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Milhares de pessoas se manifestaram neste sábado (20) em várias cidades da Austrália contra a vacinação anticovid-19.

Cerca de 85% dos australianos com mais de 16 anos estão totalmente vacinados.

Os manifestantes tomaram as ruas das principais cidades do país para protestar contra a vacinação obrigatória, a qual é exigida apenas em alguns estados e territórios para determinados grupos profissionais.

Em Melbourne, milhares de pessoas pediram a prisão do primeiro-ministro do estado, Daniel Andrews, opondo-se a um projeto de lei que dá ao governo de Victoria mais poderes para lutar contra a pandemia.

Não houve confrontos com a polícia, ao contrário do ocorrido em manifestações anteriores.

Nesta mesma cidade, cerca de 2.000 pessoas compareceram a uma contramanifestação, uma das primeiras deste tipo desde o início da pandemia.

"Estou aqui, porque estou enojada com o que está acontecendo nas ruas da minha cidade, Melbourne", disse Maureen Hill à AFP, referindo-se ao protesto antivacinas.

"Tudo o que foi feito, foi feito para salvar vidas. Quer dizer, incomodou muitas pessoas e afetou muitas pessoas, mas é uma pandemia mundial. O que mais podemos fazer?", questionou, em alusão às medidas de saúde pública adotadas pelas autoridades.

Em Sydney, até 10.000 pessoas compareceram aos protestos, de acordo com a polícia.

Com mais de 25 milhões de habitantes, a Austrália registrou mais de 195.000 casos e 1.933 mortes relacionadas com o coronavírus.

Os moradores vacinados de Sydney serão autorizados a sair do prolongado confinamento em meados de outubro, anunciaram nesta segunda-feira (27) as autoridades australianas, com a apresentação de um "plano de ação para a liberdade", em um momento de queda de contágios na cidade.

As ordens de permanecer em casa serão suspensas em Sydney e no restante do estado de Nova Gales do Sul quando a região alcançar 70% da população completamente vacinada.

A governadora do estado, Gladys Berejiklian, acredita que isto acontecerá em 11 de outubro.

Bares, restaurantes e lojas poderão reabrir as portas para as pessoas vacinadas. Parentes e amigos poderão se reunir novamente na maior cidade da Austrália pela primeira vez em mais de três meses.

"Estamos quase, quase lá, não vamos desistir no último minuto", implorou Berejiklian.

O vice-primeiro-ministro do estado, John Barilaro, afirmou que o "plano de ação para a liberdade" permitirá viagens por toda Nova Gales do Sul assim que 80% das pessoas com mais de 16 anos estiverem totalmente vacinadas, o que pode acontecer no final de outubro.

Os adultos não vacinados, no entanto, terão que esperar pelo menos até 1º de dezembro para usufruir das mesmas liberdades, quando se espera que quase 90% da população estará vacinada, segundo as autoridades.

O número de contágios em Nova Gales do Sul caiu nesta segunda-feira para menos de 800, depois de alcançar picos de 1.500 casos há algumas semanas, enquanto o número de adultos que tomaram pelo menos uma dose da vacina chegou a 85%.

Um grupo de cientistas australianos afirma ter encontrado uma combinação de tratamentos que pode frear o avanço e a propagação para outros órgãos do melanoma, o tipo de câncer de pele mais letal que existe.

Os resultados dos testes de remédios coordenados pelo Instituto Australiano do Melanoma, com sede em Sydney, mostraram a efetividade no momento de impedir a propagação em pacientes que estavam no terceiro estágio da doença, cujos tumores haviam sido removidos.

Até agora, estes pacientes tinham um alto risco, de entre 40 e 70%, de avanço da doença e de que esta fosse letal.

"Os resultados dos testes clínicos sugerem que podemos frear o avanço da doença, impedindo de forma efetiva que se propague e salvando muitas vidas", afirmou a diretora do instituto, Georgina Long, em um estudo publicado no periódico "New England Journal of Medicine".

"Nosso objetivo final, que é fazer que o melanoma se converta em algo crônico e não em uma doença letal, está mais próximo agora", completou.

Uma em cada três pessoas com câncer sofre um tipo de doença maligna na pele, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). A Austrália tem a maior incidência de melanomas do mundo.

Embora 90% dos pacientes sejam curados quando a fonte do câncer é extirpada com uma cirurgia, os demais 10% sofrem uma propagação da doença quando esta é detectada de modo tardio.

"Estes resultados vão mudar a forma como tratamos os pacientes com melanoma e também sua qualidade de vida", disse Long.

"Até agora, os pacientes com melanoma na fase III, cujos tumores foram extirpados, podiam apenas esperar para ver se o melanoma virou metástase, ou se ele se expandiu", declarou a cientista.

Os pesquisadores realizaram dois testes de 12 meses de duração, um baseado na imunoterapia, e outro, com uma combinação de medicamentos. Ambos demonstram sua efetividade para evitar a propagação da doença.

Um dos tratamentos, com a terapia combinada de dabrafenib e trametinib, conseguiu bloquear a ação de um gene específico, o BRAF, que é um agente condutor do melanoma.

Esta técnica não apenas impediu a recidiva em pacientes com um melanoma de fase III, cujos tumores haviam sido extirpados, como também aumentou a taxa de sobrevivência, mostrou o estudo.

O outro tratamento, que utilizou imunoterapia com nivolumab, ou ipilimumab, fez o sistema imunológico atacar as células do melanoma. Os resultados mostraram que os pacientes tratados com nivolumab apresentaram um índice menor de recidiva.

"Os testes clínicos mostram que agora temos as ferramentas para impedir que o melanoma se propague e avance, o que até então era uma vantagem crítica do comportamento da doença, sobre a qual não tínhamos nenhum controle", completou Long.

"Isso vai mudar a forma como se trata o melanoma em todo mundo, pois não teremos que esperar passivamente enquanto se propaga", concluiu.

Os resultados dos testes clínicos serão apresentados esta semana no Congresso Anual da Sociedade Europeia de Oncologia Médica, que acontece na Espanha.

Sete por cento dos sacerdotes católicos foram acusados de abusar de crianças na Austrália entre 1950 e 2010, mas as denúncias nunca foram investigadas, segundo os dados "surpreendentes e indefensáveis" divulgados nesta segunda-feira por uma investigação de supostos casos de pedofilia na igreja.

A Real Comissão sobre Respostas Institucionais para Abusos Sexuais de Crianças descobriu que 4.444 supostos incidentes de pedofilia foram denunciados às autoridades eclesiásticas e que, em algumas dioceses, mais de 15% dos padres estavam supostamente envolvidos.

A Austrália encomendou a esta comissão, em 2012 e após uma década de crescente pressão para que fossem investigadas as acusações de abusos sexuais de menores em todo o país, um estudo que agora chega a sua fase final, após quatro anos de audiências.

"Entre 1950 e 2010, 7% dos padres eram supostos criminosos", disse Gail Furness, advogada encarregada dos interrogatórios da investigação, em Sydney.

"Os relatórios eram deprimentemente similares. As crianças eram ignoradas ou, pior, castigadas. As acusações não eram investigadas. Os padres e os (trabalhadores) religiosos eram transferidos", acrescentou.

"As paróquias ou as comunidades para onde eram transferidos não sabiam nada sobre seu passado. Os documentos não eram conservados ou eram destruídos".

A idade média das vítimas naquele momento era de 10 anos para as meninas e 11 para os meninos.

Dos 1.880 supostos delinquentes, 90% eram homens.

A comissão falou com milhares de sobreviventes e ouviu acusações de abusos sexuais de menores ocorridos em igrejas, orfanatos, clubes esportivos, grupos juvenis e escolas.

A Igreja da Austrália encarregou o Conselho de Verdade, Justiça e Cura a emitir uma resposta.

"Estes números são surpreendentes, trágicos, indefensáveis", disse à comissão o diretor-executivo do conselho, Francis Sullivan.

Miranda Kerr arrasou ao posar sem roupa na edição de janeiro da revista Harper Bazaar australiana. Mas parece que nem todo mundo apreciou a foto da bela.

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De acordo com o WWD, milhares de revistas foram removidas das prateleiras de supermercados na Austrália, na quinta-feira, dia 17. O motivo? Os clientes não estavam curtindo muito olhar para a capa da moça nua.

Foi então que um total de 776 lojas em todo o país resolveu tirar as revistas, atendendo os pedidos dos clientes. Um porta-voz dos estabelecimentos disse, em comunicado:

- Em resposta ao feedback dos nossos clientes, muitos dos quais fazem compras com seus filhos, nós removemos a revista da venda no início dessa semana.

Uma equipe de arqueólogos australianos descobriu no Chipre um teatro construído no século III a. C., a estrutura mais antiga deste tipo jamais encontrada na ilha mediterrânea, segundo o departamento de antiguidades local.

"A equipe australiana descobriu o maior teatro do Chipre: uma estrutura utilizada (...) para espetáculos durante mais de seis séculos e meio, de 300 a. C. até sua destruição durante o terremoto do ano 365", declarou esta fonte em um comunicado publicado na sexta-feira.

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Os arqueólogos da Universidade de Sydney realizaram suas escavações na localidade da antiga cidade de Nea Pafos (sudoeste).

O trabalho também revelou a existência de uma estrada romana de oito metros de largura, que era a via principal para chegar ao teatro, informou o departamento de antiguidades.

"A existência desta estrada também confirma que (...) Nea Pafos foi construída segundo uma arquitetura helenística típica. A descoberta de vários fragmentos de colunas de granito no local do teatro confirma a importância desta estrada", explica o comunicado.

"As colunas de granito (procedentes) de Tróade (noroeste da Turquia) destacam entre as colunatas mediterrâneas. Não é, portanto, surpreendente que Nea Pafos, capital do Chipre naquela época, tenha sido construída com esta arquitetura romana".

Nea Pafos, a cidade sagrada de Afrodite, está na cidade de Pafos, que abriga vários vestígios da antiguidade grega, incluindo alguns célebres mosaicos.

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