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Assim como o deputado estadual André Ferreira (PSC), nesta quarta (1), a vereadora do Recife Michele Collins (PP) solicitou durante sessão na Câmara Municipal do Recife a suspensão do cachê do cantor Johnny Hooker. Durante apresentação no Festival de Inverno de Garanhus (FIG), o artista disparou: “"Jesus é transsexual sim, Jesus é bicha sim, p*!”.

Segundo Michele, entre os argumentos, o cantor violou a Constituição Federal e por isso o pagamento pelo show deve ser suspenso. "O cantor Johnny Hooker usou palavras que ferem os símbolos cristãos sagrados, chamando Jesus de homossexual. Ele não pode receber dinheiro público por isso”, justificou.

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A vereadora, sem citar nomes, também falou que o cachê de outros artistas envolvidos com polêmicas devem ser suspensos. “Os artistas usaram o palco para proferir palavra de ódio contra Jesus Cristo”, lamentou. Sem se dar por satisfeita, Collins pediu o afastamento do secretário de Cultura de Pernambuco, Marcelino Granja (PCdoB). 

A parlamentar ainda pediu que o Ministério Público de Pernambuco se pronuncie sobre o caso rapidamente. “Quando houve um episódio na minha rede social, eles foram rápidos, ainda está em trâmite o processo. Mas, um caso como esse, que está rodando o país inteiro, não fizeram nada. Eles precisam se pronunciar”. 

Michele se refere a mais uma polêmica com o seu nome envolvido. Em fevereiro deste ano, a missionária divulgou uma “noite de intercessão pelo Brasil” que acontecia na orla de Boa Viagem e estava "clamando e quebrando toda maldição de Iemanjá". No entanto, posteriormente pediu desculpas. 

 

 

A Fifa anunciou que abrirá um procedimento disciplinar contra o México por conta dos gritos homofóbicos de seus torcedores durante a partida contra a Alemanha, pelo grupo F da Copa do Mundo de 2018, na Rússia.

Durante os 90 minutos da vitória por 1 a 0 sobre a atual campeã mundial, a torcida mexicana gritava "puto", que em português significa "bicha", para o goleiro da Alemanha, Manuel Neuer, toda vez que ele cobrava um tiro de meta.

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No Campeonato Mexicano, é muito comum que a torcida grite palavras homofóbicas ao goleiro do time adversário quando ele vai bater um tiro de meta. Segundo eles, é apenas uma provocação e não palavras discriminatórias.

Antes do início do Mundial, a Federação Mexicana de Futebol (FMF) já havia alertado seus torcedores para evitar gritos desse tipo durante o torneio, com o objetivo de evitar alguma punição da Fifa.

Nas Eliminatórias sul-americanas para a Copa, o Brasil foi punido por gritar "bicha" durante os tiros de metas dos times adversários. A versão brasileira é uma adaptação do grito mexicano.

Após vencer da Alemanha na primeira rodada, a seleção mexicana volta a campo neste próximo sábado (23) diante da Coreia do Sul, em Rostov.

Da Ansa

Os gritos de ‘bicha’ contra os goleiros adversários estão prestes a ter um fim no Estádio do Palmeiras. A maior torcida organizada do time alviverde decidiu banir esse tipo de atitude entre seus integrantes há pouco mais de um mês. A medida já foi colocada em prática nos últimos 3 jogos do time no Allianz Parque, contra o Vasco, Internacional e o Atlético Tucuman, respectivamente. 

Segundo informações do Blog da ‘ESPN’ essa decisão de banir essa conduta pode ter sido motivada porque o grito de ‘bicha’ teria surgido primeiro na torcida do Corinthians, além de considerarem que a atitude atrapalhava a evolução dos cantos do grupo.

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A torcida organizada, Mancha Verde, sabe da dificuldade em controlar o estádio inteiro, mas pode repreender quem gritar perto do setor onde fica localizada. 

Se cumprir o que promete, a torcida do Palmeiras será a segunda a tomar esta decisão. No mês passado, a torcida Banda Alma Celeste, do Paysandu, publicou um manifesto contra discriminação em sua página em uma rede social.

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Investigado pela terceira vez nestas Eliminatórias da Copa do Mundo, por conta de gritos de "bicha" por parte da torcida, a seleção brasileira corre o risco de ser impedida de voltar a jogar no Itaquerão. A Fifa confirmou nesta terça-feira que abriu um procedimento contra o Brasil por causa das ofensas no jogo contra o Paraguai, no mês passado, e, se optar por uma punição, poderá recorrer não apenas a multas, mas também s proibição de jogos em certos estádios.

Adotando uma postura dura contra gritos homofóbicos, a Fifa já multou as seleções sul-americanas em 13 ocasiões, o que resultou em multas de 550 mil francos suíços por parte da Fifa - cerca de R$ 1,8 milhão.

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No caso da CBF, ela foi multada pelos incidentes que ocorreram na partida contra a Bolívia, no dia 6 de outubro. A multa aplicada foi de 25 mil francos suíços (R$ 78 mil), além de um alerta. Em setembro, a entidade já havia sido alvo de uma punição, depois dos gritos homofóbicos dos torcedores em Manaus num jogo contra a Colômbia, também válido pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. Naquele momento, a multa imposta foi de 20 mil francos (R$ 62 mil).

Se o ritmo de punições continuar, a Fifa avisou que o Brasil pode ser obrigado a mudar o local de partidas ou impedir que jogos voltem a ocorrer nos lugares onde os problemas foram registrados.

Um exemplo dado pela Fifa é o que ocorre com o Chile. Ao ser multado pela terceira vez, foi impedido de disputar o jogo do dia 28 de março contra a Venezuela no Estádio Nacional Julio Martínez Prádanos, em Santiago.

A CBF vai tentar explicar que tem feito campanhas nos estádios e pedido que os gritos não se repitam. Mas a nova investigação ao Brasil ainda foi uma resposta clara à CBF e à Conmebol diante da tentativa dos cartolas sul-americanos, em outubro do ano passado, de convencer a Fifa de que os gritos de "bicha" eram "culturais". Wilmar Valdez, presidente da Federação Uruguaia de Futebol, confirmou que reuniões foram mantidas para explicar que o uso de certas palavras para ofender os adversários não tem o caráter de homofobia.

A Fifa rejeitou a tese e promete que vai continuar sancionando a região. Questionada no final do ano passado se o argumento "cultural" era válido, a secretária-geral da Fifa, Fatma Samoura, rebateu: "É uma questão de educação e não pode ser autorizada".

"O que posso dizer é que precisamos que as pessoas sejam educadas, mesmo que esteja na sua história, na sua cultura, usar palavras não amigáveis contra o adversário. Isso tem de parar. Para a Fifa, a tolerância é zero em relação à homofobia, discriminação racial e discriminação de gênero", respondeu a delegada da Fifa, que é africana, negra, mulher e muçulmana.

"Cultural". É assim que a Confederação Sul-Americana de Futebol, a Conmebol, tenta convencer a Fifa a abandonar as punições que estão sendo impostas contra as seleções da região por um comportamento homofóbico por parte de seus torcedores.

No total, as seleções latino-americanas já foram punidas em 13 ocasiões por conta de gritos com caráter de homofobia de seus torcedores, o que resultou em multas de 550 mil francos suíços por parte da Fifa, cerca de R$ 1,8 milhão.

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Wilmar Valdez, presidente da Federação Uruguai de Futebol e um dos membros do Conselho da Fifa, contou à reportagem do jornal O Estado de S.Paulo que a Conmebol já manteve nesta semana reuniões com a direção da entidade máxima do futebol para avaliar o caso. Seu temor é de que, se o ritmo de punições continuar, a conta ficará elevada.

Nesta quarta-feira, a secretaria da Conmebol, já manteve reuniões com os membros da Fifa para explicar o caso em Zurique. Além disso, nesta quinta, os presidentes de federações sul-americanas vão fazer um protesto em bloco na entidade para tentar frear as multas.

Um dos argumentos é de que não se pode generalizar o comportamento de toda uma torcida pela reação "de alguns poucos". Outro argumento é de que esses gritos não tem uma conotação supostamente antigay e que seria uma reação "cultural". Observadores da Fifa e mesmo ativistas de direitos humanos contestam essa versão, alegando que é justamente esse padrão "cultural" que não se pode aceitar.

Na semana passada, foi a vez de a CBF pagar 20 mil francos suíços (cerca de R$ 66 mil) por conta de um incidente contra a Colômbia, em Manaus, no dia 6 de setembro. A CBF foi punida pela primeira vez, depois de gritos de "bicha" vindos do público ao goleiro adversário. Um advertência também foi lançada. Se a prática continuar, o Brasil pode ficar proibido de atuar em certos estádios do País ou mesmo ser obrigado a jogar a portas fechadas.

Mas, em outros três partidas da seleção, foram os jogadores nacionais que foram alvos de cantos de caráter homofóbicos pelos adversários. Isso ocorreu contra a Argentina, em novembro de 2015, contra o Chile, em outubro do ano passado, e contra o Paraguai, em março deste ano.

Pressionada diante da Copa do Mundo na Rússia em 2018, a Fifa quer demonstrar que está agindo contra o racismo e a discriminação. A maior das penalidades foi imposta contra o Chile, que, depois de já ter sido multado, voltou a cometer infrações e agora não poderá disputar o jogo do dia 28 de março contra a Venezuela no Estádio Nacional Julio Martínez Prádanos, em Santiago. Os chilenos ainda terão de pagar mais 65 mil francos em multas.

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