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Quem desejar vender seu carro de forma rápida, em pouco mais de 1h30, poderá contar com um novo recurso: o InstaCarro. A novidade se trata de uma startup que promete avaliar o veículo e realizar a venda de automóveis seminovos e usados, neste curto período de tempo, de forma segura e com preços melhores do que os praticados em concessionárias. 

O serviço foi criado em 2015 e chegou ao Recife com ponto de inspeção itinerante. Segundo o CEO da empresa, Diego Fischer, a abertura deste espaço na capital pernambucana faz parte da estratégia de crescimento da empresa. Ainda segundo o empresáro, o InstaCarro avalia hoje uma faixa de 1,5 mil carros por mês, crescendo quase 50%  ao mês. 

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Para realizar o processo de venda, os clientes do Nordeste poderão agendar pelo site a inspeção e encaminhar o carro para o local. A partir daí, o veículo será ofertado para mais de 1000 lojas e concessionárias do Brasil em até uma hora. O próximo passo é tarefa do vendedor. Ele recebe as ofertas, avalia a maior e, caso seja aceita, o pagamento é efetuado na hora. De acordo com a startup, o proprietário não precisa se preocupar com laudo de transferência, pois a InstaCarro é responsável pelo processo.

Quem desejar realizar a venda do seu automóvel utilizando este serviço, deverá marcar a inspeção no site da startup e se dirigir ao Hipermercado Extra, na Avenida  Engenheiro Domingos Ferreira, 1818, no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife. O funcionamento nesta unidade é de segunda à sexta, das 9h às 18h, e aos sábados, das 9h às 15h até o dia 29 deste mês.

 

 

 

Esta segunda-feira (1°) é marcada pela volta às aulas e, por conta disso, o trânsito passa a ser mais intenso com o aumento de 20 a 25% de automóveis nas ruas. Visto o grande fluxo de veículos, uma fiscalização foi montada pela Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU ) para a primeira semana de agosto.

Ao todo na Região Metropolitana do Recife (RMR) o número de automóveis é de 1,2 milhão, no entanto, no período de férias escolares, esse número cai 250 mil. Porém, nesta segunda-feira, por conta do fluxo intenso de veículos, principalmente no horário de pico, a CTTU montou a Operação Volta às Aulas em que os motoristas devem ficar atentos.

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Haverá um reforço de 42 agentes que irão fiscalizar os estacionamentos em fila dupla ou em faixa de pedestre. Nesses casos, a infração é grave, com multa de R$ 127,69 e cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). O veículo também pode ser levado para o depósito, aponta o órgão. 

Os agentes estarão presentes nas vias onde há grande volume de colégios na cidade, como é o caso da Rua Dom Bosco, Paissandu, Belmonte, Padre Bernardino Pessoa, Professor Eduardo Wanderley Filho e Avenida Rui Barbosa.

Nos últimos 14 anos, Fernanda Moraes, sócia de uma agência de eventos em São Caetano do Sul, no ABC paulista, teve cinco carros adquiridos novinhos. Neste mês, ela preferiu comprar um Hyundai Tucson 2012 e economizou R$ 21 mil em relação ao preço da versão zero.

"Usei o dinheiro que tinha disponível no momento", diz. "E uma das vantagens é que o carro ainda está na garantia até 2017". Fernanda pretende trocar novamente de carro no próximo ano, por outro seminovo.

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"Por insegurança, o consumidor está abdicando do 'cheiro do carro novo' e procura um seminovo, a preços 20% a 25% mais baixos", diz Henning Dornbusch, presidente da Eurobike, especializada em veículos de luxo. Até há pouco tempo, 15% da receita do grupo vinham da venda de seminovos, participação que este ano subiu para 22%.

A revenda Amazon, da marca Volkswagen, paga pelo seminovo utilizado na troca por outro carro em média 10% a mais em relação ao que pagaria em épocas de mercado mais aquecido. "A bola da vez são modelos 1.0 mais completos, que ficam pouco tempo na loja", informa Marcos Leite, gerente da Amazon.

Antes da crise se aprofundar, a concessionária vendia, em média, 100 carros novos e 50 usados por mês. Hoje, são 70 novos e 60 usados e a tendência é essa proporção aumentar mais. "Muitos clientes estão adiando a compra do veículo dos sonhos e pegam o usado", diz Leite.

Na Sorana Toyota, na região norte da capital, a venda de usados "está contrabalançando as finanças", afirma o gerente Carlos Sakamoto. Para captar modelos usados, a loja oferece descontos de R$ 2 mil no Etios novo e também valoriza o preço do carro utilizado na troca.

Online

No mercado online também há mais demanda que oferta. A WebMotors, maior site de venda de carros do País, registrou nos últimos 12 meses alta de 74% no volume de seminovos em estoque, enquanto a procura (proposta enviada ao vendedor) aumentou 78%. "Os dois índices cresceram bastante, mas o interesse pelo modelo à venda está maior que a disponibilidade", afirma o presidente da empresa, Rodrigo Borer.

Segundo ele, "em razão da queda do poder aquisitivo e da restrição ao crédito, quem compraria um zero migra para o seminovo. E quem tem o seminovo não troca pelo zero, gerando a escassez". A WebMotors mantém média de 330 mil anúncios e atua no País há 21 anos. Neste mês, mudou o modelo de cobrança. Antes, cobrava o anúncio. Agora, cobra também o repasse ao vendedor da ligação ou do e-mail de interessados no carro, independente de o contato gerar negócio. O valor varia de R$ 10 a R$ 40 por repasse, dependendo do valor do veículo.

Novas lojas

De olho no filão, o grupo Caoa, um dos maiores revendedores de carros zero-quilômetro no País, inaugurou cinco lojas exclusivas de veículos seminovos no primeiro trimestre e planeja abrir mais 12 até o fim do ano em vários Estados.

"Com a crise econômica, precisamos gerar receitas de todos os lados e percebemos que o segmento de seminovos é rentável, mas precisava de um novo direcionamento", justifica o diretor executivo de planejamento de vendas da Caoa, Sandro Corrochano.

O grupo tem 127 concessionárias das marcas Hyundai, Ford e Subaru, além de uma fábrica em Anápolis (GO), que produz veículos sob licença da Hyundai, exceto o HB20, que é fabricado pela própria montadora coreana em Piracicaba (SP).

Corrochano afirma que, por falta de espaço nas concessionárias, 80% dos usados que entravam na troca por modelos novos eram repassados para lojistas independentes (sem vínculo com montadoras) que, evidentemente, os revendiam a preços superiores aos que tinham pago.

Rentabilidade

"Com as lojas exclusivas, podemos pagar mais pelo usado na troca, gerando vendas de novos, e depois revendê-lo diretamente ao consumidor obtendo maior rentabilidade", afirma Corrochano. Agora, apenas 30% dos usados ficam com os lojistas.

O diretor não revela o investimento nessa expansão, mas informa que o grupo tem conseguido bons preços de locação porque prioriza imóveis de concessionárias que fecharam as portas, incluindo da própria rede Caoa.

A expectativa de Corrochano é de um crescimento de pelo menos 20% nas vendas de usados este ano. O grupo já tinha inaugurado oito lojas exclusivas de seminovos em 2015, ano em que vendeu 24 mil unidades, incluindo os estoques de 25 concessionárias que tinham área para novos e usados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A crise que derrubou o mercado de carros zero-quilômetro teve efeito inverso no segmento de seminovos. As vendas de modelos com até três anos de uso cresceram 23,6% no primeiro semestre, quase o mesmo porcentual de queda registrado nos novos, de 25,4% no período.

Com essa substituição promovida pelo consumidor, vários carros usados desapareceram das lojas, principalmente na faixa de preço de R$ 30 mil a R$ 50 mil. Segundo lojistas, a escassez é maior em modelos de boa aceitação no mercado de novos, como Chevrolet Onix - campeão de vendas entre os zero quilômetro -, Honda Fit, Hyundai HB20, Toyota Corolla e vários automóveis com motor 1.0 mais equipados.

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Preço mais em conta é o principal atrativo dos seminovos para o consumidor que pretende comprar um zero, mas tem receio de desembolsar alto valor num período de insegurança no mercado de trabalho e falta de crédito para financiamento.

Na revenda Honda Dealer, na zona sul de São Paulo, o estoque de usados girava em torno de 150 carros, mas atualmente só há 50 unidades na loja, diz o supervisor Vytas Cipas. Nenhum deles é do modelo Fit, o mais procurado da marca. "Até um Fit batido que recebemos foi vendido no mesmo dia em que chegou; não deu tempo nem de prepará-lo para exposição".

O corretor de seguros Rogério Borges Leite, comprador desse Fit, costuma trocar de carro a cada três ou quatro anos, normalmente por um zero, mas, desta vez, preferiu o usado. "Foi um achado; fui à loja e vi o carro, com um amassado no para-choque, e fechei negócio antes mesmo do conserto", conta ele, que diz ter economizado R$ 10 mil na versão 2015 em relação ao que pagaria pelo modelo zero.

Para tentar convencer proprietários de seminovos a trocarem de carro, lojistas oferecem vantagens, principalmente o pagamento do valor integral avaliado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas. A Tabela Fipe, como é conhecida, é usada como parâmetro para negociações e, normalmente, paga-se no máximo 85% a 90% do preço sugerido. Se a troca for por um carro zero, também há descontos de até R$ 2 mil.

Diferença

A diferença de preço de um carro com três anos de uso para a versão nova varia de acordo com as condições do usado e das mudanças promovidas pela fabricante no modelo mais atual, algumas vezes bem significativas. Um Onix 2016 custa quase R$ 43 mil, enquanto sua versão 2013 sai 24% mais barata, segundo pesquisa da consultoria Molicar. Para o Fit, a diferença é de 29% - nesse período, o modelo teve o design renovado e o motor 1.4 substituído por 1.5.

Vítor Meizikas, analista de mercado da Molicar, diz que os preços dos usados não tiveram valorização significativa. "O novo é que ficou mais caro, parte por renovações e parte por causa da alta do dólar, pois muitos componentes são importados".

No ramo de usados há mais de 50 anos, Roberto Giannetti, da Giannetti Automóveis, na região central de São Paulo, também enfrenta grande dificuldade em conseguir modelos de 2013 a 2015, "porque os donos que trocavam mais rápido de carro agora demoram mais". O único veículo desse segmento disponível na loja atualmente é um Hyundai ix35 2015, blindado, à venda por R$ 125 mil.

Carros com mais de quatro anos de uso, diz Giannetti, são mais difíceis de vender porque o financiamento e o seguro são mais caros. Segundo a Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos (Fenauto), no primeiro semestre as vendas de modelos com quatro a 12 anos caíram 12% e, acima disso, 17,2%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com a crise que derrubou as vendas de veículos novos, principal fonte de ganhos do segmento, as concessionárias se voltaram à área de serviços na tentativa de garantir receitas. O investimento em profissionais mais qualificados, serviços rápidos e com qualidade e conforto nas lojas começa a dar resultados, ao menos na aprovação da clientela.

A satisfação dos consumidores com o pós-venda nas redes de revendedores das montadoras brasileiras aumentou 61 pontos em relação ao ano passado na pesquisa da consultoria J.D.Power. Numa escala até 1.000, a média do índice deste ano ficou em 780 pontos, se aproximando da pontuação dada pelos consumidores americanos (797) e acima dos britânicos (744) e dos alemães (732).

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A pesquisa, conceituada globalmente, é feita todos os anos em 16 países e está em sua segunda versão no Brasil. Foram consultados no País mais de 5 mil consumidores que compraram automóveis nos últimos três anos e recorreram a serviços das revendas nos últimos 12 meses.

"Como as vendas de carro zero caíram, as concessionárias passaram a ver o pós-venda como fonte de receita e melhoraram a prestação de serviços, de olho também na fidelização do cliente", afirma Fábio Braga, diretor da J.D.Power do Brasil.

No primeiro semestre, as vendas de automóveis e comerciais leves caíram 25% em relação a igual intervalo de 2015, somando 951,2 mil unidades, o pior resultado para o período em dez anos. Desde janeiro, mais de 400 revendas fecharam as portas, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

Atenção

O vice-presidente da Fenabrave, Luiz Romero Farias, admite que "a deficiência de caixa gerada pela queda nas vendas de veículos novos levou as empresas a redobrarem a atenção no pós-venda."

A pesquisa da J.D.Power, feita pela internet entre março e maio, avalia quesitos como agendamento do serviço, recepção quando o consumidor chega à loja, atenção e explicações do consultor técnico (inclusive sobre os preços cobrados), qualidade do reparo, "amenidades" oferecidas a quem aguarda o serviço na loja (café, água, acesso à web e até distração para as crianças), tempo de espera e a entrega do veículo.

Segundo Braga, a satisfação do consumidor quando recorre à revenda tem papel fundamental na lealdade à marca. Entre os pesquisados, 76% dos satisfeitos com os serviços afirmaram que comprariam um outro carro no local.

Braga ressalta que houve melhora significativa nas avaliações deste ano, mas afirma que ainda há muito a ser feito.

"A aprovação do cliente aumenta muito quando tem ‘amenidades’ na concessionária enquanto ele aguarda o carro, mas apenas 48% dos entrevistados afirmaram estar satisfeitos com esse tipo de serviço", diz Braga.

Outro item que conta muitos pontos é o tempo de espera para ser atendido. "A resposta é mais positiva quando esse período é de até dois minutos, mas 54% informaram que aguardaram mais do que isso", informa. A pesquisa não avalia isoladamente o preço cobrado pelo serviço.

"Com todos os escândalos que estão sendo divulgados no Brasil, o consumidor está mais atento e exige mais transparência e honestidade dos prestadores de serviços", avalia o diretor da J.D. Power.

Ranking

Pelo segundo ano seguido, a Toyota ficou em primeiro lugar na lista de consumidores mais satisfeitos. No mês passado, a marca também apareceu no topo da pesquisa da J.D.Power sobre o índice de satisfação do consumidor no processo de compra de um veículo.

Todas as 14 marcas pontuadas na avaliação do atendimentos depois da venda melhoraram performances em relação a 2015, mas algumas mudaram de posição no ranking.

A Hyundai/Caoa, por exemplo, pulou da sexta colocação para a segunda neste ano com melhora de 76 pontos na avaliação de sua rede de revendas. Já a Mitsubishi despencou do terceiro para o 11.º lugar.

A General Motors, líder em vendas no País este ano, segurou a quarta posição, enquanto a Fiat, segunda maior do mercado, ganhou uma posição e ficou em nono lugar. A Volkswagen caiu do 11.º para o 12.º lugar. A última da lista é a Renault, que saiu da 12.ª para a 14.ª posição. A Kia, que aparece em sexto lugar, não estava na lista de 2015. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O número de veículos convocados para recall no Brasil neste ano, de 863,7 mil unidades, já é maior do que a quantidade de veículos novos vendidos até maio, de 811,7 mil unidades. Do total chamado para reparo, 64% envolvem defeito no airbag, problema que levou ao maior recall da história, envolvendo mais de 60 milhões de veículos em todo o mundo desde 2013.

O defeito atribuído ao fabricante do componente, a japonesa Takata, pode fazer com que, ao ser deflagrada, a bolsa de ar exploda com muita força e lance estilhaços de metal, que podem ferir ou até matar os passageiros. Foram notificados até agora 13 mortes e mais de 100 feridos, a maioria nos EUA. No Brasil, não há registros de acidentes até o momento.

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Apesar da gravidade do problema, o índice de atendimento aos recalls dos chamados "airbags mortais" tem sido baixo. No ano passado, só a Toyota do Brasil convocou 522 mil modelos relacionados ao problema do airbag. Segundo a empresa, até maio passado 21% (ou 109 mil) desses carros foram levados às concessionárias para providenciar o conserto.

A Honda tem o maior número de veículos nesse recall, com 792,5 mil unidades convocadas no País no ano passado. De acordo com dados do Procon-SP, a abstenção é de quase 90%. Neste ano, a empresa convocou mais 489 mil automóveis e utilitários, dos quais 325,1 mil na semana retrasada.

Nos EUA, a adesão máxima foi de 40%, segundo órgãos locais de segurança do trânsito. A média de atendimento às campanhas como um todo no país é de 65%, enquanto no Brasil está na faixa dos 50%.

"Nem sempre o consumidor liga o recall a um risco de acidente real", diz o gerente técnico do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Carlos Thadeu de Oliveira.

Ele acredita que as campanhas pelas fabricantes precisam ser mais contundentes, deixando claro os riscos de lesão grave e até mortes. Mas ressalta que, em alguns casos, especialmente no início das convocações, as empresas não tinham peça para a troca e apenas convocavam os proprietários a levarem os carros para que o sistema de airbag fosse desativado.

A estratégia ainda é mantida. A Toyota, por exemplo, anunciou no início do mês recall para 109 unidades do luxuoso Lexus apenas para a desativação do airbag. A substituição do equipamento só ocorrerá em fevereiro de 2017, quando a marca fará novo recall dos mesmos veículos.

As campanhas são divulgadas por curto período na mídia, normalmente apenas com a leitura do texto de convocação e por meio de cartas enviadas pelas concessionárias aos clientes. Muitos não são localizados por terem mudado de endereço ou vendido o carro. Várias montadoras mantêm em seus sites serviço que permite ao consumidor saber se seu carro tem algum recall pendente. A mesma informação pode ser verificada no site do Denatran.

Portaria

Desde 2011, está em vigor portaria do Denatran e da Secretaria de Direito Econômico (SDE) que prevê procedimentos para o recall e que o não atendimento ao chamado conste no documento do veículo. O órgão informa que o cumprimento pleno dessa questão depende de conclusão de revisão normativa disciplinando a forma como o registro será lançado no documento. Segundo o Denatran, não há prazo previsto para a medida ser aplicada.

A supervisora institucional da Proteste, Sonia Amaro, afirma que o País ainda precisa avançar na forma como faz a convocação dos recalls. Ela ressalta, porém, que o não atendimento "não afasta a responsabilidade do fabricante" em caso de acidente envolvendo a peça com defeito.

Solução não é definitiva

Desde 2013, quando ocorreram as primeiras convocações no Brasil relacionadas ao defeito do airbag, 2 milhões de veículos entram na lista de recall de diversas montadoras, além de Honda e Toyota. Não há prazo para encerrar o atendimento.

Francisco Satkunas, diretor da SAE Brasil, entidade que reúne principalmente engenheiros automotivos, considera "gigantesco" o problema dos airbags, principalmente porque ainda não há uma solução definitiva. É possível que a troca feita agora precise ser repetida em alguns anos. Uma das explicações para o defeito é que as bolsas da Takata não contêm uma substância que reduza a umidade do nitrato de amônio, componente químico que ajuda na explosão do airbag, quando ocorre uma batida. A exposição longa do carro ao calor ou à umidade aumenta o risco de a deflagração do equipamento ser mais potente que o normal, e por isso expelir estilhaços da carcaça metálica onde a bolsa está acoplada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A venda de veículos novos no Brasil atingiu 167.509 unidades em maio, queda de 21,24% em relação a igual mês do ano passado, mas alta de 2,80% em comparação com abril, informou nesta quarta-feira, 1, a Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). O mercado acumula, portanto, 811.823 veículos vendidos até o quinto mês do ano, recuo de 26,23% sobre o resultado alcançado em igual intervalo de 2015.

O segmento de automóveis, que ocupa a maior fatia do mercado, somou 137.488 unidades vendidas em maio, retração de 21,73% em comparação com igual mês de 2015, mas avanço de 4,08% ante o volume de abril. A venda de comerciais leves, por sua vez, atingiu 24.722 unidades no quinto mês do ano, baixa de 15,73% sobre maio do ano passado e recuo de 3,23% em relação a abril.

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Juntos, os dois segmentos somam 162.170 veículos, queda de 20,88% na variação anual, mas crescimento de 2,89% na comparação mensal. No acumulado, registram 784.813 emplacamentos, baixa de 26,32% ante igual período de 2015.

Entre os caminhões, a venda chegou a 4.084 unidades em maio, retração de 32,23% em relação a igual mês do ano passado e recuo de 2,55% sobre o volume registrado em abril. No acumulado do ano, a queda é de 31,81%. No caso dos ônibus, foram 1.255 unidades vendidas, baixa de 26,65% em comparação com maio de 2015, mas expansão de 9,61% em relação a abril. O recuo de janeiro a maio é de 42,80%.

A previsão da Fenabrave para o ano inteiro é de queda de 9,8% em relação a 2015, quando as vendas atingiram 2,569 milhões de unidades. A estimativa foi revisada no início de maio. A projeção anterior era de contração de 5,8%. O setor sofre com o baixo apetite do brasileiro para a compra de carros, em meio a um cenário que combina aumento do desemprego, queda da renda e maior restrição ao crédito.

Uma nova regra será imposta aos motoristas que trafegam nas rodovias brasileiras após a publicação da Lei 13.290/2016, nesta terça-feira (24). A partir de agora será obrigatório o uso de farol baixo durante o dia nessas vias. A decisão partiu do Projeto de Lei da Câmara (PLC) 156/2015, aprovado no Senado no final de abril.

Com a finalidade de proporcionar maior segurança nas estradas e baseado nos 20 anos de atuação como policial rodoviário, o senador José Medeiros (PSD-MT) aponta que o procedimento pode evitar e, consequentemente, contribuir para a redução de colisões frontais. Ainda é afirmado que a medida não possui custos e ainda pode salvar vidas, visto que o país tem o trânsito que mais mata no mundo, sendo quase 50 mil vítimas fatais por ano. 

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Outras questões foram apontadas pelo deputado Rubens Bueno (PPS-PR), que apontou que a baixa visibilidade também é um fator causador de acidentes, visto que até enxergarem o outro veículo não há tempo para realizar manobras para evitar colisão.

A decisão de tornar lei veio como força para que os motoristas passassem a adotar o farol baixo nas rodovias, visto que, apesar de o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) já ter editado uma resolução com recomendação para a medida, esta não sofreu impacto. 

A obrigatoriedade passará a valer em um prazo de 45 dias a contar da publicação desta terça, visto que a decisão recebeu um veto para que a medida fosse adotada em imediato. O não cumprimento da medida, que começará a valer no dia 4 de julho acarretará em multa de R$ 85,13 e quatro pontos na carteira. 

 

A Alphabet, filial do Google, se associou à Fiat Chrysler no projeto de automóveis sem motoristas, anunciaram as duas empresas. A Fiat Chrysler entregará uma centena de veículos - uma versão da minivan Pacifica - ao gigante de informática para que desenvolva os testes do projeto, informaram as duas companhias, que esperam ter alguns carros circulando até o final do ano. 

"Esta será a primeira vez que trabalharemos diretamente com um fabricante automobilístico para desenvolver nossos veículos", apontou a Google Car, em uma publicação em sua página da rede social Google+. A princípio, os veículos só serão usados em testes do projeto e não serão comercializados.

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Vários grupos de empresas trabalham atualmente em seus próprios projetos para desenvolver um veículo autônomo, mas o projeto do Google é considerado um dos mais avançados. O Google começou a testar sua tecnologia para esses veículos em 2009, com os modelos da Toyota.

Atualmente, sua frota compreende 70 veículos da Lexus, que foram modificados assim como alguns protótipos desenvolvidos de forma autônoma pela companhia.

Desde então os automóveis da Google percorreram 2,4 milhões de quilômetros. Atualmente eles são testados nas ruas de Mountain View, cidade californiana onde fica a sede da Alphabet, em Austin, no Texas, em Kirkland, em Washington e em Phoenix, no Arizona.

Depois de um início de ano para se esquecer, com queda de 20% nas vendas de caminhões e ônibus no primeiro trimestre, a Scania prepara o lançamento de um laboratório de testes em sua unidade de São Bernardo do Campo (SP), na próxima semana. A divisão, voltada ao desenvolvimento e certificação de novos motores, será a primeira do mundo fora da sede, na Suécia, e faz parte dos esforços da montadora em ampliar a capacidade local para atacar mercados internacionais.

Nos últimos anos, a Scania tem trabalhado para não ficar refém do mercado interno. Em 2014, as vendas locais representavam 60% dos negócios da subsidiária. Agora, essa participação é de no máximo 30%. Cerca de 70% do que é fabricado em São Bernardo do Campo segue para o leste europeu, Ásia e o Oriente Médio, além de praças já tradicionais para a empresa na América Latina, como Argentina, Chile e México.

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"Desde o segundo semestre do ano passado começamos a focar as vendas na Rússia e no Oriente Médio. A Rússia é uma economia que estava bem, teve alguns problemas e agora começa a se recuperar", diz o presidente da Scania na América Latina, Per-Olov Svedlund. O Brasil também fornece para a África do Sul, Índia, Tailândia e os Emirados Árabes Unidos.

A operação no Brasil é a segunda em tamanho no mundo. Com capacidade para fabricar 30 mil caminhões por ano no País, a montadora sueca opera no momento com 40% de ociosidade.

Segundo Svedlund, o lançamento de um laboratório de propulsores dará à operação local condições de se projetar como uma espécie de plataforma de criação de novos produtos. A ideia, diz ele, é ocupar os engenheiros brasileiros com o desenvolvimento de tecnologia embarcada nos motores, além de realizar testes com combustíveis alternativos. "É o mesmo laboratório que temos na Suécia. Neste começo podemos trabalhar juntos com o desenvolvimento, mas também pode ser utilizado para fazer os testes necessários no Brasil", afirma o executivo.

Historicamente, a empresa investe R$ 100 milhões por ano no Brasil, dinheiro que visa, sobretudo, a recompor as perdas com depreciação da fábrica. Neste ano, contudo, a Scania anunciou que vai quadruplicar este montante. Além dos R$ 40 milhões para o laboratório de testes, até o final de 2016 serão investidos outros R$ 400 milhões para, na prática, equiparar a fábrica brasileira aos padrões xistentes, hoje, na Suécia.

O setor de caminhões viveu seu auge no Brasil durante os anos de 2013 e 2014, impulsionado principalmente pela oferta farta de financiamento para os consumidores. No ano passado, o setor enfrentou um revés de 46,5%, o maior tombo desde 2003. Neste ano, as vendas recuaram 32% no primeiro trimestre comparado a igual período de 2015. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Se assinado nos próximos meses pelos governos de Brasil e Argentina, o acordo de livre-comércio para o setor automotivo não vai impulsionar as exportações brasileiras de veículos para os argentinos em 2016, afirmou ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan. "Isto porque todos os planos de exportação das empresas já estão estabelecidos e não serão alterados, nos dois lados", explicou.

Para Moan, a vantagem de assinar um acordo de livre-comércio neste momento é que as empresas passam a ter mais previsibilidade para realizar seus negócios. Há alguns anos os dois países mantém um acordo conhecido como "flex", renovado anualmente. Nele, para cada dólar que a Argentina exporta ao Brasil em autopeças e veículos, sem incidência de impostos, as fábricas brasileiras podem exportar 1,5 dólar para os argentinos. O atual contrato vai até 30 de junho.

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O governo brasileiro apresenta nesta quinta-feira, 18, ao governo argentino uma proposta de livre-comércio. A Argentina é, historicamente, o principal destino das exportações brasileiras de veículos e autopeças, com quase 50% do total. O presidente da Anfavea torce para que o acordo seja firmado antes do fim do atual contrato. "Precisamos o mais rápido possível", disse. Para ele, o presidente da Argentina, Mauricio Macri, tem dado declarações que sinalizam para uma maior abertura comercial entre os dois países. "Apostamos que será possível", afirmou.

Embora não haja uma expectativa de aumento das exportações por meio do acordo, as montadoras brasileiras apostam no setor externo para estabilizar ou elevar a sua produção. As fábricas se viram obrigadas a reduzir boa parte de sua produção em 2015 em razão da forte queda na venda de veículos no Brasil, de 26,5% ante 2014, o maior tombo em 27 anos. E, em 2016, continua a fazer ajustes na produção, resultando na demissão de mais trabalhadores. Em janeiro, o volume de unidades produzidas no Brasil caiu 29% na comparação com igual mês de 2015.

No início de fevereiro, Moan afirmou que a Anfavea e a Adefa (a associação de montadoras da Argentina) enviaram propostas de livre-comércio a seus respectivos governos. Na terça-feira, o presidente da Anfavea esteve em Brasília para se reunir com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Armando Monteiro, e discutir a proposta. Ele negou que tenha pedido algum benefício fiscal no encontro.

Depois de terminar 2015 com a pior queda nas vendas em quase 30 anos, o mercado automotivo brasileiro se prepara para adotar uma estratégia arriscada em 2016: deixar o veículo mais caro no momento em que o consumo se retrai, o desemprego sobe e o crédito tende a ficar mais restrito.

Embora o reajuste seja uma decisão de cada montadora, todas as marcas passam, segundo analistas e executivos do setor, por uma forte pressão de custos, em especial do câmbio. Uma projeção feita pela consultoria Tendências aponta que os preços dos veículos novos deverão subir em 2016 no mesmo ritmo da inflação medida pelo IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), pondo fim a um período de 10 anos em que a variação sempre ficou em um patamar abaixo.

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Na previsão da consultoria, os veículos novos deverão ter aumento de 5,8% em 2016, a mesma estimativa para o IPC. Para este ano, a expectativa é de que os preços dos carros subam 5,4%, abaixo dos 8,4% previstos para a índice geral. A última vez em que houve queda dos veículos foi em 2012, de 5,0%. À época, as montadoras ainda contavam com a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). O benefício, criado pelo governo em 2011 para estimular o consumo, deixou de vigorar em 31 de outubro de 2014. A extinção, que contribuiu para que os preços subissem em 2015, deve continuar pressionando o mercado no ano que vem.

Responsável pelo levantamento da Tendências, o economista Rodrigo Baggi diz que a pressão de custos já havia atingido as montadoras neste ano, em razão da forte depreciação do câmbio e do aumento da energia. No entanto, como as vendas caem no ritmo mais forte desde 1987, as empresas evitaram ao máximo repassar o reajuste para o consumidor. "O aperto nas margens já aconteceu e aconteceu bem. Uma parte do reajuste que precisava ter sido feito em 2015 não foi feito porque as montadoras não queriam perder volume de venda", avalia.

"Agora, para 2016, as montadoras terão mais espaço para subir os preços", prevê o economista, referindo-se à expectativa do setor de que as vendas tenham uma queda mais tímida no ano que vem. Segundo a Fenabrave (Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores), o volume de veículos novos vendidos em 2015 deve cair 27% em comparação com 2014, para cerca de 2,53 milhões de unidades. A retração esperada para 2016 é de 5%, para algo em torno de 2,4 milhões. "Os repasses (de preços ao consumidor) só serão limitados se houver uma deterioração muito absurda do cenário (no ano que vem)", afirma Baggi.

No cenário que se desenha para 2016, o câmbio será novamente o principal vilão dos custos das fabricantes, aponta o economista Fábio Silveira, diretor de pesquisas econômicas da consultoria GO Associados. "Tivemos uma acentuada depreciação do câmbio ao longo de 2015, mas só uma pequena parte foi repassada ao consumidor, porque ainda havia muito estoque com o câmbio mais apreciado. A outra parcela vai ser repassada ao consumidor no ano que vem. Será algo que as montadoras não vão conseguir segurar, caso contrário, fecham o negócio", diz Silveira. Em suas contas, o patamar médio do câmbio em 2015 será de R$ 3,33 e, em 2016, deverá subir para R$ 4,09.

Por questões ligadas à estratégia de mercado, as montadoras que lideram as vendas no Brasil evitam abrir o jogo em relação à política de preços. No entanto, admitem que a pressão de custos seguirá em 2016. "O preço é algo que será definido pela dinâmica do mercado no ano que vem, mas que existe uma forte pressão de custos, existe sim", disse o vice-presidente de relações institucionais da Ford, Rogelio Golfarb, em evento realizado pela montadora neste mês. Em um congresso do setor, dois meses antes, ele já havia afirmado que "lucro é coisa do passado". "O problema agora é falta de caixa para arcar compromissos. Em um momento como esse, fica mais agudo o dilema de subir ou não subir o preço", afirmou.

Mais sensíveis ao câmbio, as importadoras são mais abertas em relação a reajustes. A Kia Motors, líder em venda de carros importados no Brasil, já trabalha com um cenário de alta dos preços em 2016. "Eu não tenho dúvida de que todos terão de repassar a alta do dólar no ano que vem. É impossível qualquer marca instalada no Brasil continuar vendendo o carro no preço que está. Comprar carro importado no Brasil hoje é como comprar dólar a R$ 2,30, porque ninguém repassou. Nós estamos vendendo o Ceratto a R$ 69,9 mil, que antes era vendido a R$ 76,9 mil, porque precisamos cumprir o objetivo que traçamos para a Coreia do Sul (matriz da Kia)", disse o presidente da montadora no Brasil, José Luiz Gandini.

Para aliviar o custo da mão de obra, algumas montadoras aderiram ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE), medida do governo federal que permite a redução das jornadas dos trabalhadores em até 30%, com diminuição salarial no mesmo nível. Metade da perda salarial, contudo, é compensada pelo governo, com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Entre as companhias estão a Volkswagen, a Mercedes-Benz e a Ford. Mas a chinesa Chery, que instalou sua fábrica no Brasil no ano passado, teve de trilhar o caminho contrário, realizando em 2015 dois reajustes salariais superiores à inflação.

De acordo com o vice-presidente da companhia chinesa no Brasil, Luis Curi, será inevitável realizar uma "adequação dos custos sofridos" em 2015. "O porcentual ainda não foi definido, mas seguirá duas diretrizes: acompanhar os reajustes do mercado e chegar o mais perto possível da incidência dos aumentos que impactaram os nossos custos. Essa adequação será feita gradativamente, aos poucos, no decorrer de 2016", afirmou. Desde que chegou ao Brasil, a montadora não encontrou vida fácil. A fábrica instalada em Jacareí, no interior de São Paulo, tem capacidade para produzir 50 mil veículos por ano, mas só deverá produzir algo próximo de 5 mil.

Caminhões e ônibus

Enquanto as montadoras de automóveis ainda esperam para ver qual será a primeira a anunciar reajuste em 2016, as de caminhões e ônibus já se anteciparam. Nos últimos meses, os anúncios foram feitos por Scania (+3% para todos os modelos), Mercedes-Benz (+5% para todos os modelos) e MAN (+2,5% para todos os modelos). Esta última já adiantou que vai aplicar novo reajuste em janeiro, também de 2,5%, e uma terceira alta de 7,5% ao longo de 2016. A Ford seguirá o mesmo caminho, com avanço de 5% no primeiro trimestre. A queda nas vendas de pesados é ainda mais forte que a de automóveis. Os caminhões acumulam queda de 46,5% até novembro, enquanto os ônibus recuam 38,4%.

Diante da crise enfrentada pela indústria automobilística nacional, o Brasil caiu de sexto para oitavo maior mercado do mundo em vendas de automóveis na passagem de agosto para setembro. No acumulado dos nove primeiros meses do ano, o País permaneceu na sétima colocação no ranking. O levantamento é da consultoria Jato Dynamics do Brasil, com base em dados de emplacamentos de 27 países dos cinco continentes.

Em relação ao mesmo mês de 2014, o volume de vendas no Brasil recuou 31,8% em setembro, pior resultado mensal entre os países apurados. No acumulado do ano, a baixa foi de 21,7%.

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O levantamento mostra ainda que a China segue sendo o maior mercado automobilístico mundial, com vendas de 1,8 milhão de unidades. Em relação a setembro de 2014, o volume de vendas no país asiático avançou 1,3%. No acumulado do ano, a alta foi de 3,8%.

Por sua vez, os Estados Unidos permanecem como o segundo maior mercado global, com vendas de 1,4 milhão de unidades. Ante setembro de 2014, o avanço foi de 15,5%. No acumulado do ano, a alta foi de 5%.

Entre agosto e setembro, a Grã-Bretanha saltou de décimo primeiro para terceiro lugar no ranking, com 521 mil unidades. O Japão (470 mil) caiu da terceira para a quarta posição. O Brasil (192 mil) ficou atrás ainda de Alemanha (291 mil), Índia (256 mil) e França (200 mil) nas vendas mensais.

O levantamento da Jato Dynamics considera apenas as vendas de automóveis e comerciais leves, com exceção da China, em que são levados em conta apenas os carros de passeio.

Grupos

O estudo da Jato Dynamics revela ainda que o Grupo Volkswagen voltou a liderar as vendas globais, com participação de mercado de 12,70% em setembro. No mês anterior, essa fatia era de 11,26%. No acumulado do ano, o grupo alemão permanece na liderança, seguido por Toyota, GM, Hyundai e Ford.

A participação da Toyota, líder em agosto, passou de 11,78% para 11,47%. Já a fatia da GM ficou praticamente inalterada: 9,65% em agosto e 9,67% em setembro. A Hyundai teve uma leve melhora na participação, de 8,97% para 8,99%. Por sua vez, a fatia da Ford subiu de 8,04% para 8,32%.

O governo federal aumentou as alíquotas do IPI incidentes sobre automóveis de fabricação nacional com motor a diesel para até seis passageiros, conforme decreto publicado no Diário Oficial da União (DOU). A alíquota do imposto que estava reduzida a 15% agora passará para 45% até 31 de dezembro de 2017, voltando novamente para 15% em 1º de janeiro de 2018.

O decreto publicado nesta quinta-feira (22) ainda altera vários trechos da regulamentação do Inovar-Auto, regime especial de tributação concedido a montadoras.

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O texto, por exemplo, insere novos compromissos que as empresas poderão assumir como condições para adesão ao programa. Entre eles, poderão ser computados para os benefícios do regime os dispêndios das empresas para alcançar a relação de consumo nos motores flex (entre etanol hidratado e gasolina) superior a 75%, nos termos, limites e condições a serem definidos em ato do ministro de Estado do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

As modificações ainda abrangem, entre outras, questões sobre o uso de crédito presumido de IPI pelas montadoras.

Três veículos se envolveram em um acidente de trânsito na tarde desta terça-feira (6). Os automóveis se chocaram na Rua Ministro João Alberto, no bairro da Caxangá, Zona Oeste do Recife.

Em uma foto divulgada pela Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) no Twitter é possível ver que com o impacto um dos veículos capotou. Mas de acordo com a autarquia, não houve feridos.

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Por volta das 15h10, uma viatura da CTTU estava a caminho do local do acidente.

A Mercedes-Benz informou oficialmente nesta sexta-feira (7) ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC que iniciará demissões na fábrica de São Bernardo do Campo (SP) a partir de 1.º de setembro. A empresa alega ter 2 mil trabalhadores excedentes, mas disse que o número de cortes vai depender da quantidade de funcionários que aderirem ao programa de demissão voluntária (PDV), que se encerra na próxima sexta-feira (14). Segundo fontes, a adesão, por enquanto, é baixa.

A empresa afirmou que opera com 40% de ociosidade e esgotou todas as medidas de flexibilização, como lay-off e férias coletivas, para continuar gerenciando o excedente de pessoal. A empresa colocou como alternativa aos cortes a adesão ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE), combinado com reajustes salariais reduzidos para 2016.

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Como um programa de corte de jornada e salário apresentado pela montadora no início de julho já foi rejeitado pelos trabalhadores, o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre, disse que, por princípio, a proposta não será reapresentada aos funcionários.

"Com o impasse, o que nos resta é ir à luta, fazer greve, pois não aceitaremos demissões", disse Nobre. Segundo ele, além do Programa de Proteção ao Emprego, a empresa quer reduzir reajustes salariais e benefícios, pois alega que "segurar pessoal por 12 meses custa perto de R$ 300 milhões e só o PPE não é suficiente".

A fabricante de caminhões e ônibus emprega 10 mil pessoas na unidade do ABC e recentemente demitiu 500 operários, parte deles por meio de PDV. Desde esta sexta-feira, cerca de 7 mil trabalhadores estão em licença remunerada até o dia 21.

"As vendas continuam muito fracas e não há nenhuma previsão de recuperação", diz o diretor de Comunicação e Relações Institucionais da Mercedes, Luiz Carlos de Moraes.

Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), as vendas totais de caminhões caíram 43% de janeiro a julho em relação a 2014 e as de ônibus recuaram 28,6%.

Segundo Moraes, a proposta que seria apresentada aos trabalhadores é a redução da jornada e dos salários em 30% por um ano, sendo que 15% do corte salarial seriam bancados pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

A nova oferta é pior do que aquela recusada por 74% dos trabalhadores, que previa redução de 20% da jornada e de 10% dos salários. Estabelecia também a aplicação reduzida da inflação na data-base de 2016 e outras ações de contenção de custos, como menor Participação nos Lucros e Resultados (PLR).

A adesão ao PPE daria garantia de emprego durante sua duração e por mais um terço do tempo de cortes.

Volkswagen

Cerca de 5 mil trabalhadores da Volkswagen de São Bernardo do Campo ficaram em casa nesta sexta-feira como parte das ações da montadora de cortar a produção. A fábrica Anchieta, como é conhecida, tem 2.357 funcionários em lay-off.

Na unidade de Taubaté (SP), a empresa negocia com o Sindicato dos Metalúrgicos local o congelamento dos salários em 2016 (em troca de um abono) e o reajuste só pela inflação (sem aumento real) em 2017.

Segundo a entidade, a empresa alega ter 500 trabalhadores excedentes (dos quais 387 estão em lay-off). A unidade emprega cerca de 5 mil pessoas.

A produção de veículos neste ano caiu 18,1% ante 2014, para 1,49 milhão de unidades. Até julho o setor cortou 8,8 mil vagas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O seguro de trânsito obrigatório, o chamado DPVAT, não terá aumento em 2015, conforme a Superintendência de Seguros Privados (Susep) informou Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. Pelo segundo ano consecutivo, a autarquia decidiu que não levaria uma proposta de reajuste ao Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP).

"A Susep avaliou as planilhas de custos e decidiu que não havia necessidade de aumento, por isso, não enviou proposta na reunião do CNSP realizada na última sexta (12)", informou a autarquia, por meio de sua assessoria de imprensa.

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Com isso, os valores cobrados conforme o tipo de veículo no seguro DPVAT 2015 permanecem inalterados. Nos automóveis, por exemplo, o valor foi mantido em R$ 105,65. Para motocicletas, o DPVAT permanece em R$ 292,01. Os demais tipos de veículos também tiveram o preço de 2014 mantido o próximo exercício.

De janeiro a setembro, o DPVAT pagou 559,123 mil indenizações por meio da seguradora responsável pelo seguro, a Líder. O número é 25% superior ao visto em igual intervalo do ano passado. Do total, a maioria corresponde a casos de invalidez permanente (77%), mantendo o comportamento observado no mesmo período do ano anterior. Além disso registraram crescimento de 33% ante o mesmo período.

Já os casos de morte, segundo a Líder, tiveram redução de 4% nos nove primeiros meses de 2014 em relação ao mesmo período de 2013. Os pagamentos das indenizações do DPVAT referem-se às ocorrências no período e em anos anteriores, observado o prazo prescricional de três anos para solicitar o benefício do seguro.

Um levantamento de uma empresa especializada em manutenção de automóveis, com mais de 50 anos de mercado e cerca de 30 lojas na Região Metropolitana de São Paulo, apontou quais os modelos de veículos que mais necessitaram de manutenção em 2014. De acordo com a Caçula de Pneus, que também atende a outros lugares do Brasil por meio do e-commerce, o Palio (Fiat) e o Fiesta (Ford) foram os "campeões da oficina".

Segundo análise, o modelo Palio é o primeiro da lista de procura por serviços especializados, como alinhamento e balanceamento, caster, cambagem, acertos na suspensão, regulagem no consumo de combustível e troca de óleo. Os veículos que também estão presentes no ranking são Fiesta (2º), Honda Fit (3º), Corsa (4º) e Corolla (5º). O estudo também revela que os proprietários dessas marcas também tiveram problemas com o sistema de de freios e com rodas travadas.

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Ainda segundo o levantamento da empresa, os serviços mais procurados em 2014 foram alinhamento das rodas, manutenção de freios e balanceamento, este último indicado quando houver troca de pneus, vibrações ou substituições de pastilhas de freio, peças de suspensão, entre outros. "Os carros desalinhados exigem maior esforço do motor, sendo assim, mais combustível é puxado para o tanque. O motorista precisa estar consciente que o alinhamento do automóvel deve ser feito em todas as revisões ou a cada 10 mil quilômetros", explica Renato Roschel, diretor de e-commerce da empresa.

Com informações de assessoria

O presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), Flávio Meneghetti, declarou nesta quarta-feira, 15, que a Medida Provisória 651, aprovada na terça-feira, 14, na Câmara dos Deputados, pode dar grande incentivo às vendas do setor automobilístico. "Não falta dinheiro, os bancos estão com medo de conceder crédito. Se tiver segurança jurídica, para que possam retomar os veículos dentro de prazos razoáveis, teremos um aumento nas vendas de automóveis. Se de fato for aprovado, deverá ser um forte impulso", falou, durante congresso sobre perspectivas para 2015 promovido pela AutoData.

A MP 651, que simplifica o processo de retomada de veículos para clientes inadimplentes nos financiamentos, ainda deve ser aprovada no Senado. Gilson de Oliveira Carvalo, vice-presidente da Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (ANEF), também participou do debate e concordou com a perspectiva de retomada no crédito. "Sentimos que o sistema não tem problema de liquidez", afirmou, acrescentando que as medidas anunciadas pelo Banco Central nos últimos meses para incentivar a concessão de crédito para veículos já mostraram efeitos positivos em setembro.

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Carvalho acrescentou que a segurança jurídica é, de fato, um grande problema. Ele explicou que, a cada 100 processos de retomada, apenas 15 são concluídos com sucesso. "A tentativa de uma mudança na legislação pode fazer com que o crédito melhore", afirmou.

O presidente da Fenabrave disse esperar que o texto seja aprovado no Congresso e entre em vigor ainda neste ano. Ele ainda estimou que isso pode aumentar o volume de crédito em 20%, principalmente para automóveis. Ele explicou que o texto pode baixar a barra de crédito, isso é, aumentar o acesso aos consumidores, e também reduzir o custo do dinheiro.

Meneghetti acrescentou que o fundo do poço para o setor já passou. A avaliação é corroborada pelo vice-presidente da ANEF. O presidente da Fenabrave argumentou que os números do segundo semestre já mostram uma ligeira melhora na comparação com o primeiro semestre. Ao comentar as perspectivas para o próximo ano, ele estimou um desempenho de lado, com um viés de leve melhora.

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