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A Comissão de Direitos Humanos da Câmara pediu abertura de processo disciplinar contra o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) por comportamento incompatível com o mandato parlamentar. O presidente da comissão, Domingos Dutra (PT-MA), e um grupo de deputados do colegiado se reuniu com o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), pedindo providências contra o parlamentar.

Bolsonaro tumultuou, nesta terça, a reunião da Comissão Parlamentar da Memória, ligada à Comissão de Direitos Humanos, xingando e ofendendo funcionários, deputados e convidados que prestavam depoimentos - ex-integrantes do Exército e camponeses, envolvidos na Guerrilha do Araguaia. A reunião era fechada a pedido dos convidados e para, segundo a comissão, preservar a integridade física dos depoentes, que sofrem ameaças. Apesar de reservada, a reunião foi registrada pela TV Câmara, apenas para uso interno dos deputados. De acordo com a comissão, a gravação servirá de prova contra o parlamentar.

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Os fatos narrados na representação e testemunhados pelos integrantes do colegiado apontam Bolsonaro ofendendo os parlamentares. Inicialmente, ele teria pedido o nome e o endereço dos depoentes ao secretário da comissão, Márcio Araújo. Como os dados eram reservados e negados ao deputado, Bolsonaro xingou o servidor de "cachorrinho". Em seguida, começou a fotografar os depoentes e, ao ser alertado da proibição, afirmou que "a conversa não chegou ao chiqueiro". Bolsonaro teria repetido a mesma expressão ao referir-se ao deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA), que tentava evitar o tumulto na reunião.

Aos berros, Bolsonaro chamou os depoentes de mentirosos, segundo narração dos integrantes da comissão. "Seus gritos constituíram visíveis ameaças aos depoentes a ponto de um deles não conter seu choro de medo e indignação", relata o documento. Marco Maia afirmou que encaminhará o documento ao corregedor da Câmara, deputado Eduardo da Fonte (PP-PE).

"A bola está com a Mesa da Câmara. Nós não vamos permitir que a comissão seja constrangida e, se houver problemas, a responsabilidade será da Mesa", afirmou Domingos Dutra, após o encontro com Marco Maia. O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) cobrou uma ação efetiva da corregedoria. "A postura de Bolsonaro é de incitação à violência. Se a Câmara permitir isso, porque as ruas não irão reproduzir o mesmo?", afirmou Chico, alertando para o perigo de a Casa tratar a atitude de Bolsonaro como uma normalidade.

Pela manhã, em discurso no plenário, Bolsonaro criticou a Comissão da Verdade, criada no âmbito do governo pela presidente Dilma Rousseff. "Comissão da patifaria! Comissão da patifaria! Eu quero saber quem são os sete venais ou os sete sem caráter que vão aceitar fazer parte (da comissão)", disse Bolsonaro.

Ele atacou também a comissão parlamentar da Câmara.

A Comissão de Direitos Humanos da Câmara criou uma comissão paralela a do governo e se reuniu ontem para ouvir os primeiros depoimentos. Os parlamentares da comissão criticam a demora da presidente Dilma em indicar os nomes e instalar a comissão.

A Câmara dos Representantes dos EUA rejeitou de forma esmagadora uma proposta de Orçamento bipartidário nesta quarta-feira, que conduziria os legisladores a reduzir o déficit federal em mais de US$ 4 trilhões ao longo de 10 anos através de uma combinação de cortes de gastos e aumento de impostos, informou o jornal "The Wall Street Journal".

A votação sobre a resolução do Orçamento, que foi derrotada por 382 contra 38 votos, mostra o quão distante os republicanos e democratas permanecem no Congresso sobre como lidar com a dívida crescente nos EUA.

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A medida foi encabeçada pelos representantes Jim Cooper (Tennessee) e Steve LaTourette (Ohio), que exortaram seus colegas a começar a trabalhar em um acordo bipartidário. "Se não agora, quando ?", perguntou LaTourette a seus colegas antes da votação. A Câmara dos Representantes deve aprovar, principalmente em linhas partidárias, a resolução elaborada pelo presidente da comissão de Orçamento Paul Ryan (Wisconsin).

A derrota da proposta de Cooper/Latourette já era esperada. O apoio significativo à medida teria sinalizado que os legisladores dos dois partidos podem estar prontos para iniciar as negociações, mesmo antes das eleições de novembro. As informações são da Dow Jones.

A Câmara dos Deputados acaba de aprovar o projeto da Lei Geral da Copa, ressalvados os cinco destaques que visam a modificar o texto apresentado pelo relator da matéria, deputado Vicente Cândido (PT-SP). A aprovação se deu em votação simbólica. Quase a totalidade dos deputados presentes apoiou a proposta. Os deputados do PSOL foram os únicos que votaram contra a matéria.

A Lei Geral da Copa disciplina os direitos comerciais da Federação Internacional de Futebol (Fifa) na realização da Copa do Mundo de 2014 e estabelece privilégios temporários à entidade e seus associados durante o evento esportivo.

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Aprovado o texto principal, os deputados iniciam daqui há pouco a votação dos cinco destaques que visam a alterar o texto aprovado. Desses, dois terão votação nominal. Entre os destaques apresentados, o mais polêmico é o que retira do texto a possibilidade da venda e do consumo de bebidas alcoólicas nos estádios de futebol durante a Copa do Mundo de 2014.

 

Depois de um dia de intensas negociações, o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), anunciou na noite desta terça-feira acordo para votar quarta-feira a Lei Geral da Copa e, até o fim de abril, o novo Código Florestal. Avisou, no entanto, que não há entendimento no que se refere ao mérito das propostas. Com isto, o governo terá trabalho para convencer sua base rebelada a votar com o texto da Lei da Copa encampado pelo Palácio do Planalto.

"Desta forma, a negociação estanca a crise e faz com que o Congresso volte a andar", declarou Maia, por meio de sua assessoria. A maior polêmica do projeto é a venda de bebida alcoólica nos 12 estádios que vão sediar os jogos da Copa da Fifa. O texto enviado ao Congresso apenas suspenderá durante os eventos da Fifa o artigo do Estatuto do Torcedor, que proíbe a venda, e a entidade terá de negociar diretamente com Estados onde há leis contrárias.

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Para fechar o entendimento, Maia informou ter negociado com representantes ruralistas de 12 partidos diferentes, fundamentais para interromper a obstrução promovida pelos próprios aliados. Mas isto não resolve o problema com a bancada evangélica, que não aceita a venda de bebida nos estádios. "Fomos pegos de surpresa com a votação antes da Páscoa e avisamos que suprimir a proibição da venda de bebidas não atende a bancada. Somos contra a bebida alcoólica por convicção", reagiu o deputado João Campos (PSDB-GO), presidente da frente parlamentar evangélica. Eles vão tentar aprovar um destaque que deixe clara a vedação à venda de bebida nos estádios.

No mesmo tom, o líder do PR, deputado Lincoln Portela (MG), adverte que vai liberar a bancada e votar contra a Lei da Copa. "Não aceito este texto que afronta a soberania nacional. O Brasil não é colônia da Fifa", protesta o líder, inconformado com a exigência da Federação Internacional em favor do consumo de álcool nos estádios. Até o meio dia, Maia acumula o comando da Câmara com a presidência em exercício da República. A partir do final da manhã, quando o avião do vice-presidente Michel Temer deve ingressar no espaço aéreo brasileiro, ele poderá retornar à Câmara para comandar a votação da Lei Geral da Copa.

A oposição reagiu com ironia ao anúncio de Maia. "A melhor articulação política para este governo são as viagens da presidente Dilma", afirmou o líder tucano Bruno Araújo (PE), que também recomendará à bancada que vote contra a liberação da bebida. "A crise viajou com a Dilma", retrucou o líder do DEM, deputado ACM Neto (BA).

Apesar de estar na pauta da Câmara, o Código Florestal dificilmente será votado na próxima semana. Segundo o presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), o governo tem interesse em não votar a nova legislação. "É público que há um clima entre o governo e o parlamento ruim", observou Maia. "É de interesse do parlamento votar o Código o mais rápido possível. Quem tem menos interesse em votar o Código é o governo", disse o presidente da Câmara.

O governo não quer mexer em nenhum ponto da proposta do Código Florestal aprovada pelo Senado, em dezembro, mas a bancada ruralista insiste em modificar. A expectativa é que na semana que vem a Câmara vote a Lei Geral da Copa.

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A Câmara dos Deputados aprovou, há pouco, o texto principal projeto de lei do Poder Executivo que cria a Fundação de Previdência Complementar dos Servidores Públicos Federais (Funpresp), menos os destaques que visam a alterar a proposta.

Os destaques devem ser votados amanhã (29). O texto aprovado estabelece a criação de três fundos de previdência complementar – um para os servidores do Poder Executivo, outro do Legislativo e um terceiro para os servidores do Poder Judiciário.

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Votaram favoravelmente à aprovação do projeto 318 deputados, 134 votaram contra e houve duas abstenções. A maioria dos partidos encaminhou votação favorável ao texto do relator, deputado Rogério Carvalho (PT-SE). Apenas o PDT, DEM, P-SOL e o PMN recomendaram votação contrária à matéria. O PSD, o bloco PPS/PV e o bloco PSB/PTB/PCdoB liberaram seus deputados para a votação.

Com a criação da Funpresp, os futuros servidores públicos terão garantido pela União uma aposentadoria igual a que é paga aos trabalhadores regidos pelo Regime Geral da Previdência. No entanto, os novos servidores que quiserem aumentar suas aposentadorias terão que aderir ao plano de previdência complementar e contribuir com um percentual a ser negociado. A contribuição do servidor será paritária com a da União até o limite de 8,5%.

Se o servidor optar por contribuir com um percentual menor que os 8,5%, ele poderá fazê-lo e, nesse caso, a contrapartida da União será igual ao percentual de contribuição do servidor. Caso o servidor queira contribuir com percentual acima de 8,5 %, ele poderá contribuir, mas a contrapartida da União não poderá ser superior ao teto de 8,5%.

De acordo com o líder do governo, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), as novas regras de previdência para os servidores públicos estabelecidas com a criação da Funpresp não irão prejudicar os atuais servidores. “Elas só valerão para aqueles que ingressarem no serviço público após a sanção da nova lei”.

Concluída a votação da Funpresp na Câmara, o projeto será encaminhado à apreciação e votação do Senado. Se for modificado pelos senadores, a matéria terá que ser novamente apreciada pelos deputados.

Segundo o secretário de Previdência Complementar do Ministério da Previdência, Jairo Mariz, a partir da sanção da nova lei serão 180 dias para a criação dos três fundos de previdência complementar e 240 dias para a entrada em funcionamento das novas regras. De acordo com ele, a medida visa equacionar o déficit da previdência no futuro.

Sob forte pressão popular, a Câmara do Distrito Federal aprovou na noite de hoje projeto de lei que extingue o pagamento de 14º e 15º salários aos deputados. A votação ocorreu em caráter de urgência, após uma semana de protestos de entidades e movimentos sociais contra os extras, que ganharam força na internet e na cobertura da imprensa.

Instituídos por uma lei de 1999 na Câmara do DF, os salários, chamados de "ajuda de custo", também são pagos em diversas casas legislativas do País, entre elas a Câmara e o Senado. Em Brasília, projetos de lei pela extinção permaneciam engavetados há anos. Mas a discussão avançou com a reação pública ao desembolso do 14º deste ano, feito na semana passada. O acordo para a votação saiu à tarde, após reunião do colégio de líderes.

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Com a decisão, cada deputado distrital deixa de faturar dois salários de R$ 20.032,50, pagos sempre em fevereiro e dezembro, o que representa uma economia anual de R$ 960 mil aos cofres públicos. No entanto, o 14º de 2012 não será devolvido.

Nas votações em primeiro e segundo turnos, 23 dos 24 parlamentares disseram sim à extinção. A exceção foi Benedito Domingos (PP), que apresentou atestado médico para justificar a falta. Ele é um dos que recebia.

Oito parlamentares já haviam aberto mão dos extras em 2011, quando se iniciou a atual legislatura. Com a repercussão do caso, outros seis decidiram fazer o mesmo. Eliana Pedrosa e Celina Leão, ambas do PSD, só anunciaram a desistência à tarde, pouco antes da votação.

"Foi uma vitória da sociedade. Hoje, a Câmara do DF deu exemplo para o Brasil. Esperamos que isso se repita em outros lugares. Mas cada cidade terá de se mobilizar para isso", afirmou Diego Ramalho, do Movimento Adote um Distrital.

A Câmara do DF também aprovou projeto de resolução que impede parlamentares de escolher entre o salário da Câmara e o do órgão público de origem, quando mais alto. Foram 22 votos a favor e duas abstenções de Chico Leite (PT), ex-funcionário do Ministério Público, e Agaciel Maia (PTC), que pleiteou, sem sucesso, receber pelo Senado.

A Câmara de Riversul, no sudoeste paulista, cassou o mandato do prefeito Marcelino José Biglia (PMDB) em sessão realizada na noite de quinta-feira (23). De acordo com o presidente do Legislativo, vereador Luciano Aparecido Pinheiro (PTB), a maioria dos vereadores acatou as denúncias contra o prefeito, acusado de efetivar professores sem avaliação em estágio probatório e de autorizar o pagamento de bônus a funcionários comissionados sem base legal, entre outras irregularidades. O vice-prefeito José Aparecido Gomes (PT) assumiu a prefeitura hoje. O prefeito afastado nega as acusações. Ele informou que vai recorrer à Justiça na tentativa de reaver o mandato.

O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), entrou nesta quarta-feira em rota de colisão com o Palácio do Planalto. O motivo foi o preenchimento de cargo na cúpula do Banco do Brasil. Apesar das promessas, o Planalto voltou atrás e não escolheu apadrinhado de Maia para BB. Sem a nomeação, o petista encerrou abruptamente ontem a sessão da Câmara e não pôs em votação o projeto que cria o Fundo de Previdência Complementar dos Servidores Públicos Federais (Funpresp). A previsão é que a proposta seja votada apenas na próxima terça-feira, dia 14.

Maia ficou particularmente irritado com a contraproposta feita pelo governo de oferecer um cargo a seu apadrinhado no BB de Angola. Aliados confidenciaram que Maia teria considerado a proposta do governo "uma ofensa". Numa conversa áspera pelo telefone com a ministra-chefe de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, ele expressou seu descontentamento com o Planalto e o modo como era tratado pelo governo. Aborrecido, Maia desligou o telefone na cara da ministra.

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Além do cargo no BB, o presidente da Câmara também estaria empenhado em conseguir nomear para uma posição na área de saúde um indicado do ex-líder do PT na Câmara Paulo Teixeira (SP).

No apagar das luzes dos trabalhos do Congresso, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou hoje a criação de 69 varas trabalhistas em oito Estados: Mato Grosso, Ceará, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraná, Pará e Alagoas, além do Distrito Federal. Foram criados também 75 cargos de juiz e de juiz substituto, 966 cargos para analistas e técnicos judiciários e 348 cargos e funções comissionados. As varas e cargos serão criados a pedido do Tribunal Superior do Trabalho (TST).

Aprovados a toque de caixa e em votação simbólica, os nove projetos estabelecem que a criação das varas e dos cargos será feita a medida "das necessidades do serviço e da disponibilidade de recursos orçamentários". Enviados em meados deste ano para o Congresso, os projetos preveem em sua maioria a instalação de varas do trabalho no interior dos Estados. Minas Gerais foi o Estado mais beneficiado com a criação de 21 varas trabalhistas.

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Em seguida vem o Rio de Janeiro, com 12 varas e, depois, o Pará e o Paraná com 11 varas, cada um. Já em Mato Grosso e em Alagoas será implantada apenas uma nova vara trabalhista, em cada um. A maioria dos cargos, que é para analistas e técnicos judiciários, será preenchida por concurso público. No Pará e no Paraná estão grande parte dos cargos e funções comissionadas, cada um deles terá direito a 100 cargos sem necessidade de concurso público.

A criação das varas de trabalho e dos cargos não deverá sair tão cedo do papel. Os projetos agora terão de ser apreciados pelo plenário da Câmara, o que provavelmente irá ocorrer só em 2012. Motivo: o governo quer dedicar a semana que vem apenas à discussão e aprovação da proposta orçamentária de 2012. Com a aprovação do Orçamento, o Congresso entra em recesso e só volta a funcionar em 1º de fevereiro. Depois de aprovados na Câmara, os noves projetos terão ainda de ser analisados pelo Senado, antes de se transformarem em lei.

A aprovação hoje dos projetos pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) com a criação de varas trabalhistas e cargos não é uma novidade. Este ano, a Câmara aprovou outros projetos de lei que preveem a implantação de varas do Trabalho e cargos de juízes em seis Estados. Três deles, Santa Catarina, Paraná e Alagoas, foram novamente beneficiados com os projetos aprovados hoje. Na época, também ganharam varas trabalhistas e cargos os Estados de Goiás, Sergipe e Rio Grande do Norte.

Brasília - O PP e o PSDB elegeram hoje seus líderes para comandar as bancadas partidárias no ano que vem na Câmara. O PP reelegeu, por unanimidade, o atual líder, deputado Agnaldo Ribeiro (PB), para mais um ano no comando da bancada. Após a escolha, os deputados do partido assinaram uma nota de apoio e solidariedade ao ministro das Cidades, deputado Mário Negromonte, acusado de fraudes no ministério.

O PSDB elegeu, por aclamação, o deputado Bruno Araújo (PE) para a liderança do partido no ano de 2012. Durante a reunião, os tucanos indicaram o deputado Mendes Thame (PSDB-SP) para a liderança da minoria na Câmara. Os novos líderes assumirão suas funções em 1º de fevereiro do ano que vem .

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Bruno Araújo substituirá o atual líder, deputado Duarte Nogueira (SP) e Mendes Thame substituirá o deputado Paulo Abi-Ackel (MG). “O PSDB não é só um partido de oposição. É, sobretudo, um partido de posição. Vamos assumir com mais força o papel de demonstrar as alternativas à sociedade”, disse Araújo.

A Câmara dos Deputados da Argentina aprovou na noite de ontem o Orçamento 2012 do país, dando condições para que a presidente Cristina Kirchner possa exercitar sua musculatura política após a reeleição consagradora.

A Câmara estendeu os impostos sobre o tabaco, exportações de petróleo e transações financeiras, que estavam prestes a expirar. Os congressistas também aprovaram concessões que darão à presidente poderes especiais para realocar gastos do governo da maneira como bem entender.

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Os partidos que sustentam a presidente têm agora a maioria nas duas Casas do Congresso, após a exibição de força de Cristina nas eleições de outubro. O texto segue agora para o Senado. A expectativa é de que seja aprovado sem problemas já na próxima semana.

O projeto de lei orçamentária de 2012 prevê um aumento de 18,8% nos gastos, para 505,1 bilhões de pesos (US$ 188 bilhões) - e um aumento de 22,5% na receita, para 506,7 bilhões de pesos. As informações são da Dow Jones.

Brasília - A votação do projeto de lei que cria o Fundo de Previdência Complementar dos Servidores Públicos Federais (Funpresp) prevista para hoje (14) foi adiada para a primeira semana de fevereiro do ano que vem. A decisão para o adiamento foi tomada em conversas do líder do governo, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), com líderes da base governista e da oposição e também com o presidente da Câmara, deputado marco Maia (PT-RS).

Mesmo com a decisão de votar a matéria só no ano que vem, os deputado iniciaram o processo de discussão da proposta no plenário da Câmara. “Conversei com o Marco Maia, e a avaliação é que não teria nenhum prejuízo para a tramitação da Funpresp na Casa se avançássemos hoje na discussão e não levasse a sessão até as 4 horas, deixando a votação para fevereiro”, disse Vaccarezza.

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O líder governista declarou ainda que se insistisse na votação do Funpresp na noite de hoje, não daria para votar a proposta de emenda à Constituição (PEC 270) que trata das aposentadorias de servidores públicos por invalidez. “Fizemos um acordo para adiar, então, a votação da Funpresp. O governo concordou em iniciar a discussão, mas ela será encerrada só em fevereiro por ocasião da votação da matéria”.

Os parlamentares do PSDB na Câmara elegeram hoje o deputado Bruno Araújo (PE) como líder da bancada para o próximo ano, em substituição ao deputado Duarte Nogueira (SP). Nos últimos dias de trabalho na Câmara, antes do recesso, as bancadas partidárias estão elegendo seus líderes para o ano legislativo que começa em 1º de fevereiro. Quatro bancadas mantiveram seus lideres atuais. No PMDB, permanece o líder Henrique Eduardo Alves (RN); no PTB, Jovair Arantes (GO); no PR, Lincoln Portela (MG); no PP, Aguinaldo Ribeiro (PB).

"Nosso partido vive um clima de plena harmonia", comemorou o presidente do PP, senador Francisco Dornelles (RJ). Segundo ele, Ribeiro foi reeleito com 35 do total de 38 votos do partido. O PP também aprovou uma moção de aplauso ao ministro das Cidades, Mário Negromonte, envolvido em denúncias de irregularidades em sua Pasta. Negromonte é um dos ministros que podem deixar o cargo na reforma ministerial da presidente Dilma Rousseff prevista para fevereiro.

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A bancada do DEM, liderada pelo deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (BA), só decidirá sobre o comando da liderança em fevereiro. O PT também definirá a substituição do líder, Paulo Teixeira (SP), somente no próximo ano. Os deputados petistas Jilmar Tatto (SP) e José Guimarães (CE) disputam o lugar.

Projeto que cria 66 cargos e funções, ao custo de R$ 10 milhões anuais, para preenchimento por indicação política do PSD embute artigos dando superpoderes ao presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), para alterar atribuições, criação, transformação, extinção e lotações dos servidores. O projeto será votado hoje pelos deputados. A proposta também retira 92 cargos destinados à administração da Casa e transfere sua ocupação à definição de Marco Maia. Para fazer as novas mudanças, Maia precisa da autorização da Mesa que preside e não poderá aumentar despesas.

Com a aprovação do projeto, as alterações na estrutura da Casa não precisarão mais passar por votação em plenário. Com isso, aumenta o poder de barganha para o presidente negociar apoio entre os líderes em troca de cargos e diminui o desgaste político dos deputados em aprovar essas mudanças. A proposta é como um cheque em branco para a Mesa fazer reestruturações significativas na Casa. Pode, por exemplo, tirar funcionários que atuam em funções políticas para a administração e vice-versa.

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O próprio projeto já traz alteração. Dos 156 Cargos de Natureza Especial (CNEs), que são preenchidos sem concurso público, destinados à administração, passarão a ser decididos pela Mesa. Esses cargos são preenchidos quando as diretorias precisam contratar serviços temporários. "A proposta faz uma distribuição injusta, desequilibrada e amplia em demasia os poderes da Mesa. A proposta é dispendiosa sem necessidade", protestou o líder do PSOL, Chico Alencar (RJ). Ele lembrou que, se o projeto aprovado há cinco meses redistribuindo os CNEs fosse aplicado, não seria necessário criar cargos para o PSD. Haveria apenas uma adequação ao tamanho das bancadas parlamentares. Os CNEs são distribuídos de acordo com o número de deputados de cada partido.

Pelo projeto, por exemplo, o DEM, que passou de 43 deputados para 27, não perderá nenhum CNE. A proposta em votação cria 56 CNEs para a bancada do PSD, mais 10 Funções Comissionadas (FCs), que são gratificações a serem pagas aos servidores concursados que forem trabalhar para o PSD. Na redistribuição, o PSD vai ganhar mais 16 cargos e funções que serão retirados de outros partidos para a bancada recém-criada. O PSD forma uma bancada de 48 deputados.

A votação do projeto está marcada para a sessão de hoje depois de um acordo entre os líderes partidários e Marco Maia. O presidente da Câmara avisou os líderes que definirá por Ato da Mesa o aumento da verba de gabinete dos deputados, sem votação pelo plenário. Atualmente, cada deputado dispõe de R$ 60 mil por mês para contratar até 25 secretários parlamentares para trabalhar em seu gabinete na Câmara ou nos escritórios em seu Estado de origem. A ideia é subir esse valor para R$ 70 mil ou R$ 80 mil por mês. O maior salário pago ao secretário parlamentar é de R$ 8 mil atualmente.

Por falta de previsão orçamentária, o projeto que aumenta os salários dos funcionários da Casa, concursados ou não, será votado no próximo ano, segundo informou Marco Maia aos líderes. A proposta prevê reajuste de até 39% dos salários, com aumento nos gastos da Casa em torno de R$ 320 milhões por ano.

A Câmara dos Deputados aprovou, há pouco, em segundo turno, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Música. A PEC concede imunidade tributária a produções fonográficas brasileiras (CDS e DVDs) com música de autores nacionais.

A PEC foi aprovada por 393 votos a favor, 6 contrários e 1 abstenção. A proposta segue agora à apreciação, em dois turnos, pelo Senado Federal.

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De acordo com Otavio Leite, autor da PEC, com a aprovação e promulgação da proposta, os preços dos CDs e DVDs podem cair em pelo menos 20%. Segundo ele, também com a imunidade tributária, os músicos iniciantes terão mais condições de entrarem mercado musical e, inclusive, comercializar seus CDs fora da informalidade.

Durante a reunião, Tiririca lembrou sua trajetória, que começou, justamente, em um circo, ainda criança. “Comecei aos 8 anos e fiquei até os 30. Sei da dificuldade. O circo é a maior cultura que temos, é cultura popular. Precisa de apoio do governo federal e dos governos estaduais”, disse.

Na audiência, a burocracia na concessão de alvarás para circos foi criticada. Atualmente, as prefeituras exigem, pelo menos, 18 documentos para conceder uma permissão para o funcionamento de um circo.

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Tiririca disse estar esperançoso de que a audiência possa sensibilizar os deputados quanto ao tema. “Um palhaço de circo, sendo o deputado mais votado do país, está chegando e fazendo barulho”, comentou. “O circo está vivo e não pode deixar de existir.”

Brasília - Os líderes partidários da Câmara reunidos, hoje, com o presidente da Casa, deputado Marco Maia (PT-RS), decidiram votar na terça-feira (13) e na quarta-feira (14), o projeto de lei que cria a Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal (Funpresp). Também na terça-feira deverá ser votada, em segundo turno, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Música.

Os líderes acertaram votar na noite de hoje, a PEC do Senado Federal que transfere da União para o Distrito Federal (DF) a responsabilidade de organizar e manter a Defensoria Pública do DF. O presidente da Câmara também propôs aos líderes incluir na pauta de votações dos próximos dias algumas PECs, que estão prontas para serem apreciadas.

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Entre as propostas de emenda que poderão entrar na pauta de votações estão a que trata das férias forenses, a que efetiva em seus cargos os atuais responsáveis e substitutos de cartórios investidos nos cargos na forma de lei, sem concurso público, e a que concede aos servidores públicos aposentados por invalidez permanente a integralidade dos últimos salários e a paridade em relação aos funcionários da ativa.

Em relação à nova votação do Código Florestal, aprovado na noite de ontem (6) pelo Senado, os líderes não chegaram a nenhum acordo para sua apreciação este ano. Alguns deles criticaram as alterações feitas pelos senadores. “O texto sofreu muitas alterações, que precisam ser discutidas melhor na Câmara para serem votadas. Por isso, a deliberação deve ficar para o ano que vem”, disse o líder do DEM, deputado Antônio Carlos Magalhães Neto (BA).

O vice-líder do DEM, deputado Ronaldo Caiado (GO), anunciou que na terça-feira (13) a Comissão de Agricultura vai realizar uma audiência pública para discutir as alterações feitas pelos senadores no projeto do Código Florestal. Caiado criticou as alterações dos senadores. “O texto aprovado pelo Senado só favorece os grandes produtores e enfraquece os pequenos e médios”.

A base aliada do governo federal impediu na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara a convocação do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, para falar sobre o abandono das obras da transposição do rio São Francisco. O pedido foi rejeitado mesmo após o líder do PSDB, deputado Duarte Nogueira (SP), ter acertado com o ministro a transformação do requerimento em convite e marcado a audiência para fevereiro de 2012. A intenção da base foi fazer uma demonstração de força. "Fizemos isso para mostrar que tem base. Ele virá quando a base quer e do jeito que a base quer", disse o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo do último domingo mostrou que a obra responsável por parte da votação expressiva de Dilma Rousseff na região Nordeste foi abandonada por construtoras em diversos lotes e que parte do trabalho já feito começa a se perder. Auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) nas obras do eixo leste mostrou ainda uma estimativa de prejuízo de R$ 8,6 milhões com irregularidades no empreendimento. Pressionado, o ministro pediu ajuda ao tribunal para a fiscalização das obras.

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A votação do requerimento na comissão foi marcada pela incredulidade da oposição. Duarte Nogueira comunicou ter falado com o ministro e acertado a vinda para fevereiro do próximo ano. Mesmo assim, a base insistiu que não poderia aceitar a proposta. "Não podemos transformar essa cadeira em um banco dos réus", afirmou o vice-líder do governo na Casa, deputado Odair Cunha (PT-MG).

A postura da base provocou revolta da oposição. "Acho melhor então fecharmos as portas dessa comissão porque estamos ganhando dinheiro público para algo que não serve para nada", protestou Nilson Leitão (PSDB-MT). "É o cumulo da humilhação a comissão não aceitar nem que o ministro queira vir", complementou Anthony Garotinho (PR-RJ).

A base, porém, manteve-se irredutível. Os deputados governistas afirmaram que não desejavam deixar o caso "pendurado" e prometeram marcar no início do próximo ano uma audiência para que Bezerra fale sobre seu trabalho na pasta.

A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara aprovou hoje pela manhã o convite para o ministro das Cidades, Mario Negromonte comparecer para depor na Câmara. Houve acordo entre governo e oposição para transformar a convocação do ministro em convite. Negromonte está sendo convidado para esclarecer denúncias de irregularidades no Ministério. Ainda não há data para a audiência.

A base aliada rejeitou, porém, por 12 votos a 4, a convocação do ministro da Secretaria Geral, Gilberto Carvalho, para explicar denúncias feitas pelo sindicalista Irmar Batista, de que assessores do Ministério do Trabalho estariam cobrando R$ 1 milhão de propina para a autorização de abertura de sindicatos. Segundo a denúncia, Carvalho foi avisado sobre a extorsão, mas não tomou providências.

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