador.

Sem público e seguindo protocolos de segurança, o Troféu Brasil de atletismo vai reunir os principais atletas brasileiros da modalidade entre esta quarta-feira (9) e domingo, no estádio do Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa, na Vila Clementino, em São Paulo. Desta vez, a disputa não vai se restringir ao pódio. A maior parte dos esportistas busca também o índice olímpico para os Jogos de Tóquio, adiados para 2021.

A principal competição brasileira da modalidade estava marcada inicialmente para maio, em Porto Alegre. Mas a pandemia do novo coronavírus alterou os planos da Confederação Brasileira de Atletismo, que decidiu reprogramar o evento para este mês de dezembro, na capital paulista.

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Por causa da Covid-19, o evento não terá a presença de público. A organização vai exigir de todos o uso de máscara, a não ser dos atletas nos momentos da disputa. Os esportistas terão álcool em gel à disposição e serão instados a manter o distanciamento social. Ao chegar ao local de competição, todos terão a temperatura medida.

Uma das consequências mais práticas da pandemia será a realização de provas de longa distância na pista. No sábado, o Centro Olímpico vai receber as provas de 20km e 35km (inicialmente esta prova era de 50km).

No total, o Troféu Brasil vai reunir 770 atletas, de 130 equipes, que vão disputar uma edição comemorativa do evento. Neste ano, a competição completa 75 anos.

Para os atletas, o torneio não vai significar apenas a busca por medalhas e pelo índice olímpico. Ao lado do GP Brasil de Atletismo, disputado no domingo, o Troféu Brasil marca a retomada da preparação deles para os Jogos de Tóquio. Em razão da pandemia, o ano de 2020, que seria olímpico, apresentou diversos obstáculos para a manutenção da forma física e técnica e dificultou a permanência deles no auge do ciclo olímpico.

"Foi um ano totalmente atípico. Tivemos de improvisar muito para manter a forma. Construí um setor de arremesso ao lado da minha casa e consegui equipamentos de musculação emprestados", diz o catarinense Darlan Romani, recordista sul-americano do arremesso do peso, com 22,61 metros, e quarto do mundo no ranking de 2019. "Vou buscar o melhor resultado possível, mesmo num ano tão complicado, com problemas de treinamento e o adiamento e cancelamento de competições importantes."

Uma das apostas do atletismo brasileiro para Tóquio, Darlan é um dos 63 atletas do Pinheiros que vão competir no Troféu Brasil. O clube, um dos mais tradicionais do País, decidiu disputar normalmente a competição após desistir de enviar seus nadadores para o Troféu Brasil de Natação, que começou nesta quarta, no Rio de Janeiro. Na capital paulista, o Pinheiros busca o pentacampeonato da competição nacional.

Darlan Romani é um dos 13 atletas que vão competir e que já está com a vaga olímpica garantida. Os demais são Paulo André de Oliveira (Pinheiros), nos 100m; Aldemir Gomes Junior (Pinheiros), nos 200m; Gabriel Constantino (Pinheiros) e Eduardo de Deus (ADPA), nos 110m com barreiras; Alison dos Santos (Pinheiros) e Marcio Teles (Orcampi), nos 400m com barreiras; Augusto Dutra (Pinheiros), no salto com vara; Alexsandro Melo (ADPA), no salto triplo; Caio Bonfim (CASO) e Érica Sena (Pinheiros), na marcha atlética de 20km; Andressa Morais (Pinheiros), no lançamento do disco; e Vitória Rosa (Pinheiros), 200m.

Se para uns a competição significa o retorno da preparação, para outros o Troféu Brasil será oportunidade de reafirmação. Melhor velocista do País, Paulo André foi surpreendido por Felipe Bardi dos Santos no fim de semana no GP Brasil. Em busca de superar a barreira dos 10 segundos na prova dos 100 metros, ele não passou dos 10s30 e foi o segundo colocado, atrás de Bardi, com 10s25.

"Estou no treino de base. Não é o momento de conseguir bom resultado. Fiquei feliz com a vitória do Bardi, mais um velocista importante", disse Paulo André, antes de projetar sua atenção para o Troféu Brasil. "Quero a quarta vitória consecutiva, mas com os pés no chão", disse o atual tricampeão da prova.

Campeão olímpico dos 3.000 metros com obstáculos nos Jogos do Rio-2016, o queniano Conseslus Kipruto foi acusado de abuso sexual nesta segunda-feira, em seu país. Ele compareceu a um tribunal no Quênia, sob acusação de ter tido relação sexual com uma garota de 15 anos, mas foi liberado após pagar fiança.

Pelas leis quenianas, Kipruto foi denunciado num tribunal localizado na cidade de Kapsabet, pelo crime de "profanação", por ter tido relação sexual com alguém menor de 18 anos. Se condenado, o atleta poderá ficar preso por até 20 anos. Ele pagou fiança equivalente a US$ 1.800, ou cerca de R$ 9,8 mil.

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O atleta de 25 anos, que também é policial, teria tido relações sexuais com a menina de 15 anos nos dias 20 e 21 de outubro. Kipruto chegou a ser detido no dia 11 deste mês. De acordo com a imprensa queniana, a garota deixou a casa de sua família sem avisar e esteve na casa de Kipruto por três dias.

O queniano é uma das referências dos 3.000 metros com obstáculos nos últimos anos. Além de ser campeão olímpico da prova, ele foi bicampeão mundial em 2017 e 2019. Neste ano, ainda não disputou nenhuma competição. O atleta desistiu da Diamond League, em agosto, após testar positivo para o novo coronavírus.

Mais um evento tradicional do calendário esportivo internacional é adiado por causa da pandemia. Nesta sexta-feira, foi a vez da Maratona de Tóquio, prevista para 7 de março de 2021, com a participação de 38 mil atletas, e que será disputada após os Jogos Olímpicos, em 17 de outubro.

Junto com Boston, Berlim, Chicago, Nova York e Londres, Tóquio é uma das seis principais edições da prova mais longa do atletismo olímpico. Em 2020, a prova na capital inglesa foi realizada no domingo passado, mas apenas com atletas de elite em uma "bolha", com percurso em torno do St. James´s Park. As outras quatro foram adiadas.

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Em março deste ano, durante o início do surto do coronavírus, a corrida foi realizada na capital japonesa em condições semelhantes às de Londres. O adiamento da prova do ano que vem deixa o mundo esportivo em alerta para se saber se a Olimpíada poderá ser realizada com segurança a partir de 23 de julho de 2021.

Os organizadores dos Jogos Olímpicos apresentaram algumas alternativas na busca por uma segurança maior para que as competições aconteçam no ano que vem. Foi proposto que fosse reduzido o número de funcionários nos Jogos e o encurtamento do período de abertura dos locais de treinamento.

Até então agendada para 8 de novembro, a Maratona de Atenas foi cancelada por causa da pandemia do coronavírus, anunciaram, nesta sexta-feira, os organizadores da tradicional prova, através de comunicado. Assim, a corrida grega se tornou mais uma a deixar de ser realizada em 2020 em função da crise sanitária global.

A prova segue a rota lendária supostamente realizada pelo antigo mensageiro grego Pheidippides de Maratona até Atenas para anunciar a vitória sobre os persas na Batalha de Maratona em 490 a.C. A clássica rota da maratona cresceu em popularidade desde os anos 1970 - a sua primeira edição foi em 1972 - e o evento agora inclui corridas de 10km e 5km. Rotineiramente, atrai mais de 15 mil participantes.

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A federação grega de atletismo disse que considerou realizar a maratona com menos corredores, apenas com o percurso de 42km e testes para covid-19 obrigatórios para todos os inscritos, mas sua proposta às autoridades de saúde locais não recebeu o aval para ser colocada em prática. Assim, não poderia garantir a segurança dos participantes. A Grécia já relatou 18.886 casos de coronavírus, com 393 mortes.

A entidade explicou que os inscritos serão contatados, com a oferta de reembolso ou de transferência da participação para 2021. Disse ainda que vai organizar uma corrida virtual em novembro e que será aberto a todos. Os detalhes desta "edição especial" deverão ser anunciadas nos próximos dias.

A pandemia interrompeu o calendário global de provas de rua, com o cancelamento de algumas das principais provas em 2020, como as maratonas de Berlim, Nova York, Boston e

Chicago. A Maratona de Londres, originalmente marcada para abril, foi adiada para o próximo domingo, sendo que ocorrerá apenas com atletas de elite.

Uma das provas de atletismo mais tradicionais do País, a Corrida Internacional de São Silvestre foi adiada para 11 de julho de 2021, informaram os organizadores nesta terça-feira. A mudança na data se deve à pandemia do novo coronavírus.

A disputa, que conta com milhares de atletas amadores e também profissionais, costuma ser realizada no dia 31 de dezembro. Assim, o próximo ano terá duas edições da corrida. Trata-se do primeiro adiamento da história de 95 anos da corrida. Criada em 1925, a prova nunca havia falhado um ano sequer.

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De acordo com a organização, a decisão foi tomada em comum acordo com a Secretaria Municipal da Casa Civil. "A decisão pela transferência leva em consideração a instabilidade do cenário atual, onde os decretos de quarentena estão sendo postergados, não havendo ainda uma definição de retorno das corridas de rua deste porte até o mês de dezembro."

O adiamento segue decisões anteriores da Prefeitura de São Paulo, que já cancelou outros grandes eventos da capital, como a Parada LGBT deste ano e a Marcha Para Jesus. O carnaval de 2021 também já mudou de data, possivelmente no meio do próximo ano.

A mudança na data também segue o padrão internacional. Nos últimos meses, os organizadores das principais maratonas do mundo anunciaram cancelamentos ou adiamentos em Nova York, Chicago, Berlim, Barcelona, Roma, Toronto, Paris, Boston e Londres, entre outras.

Em junho, a Maratona Internacional de São Paulo foi cancelada, após mudar de data, de abril para 2 de novembro. A organização decidiu cancelar devido ao risco de contaminação por covid-19 durante a prova.

O primeiro-ministro da Jamaica, Andrew Holness, revelou que a polícia está investigando a festa de aniversário surpresa de Usain Bolt. O evento reuniu mais de 20 pessoas, o que vai na contramão do que é permitido no país em decorrência da pandemia do coronavírus, e convidados foram flagrados sem máscaras de proteção. O caso ganhou destaque no noticiário internacional, após o atleta ter revelado que testou positivo para covid-19.

"A polícia está investigando todos os aspectos deste assunto (festa). Ninguém está sendo tratado com isenção ou tratamento especial. Todos os jamaicanos têm um dever. Todos os que estão na esfera pública têm um dever ainda maior", disse Holness.

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De acordo com a imprensa jamaicana, a festa contou com a presença de personalidades esportivas, como o atacante Raheem Sterling, do Manchester City, e o ala Leon Bailey, do Bayern Leverkusen. O ministro da Saúde, Christopher Tufton, negou que houve quebra do protocolo de quarentena imposto a estrangeiros.

"Não tenho conhecimento de nenhum indivíduo específico entrando e violando as ordens de quarentena. Se tivermos informações, as regras se aplicariam neste caso, como em qualquer outro caso", explicou Tufton.

Após a repercussão do caso, Bolt se manifestou através de suas redes sociais. Dono de oito ouros olímpicos, o ex-atleta disse que estava assintomático e que havia teste para a covid-19. O ministro da Saúde confirmou que a lenda do atletismo contraiu a doença.

A organização da Maratona de Chicago anunciou nesta segunda-feira (13) que a corrida deste ano foi cancelada devido à pandemia do novo coronavírus. A prova estava agendada para o dia 31 de outubro, nos Estados Unidos.

"Em resposta às preocupações de saúde pública causadas pela pandemia do coronavírus, a Cidade de Chicago anuncia a decisão de cancelar a Maratona de 2020 e todas as atividades relacionadas à prova", disse a organização, em comunicado.

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"A esperança nos impulsiona como corredores e como seres humanos", afirmou o diretor executivo da prova, Carey Pinkowski. "Minha esperança era de ver todos na linha de partida no domingo, dia 11 de outubro, mas nossa mais alta prioridade tem sido a segurança dos participantes e dos nossos voluntários.

Os organizadores informaram que os inscritos poderão obter o dinheiro de volta ou poderão confirmar seu lugar nas edições de 2021, 2022 e 2023 da corrida.

Nos últimos dias, os Estados Unidos vêm registrando picos de contaminações por covid-19 em diferentes estados. O país segue como o recordista em número de mortos e infectados, à frente de Brasil e Índia.

Nas últimas semanas, diversas maratonas tradicionais do circuito mundial foram canceladas pelo mesmo motivo, casos de Nova York, Boston e Berlim, na Alemanha.

Os organizadores da tradicional Volta Internacional da Pampulha anunciaram, nesta segunda-feira (6), o adiamento da edição deste ano, que estava prevista para 13 de dezembro, e a realização de um evento especial em 12 de dezembro de 2021, com uma corrida especial, reunindo as duas edições.

Segundo nota, o adiamento foi causado pela "instabilidade do cenário atual em todo o País no que tange a eventos esportivos de grande público onde os decretos de quarentena estão sendo postergados, não havendo ainda uma definição de retorno das corridas de rua deste porte até o mês de dezembro".

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O comunicado também destaca que os "atletas que vão correr uma prova como a Volta Internacional da Pampulha necessitam de treinamento e programação de deslocamento". As inscrições efetivadas continuam válidas e atualizações serão publicadas no site oficial, através da assessoria de imprensa e nas mídias sociais.

A Volta da Pampulha é disputada desde 1999 e tem um percurso de aproximadamente 18 quilômetros, com largada e chegada em frente ao estádio Mineirão e trajeto pelo contorno da Lagoa da Pampulha.

A 17º edição da Corrida das Pontes do Recife voltou a ser adiada e tem nova data prevista para o mês de dezembro. A definição aconteceu após reuniões com a Federação Pernambucana de Atletismo e Prefeitura do Recife que aconteceram nesta quarta-feira (1º).

Em nota, a JJS Eventos, organizadora da prova ressaltou que a instabilidade no Estado por conta da pandemia do Covid-19 foi o principal motivo para a decisão. 

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"A partir de entendimento no final desta manhã (1), com a Prefeitura do Recife (PCR) e a Federação Pernambucana de Atletismo (Fepa) e considerando a instabilidade do atual cenário da pandemia no Estado, onde os decretos de quarentena estão sendo postergados e não havendo, portanto, uma definição para o retorno das corridas de rua, a JJS Eventos, empresa responsável pela organização e realização da 17ª Corrida das Pontes do Recife, informa que mais uma vez a prova será adiada para o dia 13 de dezembro de 2020", diz o comunicado.

A organização da Maratona de Nova York, considerada a principal do mundo, anunciou nesta quarta-feira (24) o cancelamento da edição de 2020 por conta da pandemia do novo coronavírus. A realização da prova estava agendada para o dia 1.º de novembro, mas os organizadores e a prefeitura da cidade norte-americana chegaram à conclusão que não há condições para que ela seja realizada.

A Maratona de Nova York é uma das mais concorridas do mundo. Em 2018 contou com um recorde de 53.121 participantes e tem habitualmente perto de 10 mil voluntários. Mas o surto da covid-19 tem afetado muito a cidade. Até esta terça-feira, contabiliza perto de 400 mil casos e mais de 30 mil mortes causadas pela doença.

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Segundo a organização do evento, o cancelamento da edição de 2020 se deve a "preocupações sobre saúde e segurança relacionadas ao coronavírus". O prefeito Bill de Blasio apoiou a decisão. "Embora a maratona seja um evento icônico e amado em nossa cidade, eu cumprimento os organizadores por colocarem em primeiro lugar a saúde dos atletas e dos espectadores", afirmou em um comunicado oficial.

Esta é a segunda vez na história que a prova, realizada anualmente desde 1970, é cancelada. Em 2012, o furacão Sandy, que causou estragos na cidade uma semana antes, impediu a realização do evento. A organização informou que os inscritos para este ano poderão receber o dinheiro de volta ou confirmarem suas presenças nas edições de 2021, 2022 ou 2023.

No mês passado, pela primeira vez em seus 124 anos de história a Maratona de Boston, também nos Estados Unidos, foi cancelada. O anúncio foi feito pela Associação Atlética de Boston (BAA, na sigla em inglês), seguindo determinações das autoridades locais de evitar aglomerações e eventos em massa até o final do ano, ainda como medidas preventivas à pandemia do novo coronavírus. Originalmente programada para 20 de abril, a prova já havia sido adiada e estava prevista para 14 de setembro.

O ex-campeão europeu de salto em altura, Alexander Shustov, do Casaquistão, está proibido de competir nos próximos quatro anos, após ter sido flagrado no exame antidoping. O anúncio foi feito, nesta terça-feira, pelo Tribunal Arbitral do Esporte (TAS), que não especificou qual a substância utilizada pelo atleta.

A Federação Russa de Atletismo informou na segunda-feira que a proibição de Shustov foi datada de 5 de junho e seus resultados foram desqualificados por um período de 2013 a 2017.

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Isso significa que ele mantém seu título europeu, mas é retroativamente desclassificado de sétimo lugar no campeonato mundial de 2013, em Moscou.

Segundo documentos registrados pela federação russa, Shustov foi treinado por Evgeny Zagorulko, que está sendo acusado por outros casos de doping, como o do atleta russo Danil Lysenko, de 23 anos, também do salto em altura.

Pela primeira vez em 124 anos de história, a Maratona de Boston foi cancelada. Os organizadores anunciaram, nesta quinta-feira, que a tradicional prova será substituída por um "evento virtual" em que os participantes que apontarem por conta própria que correram os 42.195 metros receberão uma medalha.

A corrida estava prevista originalmente para 20 de abril, antes de ser adiada por cinco meses por causa da pandemia do coronavírus. A prova de 2021 está programada para 19 de abril e histórica 125.ª edição para 18 de abril de 2022.

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"Embora não possamos trazer o mundo para Boston em setembro, planejamos levar Boston ao mundo para uma histórica 124.ª Maratona de Boston", disse Tom Grilk, CEO da Associação Atlética de Boston.

A prova teve sua primeira edição em 1897, quando 15 homens traçaram uma linha de partida na terra em Ashland e seguiram para Boston, onde comemoraram os primeiros Jogos Olímpicos modernos no ano anterior. Em 1918, o formato foi modificado para um revezamento devido à Primeira Guerra Mundial, enquanto a corrida de 2013 foi interrompida quando duas bombas explodiram na linha de chegada, várias horas depois dos vencedores terem terminado, mas enquanto muitos corredores ainda estavam no percurso.

Quando a corrida foi adiada em março para 14 de setembro, o prefeito Marty Walsh citou o

desejo de salvar os estimados US$ 211 milhões (cerca de R$ 1,1 bilhão) investidos na economia da cidade a cada ano. A Associação Atlética de Boston e os atletas também fazem doações que alcançam US$ 40 milhões.

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