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As críticas disparadas pelo vice-presidente estadual do PSB, Luciano Vasquez, ao partido e ao governador Paulo Câmara (PSB), tem repercutido entre os socialistas nesta segunda-feira (7). Avaliando a postura do correligionário, o presidente da sigla, Sileno Guedes, disse que com “análises tão duras” Vasquez já deveria ter deixado a gestão. Ele era diretor de Relações Institucionais de Suape e foi exonerado, no último sábado (5), por Câmara.

"Quem faz as críticas que ele fez ao governador e ao Governo certamente já devia ter saído. Porque começou a achar isso de ontem para hoje? Foram análises tão duras que, certamente, ele já achava isso", pontuou o presidente. De acordo com Guedes, a exoneração do dirigente não tem ligação com as críticas feitas por ele a condução do PSB no processo eleitoral em Olinda e em Caruaru. "A exoneração é um ato do Governo", ponderou.

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Em nota divulgada à imprensa, Luciano Vasquez classificou como “pequeno” e “precário” o fato dele ter sido exonerado da gestão após o processo eleitoral. O vice-presidente colocou-se como dissidente ao posicionamento oficial do PSB no pleito em Caruaru, durante o segundo turno. No texto, ele disparou diretamente contra Paulo Câmara dizendo que “um governante não pode ficar reduzido à imagem de um pedinte de cargos”.

O senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) também comentou o episódio. Ele disse que ainda iria conversar com Vasquez e ponderou a necessidade do partido focar em outros assuntos no momento. "Não é hora de futrica, nem de intriga", frisou. 

 

Três deputados que integram a bancada da oposição na Assembleia Legislativa (Alepe) estiveram em cidades do Agreste de Pernambuco para inspecionar os serviços do Governo do Estado na região. Edilson Silva (PSOL), Augusto César e Silvio Costa Filho, ambos do PTB, sendo este o líder do colegiado, visitaram hospitais, escolas e rodovias em Caruaru, Gravatá e Vitória.

Após o giro, que aconteceu nessa quarta-feira (29), os parlamentares afirmaram ter identificado “falhas nos hospitais, o aumento da insegurança, a precariedade de diversas rodovias e a paralisação de obras que já poderiam estar servindo à população do Agreste”. O item saúde foi o mais frisado pelos oposicionistas, em Caruaru, por exemplo, eles inspecionaram os serviços prestados pelo Hospital Regional do Agreste (HRA). 

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Segundo o colegiado, a má qualidade no atendimento do HRA motivou recentemente uma ação do Ministério Público (MPPE), que exigiu a adoção por parte do Governo do Estado de medidas como a instalação de equipamentos, compra de materiais e contração de servidores.  “Caruaru e praticamente todos os outros municípios do Agreste necessitam do atendimento deste hospital regional. Mas a situação é calamitosa. Há superlotação, falta de leitos, longas filas de espera para cirurgia. O quadro chegou a tal ponto que o Ministério Público, por meio de uma Ação Civil Pública, cobrou a responsabilidade do Governo do Estado”, relatou Silvio Costa Filho, durante mais uma rodada do Pernambuco de Verdade. 

Segundo os parlamentares as obras de reforma do Hospital São Sebastião e de construção do Hospital da Mulher em Caruaru também estão atrasadas. Outras obras inconclusas são o complexo de polícia científica, com um atraso de 3 anos, e uma Escola Técnica Estadual, com 410 dias de atraso. 

Para o deputado Augusto César, as dificuldades encontradas pelos deputados no Agreste se estendem às outras regiões de Pernambuco. “Recentemente, tivemos um pedido de interdição do IML que funciona em Caruaru. O sucateamento do instituto também é identificado no Recife e em Petrolina. E lembro que um município como Serra Talhada, no Sertão, aguarda há anos a instalação de uma unidade do IML”, disse. “Além do quadro identificado pelas visitas da Bancada de Oposição nas regiões, o governo do Estado não tem dado as devidas respostas a questões como a crise no sistema prisional, a situação precária das UPAs e o aumento da violência no Estado”, acrescentou Edilson Silva. 

Outro lado

Rebatendo as informações criticas da oposição, o líder do governo na Alepe, Waldemar Borges (PSB), disse que “mais uma vez olhar caolho da oposição só enxerga o que quer nos municípios por onde passa”. Segundo ele, as questões levantadas pelo grupo são “pontuais” diante dos avanços da região. 

“Esse setor da oposição tenta reeditar a velha política da ‘panela de carangueijo’, que tenta puxar Pernambuco para baixo, quando, na vã tentativa de tirar proveito eleitoral, ignora os saltos de qualidades que o Estado vem dando em todas as áreas, sobretudo nas políticas sociais”, crava o pessebista. 

“Saímos de 27 para 57 unidades de saúde nos últimos 8 anos. Isso significa que milhões de pernambucanos e pernambucanas passaram a acessar um serviço do qual até então eram excluídos. Claro que com tamanho salto de escala, surgem alguns problemas, que são enfrentados e superados, como vem ocorrendo”, acrescentou Borges. 

Segundo o deputado, a oposição é adepta ao “modelo Dilma de (des)governar”  e cita que o HRA é referência traumatologia para todo o Agreste e Interior de Pernambuco. Além disso, Borges citou “os cortes impostos pelo Governo Federal” como o culpado pelo atraso das obras em andamento. "Ou a oposição imagina que ao determinar o corte de 12 bilhões da saúde a sua líder, Dilma Rousseff, não é a maior responsavelmente por esse tipo de situação?", indaga Borges. "O que a oposição não diz é que, nos últimos anos, a rede de saúde de Caruaru foi uma das que mais receberam investimentos do Estado, com a construção de uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA), uma Unidade Pernambucana de Atendimento Especializado (UPAE) e do Hospital Mestre Vitalino", reforça o parlamentar. 

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A sessão solene do Senado, em comemoração aos 20 anos do Plano Real, também foi marcada por uma enxurrada de tiros tucanos na mira da economia do Brasil, gerida pela presidente Dilma Rousseff (PT). O senador e presidenciável, Aécio Neves (PSDB-MG), declarou que o PT “mergulhou” o país em um “ambiente de desesperança”. Segundo o tucano, a legenda petista foi adversária do Plano Real e o atual governo coloca a estabilidade da moeda em risco.

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“Os 12 anos de governo do PT levaram o Brasil a estar hoje mais uma vez mergulhado em um ambiente de desesperança e descrença no futuro. Até a valiosa estabilidade na nossa moeda vem sendo colocada em risco sob ataques sorrateiros daqueles que foram seus mais aguerridos adversários”, disparou Neves.

Em defesa ao PT, o senador Humberto Costa, líder do partido na Casa rebateu as críticas do rival e pontuou os avanços do país ao longo do período que o PT comanda a União. "O Brasil recuperou a esperança ao longo desses 11 anos de governo do PT. Desesperança era quando o desemprego tinha taxa de dois dígitos, a inflação era altíssima e o dólar atingia a sua cotação mais alta", respondeu. "Nós avançamos e continuamos avançando. Temos a menor taxa de desemprego e contas públicas equilibradas", cravou.

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