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O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) fez home office em um hotel em Brasília com diárias pagas com o cartão corporativo da Presidência. Ao invés de participar das sessões na Câmara Municipal Rio de Janeiro, ele viajou e usou seu engajamento nas redes sociais para criticar o isolamento social na pandemia.

O filho de Jair Bolsonaro usou o cartão do pai e ficou 11 dias, entre 12 e 22 de março de 2021, no Hotel Suítes Monumental. A hospedagem custou R$ 2.300 aos  contribuintes, conforme a relação de gastos do cartão do ex-presidente.

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Mesmo com os trabalhos da Câmara em formato híbrido, Carlos não abriu mão do home office enquanto outros colegas atuavam presencialmente. Ele votou em algumas oportunidades sem sequer participar dos debates ou até mesmo ligar a câmera.

O distanciamento de Carlos foi criticado por vereadores do PSOL e uma resolução da Mesa Diretora obrigou que as câmeras ficassem abertas quando os vereadores quisessem interagir nas sessões. Após a recomendação, Carlos chegou a ligar a câmera no dia 23 de março e a deixou direcionada para um banner com sua foto.

Assim como o irmão mais velho Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que abandonou a cadeira de deputado federal em Brasília para viajar com ministros à Dubai, ao invés de focar em seu mandato como vereador, Carlos Bolsonaro (Republicanos) insiste em usar as redes sociais para opinar sobre assuntos longe das suas atribuições e atacar opositores com textos confusos. Sem muitas publicações sobre o que vem fazendo na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, Carlos passeia em Roma com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Para o filho mais novo do presidente na política, a ida do pai à reunião dos países do G20 serviu como excursão à Itália. Carlos deixou o Rio e cruzou o Atlântico a caminho do encontro das principais economias mundiais neste fim de semana, quando debatem sobre os impactos da Covid-19, impostos e mudanças climáticas decorrentes do efeito estufa. 

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Eleito em seu quarto mandato como legislador municipal, a recorrência de publicações sobre seu trabalho é bastante inferior no Twitter em comparação ao tempo que gasta para atacar concorrentes do presidente, como os pré-candidatos ventilados à 'terceira via' e o ex-presidente Lula (PT). 

Ele é apontado como o suposto líder do 'Gabinete do Ódio' – núcleo virtual de apoio às pautas do presidente instrumentalizado por robôs e disparos em massa – e usa o perfil como a principal ferramenta para se comunicar com o eleitorado. Seu passatempo nas redes também é opinar sobre costumes alheios e críticas à comunidade LGBTQIA+.

Trabalho para ajudar a cidade do Rio

Suas últimas posições defendidas na Câmara são contra o passaporte vacinal na cidade e uma proposta contra o uso de banheiros públicos por transexuais. O site da Casa informa que "não existe nenhuma informação para a solicitação na base de Discursos e Votações", nem na aba de “Leis da sua Autoria”.

O vereador integra as Frentes Parlamentares em defesa da Educação Física e da Saúde Mental. Suas proposições protocoladas neste ano são: 235 indicações, 5 ofícios, 1 Projeto de Resolução, 2 Projetos de Lei Complementar, 2 Projetos de Decreto Legislativo, 7 Requerimentos de Informação, 2 Projetos de Emenda à Lei Orgânica e 18 Projetos de Lei.

 

O Conselho de Ética da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro decidiu, nesta segunda-feira (28), cassar o mandato do vereador Dr. Jairinho. O relatório foi aprovado por unanimidade, ou seja, 7 votos a 0, durante uma reunião realizada a portas fechadas. 

O parlamentar está preso acusado de matar o enteado, Henry Borel, de 4 anos. A mãe do menino, Monique Medeiros também está presa. Jairinho também é apontado como o agressor de outras duas crianças. 

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Presidente do Conselho de Ética, o vereador Alexandre Isquierdo disse que o relatório do vereador Luiz Ramos Filho foi avaliado com muita tranquilidade e imparcialidade pelo Conselho. "A defesa do vereador Jairinho teve amplo espaço. O próprio advogado de defesa terá um espaço de duas horas para concluir sua defesa na apresentação do Projeto de Lei para a cassação do mandato”, detalhou, após reclamações da defesa do vereador sobre falta do direito ao contraditório no Conselho de Ética. 

Agora, o relatório que decide pela cassação do mandato passará pelo crivo do plenário da Câmara do Rio. A expectativa é que o texto seja votado já nesta quarta-feira (30). Para ser aprovado, o relatório precisa de dois terços dos votos. 

A Câmara Municipal do Rio de Janeiro recebeu mais um pedido de impeachment contra o prefeito Marcelo Crivella (PRB). A solicitação foi protocolada pelo advogado Pablo Filipe Morais Soares de Andrade, que acusa Crivella de prática de crime de responsabilidade. Procurada, a Prefeitura do Rio de Janeiro disse que não vai comentar.

No pedido de impeachment, o advogado afirma que a prefeitura comprou um terreno da Caixa Econômica Federal na comunidade de Rio das Pedras, na zona oeste, sem processo licitatório. A denúncia acrescenta que a compra utilizou crédito sem autorização do Legislativo Municipal, entre outras supostas irregularidades, como renúncia de crédito que não estava prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias.

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O advogado também acusa Crivella de ter burlado o cálculo dos índices mínimos definidos pela Constituição Federal para serem aplicados em saúde e educação.

O presidente da Câmara Municipal, vereador Jorge Felippe (MDB), vai avaliar a consistência do pedido para admitir sua tramitação. Caso seja considerado apto, o pedido vai entrar na Ordem do Dia da próxima terça-feira (2) na Casa Legislativa, para que o plenário também vote a admissibilidade da denúncia.

Caso o pedido seja aprovado, todo o processo de tramitação deverá ser concluído dentro de 90 dias. O primeiro passo é a criação de uma Comissão Processante, que terá cinco dias para iniciar os trabalhos e notificar o prefeito. Caso isso ocorra, Crivella terá dez dias para apresentar defesa prévia, por escrito, indicar provas e testemunhas de defesa.

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