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O brasileiro Caio Vinicius da Silva Pereira, medalha de ouro do arremesso do peso na classe F12, para deficientes visuais, nos Jogos Parapan-Americanos de 2019, em Lima, no Peru, recebeu nesta quarta-feira uma suspensão de quatro anos por doping. O anúncio foi feito pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês).

O motivo da punição foi uma violação da regra antidoping em teste feito em agosto de 2019, durante o Parapan de Lima, com a presença da substância desidroclorometil-testosterona, um esteróide anabolizante. Com a suspensão retroativa à data de seu teste positivo em 25 de agosto de 2019, o brasileiro estará inelegível para qualquer competição até 29 de agosto de 2023.

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O caso faz com que Caio Vinicius tenha cassada a sua medalha de ouro conquistada em Lima-2019. Assim, no Parapan, o argentino Jonathan Marin, que tinha sido o segundo colocado, fica com o ouro, enquanto que o dominicano Nathanael Sanchez sobe para a de prata.

Sem a conquista de Caio Vinicius, o Brasil tem, agora, 123 medalhas de ouro no Parapan de 2019, mantendo a liderança com folga no quadro de medalhas, com um total de 307.

O IPC alertou os atletas de "responsabilidade estrita pelas substâncias encontradas em sua amostra". "Como signatário do Código Mundial Antidopagem, o IPC continua comprometido com um ambiente esportivo livre de dopagem em todos os níveis", disse.

"O IPC estabeleceu o Código Antidopagem do IPC em conformidade com os princípios gerais do Código, incluindo as Normas Internacionais, esperando que, no espírito do esporte, ele conduza a luta contra o doping no esporte para atletas com deficiência", completou a entidade.

Após quebrar todos os recordes possíveis no atletismo e se arriscar como jogador de futebol na Austrália, o jamaicano Usain Bolt está em uma nova fase. A sensação dos 100 e 200 metros divulgou o lançamento do álbum de reggae que produziu com o amigo NJ Walker. Intitulado "Country Yutes", a novidade contém 14 faixas e carrega grandes expectativas por parte do ex-velocista.

Em entrevista à BBC, Bolt disse que está 'mirando o topo' e quer ganhar um Grammy ou um álbum ou single de platina. "Eu quero ter esse troféu e estar em uma sala onde todos aqueles grandes produtores falam sobre a minha música. Eu sei que é um longo processo e temos muito a aprender, mas estamos aproveitando o processo", afirmou.

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O jamaicano ainda contou que tentou voltar a correr em 2019 para tentar uma vaga nos Jogos Olímpicos de Tóquio, mas seu antigo treinador, Glen Mills, o convenceu a desistir da ideia. "É muito tarde. Se eu fosse voltar, teria de ser para as Olimpíadas de Tóquio. Quando eu falei para o meu técnico que iria me aposentar, ele me disse: "Quando você se aposenta, você se aposenta. Eu não vou fazer nenhum tour de retorno, nada. Então, tenha certeza que você está pronto para se aposentar".

Bolt disse que as únicas palavras de seu técnico quando ele sugeriu um retorno foram "nem comece". Apesar da vontade, o velocista garantiu que não volta a correr se não tiver Mills ao seu lado.

Se a Jamaica não tem mais nenhum nome de destaque no atletismo masculino, as velocistas Shelly-Ann Fraser-Pryce e Elaine Thompson-Herah vêm impressionando o mundo inteiro. Campeãs do revezamento 4x100 metros na Olimpíada de Tóquio-2020, as duas brigaram ponta a ponta pelo topo nos 100 e 200 metros. Thompson-Herah conquistou o bicampeonato nas duas categorias.

Na etapa da Diamond League, disputada no final de agosto em Eugene, nos Estados Unidos, ela atingiu um recorde pessoal de 10s54, apenas cinco milésimos abaixo da recordista mundial Florence Griffith-Joyner, que estabeleceu as melhores marcas dos 100 e 200 metros em 1988.

Bolt acredita que, no futuro, uma das duas vai quebrar o tempo de Griffith-Joyner. "Quando eu vi as meninas realmente aumentando a intensidade e correndo muito rápido, pensei: 'isso pode realmente acontecer'", disse. "A técnica de Elaine realmente melhorou e a mesma coisa com Shelly-Ann. Ela corre muito mais reta e sua fluência parece muito melhor. Então eu acho que essas garotas vão 'bater na porta'. Se elas conseguirem quebrar o recorde, vai ser enorme para o esporte", concluiu o tricampeão olímpico.

Foi por quase nada que a brasileira Thalita Simplício ficou com a prata na prova dos 200m rasos da classe T11 (cegos), no atletismo da Paralimpíada. Quase nada mesmo: a chinesa Liu Cuiqing superou a brasileira em apenas quatro milésimos de segundo para levar a medalha de ouro, em decisão feita através da foto da linha de chegada. Também brasileira, Jerusa Geber ficou com o bronze.

A corrida tinha apenas quatro atletas, já que as competidoras necessitam do guia para correr e eles ocupam os espaços das quatro raias. A prova foi extremamente disputada, com Thalita fazendo o tempo de 24s940, enquanto a chinesa, atual recordista mundial, correu para 24s936. Jerusa chegou em terceiro com 25s10.

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Com o resultado, as brasileiras superam a impressão ruim deixada na final dos 100m rasos. A situação era a mesma: com duas competidoras entre quatro participantes, a lógica era de que ao menos um bronze já estava garantido. No entanto, Jerusa perdeu a corda que a ligava ao guia no começo da corrida e Thalita perdeu a que a ligava ao guia dela no fim, sendo ambas desclassificadas.

"A sensação que eu tinha era que elas iam abrir, mas fomos bem, demos nosso melhor para hoje", comentou Thalita ao SporTV após a conquista da prata.

Aos 24 anos, Thalita Simplício já tem uma prata em Tóquio, na prova dos 400m rasos da classe T11. Jerusa, de 39 anos, já tinha três medalhas paralímpicas: um bronze em Pequim e duas pratas em Londres.

O brasileiro Ricardo Gomes conquistou a medalha de bronze nos 200m da classe T37 (paralisia cerebral) nos Jogos Paralímpicos de Tóquio. Ele fechou a prova com o tempo de 22,62 segundos, sua melhor marca da carreira.

O americano Nick Mayhugh garantiu o ouro e bateu o recorde mundial da prova com o tempo de 21,91 segundos. A prata foi para Andrei Vdovin, do Comitê Olímpico Russo (22,24 segundos). O outro brasileiro na disputa, Christian Gabriel terminou na oitava colocação com o tempo de 23,49 segundos.

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Foi a primeira medalha paralímpica de Ricardo na carreira. O atleta de 31 anos sofreu um acidente em 2014 e ficou com sequelas no braço e perna direitos. Ele começou no esporte paralímpico somente em 2019 e estrou em Paralimpíada.

Um pouco antes, na final dos 200m da classe T35 (paralisia cerebral), o brasileiro Fabio Bordignon foi desclassificado por ter pisado na linha do balizamento. Dmitrii Safronov, do Comitê Paralímpico Russo, bateu o recorde mundial da prova e garantiu a medalha de ouro com o tempo de 23,00 segundos. A prata ficou com o ucraniano Ihor Tsvietov (23,25) e o bronze para Artem Kalashian, do Comitê Paralímpico Russo (23,75).

Também ficou fora do pódio o brasileiro Mateus Ramos. Na final dos 100m da classe T36 (paralisia cerebral), ele terminou na sexta colocação com o tempo de 12,32 segundos. O chinês Peicheng Deng garantiu o ouro com a marca de 11,85 segundo, novo recorde paralímpico. A prata foi para o australiano James Turner (12,00) e o bronze para o argentino Alexis Chavez (12,02).

Atletismo e natação são as duas modalidades que mais levaram brasileiros ao pódio na história dos Jogos Paralímpicos. Das 353 medalhas totais que o Brasil já conquistou em sua história, incluindo os primeiros nove dias dos Jogos de Tóquio, as pistas e os campos renderam 159 medalhas aos brasileiros, enquanto as piscinas foram responsáveis por 124 honrarias conquistadas até o momento. A disputa no Japão acaba no domingo, dia 5.

Apesar de o atletismo levar vantagem na quantidade de medalhas obtidas no total, historicamente as duas modalidades travam uma saudável rivalidade para saber qual dos dois esportes é o campeão de pódios em uma única edição dos Jogos.

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Ambas demonstram um poderio esportivo no movimento paralímpico brasileiro desde a década de 80, quando as competições não eram jogadas nas mesmas sedes dos Jogos Olímpicos. Na quarta participação do Brasil em uma Paralimpíada, os atletas brasileiros voltaram de Nova York (Estados Unidos) e Stoke Mandeville (Inglaterra), com 28 medalhas, todas conquistadas no atletismo (21, sendo seis de ouro) e na natação (sete medalhas).

A partir desta edição surgiram os primeiros brasileiros considerados potências paralímpicas, principalmente no atletismo brasileiro. Os resultados de Luiz Cláudio Pereira, Márcia Malsar, Miracema Ferraz e Amintas Piedade nas edições dos Jogos de Nova York/Stoke Mandeville e em Seul, quatro anos depois, ajudaram a modalidade a ser a mais premiada na época. Na Coreia do Sul, o Brasil conquistou 15 medalhas no atletismo (3 ouros, 8 pratas e 4 bronzes). Pela natação, subiu ao pódio nove vezes, uma no lugar mais alto apenas.

Nos Jogos Paralímpicos da década de 90, o rendimento das duas modalidades ficou mais equilibrado, embora o atletismo já contasse com a presença da velocista Ádria Santos, que conquistou 13 medalhas ao todo na carreira. Nos Jogos de 1992, em Barcelona, o Brasil conquistou quatro medalhas no atletismo (3 ouros) e a natação apenas três honrarias, nenhuma dourada. Os Jogos na Espanha também marcaram a despedida de Luiz Cláudio Pereira. Em três edições, o atleta ganhou seis medalhas de ouro e nove de prata. O Brasil já começava a despontar como uma das grandes nações da competição.

VIRADA DA NATAÇÃO 

Com a entrada no circuito paralímpico de atletas como Clodoaldo Silva, André Brasil e Daniel Dias (que se aposentou em Tóquio com 27 pódios na carreira), o número de conquistas entre nadadores disparou e foi superior ao do atletismo na Paralimpíada de Sydney, na Austrália, e também na de Pequim, na China, em 2008. Clodoaldo Silva, que chegou a conquistar seis ouros em Atenas, subiu ao pódio em Paralimpíadas 14 vezes na carreira. Mesmo número de André Brasil, que possui sete medalhas douradas.

Nenhum atleta brasileiro, porém, ficou mais entre os três primeiros colocados em provas finais do que Daniel Dias. O nadador, que encerrou a carreira disputando a última prova em Tóquio na quarta-feira, os 50m livre, conquistou 27 medalhas e é o atleta do País que mais subiu ao pódio entre todas as modalidades na história do movimento paralímpico brasileiro. "Deus fez infinitamente mais do que eu pedi, do que eu pensei. Se eu escrevesse isso, não ia ser tão perfeito quanto foi. Não é choro de tristeza, eu estou muito feliz", disse em seu adeus das piscinas.

TÓQUIO-2020 - Nos nove primeiros dias de disputa no Japão, a natação vem superando o atletismo. Puxados pelos bons resultados de Maria Carolina Santiago (quatro medalhas, sendo três de ouro), Gabriel Bandeira e Gabriel Araújo (três medalhas individuais cada), os nadadores somam 22 honrarias (8 ouros, 5 pratas e 9 bronzes), enquanto o atletismo contribuiu com 19 medalhas no geral (8 ouros, 5 pratas e 6 bronzes) até o momento.

O atletismo, contudo, pode virar ainda. Há mais finais da modalidade agendadas para serem realizadas até o dia 4 de setembro (horário de Brasília), um dia antes da cerimônia de encerramento dos Jogos Paralímpicos. O Brasil também corre atrás de seu recorde de conquistas: 21 medalhas de ouro nos Jogos de Londres, em 2012. Por enquanto, tem 18.

O brasileiro Yeltsin Jacques dominou os 1.500m da classe T11 (cegos), bateu o recorde mundial e conquistou a centésima medalha de ouro da história do País em Jogos Paralímpicos. Em Tóquio, ele fechou a prova com o tempo de 3min57s60. A melhor marca até então era do queniano Samwel Kimani, alcançada nos Jogos de Londres-2012 com o tempo de 3min58s37.

A medalha de prata ficou com o japonês Shinya Wada, bem atrás do brasileiro, com o tempo de 4min05s27. O bronze foi para Fedor Rudarov do Comitê Paralímpico Russo (4min05s55). Yeltsin conquistou sua segunda medalha dourada em Tóquio. Ele já havia vencido os 5.000m T11.

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"Hoje de manhã o Bira (guia) falou isso (que poderia ser a centésima medalha de ouro da história). Isso deu uma motivação a mais. Queria essa conquista por dois motivos. Para subir o brasil no quadro de medalhas e construir essa história. Tenho que agradecer minha esposa por aguentar nós, minha família por estar sempre apoiando. Só tenho que agradecer mesmo", comemorou Yeltsin.

Depois de conquistar duas medalhas de ouro nesta segunda-feira, com Claudiney Batista e Elizabeth Gomes, e alcançar 99 honrarias douradas, a expectativa é que a centésima seria atingida neste sétimo dia de competição da Paralimpíada de Tóquio. Mas, por um centésimo, ela não saiu na manhã desta segunda-feira. Nos 100m rasos categoria T63 (lesões nas pernas), Vinícius Rodrigues levou a prata depois de terminar a prova com o tempo de 12s05, um centésimo atrás do russo Anton Prokhorov, que correu 12s04, e levou o ouro.

A PRIMEIRA MEDALHA - Foram necessários 16 anos e quatro edições de Paralimpíada para o País conquistar o seu primeiro ouro paralímpico desde a estreia brasileira nos jogos, em 1972, em Heidelberg, Alemanha. A primeira vez que o Brasil subiu no lugar mais alto do pódio foi em 1984, nos Jogos disputados em Nova York, nos Estados Unidos, e em Stoke Mendeville, na Inglaterra.

Como não há registro dos horários das provas, o Comitê Paralímpico Brasileiro informou que não é possível dizer quem é o brasileiro dono do primeiro ouro. Foram sete medalhas douradas conquistadas por cinco atletas na ocasião: Márcia Malsar (200m rasos), Amintas Piedade (arremesso de peso e lançamento de dardo), Luiz Cláudio Pereira (arremesso de peso e lançamento de dardo), Miracema Ferraz (arremesso de peso) e Maria Jussara Mattos (4x50m medley).

Márcia Malsar foi escolhida para carregar a tocha olímpica na cerimônia de abertura da Paralimpíada do Rio de Janeiro, em 2016. Na ocasião, por conta da forte chuva que caía durante a cerimônia, ela escorregou enquanto caminhava com a tocha. Imediatamente ela se reergueu e continuou o percurso arrancando aplausos do público. O momento foi visto como um símbolo de superação.

MAIORES MEDALHISTAS - Os Jogos de Nova York/Stoke Mandeville também inauguraram, com Luiz Claudio Pereira, uma categoria de atletas que ajudou o Brasil a alcançar essa marca histórica mais rápida: os multimedalhistas.

Com dois ouros nos jogos de 1984, Pereira conquistaria mais quatro na carreira. Ainda pelo atletismo, se destacam Odair Santos, que ganhou cinco ouros em quatro jogos, entre 2004 e 2016; Terezinha Guilhermina, três ouros; e Ádria Santos, lendária velocista que foi campeão paralímpica quatro vezes em seis participações.

O atleta que mais venceu ouros no Brasil foi Daniel Dias, que conquistou 14 ao todo. O brasileiro, que também é o maior medalhista paralímpico do País, com 27, é seguido de André Brasil (7 ouros) e Clodoaldo Silva (6 ouros). Pelo judô, Antônio Tenório também conquistou quatro medalhas douradas na carreira, e a modalidade Futebol de 5 contribuiu para essa somatória subindo no lugar mais alto do pódio quatro vezes.

O arremesso de peso completou muito bem o dia do Brasil no atletismo nesta sexta-feira. Wallace Santos conquistou a medalha de ouro, com direito a recorde mundial da classe F55, para quem tem lesão na coluna e compete em cadeira de rodas (o F é de field, ou seja, uma disputa de campo e não de pista). Além dele, João Victor Teixeira ficou em terceiro no arremesso de peso classe F37 (atletas com paralisia cerebral, que conseguem andar) com o bronze.

Wallace Santos marcou 12,63 metros no quinto e último arremesso, quando quebrou o recorde. A prata ficou com Ruzhdi Ruzhdi (12,19 metros), da Bulgária, e o bronze foi para Lech Stoltman (12,13 metros), da Polônia. O segundo colocado era dono do recorde.

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João Victor Teixeira conquistou a medalha com um arremesso de 14,45 metros. Ouro para Albert Khinchagov, do Comitê Paralímpico Russo, com 15,78 metros, e prata para o tunisiano Ahmed Ben Moslah, com 14,50 metros. Na prova, Emanoel Victor, outro brasileiro na final, ficou em sétimo, uma marca também bastante expressiva.

Ao SporTV, assim que acabou a prova, João Victor celebrou ter feito a melhor marca da carreira, destacando que havia treinado pouco tempo antes da Paralimpíada por causa de uma lesão no joelho que o incomodava. Ainda assim, conseguiu um ótimo desempenho.

Wallace Santos atravessou momentos complicados antes de competir em Tóquio. A treinadora do brasileiro morreu vítima da covid-19 e Wallace teve momentos declarados de depressão. Foi barra para ele. Com novo treinador, conseguiu garantir a classificação e chegar bem a Tóquio, no trabalho que agora terminou consagrado com o pódio.

Um ano e meio e uma medalha de bronze depois, Alison dos Santos enfim voltou a beber o seu refrigerante favorito. O destaque brasileiro do atletismo na Olimpíada cumpriu sua promessa de não ingerir a bebida até competir em Tóquio e foi recompensado por isso nesta sexta-feira: ganhou nada menos que um caminhão de refrigerante.

Alison foi pego de surpresa na tarde desta sexta ao receber 300 garrafas de Itubaína em sua casa na cidade de São Joaquim da Barra, interior de São Paulo. Ele também ganhou 117 quilos de produtos da marca Seara. O refrigerante a base de guaraná e morango foi assunto de diversas entrevistas do atleta no Japão.

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Antes de levar o bronze nos 400 metros com barreiras em Tóquio, Alison revelara à imprensa que havia feito uma promessa ao amigo Wesley Victor, mais conhecido como "Biscoito", outro jovem talento do atletismo brasileiro. Além disso, disse que estava com saudade de jogar truco e comer um churrasco com os familiares em sua cidade. Agora não vão faltar os produtos para o evento familiar, possivelmente no fim de semana.

A promessa feita a Biscoito era de ficar sem o refrigerante até a disputa dos Jogos Olímpicos. O problema para Alison é que o "acordo" com o amigo havia sido feito no início de 2020, antes do adiamento da Olimpíada, marcada inicialmente para o ano passado. Assim, o medalhista de bronze esperou muito mais do que o esperado para voltar a tomar o seu refrigerante predileto.

O jejum chegou ao fim nesta sexta com a ajuda do próprio Biscoito, que participou da ação de marketing realizada pelo grupo Heineken Brasil, dono da marca Itubaína. O amigo ajudou na preparação da surpresa. "Já é tradição voltar para casa, fazer aquela resenha com o Biscoito e tomar Itubaína para comemorar minhas vitórias. Mas dessa vez fui surpreendido. Poderei comemorar com toda família", declarou Alison, sem esconder a alegria e a surpresa.

O presente poderá render além das garrafas para o corredor de 21 anos. O grupo Heineken já conversa com Alison sobre um possível apoio para divulgação das marcas em suas redes sociais.

"Todos nós torcemos muito e nos emocionamos com a conquista dele. Carismático, jovem, bem humorado e amante da música brasileira, nós vimos no atleta uma personalidade inspiradora que tem tudo a ver com a nossa marca", afirma Bruno Piccirello, gerente de marketing da empresa de bebidas.

Na capital japonesa, Alison brilhou dentro e fora da pista. Com seu jeito brincalhão e espontâneo, o atleta conquistou fãs pelo Brasil. E se tornou o primeiro brasileiro a conquistar uma medalha em prova individual de pista no atletismo nacional em 33 anos. Os últimos haviam sido Joaquim Cruz, prata nos 800m, e Robson Caetano, bronze nos 200m, ambos no Jogos de Seul, em 1988.

A velocista belarussa Krystsina Tsimanouskaya, que deixou o Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 por enfrentar ordens de técnicos e dirigentes compatriotas, colocou em leilão nesta segunda-feira uma medalha que conquistou para arrecadar fundos e apoiar atletas de Belarus.

Tsimanouskaya postou a oferta, que tem nove dias de duração, no portal "ebay". Trata-se da medalha de prata que conquistou na prova dos 100 metros dos Jogos Europeus, realizados em 2019. O valor inicial é de 17 mil euros (R$ 104,7 mil na cotação atual).

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A Fundação de Solidariedade Esportiva Belarussa, que apoiou a velocista de 24 anos na decisão de abandonar a equipe nacional, deixar os Jogos Olímpicos e viajar para a Polônia, confirmou em comunicado oficial a decisão da velocista de leiloar a medalha.

"Em apoio aos atletas que sofreram com as ações do regime de (Aleksander) Lukashenko", disse o texto, em referência ao atual presidente de Belarus.

Na última quinta-feira, o Comitê Olímpico Internacional (COI) retirou as credenciais de dois dos técnicos da equipe belarussa de atletismo - Artur Shimak e Yury Maisevich -, acusados de terem coagido Tsimanouskaya.

A velocista, que disputaria os 200 metros, afirma ter recebido ordem de voltar ao país de origem, no último dia 1.º, após reclamar em público de uma ordem que recebeu de mudar de prova e participar do revezamento 4x100 metros.

No Aeroporto de Haneda, em Tóquio, para onde foi levada com o objetivo de tomar um voo de volta ao país de origem, a velocista pediu proteção a policiais japoneses, segundo explicou em declarações à emissora de televisão japonesa NHK.

O Comitê Olímpico de Belarus, presidido por Viktor Lukashenko, filho do presidente do país, garantiu em comunicado oficial que a velocista teve que suspender a participação nos Jogos Olímpicos por decisão dos médicos devido ao "estado emocional e psicológico" que apresentava. Por sua vez, Tsimanouskaya negou a versão, que afirmou se tratar de uma "mentira".

Na última quinta-feira, a velocista chegou à Polônia, segundo o vice-ministro de Relações Exteriores do país, Marcin Przydacz, que garantiu que a atleta estava em local "seguro", em meio ao temor de represálias do governo belorusso.

O norueguês Jakob Ingebrigtsen, de apenas 20 anos, venceu a final dos 1.500 metros, este sábado nos Jogos Olímpicos de Tóquio.

Ingebrigtsen bateu o recorde olímpico ao completar a prova em 3 minutos, 28 segundos e 32 centésimos. O queniano Jimothy Cheruiyot (3:29.01) levou a prata e o britânico Josh Kerr (3:29.05) a medalha de bronze.

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O ugandense Joshua Cheptegei conquistou a medalha de ouro dos 5.000 metros, prova em que é recordista mundial, nos Jogos Olímpicos de Tóquio nesta sexta-feira (6).

Cheptegei, que levou a prata nos 10.000 metros em Tóquio, completou a prova com o tempo de 12 minutos, 58 segundos e 15 centésimos.

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O canadense Mohammed Ahmed (12:58.61) levou a prata e o americano Paul Chelimo (12:59.05) o bronze.

O Quênia dominou nesta quarta-feira a final olímpica dos 800 metros masculinos nos Jogos de Tóquio, com a medalha de ouro para Emmanuel Korir e a prata para Ferguson Rotich.

Korir completou as duas voltas na pista do Estádio Olímpico da capital japonesa com o tempo de 1 minuto, 45 segundos e 6 centésimos, contra 1:45.23 do compatriota.

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O polonês Patryk Dobek (1:45.39) levou a medalha de bronze.

Apenas três brasileiros estiveram na disputa do atletismo na noite desta terça-feira (3) (fim da manhã de quarta em Tóquio). Nas semifinais dos 110 metros com barreiras, Gustavo Constantino e Rafael Pereira tiveram problemas nas corridas e acabaram não se classificando às finais, apesar de já brilharem ao avançarem entre os 24 melhores. No decatlo, Felipe dos Santos fechou as três primeiras das dez disputas com 2.592 pontos, na nona colocação.

A nota triste na disputa do decatlo ficou para a grave lesão do belga Thomas Van der Plaetsen. Na corrida para o salto em distância, o atleta pisou em falso na hora de pular, torceu o tornozelo e acabou caindo dentro do banco de areia, de cara e sentindo muita dor. Abandonou a competição e fará exames para avaliar a gravidade da contusão.

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Os 100m abriram as competições do decatlo e Felipe correu para 10s58, ficando em quinto na bateria 3. No salto em distância, no Grupo A, o brasileiro repetiu o quinto lugar, com seu melhor salto em 7,38 metros. Na terceira prova do dia, o arremesso do peso, fez 14,13 metros na última e melhor das três tentativas, vibrando muito e subindo para nono no geral.

Pela manhã (a partir das 6h30 de Brasília), Felipe dos Santos volta às provas para disputar o salto em altura e os 400 metros, completando metade das provas. A terceira parte ocorre à noite no Brasil (manhã de quinta-feira em Tóquio).

Os brasileiros chegaram às semifinais dos 110 metros com barreiras sonhando em melhorar suas marcas e ciente que seria muito difícil desbancar americanos e jamaicanos. Não conseguiram avançar às finais, mas saíram extremamente satisfeitos por estarem ali representando o Brasil.

Na bateria 1, Gustavo Constantino cruzou em último, com 13s89, prejudicado por uma lesão na coxa. Mesmo no 22º lugar no geral, disse que foi uma honra poder disputar uma semifinal olímpica na primeira vez disputando a competição.

Campeão sul-americano e um pouco mais experiente, Rafael Pereira foi bem até a quarta barreira, na qual perdeu um pouco de tempo com leve toque. Acabou em sexto na bateria 3, com 13s62 e acabou eliminado com o 17° tempo no geral.

Chegou à Olimpíada com 13s35 de melhor tempo e reclamou do desempenho nesta noite de terça-feira (quarta de manhã em Tóquio). "Não gostei do tempo, o meu pior na temporada", lamentou. "Mas não tira minha alegria de estar aqui e correr 'com os caras'. Caras que eu só via na internet. Larguei bem, mas me perdi no ritmo. Estou 1000% feliz de estar na semifinal", disse Rafael Pereira, ao SporTV.

Campeão do mundo, o americano Grant Holloway, um dos 'caras' citados por Rafael, correu para 13s13 e não teve problemas para avançar. Seguido pelo jamaicano Hansle Parchment, o outro 'cara', que fez 13s23. A melhor marca da carreira de Rafael é de 13s35. Repetisse o feito, o paulista ficaria somente três décimos do oitavo e último qualificado às finais.

OURO E RECORDE MUNDIAL - A final dos 400 metros com barreira foi uma das mais sensacionais provas do dia, com impressionante ultrapassagem no final e recorde mundial na dobradinha americana. Dalilah Muhammad dominava completamente a prova quando Sidney McLaughlin, numa reta final muito forte, acelerou para cruzar com 51s46. A marca de Muhammad, com 51s58, também seria recorde mundial. A virada veio nos 40 metros finais em arrancada fantástica, saindo de terceiro para o topo do pódio.

Há mais de 20 anos, desde 2000, um atleta brasileiro do atletismo não conseguia dois pódios consecutivos nos Jogos Olímpicos. Pois Thiago Braz quebrou essa marca nesta terça-feira ao ficar com o bronze em Tóquio-2020 no salto com vara depois do ouro no Rio-2016 cinco anos antes, repetindo André Domingos, prata nos 4x100 metros em Atlanta-1996 e Sydney-2000.

O curioso é que Thiago Braz diz ter sonhado dois dias antes com a medalha de bronze. Mas não gostou do sonho. "Sonhei que eu tinha voltado para o apartamento aqui e estava com a medalha de bronze. Eu achava que era ouro, mas era bronze. Fiquei bravo no sonho, mas desejei muito ganhar uma medalha", contou o atleta de 27 anos.

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Thiago Braz relembrou ainda as dificuldades que teve no último ciclo olímpico, quando não conseguiu manter uma regularidade nas competições. O atleta revelou, inclusive, que pensou em abandonar a carreira.

"Meus altos e baixos significaram mais conhecer a mim mesmo e mostrar que saltando bem ou mal era possível voltar a saltar, projetar novos sonhos e conquistas. Eu tinha no meu sonho voltar aos Jogos e ganhar outra medalha. Às vezes deu vontade de parar, desistir, mas tive suporte", disse.

Na briga por uma medalha em Tóquio, o brasileiro voltou a duelar com Renaud Lavillenie, campeão olímpico em Londres-2012 e prata no Rio-2016. O francês, no entanto, não conseguiu superar o salto de 5,87 metros de Thiago Braz e terminou na oitava posição.

"Tinha de acontecer desse jeito. No classificatório, tive um início de cãibra, a gente tratou, mas ainda senti. Aos poucos fui tentando, dando uma corrida para relaxar a musculatura. O meu desejo era ganhar uma medalha, eu queria ouro, mas primeiramente uma medalha. O motivo maior foi minha família, minha esposa, meu treinador e meu avô, que faleceu no ano passado, num momento de pandemia. E também o orgulho de ser brasileiro, de trazer orgulho para o Brasil", afirmou.

Thiago Braz narrou ainda como o aspecto emocional foi decisivo para a sua conquista. Durante a prova classificatória para a final, ele chegou a temer que poderia não avançar na competição. "Durante esse período dos Jogos aconteceram alguns sinais legais me incentivando a buscar de novo uma medalha, a acreditar. Em algum momento da vida, a gente se sente inseguro, exemplo disso foi a qualificação. Me fez lembrar um trauma que sofri, mas acabou dando certo. Isso traz uma felicidade no peito, nervosismo e raiva ao mesmo tempo", comentou.

Com o próximo ciclo olímpico mais curto, Thiago Braz terá 29 anos nos Jogos de Paris, em 2024. E já faz planos. "Eu queria tentar o bi. Ainda dá, tem a próxima".

O brasileiro Paulo André não conseguiu avançar à final dos 100 metros rasos nos Jogos Olímpicos de Tóquio, a prova mais rápida do atletismo. No início da manhã deste domingo (1°), pelo horário brasileiro, ele foi o último colocado na terceira bateria das semifinais, a série mais forte das três, ao anotar 10s31.

Paulo André ficou em oitavo lugar em sua série e na 23ª posição entre todos os 24 atletas que disputaram esta fase - Reece Prescod, da Grã-Bretanha, queimou a largada e foi eliminado. O atleta brasileiro piorou seu tempo em relação às quartas, fase em que tinha anotado 10s17. Ele fez uma largada ruim e não conseguiu se recuperar.

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"É difícil", definiu Paulo André, antes de cair no choro e precisar de alguns segundos para continuar a entrevista ao SporTV. "Mistura de sentimento. Estou muito contente de estar aqui, mas não me permito não brigar por essa medalha".

Paulo André não soube explicar por que seu desempenho foi abaixo do esperado. Mas, emocionado, garantiu que não vai descansar enquanto não conquistar uma medalha olímpica.

"Olimpíada é pra poucos. Eu sei do meu potencial. Tenho 22 anos e posso fazer isso a vida toda. Não vou parar até brigar por essa medalha. Os 100m são muito complicados. Pode ter certeza que em Paris eu vou fazer de tudo para conseguir essa medalha", assegurou.

Avançam à final os dois melhores de cada uma das três baterias, além dos dois melhores tempos restantes. A série que Paulo André disputou foi a mais forte das três, visto que quatro atletas dessa bateria se classificaram para a decisão com os quatro melhores tempos.

O grande destaque das semifinais foi chinês Su Bingtian, o mais rápido entre os oito finalistas, com a marca de 9,83, empatado com o americano Ronnier Baker. O italiano Lamont Marcell Jacobs, o sul-africano Akani Simbine, o americano Fred Kerley, o britânico Zharnel Hughes, o canadense Andre de Grasse e o nigeriano Enoch Adegoke foram os outros velocistas que garantiram vaga na final da prova mais rápida do atletismo.

Trayvon Bromell, favorito da lenda Usain Bolt para o ouro nos 100m e dono do melhor tempo no ano, decepcionou e foi eliminado na semifinal.

O Brasil compete na semifinal dos 400m com barreiras ainda nesta segunda-feira com Alison dos Santos. E Paulo André terá mais uma chance de brigar por medalha em Tóquio no revezamento 4x100m.

Os brasileiros Alexsandro Melo e Samory Uiki não conseguiram se classificar neste sábado para a final do salto em distância nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020.

No Estádio Olímpico na capital japonesa, Samory queimou seu último salto, depois de alcançar 7.88m em sua primeira e melhor tentativa.

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Já Alexsandro Melo ficou abaixo, com 6.95m, insuficiente para se classificar já que a marca necessária era de 8.15m.

O cubano Juan Miguel Echevarría, um dos favoritos ao título, se classificou com a melhor marca: 8,50 metros.

A final do salto em distância masculino acontece na próxima segunda-feira (2).

O mundo começará a conhecer a partir desta sexta-feira às 23h35 (horário de Brasília) quem é o novo homem mais rápido do mundo após a aposentadoria da lenda Usain Bolt, ganhador de três títulos olímpicos consecutivos na prova dos 100 metros em Pequim-2008, Londres-2012 e Rio-2016, além de três ouros em sequência nos 200 metros também.

Pela primeira vez desde 2004, a medalha de ouro na prova dos 100 metros terá outro dono. E são muitos os candidatos a brilhar na pista do Estádio Olímpico de Tóquio. A ausência do campeão mundial Christian Coleman (suspenso por violar as regras de controle antidoping) deixa a disputa ainda mais indefinida, depois de tantos anos de domínio de Bolt.

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O velocista norte-americano Trayvon Bromell surge como forte candidato à sucessão de Bolt. Mas outros nomes aparecem bem cotados também, como o canadense Andre De Grasse, o americano Fred Kerley, o sul-africano Akani Simbine, o jamaicano Yohan Blake e o japonês Ryota Yamagata.

A trajetória de Bromell até os Jogos de Tóquio como um favoritos ao ouro é marcada por uma recuperação impressionante depois de anos complicados por causa de uma grave lesão no tendão de Aquiles. É dele o melhor tempo na temporada, com 9s77.

Bromell apareceu no cenário internacional em 2015, quando cravou 9s84 nos 100m antes de fazer 20 anos - foi o tempo mais rápido já alcançado por um adolescente para a distância. No Mundial daquele ano, em Pequim, inclusive, ele foi medalha de bronze. Mas acabou indo muito mal na Olimpíada do Rio, quando terminou na oitava colocação na final dos 100m. O pior, porém, ainda estava por vir.

Na final do revezamento 4x100m, ele sofreu uma ruptura no tendão de Aquiles e deixou o Engenhão de cadeira de rodas. O velocista, então, se viu obrigado a abrir mão dos treinos e campeonatos para tratar da lesão por dois anos e entrou em uma depressão profunda. "Não sentia nenhuma razão para ainda viver. Eu me senti como se estivesse em um ambiente escuro, como se eu fosse uma sombra para o mundo", revelou Bromell.

Recuperado física e mentalmente, ele passou a acumular marcas expressivas novamente. Venceu 15 de suas últimas 16 corridas nos 100m, sendo que fez menos de dez segundos em dez desses eventos.

Outro corredor que tem chamado atenção é Fred Kerley. Dono de títulos nos 400m, o atleta surpreendeu quando decidiu correr provas mais rápidas e garantiu a vaga nos 100m nas seletivas dos Estados Unidos.

É bom também ficar de olho em Akani Simbine, da África do Sul. Quinto lugar nos Jogos do Rio, ele pode se tornar o primeiro africano a ganhar o ouro nos 100m desde o compatriota Reggie Walker nos Jogos de Londres de 1908.

O ótimo histórico do canadense Andre De Grasse também o coloca como uma ameaça. No Rio-2016, foram nada menos do que três medalhas: bronze nos 100m, prata nos 200m e bronze no revezamento.

Correndo por fora está o jamaicano Yohan Blake, de 31 anos. Campeão mundial dos 100m em 2011, ele foi prata em Londres-2012, e terminou em quarto lugar no Rio-2016. Apesar da idade considerada avançada por muitos, a experiência pode ajudá-lo a desbancar os favoritos.

Também não dá para descartar o japonês Ryota Yamagata, que bateu o recorde nacional de 9s95 este ano - apenas quatro velocistas do país já correram abaixo de 10 segundos na história, marca que nenhum brasileiro alcançou até hoje, por exemplo. Mesmo sem a presença de torcedores japoneses no Estádio Olímpico para incentivá-lo, Yamagata pode surpreender.

O atleta do atletismo brasileiro Altobeli da Silva que vai disputar os 3.000m se revoltou e veio até as redes sociais neste sábado (24) reclamar do barulho de outros brasileiros no hotel que está hospedado, fora da vila olímpica e chegou a dizer que o Brasil era ‘uma barca furada’. 

“Estou com um estresse aqui, galera. Chego a estar tremendo de tanta raiva, de tão nervoso aqui no Japão. Estou cansado, ouço uma barulheira aqui na porta do quarto, som de funk de atletas que treinam meio período. Eu treino pra c*, treino dois, pegado. Tem atletas que vêm fazer só participação aqui nos Jogos Olímpicos, não vem com proposta, com objetivo. Eu vim com proposta, com objetivo, por isso que estou no meu quarto, dormindo, descansando, respeitando a privacidade”, desabafou o corredor brasileiro.

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No desabafo ele citou que outras reclamações já foram feitas, mas sem efeito: “Inclusive, escutei a voz de um atleta que eu achava que era mais disciplinado pelos resultados que tem, mas não”. 

Claramente contrariado, Altobeli chegou a dizer que o Brasil ‘era uma barca furada’ e pediu conscientização: “Eu percebo que o Brasil é barca furada tem hora. Eu tenho que falar isso aqui na rede social. Tem que ter consciência cara, nem fui jantar para priorizar meu descanso porque estou cansado para caramba. Agora fica de 'pararara', achando que é estrela? tem uns aí que tem que descer do salto alto”, pontuou.

Na postagem ele não citou nenhum nome e ressaltou que não chegou a sair para confrontar e que preferiu vir até a rede social fazer seu relato. Sua estreia nos jogos olímpicos acontece no dia 30. 

A Seleção Brasileira de Paratletismo contará com a presença de um treinador pernambucano na delegação que irá a Tóquio para a disputa dos jogos paraolímpicos. Ismael Marques desde os 16 anos está envolvido com a modalidade e em 2014 iniciou sua carreira como treinador.

Logo no ano de estreia como técnico, Ismael começou a treinar a atleta paraolímpica Ana Claúdia Silva, que foi campeã brasileira, bronze nos 100 metros rasos no mundial do Catar e disputou seus primeiros jogos paralímpicos, no Rio, 2016. Atualmente ela está entre as melhores do mundo. 

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Mas essa não será a primeira experiência internacional do treinador pernambucano. Ismael foi o treinador da seleção nos jogos parapanamericanos de Lima em 2019 e garante que sua expectativa para Tóquio são as melhores possíveis: “Estamos na expectativa para trazer muitas medalhas e bater recordes de boas colocações. Temos a certeza que daremos nosso melhor”, disse o treinador. Os jogos paralímpicos de Tóquio começam no dia 24 de agosto.

Sha'Carri Richardson, corredora da equipe dos Estados Unidos dos 100 metros, testou positivo para maconha. Com isso, é improvável que ela tenha a chance de disputar o ouro nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, que começam no próximo dia 23. De acordo com uma fonte do caso, o resultado positivo veio na seletiva olímpica americana, que ocorreu entre os dias 18 e 27 de junho, em Eugene, no estado do Oregon.

O jornal jamaicano Gleaner foi o primeiro a dar a notícia na noite de quinta-feira. Richardson se colocou como forte candidata a conquistar uma medalha de ouro ao vencer a prova dos 100 metros com o tempo de 10s86, uma de suas cinco corridas abaixo dos 11 segundos nessa temporada.

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Isso causaria a desclassificação da atleta da seletiva e, portanto, seus resultados seriam apagados. Uma outra fonte afirmou que Jenna Prandini, quarta colocada na prova, teria sido chamada para correr os 100 metros em Tóquio. Até o momento, nenhum órgão ou pessoa relacionada ao caso decidiu se pronunciar. Somente a própria Richardson fez um post misterioso no Twitter dizendo que "eu sou humana" e depois deu entrevista ao Today Show, da emissora americana NBC. "Eu sei o que fiz. Eu sei o que devo fazer. Eu ainda tomei essa decisão", afirmou.

A maconha é proibida pela Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês). Porém, se os atletas provarem que a ingestão da substância não teve relação com sua performance esportiva, a punição é reduzida de quatro anos para três meses. Além disso, a suspensão pode cair para apenas um mês se o competidor em questão estiver disposto a passar por um programa de tratamento aprovado, junto com a organização nacional antidoping.

O tema começou a ser discutido nas redes sociais, causando argumentos a favor e contra a atleta. Enquanto alguns pensam que a corredora deveria se submeter às regras internacionais, outros defenderam Richardson, dizendo que a maconha é aprovada em mais de 19 estados americanos, incluindo o Oregon, onde aconteceu o doping. Ainda não existem provas de que a cannabis aumenta a performance dos atletas, apesar de ser uma substância proibida pelos órgãos responsáveis.

Em Tóquio, Richardson esperava ser a primeira mulher americana a vencer os 100 metros de uma Olimpíada desde Gail Devers, em Atlanta-1996. Em abril, a texana atingiu a marca de 10s72.

Para tentar manter a sua vaga nos Jogos, a corredora tem duas alternativas: recorrer à Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês), que pode entender que a pena foi muito dura e reduzi-la ou até retirá-la, ou torcer para que uma punição de 30 dias a partir do momento da infração que a permita participar do revezamento 4x100 metros, marcado para o dia 6 de agosto. No entanto, ela precisaria ser selecionada pela equipe de atletismo dos Estados Unidos.

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