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Uma fábrica clandestina foi descoberta pela Polícia Civil de Itajaí, em Santa Catarina. No local eram falsificados as marcas Ferrari e Lamborghini - tudo por encomenda e custando cerca de 8% o valor de mercado dos carros originais. Foram apreendidas oito réplicas desses carros "de luxo" que estavam sendo montados. Pai e filho, donos da fábrica, serão indiciados. 

A ação foi realizada pela polícia nesta segunda-feira (15), quando foi encontrado chassis, moldes, ferramentas e fibras. A divulgação dos produtos eram feitas pelas redes sociais, onde todo o trâmite começava. De acordo com o G1, por se tratar de um crime de menor potencial ofensivo, os suspeitos foram ouvidos e liberados.

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Eles vão ser menos poluentes, mais seguros e mais econômicos. E também mais caros. Os automóveis que serão produzidos no Brasil a partir do próximo ano terão obrigatoriamente itens tecnológicos que vão aproximá-los mais dos modelos globais. Para atender à legislação e ao programa automotivo Rota 2030, a nova geração de veículos será mais equipada e sofisticada. A produção dos chamados carros "populares", aqueles mais simples e mais baratos, hoje classificados como "de entrada", será reduzida ainda mais porque a alta tecnologia encarecerá os preços.

O segmento "de entrada" já vem encolhendo gradualmente. Em 2000, representava 50% das vendas de automóveis no País e hoje participa com 11,5%. Estão nessa classificação, feita pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) modelos como Chery QQ, Renault Kwid, Volkswagen Gol, Fiat Mobi e Toyota Etios, que custam entre R$ 27,5 mil e R$ 50 mil.

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Para o presidente da Volkswagen do Brasil, Pablo Di Si, "o carro popular não vai desaparecer, mas o segmento vai encolher". Segundo ele, os próximos lançamentos da marca serão de modelos de segmento superior, como utilitários-esportivos (SUV) e intermediários entre carros de passeio e utilitários (CUV). "Esses segmentos são os que mais crescem no Brasil e no mundo."

Ao receberem mais sistemas de segurança, conectividade e de melhora da eficiência energética, os carros vão ficar mais caros. "Não tem como fazer diferente, a não ser que tivéssemos um volume grande de produção para o mercado interno e exportação para reduzir custos", afirma Di Si. Em 2014, quando passou a ser obrigatória a instalação de airbag frontal e freio ABS, os preços dos carros subiram entre R$ 1 mil e RS 1,5 mil.

Letícia Costa, sócia da Prada Assessoria, confirma que não há como evitar aumento de preços com os novos itens, mas ressalta ser "um dever da indústria encontrar formas de introduzi-los, também para evitar que o Brasil fique extremamente defasado". Ela acrescenta ainda que o veículo nacional terá mais chances de exportação.

Acidentes

 

Segundo balanço do Dpvat - o seguro obrigatório para acidentes de trânsito -, no ano passado 42 mil pessoas morreram no País em acidentes desse tipo. A instalação de novos itens de segurança deve ajudar a reduzir acidentes e a evitar ferimentos nos ocupantes. Testes feitos por entidades como o Latin NCap, o Programa de Avaliação de Novos Veículos para a América Latina e Caribe, comprovam isso.

Na lista de itens que serão obrigatórios estão estruturas reforçadas ou airbags laterais para reduzir riscos de ferimentos em batidas laterais, controle de estabilidade eletrônico (ESC, na sigla em inglês) - que corrige a trajetória do veículo em caso de perda de aderência dos pneus em curvas ou em desvios bruscos - e aviso de cinto desafivelado.

Esses e outros sete itens serão obrigatórios nos modelos novos (lançamentos) entre 2020 e 2026 e em todos os carros produzidos localmente entre 2021 e 2030. Há oito itens que ainda não têm datas definidas pelos órgãos regulatórios para serem instalados e dois que já começaram a equipar os lançamentos de 2018 (Isofix para fixar cadeirinhas de bebês e cinto de três pontos em todos os bancos) e devem estar em toda a produção a partir do próximo ano.

A instalação desses sistemas vai exigir aumento de importação, pois muitos deles, em especial os eletrônicos, não são produzidos no País, o que reduzirá o índice de nacionalização dos carros brasileiros.

Nacionalização

Por outro lado, há um esforço, ainda discreto, por parte de fabricantes de iniciarem a produção de alguns dos componentes, de olho no aumento da demanda.

A Continental vai inaugurar em maio uma linha de produção de ESC, hoje feito no País só pela Bosch. "Como a instalação desse item se tornou mandatória, haverá maior escala e a produção local passou a fazer sentido", diz o presidente da empresa, Frédéric Sebbagh. Hoje a Continental importa o sistema para fornecer às montadoras.

Na fábrica de Várzea Paulista (SP), onde o ESC será produzido, a Continental já faz freios hidráulicos e freios ABS. A capacidade inicial de produção de ESC será de 700 mil a 1 milhão de unidades ao ano, com investimento de ¤ 5 milhões (cerca de R$ 23 milhões). Placas eletrônicas serão importadas, pois não há produção local. Sebbagh vê chances de outros itens serem nacionalizados no futuro.

Testes indicam que o ESC reduz em até 38% o número de colisões traseiras, segundo o coordenador técnico do Centro de Experimentação e Segurança Viária (Cesvi), Alessandro Rubio.

Outra que inaugura nova linha nos próximos dias é a Joyson Safety System (ex-Takata), que produzirá airbags de cortina (ou laterais), sistema que poderá ser usado para atender norma que determina, a partir de 2020, o reforço nas laterais dos veículos para reduzir riscos de ferimentos em colisões laterais, comuns nos cruzamentos.

A Joyson já produz vários tipos de airbags, cintos de segurança e aviso de cinto desafivelado e está ampliando a fábrica de Jundiaí (SP). A capacidade atual de 5 milhões de airbags ao ano será duplicada, afirma Oliver Schulze, diretor de engenharia da empresa. O principal item dos airbags, o gerador de gás, é importado.

Estrelas

 

Schulze lembra que, além de atender ao Rota 2030, testes feitos pelo Latin NCAP incentivam as empresas a melhorem os níveis de segurança dos seus produtos. O teste que bate os carros em barreiras concede ao modelo de zero estrelas (inseguro) a cinco estrelas (segurança total), e a nota máxima normalmente é usada pela fabricante no marketing do veículo.

Alexandre Pagotto, gerente de Relações Institucionais da Bosch, fabricante de várias autopeças, como freio ABS, diz que a empresa avalia todo ano a possibilidade de produção local de itens importados, mas esbarra no volume. "Com a definição do que será obrigatório, é mais fácil planejar para o longo prazo."

Peças importadas

 

A participação de peças importadas nos carros brasileiros subiu de 20% em 2012 para 35% em média no ano passado, uma alta de 75% no período, segundo estudo feito pela Bright Consultoria. A expectativa é que esse porcentual suba ainda mais a partir de 2020, quando entra em vigor o calendário de itens de segurança obrigatórios.

Empresas que se anteciparem à agenda do Rota 2030 terão benefícios fiscais extras. Vários modelos lançados recentemente já estão equipados com alguns dos itens, como o Jeep Compass, fabricado em Goiana (PE), que tem aviso de saída involuntária de faixa, e o Volkswagen T-Cross, feito em São José dos Pinhais (PR), que tem controle eletrônico de estabilidade (ESC) e seis airbags.

A maior parte dos componentes é de alta tecnologia, como sensores e câmaras, e não tem produção local. "O Brasil perdeu a onda de grandes investimentos em tecnologias eletrônicas que começou há dez anos na Europa, EUA e China", diz Besaliel Botelho, presidente da Bosch na América Latina.

Como as grandes fabricantes que atuam no País são multinacionais, é possível introduzir algumas das novas tecnologias, mas o investimento só se justifica com grande escala de produção e custo competitivo, afirma Botelho. "Dos portões das fábricas para dentro somos competitivos, mas dos portões para fora não", diz, referindo-se a custos com tributos e infraestrutura.

Novo mix

 

Para Paulo Cardamone, presidente da Bright, o que gerou o aumento das importações nos últimos anos foi a mudança de mix de produtos voltados em especial para SUVs, legislações com obrigatoriedade de instalação de itens de segurança e eficiência energética e a instabilidade do mercado.

"Há muitos empresários postergando investimentos à espera do aumento mais consistente de vendas e produção da indústria", diz Cardamone. "Se continuar no ritmo que está, em alguns anos a participação de itens importados irá a 50%."

Mesmo alguns componentes já comuns nos carros brasileiros ainda dependem das importações. Cardamone cita a injeção de combustível e a transmissão automática (ver quadro).

O presidente da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), Flavio Sakai, ressalta que a condição tributária no País afugenta a produção local de vários componentes pois, sem escala suficiente, importar é mais barato.

Ele lembra que outro grande impacto ocorrerá quando as empresas iniciarem a produção de carros híbridos. Segundo Sakai, o índice de nacionalização desses modelos deve cair para 30% a 35% num primeiro momento, e retomar gradativamente ao longo do tempo. O mesmo ocorrerá com modelos elétricos.

Um dos indicadores da alta das importações é o saldo da balança comercial do setor de autopeças, que está negativo desde 2007, após quatro anos de superávit. Em 2018, o saldo ficou negativo em US$ 5,6 bilhões. Nos dois primeiros meses deste ano, está em US$ 625,8 milhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

No mundo todo, a indústria automobilística se prepara para uma ruptura tecnológica, que vem exigindo de todo o setor drásticas mudanças de estruturas - o que envolve grandes investimentos. "As montadoras precisam de caixa para atender ao novo mercado, que terá ênfase em carros elétricos, autônomos, conectados e mobilidade compartilhada", afirma Paulo Cardamone, presidente da Bright Consulting.

Essa talvez seja a explicação para a fala da presidente mundial da General Motors (GM), Mary Barra, ao se referir recentemente às operações na América do Sul. "Não vamos continuar investindo para perder dinheiro."

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Também há receios no mercado de que a Ford, que afirma ter prejuízos no Brasil desde 2013, possa fechar fábricas - movimento negado pela empresa várias vezes. Nos Estados Unidos, a companhia passa por forte reestruturação e decidiu parar gradativamente a produção de carros menores e focar apenas em utilitários-esportivos (SUVs) e picapes, produtos mais rentáveis.

A Ford enfrenta pressão do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC para trazer um novo projeto para a fábrica de São Bernardo do Campo, onde produz apenas o Fiesta, modelo de baixa venda, e caminhões. Os trabalhadores temem pelo futuro da unidade, a mais antiga do grupo no País, e terão uma reunião com o presidente da companhia na América do Sul, Lyle Watters, na próxima semana.

Em Taubaté, onde tem uma linha de motores, a Ford tentou recentemente cortar 350 vagas por meio de um programa de demissão voluntária (PDV), mas obteve apenas 128 adesões. No mês passado, os trabalhadores pararam a produção por três dias em protesto contra 12 demissões. Agora, as partes negociam uma alternativa para o excedente de pessoal - que, segundo a empresa, foi causado pela queda das exportações para a Argentina.

Cardamone não acredita que alguma montadora vá deixar o Brasil, um dos poucos mercados que ainda têm potencial de crescimento, apesar de suas crises. "O que deve ocorrer são ajustes de capacidade, com fechamento de algumas fábricas mais ociosas, mas as companhias continuarão no País."

Cadeia longa

Tido como um dos mais beneficiados por governos, o setor automotivo representa uma longa cadeia produtiva que começa no plantio do algodão usado nos bancos e na extração de minério de ferro para a produção do aço e vai até às autoescolas, que oferecem aulas de condução, e fabricantes de sachês com cheirinho de "carro novo".

De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a cadeia automotiva emprega 1,3 milhão de pessoas e contribui com 22% do PIB industrial. No ano passado, o setor arrecadou R$ 55 bilhões em tributos.

Algumas fábricas podem fazer estragos significativos nas cidades onde estão instaladas ao fechar as portas. A fábrica da GM em São Caetano do Sul, encurralada em uma área no meio da região central da cidade mais rica do ABC paulista, foi responsável em 2018 por 24% do ICMS arrecadado pelo município, cerca de R$ 80 milhões. Em ISS, pagou R$ 6,5 milhões, 3% do total, segundo dados preliminares da Secretaria Municipal de Fazenda. A unidade emprega cerca de 8 mil trabalhadores.

A filial de São José dos Campos (SP), que conseguiu na semana passada um acordo de redução de salários e outros direitos trabalhistas com os cerca de 4,8 mil funcionários, é a terceira maior empresa da cidade, atrás da Revap e da Embraer.

Em Gravataí (RS), a montadora colabora com 45% da arrecadação de ICMS e opera em um moderno complexo com 16 fabricantes de autopeças instalados ao redor da linha de montagem. Juntos, GM e fornecedores empregam 8 mil pessoas.

"A indústria automobilística brasileira é muito avançada, emprega muito e traz novas tecnologias, mas poderia trazer mais", diz Cardamone. Para ele, em termos de qualidade, os carros nacionais ainda estão atrás do que se vê em países mais desenvolvidos.

Capacidade ociosa

O cenário que aponta para uma ruptura do modelo atual de produção de veículos ocorre em um momento em que a maioria das montadoras do Brasil opera com ociosidade de cerca de 40%. A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) prevê uma produção de 3 milhões de veículos neste ano, ante uma capacidade instalada de 5 milhões de unidades.

Além da queda no mercado interno nos últimos anos, a forte redução das exportações para a Argentina colabora com o baixo uso da capacidade. David Wong, diretor da consultoria A.T. Kearney, diz que dificilmente uma empresa tem resultados positivos se opera abaixo de 75% da capacidade produtiva. "E esse é um problema principalmente nas grandes empresas, que têm várias fábricas no País."

Wong ressalta ainda que benefícios fiscais dados nos últimos anos pelos governos federal e estaduais estão acabando, o que deve dificultar a situação de várias companhias.

Um movimento que tem ganhado corpo internacionalmente, e que favorece também as subsidiárias brasileiras, são as parcerias entre marcas distintas para compartilhar investimentos em novas tecnologias, principalmente aqueles que envolvem os carros elétricos e os autônomos. Recentemente, a Volkswagen e a Ford firmaram parceria para o desenvolvimento conjunto de veículos comerciais, começando com uma picape. Na região, o veículo deverá ser produzido na Argentina e exportado para o Brasil.

Dando a volta

Apesar da recuperação das vendas ainda ser lenta, algumas marcas projetam resultados positivos para este ano no País. No vermelho desde 2015, a Volkswagen espera voltar ao lucro na região neste ano, informa o presidente da companhia, Pablo Di Si. No ano passado, o grupo esteve próximo do equilíbrio.

Segundo o executivo, as fábricas de automóveis de São Bernardo do Campo e Taubaté operam em capacidade plena. A unidade de São José dos Pinhais (PR) inicia este mês a produção do T-Cross, primeiro SUV da marca no País, e Di Si espera ocupar toda a fábrica em breve.

A FCA Fiat Chrysler - que obteve lucro no Brasil em 2018, puxado pelas operações da Jeep, em Goiana (PE) - vai investir R$ 14 bilhões até 2022, boa parte em novos produtos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O fabricante de automóveis alemão Volkswagen quer parar de vender veículos com motores de combustão em 2040, anunciou o diretor estratégico da companhia nesta terça-feira (4).

Para alcançar os objetivos do Acordo de Paris sobre o clima no horizonte de 2050, "o último lançamento de um produto com uma plataforma tradicional acontecerá em 2026", disse Michael Jost, citado pelo jornal Handelsblatt.

Calculando que estes veículos sairão à venda em 2030, aproximadamente, e que os produtos se mantêm uma média de sete anos no catálogo da Volkswagen, isso significa que os últimos veículos a diesel ou gasolina estarão à venda até 2040, no máximo, explicou Jost.

O grupo alemão, que quer deixar para trás o escândalo dos motores a diesel adulterados, anunciou 44 bilhões de euros em investimentos para reforçar a sua guinada aos carros elétricos e autônomos em 2023.

Atualmente, a marca tem seis modelos elétricos à venda, mas quer que sejam 50 em 2020, indicou o presidente do grupo, Herbert Diess.

A China aspira a se tornar líder mundial dos carros autônomos, um setor-chave no futuro do automóvel em que competem tanto fabricantes tradicionais como grandes companhias de internet, mas que ainda gera preocupação entre os usuários.

Embora suas grandes cidades com engarrafamentos permanentes não pareçam ser o melhor lugar para testar os carros sem motorista, a China, o primeiro mercado mundial de automóveis, está multiplicando os testes destes veículos.

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Em março, o acidente de um carro autônomo da Uber nos Estados Unidos, que matou uma pessoa, gerou novas dúvidas sobre a segurança desta tecnologia e poderia levar a um reforço da normativa sobre sua circulação.

O Arizona proibiu à empresa americana continuar testando seus carros autônomos nas estradas do estado, e o japonês Toyota suspendeu seus próprios testes.

No entanto, poucos dias depois do acidente, a prefeitura de Pequim autorizou a Baidu, uma das grandes companhias chinesas da internet, a testar um carro autônomo na capital, como já fazem em outras cidades chinesas o fabricante de automóveis Baic e a start-up Nio.

Em meados de abril, o governo de Pequim anunciou um "roteiro nacional" para acelerar o desenvolvimento de veículos inteligentes.

"A China tem um melhor ecossistema [para testar carros autônomos] que o Vale do Silício, que agora será mais prudente por medo dos julgamentos após o acidente da Uber", indica Ferdinand Dudenhöffer, diretor do Center Automotive Research, com sede na Alemanha.

A China conta, além disso, com o apoio das autoridades e sobretudo com suas grandes companhias tecnológicas, como Huawei ou ZTE, que estão desenvolvendo a internet móvel 5G, indispensável para o funcionamento dos carros autônomos.

"A China quer ter 5G em todo seu território em 2025, está muito mais avançada que a Europa", assegura Dudenhöffer.

- Laboratório -

Além disso, o grande potencial do mercado chinês "atrai os investimentos dos fabricantes" de automóveis, que o transformam em seu laboratório, aponta Jeremy Carlson, da consultora IHS.

Baidu é uma das companhias líderes de internet, especialista em inteligência artificial, e colabora com fabricantes chineses como JAC, BAIC ou Chery para implementar veículos semiautônomos antes de 2020.

Além disso, Baidu criou um fundo de 1,3 milhão de euros para desenvolver os veículos sem motorista e administra a plataforma Apollo, que compartilha tecnologia com fabricantes e start-ups com o objetivo de competir com o americano Alphabet (Google) e sua subsidiária Waymo.

Tencent e Alibaba, outras duas grandes companhias chinesas de internet, também estão desenvolvendo suas próprias tecnologias.

Segundo uma pesquisa publicada em dezembro pela Ford, 83% dos chineses asseguram ser muito otimistas sobre o futuro dos carros autônomos, em comparação com 50% dos americanos ou uma quantidade ainda menor entre os europeus.

No entanto, ainda há muitos obstáculos antes de que se generalizem os carros autônomos. É o caso da Volvo Cars, que adiou o lançamento de seus veículos todo terreno autônomos.

"Percebemos que é algo muito mais complexo que uma interface entre o motorista e a máquina. Temos que ser mais céticos, continuam existindo perigos", explicou Hakan Samuelsson, diretor do grupo.

Embora Baidu assegure que os carros 100% autônomos poderão começar a circular em um período de entre três e cinco anos, o ministro da Indústria chinês fala de entre oito e dez anos, devido aos problemas de segurança.

Segundo Trevor Worthington, vice-presidente da Ford, a solução poderia ser interconectar os veículos entre eles e criar infraestruturas inteligentes. "Os desafios existem, mas não investiríamos dinheiro se não acreditássemos" neste setor, assegurou.

O número de veículos novos emplacados cresceu em todo o estado após acumular quedas consecutivas desde 2013. A alta foi de 8,4% em 2017 na comparação com o ano anterior e no total foram 767.708 unidades. Os dados são do Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran SP).

Automóveis, caminhões e reboques tiveram os melhores índices, registrando um aumento de, respectivamente, 10,2%, 10% e 9,8%. Na capital paulista os emplacamentos cresceram 8,7% no ano passado com 242.878 novas unidades.

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Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), o desempenho da economia do país favoreceu a confiança do consumidor, além da queda do desemprego e das taxas de juros. 

Em 2017 o Brasil registrou alta de 25,2% na produção do setor, facilitando a expansão do crédito para aquisição de veículos zero quilômetros no decorrer do ano.

Os carros brasileiros também ficarão mais seguros. Assim como ocorreu com a obrigatoriedade de saírem de fábrica com airbag e freio ABS, o Conselho Nacional de Trânsito (Contram) aprovou no fim de 2017 uma lista de 13 itens de segurança que deverão estar em todos os veículos novos nacionais e importados.

As regulamentações serão publicadas ao longo dos próximos quatro anos, e cada uma delas indicará a data limite para os equipamentos serem incorporados pelas fabricantes, que terão tempo para modificar os novos projetos.

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A lista contém alerta de frenagem emergencial, câmara de ré, aviso de afivelamento de cintos de segurança, aviso de manutenção de faixa, frenagem automática emergencial e gravador de dados de acidentes de trânsito (uma espécie de caixa preta, como há nos aviões).

Também serão estabelecidas novas normas para buzinas, retrovisores, dobradiças e fechaduras, reforços estruturais para proteção contra impactos frontal, traseiro e lateral e itens de acessibilidade. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O proprietário de um carro com motor 1.0 novo, antigamente chamado de "popular", gasta, em média, R$ 900 a menos por ano em combustível em comparação a cinco anos atrás. A economia é decorrente da melhora na eficiência energética dos automóveis brasileiros, medida estabelecida no programa Inovar-Auto e que passou a ser obrigatória a partir do ano passado.

Só neste ano, a estimativa é de que R$ 2 bilhões deixarão de ser gastos em combustível, montante que, no acumulado de seis anos, atingirá economia de cerca de R$ 44 bilhões, segundo cálculos da consultoria Bright, que assessora o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic) na discussão de políticas automotivas.

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O dado da economia total leva em conta o aumento médio de 15% na eficiência energética dos automóveis (exceto os movidos a diesel), porcentual que deverá ser cumprido pelas fabricantes até 2022, quando novas metas de redução entrarão em vigor. A conta também inclui a projeção de vendas de carros e comerciais leves flex nesse período.

No caso dos modelos compactos com motor 1.0, o rendimento médio na estrada era de 14 km por litro de gasolina em 2012, média que hoje é de 16,6 km/l. Com isso, um automóvel que percorreu 20 mil km em um ano consumiu 224 litros a menos, deixando de gastar R$ 896, cálculo que considera o preço atual do combustível, de cerca de R$ 4 por litro.

Meta mínima

Com novas metas a serem estabelecidas no programa Rota 2030 (substituto do Inovar-Auto, que aguarda aprovação do Ministério da Fazenda), para valerem a partir de 2022 em uma das etapas, e a partir de 2027, na etapa seguinte, "o carro brasileiro terá condições de competir em qualquer mercado global em termos de legislação de emissões e consumo", afirma Paulo Cardamone, chefe de estratégia da Bright.

Segundo ele, o mínimo a ser estabelecido deve ser de melhora de 12% na eficiência, mesmo porcentual exigido no Inovar-Auto. No programa anterior, cada montadora tinha de atender a meta mínima de reduzir em 12% a média de consumo de seus modelos. Empresas que atingissem redução de 15,4% receberiam como "prêmio" desconto de 1 ponto porcentual no IPI. Quem fosse além e atingisse 18,8% teria direito a desconto de 2 pontos de IPI.

Segundo o Mdic, oito empresas melhoraram a eficiência de seus produtos em 15,4% - Audi, Honda, Mercedes-Benz, Nissan, PSA (Peugeot e Citroën), Renault, Toyota e Volkswagen. Ford e General Motors foram as únicas a atingirem redução na casa dos 18%. As demais cumpriram a meta de 12%.

O carro mais vendido do mercado, o Chevrolet Onix, teve seu consumo reduzido em 18%. Para atingir esse porcentual, uma das medidas adotadas, segundo a General Motors, foi a redução do peso do veículo em 32 quilos. "Mais de cem componentes foram retrabalhados, aumentando a aplicação de aço de alta resistência em painéis e reforços", informa a fabricante.

Passaram por mudanças, sejam tecnológicas ou de peso, componentes como motor, transmissão, suspensão, freio, pistões, bielas e anéis. Mudanças foram feitas na aerodinâmica do modelo e o câmbio passou a ter seis marchas nas versões manual e automática. Nos cálculos do Mdic, além da redução do consumo, os carros com motores mais eficientes vão evitar a emissão de 1 milhão de toneladas de gás carbônico por ano.

Inspeção veicular

Cardamone lembra que outra medida já aprovada pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), para entrar em vigor em 2019, é a obrigatoriedade de inspeção veicular em todo o País. A vistoria para avaliar as condições de segurança e de emissões de poluentes será feita em veículos com mais de três anos de uso. A previsão é de que cerca de 400 mil carros serão excluídos anualmente da frota nacional, hoje estimada em 42 milhões de veículos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A recuperação do mercado de automóveis no Brasil deixou de ser sustentada somente pelos consumidores mais ricos, que foram os menos afetados pela crise, e tem contado também, nos últimos meses, com a contribuição dos brasileiros de menor renda. Condições melhores de emprego e crédito permitiram que a venda de carros mais baratos voltasse lentamente a crescer no segundo semestre de 2017, de acordo com dados levantados pelo Estadão/Broadcast. Essa virada, segundo analistas, deve se consolidar em 2018, levando o mercado como um todo a taxas mais expressivas de expansão.

Os dois segmentos mais baratos do mercado são os chamados carros de entrada (como o Gol, da Volkswagen, e o Ka, da Ford) e os hatches pequenos (como o Onix, da Chevrolet, e o Argo, da Fiat). A soma de todos os veículos que se enquadram nesses dois grupos voltou a crescer em meados do ano passado, ainda que de forma oscilante.

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O desempenho melhor na segunda metade de 2017 foi capaz de compensar a queda que ainda se via no primeiro semestre, e levou os dois segmentos a um crescimento de 3,1% em todo o ano, com o emplacamento de 564 mil unidades, em cálculo que só considera as vendas para consumidores pessoa física, segundo dados da Fenabrave, federação que representas as concessionárias de veículos.

A venda de carros mais baratos estava em queda desde 2013. Essa recuperação é importante para o setor automotivo porque esse é um segmento que movimenta maiores volumes, e acabou sendo mais afetado pela crise econômica, que provocou desemprego e uma retração do crédito.

Mercado

A expansão dos carros mais baratos no ano passado, no entanto, ainda foi menor do que a do mercado como um todo, que teve aumento de 9,2%. Isso ocorreu porque foram os consumidores mais ricos, que compram os carros mais caros, que deram a maior contribuição ao setor.

Não é a toa que a venda de veículos utilitários esportivos, conhecidos como SUVs, na sigla em inglês, foi a que mais cresceu em 2017 ante 2016, a uma taxa de 36%, o que levou o segmento a aumentar sua participação no mercado de 18% para 22%.

Para 2018, analistas do setor esperam que o segmento de carros mais baratos cresça mais do que em 2017 e passe a ter um desempenho mais próximo do mercado total. Eles apostam nisso porque acreditam que os dois indicadores que mais influenciam o consumo dos mais pobres, o emprego e o crédito, vão continuar melhorando este ano.

"A demanda existe, estamos vendo que o mercado está voltando, principalmente por causa de taxas de juros menores. Além disso, há um aumento da confiança do consumidor, decorrente do aumento da melhora do mercado de trabalho", disse Orlando Merluzzi, presidente da consultoria MA8, especializada no setor automotivo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A venda de automóveis na China desacelerou para o ritmo mais lento dos últimos anos em 2017, sinalizando o fim do boom do maior mercado automobilístico do mundo.

As vendas totalizaram 28,88 milhões de veículos no ano passado, alta de 3% em relação a 2016, de acordo com a Associação de Fabricantes de Automóveis da China.

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Vendas de veículos de passeio subiram 1,4%, para 24,72 milhões, ritmo muito mais lento que o registrado em 2016, quando as vendas cresceram 15%. Por outro lado, as vendas de carros elétricos, que vêm sendo promovidos pelo governo chinês, aumentou 53%, para 777 mil. Já as vendas de veículos comerciais aumentaram 14%, para 4,16 milhões.

Após 10 anos de crescimento vertiginoso, a China se tornou responsável por 30% das vendas globais de carros, o que constitui um aumento de 10% em relação a 2007. No entanto, a saturação do mercado nas grandes cidades, como Pequim e Xangai, além de outros fatores, como o rápido aumento das vendas de carros usados, devem render apenas crescimento marginal daqui em diante, de acordo com analistas.

Também pressionou as vendas de automóveis o aumento dos tributos da categoria, que passaram de 5% para 7,5% no começo de 2017, o que deve se repetir neste ano: o imposto passou para 10%. As projeções da Bernstein Research são de crescimento de 2,5% das vendas em 2018.

Ao mesmo tempo, os veículos elétricos continuarão isentos de impostos até 2020, conforme anunciado pelo ministério de Finanças da China em dezembro. Fonte: Dow Jones Newswires.

As vendas de veículos novos subiram 9,23% no país em 2017, com a comercialização de 2.239.403 automóveis, comerciais leves (como picapes e furgões), caminhões e ônibus, acima do total de 2.050.240 unidades vendidas em 2016. Os números são do balanço divulgado hoje (4) pela Federação Nacional da Distribuição dos Veículos Automotores (Fenabrave). Em 2016, a entidade registrou queda de 20,47% nas vendas de veículos.

O mês de dezembro também representou alta, de 4,13% com a marca de 212.629 unidades emplacadas. Em novembro, foram vendidos 204.196 veículos.

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“A soma dos fatores positivos e a entrada dos recursos do décimo terceiro no orçamento das famílias fortaleceram o sentimento de confiança e a expectativa dos consumidores, que foram às concessionárias comprar seu automóvel 0 km”, disse o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior.

Expectativa

A expectativa da federação é de manutenção do clima favorável às vendas, registrando novo ciclo de crescimento, podendo alcançar 10,3% em relação ao ano passado, somados todos os segmentos.

Para os segmentos de automóveis e comerciais leves, a expectativa é de alta de 11,9% sobre os resultados de 2017. Já para caminhões e ônibus, a Fenabrave projeta crescimento de 8,6%, sendo 9,5% para caminhões, 5,4% para ônibus e 7,8% para implementos rodoviários.

O segmento de motocicletas, que vem sofrendo sucessivas quedas desde a crise de 2008, poderá apresentar alta estimada em 6,5%. Para tratores, a previsão é de alta de 5,1% e para colheitadeiras, de 5,4%.

Os governos do Brasil e do Paraguai criaram uma política para oferecer às famílias paraguaias opções de carros zero por menos de US$ 10 mil (em média, R$ 32,7). O programa foi lançado no início desta semana em Assunção, capital paraguaia, com a participação do ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, e do presidente do Paraguai, Horácio Cortes.

O programa Vehículo 0km para la Familia Paraguaya pretende garantir financiamento, por meio do Banco Nacional do Paraguai, para 20 mil veículos durante um ano. O governo brasileiro espera que entre 5 mil e 10 mil carros fabricados no Brasil sejam comercializados por intermédio do programa.

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O acordo foi feito com montadoras instaladas no Brasil para a venda de cinco modelos populares – Renault Kwid, Fiat Mobi, Ford Ka, VW Gol e Chevrolet Onix.

No período entre janeiro e outubro deste ano, as exportações brasileiras para o Paraguai cresceram 23,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, passando de US$ 1,78 bilhão para US$ 2,19 bilhões. O país foi o 19º destino das exportações brasileiras neste ano.

 

Entre os dias 15 e 24 de setembro, o Shopping Tacaruna recebe a exposião Carros de Ontem e de Hoje, que reúne cerca de 50 modelos de veículos, entre eles 20 clássicos e mais de 30 modelos novos.

Entre os 0km, recém chegados às concessionárias, estão picapes, sedãs, hatches, SUVs etc. Já na lista dos automóveis mais antigos constam nomes como Fusca, Brasília, Karmanguia, Passar, Opala, Ford A 1931 e Mustang 1967, selecionados pelos integrantes do Clube do Automóvel Antigo de Pernambuco (Caape).

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No local, que funcionará de segunda a domingo no estacionamento do piso L1, os carros estarão divididos por categorias e postos lado a lado. Além disso, representantes das principais fabricantes de carro estarão reunidas no mesmo ambiente, e os clientes poderão tirar dúvidas com os promotores das concessionárias sobre os carros novos. 

Serviço 

Carros de Ontem e Hoje

15 a 24 de setembro | 12h às 22h

Shopping Tacaruna (Piso L1 - Avenida Agamenon Magalhães, 153, Santo Amaro)

Gratuito

 

Automóveis que foram apreendidos por meio da Operação Lava Jato, no Rio de Janeiro, serão leiloados nesta quinta (17) e sexta (18). Lances poderão ser feitos de qualquer lugar do país, por meio do site www.leiloesjudiciais.com.br/rj, a partir das 13h. 

Entre os modelos que estarão disponíveis estão um Audi e um Volvo, de posse de Wagner Jordão Garcia, um então assessor do ex-governador do Rio, Sérgio Cabral. Também serão ofertados no pregão um Pajero e um Corolla, ambos blindados, que segundo a apuração estavam no nome do ex-secretário de obras do Rio, Hudson Braga, réu na Justiça Federal por improbidade administrativa.

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Mais informações podem ser obtidas no site ou então pelo número 0800-707-9272. 

Corrupção – No início deste ano, o procurador da República Leonardo Cardoso de Freitas chegou a dizer que “o patrimônio dos membros da organização criminosa chefiada pelo senhor Sérgio Cabral é um oceano ainda não completamente mapeado”. 

Cabral é alvo de doze denúncias, oferecidas pelo Ministério Público Federal (MPF), na Operação Lava Jato. Preso desde 17 de novembro do ano passado, no Complexo Prisional de Bangu, ele é acusado de receber propina em obras realizadas pelo governo do estado.

 

 

O governo argentino publicou um decreto que, na prática, tem o objetivo de diminuir a importação de carros produzidos no Brasil. A medida, motivada pelo fato de que as importações têm ultrapassado os limites previstos em um acordo assinado entre os dois países, consiste em cobrar garantias das montadoras de que as multas decorrentes do excesso sejam pagas, conforme antecipou o Broadcast.

O custo, no caso, recairá sobre as montadoras instaladas na Argentina que importam veículos produzidos em suas filiais no Brasil. Para evitar esse gasto a mais em seus cofres, as empresas podem optar por reduzir as importações, ajustando-se, então, aos limites permitidos pelo acordo. Caso contrário, terão de assumir essa despesa para continuar atendendo à demanda dos consumidores argentinos pelos carros brasileiros.

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A decisão, que começou a valer logo após a sua publicação, cria um problema para as filiais das montadoras instaladas no Brasil porque, como as vendas para os consumidores brasileiros ainda estão baixas, a exportação se tornou uma válvula de escape para a produção, que enfrenta alta ociosidade. E a Argentina é, historicamente, o principal destino das vendas de veículos para o exterior, correspondendo, em 2017, a cerca de 70% do total.

Pelo acordo, as filiais das montadoras na Argentina que importam acima do limite devem pagar uma tarifa de 24,5% sobre do valor de cada veículo a mais. Essa tarifa, no entanto, só precisa ser paga depois que o acordo expirar, em junho de 2020. O decreto publicado pelo governo argentino, na prática, exige uma antecipação desse pagamento, como se fosse um caução, que será devolvido às empresas caso os níveis de importação se ajustem até o fim do acordo.

O limite que tem sido desrespeitado pelas montadoras diz que, para cada US$ 1 que o Brasil importa da Argentina em veículos e autopeças, pode-se exportar US$ 1,5 para a Argentina, um cálculo que os dois governos chamam de "flex". Nos 12 meses encerrados em junho, no entanto, o flex ficou em 1,96. O excesso preocupa o governo argentino porque, ao importar muitos carros brasileiros, acaba enfraquecendo a produção local.

No decreto, a Argentina estabelece que vai cobrar garantias das empresas que estiverem violando o flex depois de julho de 2015. Para isso, criou três períodos de referência a partir dessa data para se fazer a conta do flex: 24, 36 e 48 meses. No primeiro caso, os 24 meses terminaram em junho de 2017. Quem ultrapassou o limite nesse período já terá que depositar a garantia, que será equivalente ao imposto de importação dos carros em excesso.

Quando se chegar a 36 meses (junho de 2018) e 48 meses (junho de 2019), as contas serão refeitas. Os valores cobrados pelas garantias, a depender do novo resultado do cálculo do flex, poderão ser liberados, mantidos ou elevados. A adoção de medidas como essa, durante o período de vigência do acordo, estava prevista no próprio documento, como uma opção para os países.

Exportação

As exportações de veículos produzidos no Brasil para a Argentina somaram 271,2 mil unidades no primeiro semestre, crescimento de 41,2% em relação a igual período de 2016, segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic). O avanço é impulsionado pelo aquecimento do mercado argentino, que teve expansão de 33,4% na mesma comparação, com a venda de 451 mil unidades.

A maioria das montadoras instaladas no Brasil conta com filiais na Argentina. E todas que estão na Argentina também estão no Brasil. As empresas aproveitam essa estrutura para fazer um comércio complementar: os argentinos compram parte dos veículos produzidos no Brasil e os brasileiros consomem parte da produção argentina.

Os proprietários de veículos com placas final 5 e 6 já podem renovar o licenciamento a partir desta terça-feira (1º) até o final de agosto. Quem perder o prazo estará sujeito, a partir de setembro, a multa de R$ 293,47, sete pontos na habilitação e remoção do veículo a um pátio até que a documentação esteja atualizada.

O licenciamento para todos os tipos de veículos, neste ano, custa R$ 85,24, independente do ano de fabricação. Todo veículo precisa ser licenciado anualmente para circular nas vias públicas, uma exigência da legislação federal de trânsito.

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Para licenciar não é necessário ir às unidades do Detran ou imprimir boleto para o pagamento. Basta informar o número de Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam) ao caixa bancário ou selecionar essa opção nos terminais eletrônicos das agências bancárias ou no internet banking.

Já para receber o documento em casa, o cidadão desembolsa R$ 11,00 a mais pela postagem dos Correios. O documento será emitido automaticamente e a entrega realizada em até sete dias úteis no endereço de registro do veículo, por isso é importante estar com o cadastro atualizado no Detran.

Quem preferir solicitar e retirar o documento pessoalmente, basta ir ao Poupatempo ou a uma unidade do Detran da cidade onde o veículo está registrado, levando o comprovante de pagamento e um documento de identidade.

O motorista pode acompanhar a entrega do Certificado de Registro de Licenciamento de Veículo (CRVL) pelo portal: http://www.detran.sp.gov.br/wps/portal/portaldetran/cidadao/home.

Pagar o licenciamento em atraso gera a cobrança de multa e juros de mora. No caso de inadimplência, o dono do veículo pode ter o nome inscrito no Cadastro Informativo dos Créditos não Quitados (Cadin) e na dívida ativa do Estado.

Foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (5) a Operação "Última Cartada" pela Polícia Civil. O objetivo é desarticular uma grande organização criminosa especializada no furto, roubo, receptação e adulteração de veículos automotores. 

Até o momento, segundo o diretor das Delegacias Especializadas (DIRESP), Luiz Andrey, a operação apresenta grande êxito. "Em aproximadamente um ano de investigação, identificamos todos os integrantes desse grupo criminoso, como eles atuavam, conseguimos individualizar a conduta criminosa de cada um", diz o delegado. Ele esclarece que, já na quarta-feira, quatro dos envolvidos foram presos em flagrante com um carro roubado. 

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Os integrantes do grupo são moradores do interior de Pernambuco, contudo atuavam no Recife, especificamente nos bairros da Várzea, Boa Viagem, Imbiribeira, e em Jaboatão dos Guararapes, no bairro de Piedade.

De acordo com informações da polícia, devem ser cumpridos 16 mandados de prisão preventiva e 21 de busca e apreensão. A operação abrange os municípios de Paulista, São Lourenço da Mata, Camaragibe, Paudalho, Limoeiro, Surubim, Belo Jardim e Timbauba. Os presos e materiais apreendidos serão encaminhados ao Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (DEPATRI).   

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A companhia japonesa New Japan Radio Co divulgou, nesta quarta-feira (15), que está a desenvolver uma nova tecnologia destinada aos motoristas. A empresa trabalha no protótipo de um modelo de banco cujo diferencial é medir a frequência cardíaca e a taxa de respiração do condutor. 

Baseado em sensor de micro-ondas, o assento servirá para detectar o estado físico do motorista, como possíveis sinais de sonolência e fadiga. A expectativa da New Japan Radio é comercializar o sensor até 2020 e o equipamento deve ter vendido com um software especial. 

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Os sensores, acoplados ao banco do motorista, não chegam a 30 mm de comprimento. Todos os dados em relação à respiração e aos batimentos cardíacos são processados e classificados a cada minuto. Aperfeiçoamentos estão sendo feitos, segundo os engenheiros da entidade, para evitar erros na captação das frequências. 

Com informações do Japan Today

O Grupo Volkswagen nos Estados Unidos chamou um recall para quase 136 mil automóveis Audi e Volkswagen. O objetivo é consertar problemas potenciais com seus sistemas de freio.

O recall abrange 135.683 veículos, incluindo alguns modelos 2009-10 Volkswagen Jetta sedan A5, Volkswagen Jetta SportWagen 2009, modelos Eos, GTI, Coelho e Audi A3 e Volkswagen Golf A6 ano 2010. Nelas, a unidade de controle do sistema de travagem anti-bloqueio dos freios pode falhar quando o sistema ou o controle eletrônico de estabilidade do automóvel são ativados.

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A Volkswagen irá notificar os proprietários, e os reparos serão feitos gratuitamente. A montadora verificou que o problema é causado pelo uso de um composto de solda incorreta, o que pode causar rachaduras que impedem que a energia elétrica seja repassada suficientemente para o sistema. Fonte: Associated Press

Em todo o Brasil, a Operação Lava Jato, da Polícia Federal, já conseguiu 120 condenações de investigados por envolvimento em esquemas de corrupção que favoreciam ex-diretores da Petrobras, políticos e construtoras de grande porte como a OAS e a Oderbrecht. Os casos ganharam repercussão internacional e os responsáveis, como é o caso do juiz Sérgio Moro, notoriedade. Pensando nisso, um empreendedor de Candeias, em Jaboatão dos Guararapes, decidiu investir em um lava jato de automóveis e pegar carona, batizando o negócio como Operação Lava Jato.

Bruno Silva Bacelar Portela, 29 anos, teve a ideia após ser demitido da empresa onde trabalhava. Segundo o técnico, foi a chance de unir algo que ele já tinha prazer em fazer com a oportunidade de ganhar dinheiro novamente. Ao usar o nome da operação e despertar curiosidade nas pessoas, o negócio vem dando certo para ele e sua esposa, Poliany Barros.

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"Eu trabalhava na NET e me desligaram da empresa por conta da crise. Eu sempre gostei de lavar meu veículo e surgiu essa ideia de nomear tanto o lava jato, quanto os serviços. Graças a Deus vem dando tudo certo graças a esse marketing que eu investi", afirmou.

Nomes criativos

A grande sacada do negócio está não apenas no nome do lava jato, mas também em como o empreendedor denominou cada serviço. Além da limpeza, chamada de 'José Dirceu', o estabelecimento oferece a 'Petrobras', lavagem com aspiração, e o 'Lula', que acrescenta o polimento.

"Eu coloquei uma promoção durante a semana que se chama a Rapidinha do Cunha. É uma limpeza externa, mais simples, em que o carro recebe uma ducha por apenas dez reais", destacou Bruno. O lava jato está em funcionamento há pouco mais de quatro meses.

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