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A Rede Globo decidiu que não irá reembolsar torcedores que assinaram o Campeonato Carioca e não puderam ver alguns jogos da quinta e última rodada da fase de grupos da Taça Rio, o segundo turno do Estadual. A emissora carioca informou que irá enviar aos assinantes uma nota explicando toda a confusão, mas não pretende dar desconto ou qualquer tipo de reembolso para quem assinou o canal Premiere e não conseguiu ver as partidas.

Em contato com o Estadão, a Globo informou que a decisão se dá pelo fato da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) e os clubes participantes do Estadual não terem respeitado a exclusividade determinada no contrato da competição no momento em que o Flamengo passou o jogo contra o Boavista em seu canal no YouTube, na última quarta-feira.

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"Sabemos que a não exibição da parte final do Campeonato Carioca é importante para os torcedores, mas como a Ferj e os demais clubes não foram capazes de garantir a exclusividade determinada no contrato em que venderam seus direitos de imagem, não restou alternativa à Globo que não a rescisão do contrato. Os assinantes receberão um comunicado a respeito", disse a nota enviada pela emissora.

No total, três jogos deveriam ter sido transmitidos pela Globo e não foram: Vasco 1 x 0 Madureira, Volta Redonda 2 x 1 Resende e Macaé 0 x 0 Fluminense, todos realizados na quinta-feira. No mesmo dia, a emissora divulgou uma nota anunciando que tinha rescindido o contrato do Campeonato Carioca justamente por não ter sido respeitada a exclusividade que a emissora alega ter sobre o torneio.

O Vasco chegou a passar o confronto contra o Madureira em seu canal no YouTube, enquanto que as outras duas partidas não teve transmissão em lugar nenhum.

No sábado, a Ferj conseguiu uma liminar na Justiça em que obrigava a emissora a transmitir o jogo entre Fluminense x Botafogo, no domingo. A Globo acatou a decisão, embora tenha dito que iria recorrer e tentou até os últimos minutos conseguir derrubar a liminar para não exibir o jogo, sem sucesso.

O Flamengo, que teria sido o responsável pelo início de toda a confusão, se defende da acusação e alega que tinha o direito de passar o jogo, já que não havia acordo com a emissora e estava embasada na Medida Provisória que determina que os direitos de transmissão passam a ser dos times mandantes dos jogos. Antes, um veículo só poderia exibir um jogo se tivesse acordo com os dois times.

A decisão da Taça Rio será entre Fluminense e Flamengo nesta quarta-feira, às 21h30. O mando e local da partida serão definidos nesta segunda pela Ferj.

Após exibir gratuitamente o jogo contra o Boavista, na quarta-feira, o Flamengo anunciou nesta sexta que vai cobrar R$ 10 por transmissão da partida contra o Volta Redonda, no domingo, pela semifinal da Taça Rio. Para quem está fora do Brasil, a cobrança será de US$ 8 (cerca de R$ 42).

Se na quarta a transmissão aconteceu pela FlaTV, canal do clube no YouTube, desta vez será pela plataforma MyCujoo. A venda da exibição vai começar neste sábado, às 10 horas, pelo próprio site do MyCujoo. O pagamento poderá ser feito por cartões de débito e crédito.

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O clube avisou que os sócios-torcedores terão acesso à exibição de forma gratuita. Segundo o Flamengo, o procedimento para os sócios terem acesso ao jogo será informado ainda no sábado, com os detalhes do passo a passo.

Também será feita sem custos a transmissão apenas do áudio do jogo, sem imagens ou vídeo, pelos perfis do clube no YouTube, Facebook e Twitter.

O jogo está marcado para as 16 horas de domingo. Se vencer, o favorito terá pela frente na quarta que vem, pela final do segundo turno do Campeonato Carioca, o vencedor do clássico entre Fluminense Botafogo, que também se enfrentam no domingo.

A Rede Globo anunciou nesta quinta-feira que não vai mais transmitir o Campeonato Carioca deste ano. A emissora rescindiu o contrato que mantinha com a Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj) e com os clubes, mas afirma que irá manter os pagamentos desta temporada. A Globo alega que a transmissão do jogo do Flamengo violou o contrato e por isso decidiu tomar tal decisão que vale para a TV Globo, SporTV e Premiere.

Na última quarta-feira, o Flamengo transmitiu a partida contra o Boavista, no estádio do Maracanã, em seu canal no YouTube, a FlaTV. Na visão da emissora, a atitude faz com que o contrato com a Ferj fosse rompido, já que a Globo tinha exclusividade dos jogos e que todos os outros 11 times que disputam a competição, exceto o rubro-negro, assinaram o acordo.

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"No entendimento da Globo, o contrato foi violado ontem, quando a FlaTV exibiu ao vivo a partida entre Flamengo e Boavista. De acordo com o contrato, a Globo tinha exclusividade na transmissão dos jogos do Campeonato Carioca. A Federação e onze Clubes assinaram o compromisso. A exceção foi o Flamengo. Na ocasião da assinatura e por várias temporadas em que o contrato foi cumprido, a legislação brasileira previa que, para a transmissão de qualquer partida, era necessária a obtenção de direitos dos dois Clubes envolvidos. Legalmente, ninguém poderia transmitir os jogos do Flamengo no Carioca e só a Globo poderia transmitir os demais", informou a nota oficial.

Justamente por não ter assinado o contrato, o Flamengo entendia que poderia transmitir a partida, já que a nova medida provisória assinada pelo presidente da República Jair Bolsonaro prevê que os direitos de transmissão de uma partida pertencem ao time mandante.

"No dia 18 de junho, a Presidência da República editou a Medida Provisória 984, passando ao mandante dos jogos os direitos de transmissão. O Flamengo se baseou nessa MP para transmitir a sua partida ontem no Maracanã. A Globo entende que a Medida Provisória não poderia alterar um contrato celebrado antes de sua edição e protegido pela Constituição", prosseguiu.

"Como a Federação de Futebol do Rio de Janeiro e os demais Clubes não foram capazes de garantir a exclusividade prevista no contrato, não restou à Globo outra alternativa além da rescisão e o encerramento das transmissões dos jogos do Carioca - incluindo os três jogos de hoje que encerram a quinta rodada da Taça Rio e que seriam exibidos no Sportv e no Premiere", destacou a Globo.

A emissora não informou ainda como ficará a situação de quem é assinante do canal Premiere dos jogos do Campeonato Carioca.

"A Globo é parceira e incentivadora do futebol brasileiro há muitas décadas e entende a importância do esporte para Clubes, jogadores, marcas e torcedores. Exatamente por isso, apesar da decisão de rescindir o contrato imediatamente, a Globo está disposta a fazer os pagamentos restantes desta temporada, em nome da sua parceria histórica com o futebol e da sua boa relação com as equipes. Mas acredita que o futebol só será capaz de vencer as inúmeras dificuldades com planejamento e segurança jurídica para aqueles que investem altas quantias nesse negócio tão importante para o Brasil e para os brasileiros", finalizou.

O Flamengo continua com 100% de aproveitamento na Taça Rio. O clube, que já havia confirmado a primeira posição do Grupo A no segundo turno do Campeonato Carioca, terminou a quinta rodada com vitória por 2 a 0 sobre o Boavista na noite desta quarta-feira (1°), no estádio do Maracanã.

O time comandado por Jorge Jesus atingiu os 15 pontos, sete a mais do que o Botafogo, que acabou ficando na segunda posição. O Flamengo, que aguarda seu adversário na semifinal, aproveitou o duelo para lançar a Fla TV, nova iniciativa da agremiação baseada na MP 984, assinada recentemente por Bolsonaro.

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Sem afobação e na base do troca de passes, o Flamengo dominou os primeiros 45 minutos iniciais. O time rubro-negro controlou as ações e praticamente anulou a equipe do Boavista. Aos nove minutos, Gerson tocou para Rafinha. O lateral aplicou um lindo chapéu e passou para Everton Ribeiro, que finalizou e parou na defesa de Klever.

De tanto pressionar, o Fla acabou chegando ao gol aos 35 minutos. Rafinha recebeu pela direita e cruzou para Arrascaeta. O uruguaio errou o passe, mas Gerson conseguiu desviar para Pedro, que substituiu Gabriel, abrir o placar.

Após o gol, o Flamengo passou a administrar o duelo e claramente se poupou para a etapa final, enquanto o Boavista não conseguiu sequer ameaçar Diego Alves e ainda perdeu o capitão Fernando Bob, lesionado.

O Flamengo voltou para o segundo tempo com fôlego novo e precisou de cinco minutos para ampliar. Michael recebeu na entrada da área e rolou para Gerson. O meia acertou um lindo chute cruzado, no ângulo, para fazer o segundo do clube rubro-negro.

Após o gol, Jorge Jesus aproveitou para fazer alguns testes no Flamengo. Michael, Pedro Rocha, Thiago Maia e Vitinho entraram, mas os olhares estavam no adversário. Renan Donizete, filho de Donizete 'Pantera', participou de alguns minutos do duelo, mas pouco pegou na bola.

O jogo continuou com superioridade do Flamengo. Nos minutos finais, o time da casa por muito pouco não fechou com goleada. Bruno Henrique avançou pela esquerda e chutou cruzado, ninguém chegou para empurrar.

FICHA TÉCNICA:

FLAMENGO 2 x 0 BOAVISTA

FLAMENGO - Diego Alves; Rafinha, Rodrigo Caio, Léo Pereira e Filipe Luis; Willian Arão (Thiago Maia), Gerson (Diego), Everton Ribeiro (Michael) e Arrascaeta (Pedro Rocha); Bruno Henrique e Pedro (Vitinho). Técnico: Jorge Jesus.

BOAVISTA - Klever; Everton Silva, Douglas Pedroso, Elivelton e Jean; Fernando Bob (Victor Pereira), Vitor Faísca, Tartá (Renan Donizete) e Michel (Luiz Araújo); Jefferson Renan e Romarinho (Luis Felipe). Técnico: Paulo Bonamigo.

GOLS - Pedro, aos 35 minutos do primeiro tempo. Gerson, aos cinco minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Rodrigo Nunes de Sá.

CARTÕES AMARELOS - Thiago Maia (Flamengo); Jean (Boavista)

RENDA E PÚBLICO - Jogo sem público.

LOCAL - Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ).

Com o retorno do Campeonato Carioca durante a pandemia do novo coronavírus, o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, explicou nesta terça-feira (30) os planos para a volta do público aos estádio de futebol. Segundo o decreto oficial, a previsão é de liberar os torcedores a partir do dia 10 de julho com um terço da capacidade.

Mas, de acordo com Crivella, "o prefeito não é autorizado a fazer abertura antes da data autorizada pelo conselho científico. Eles analisam a parte médica e o prefeito vê a parte de transporte, segurança, política... Como a população recebe essas medidas".

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"O conselho diz: dia 10. Não quer dizer que é dia 10. A mesma coisa aconteceu quando dissemos que poderia abrir os shoppings. Teve shopping que não abriu. Não é obrigatório. O conselho aprovou. Agora vamos ver a questão do transporte, da segurança e política", complementou o prefeito, sem dar garantias de que o retorno acontecerá em julho.

A volta dos torcedores aos estádios ainda depende de algumas garantias. Crivella explica que está pedindo ajuda da Polícia Militar para verificar se pode garantir que os torcedores usem máscaras e não haja aglomerações no transporte público. "Temos que garantir que a cada passo a fiscalização vai conter excessos, loucuras, imprudências que poderão trazer uma segunda onda e fazer a gente recuar. Assim que a gente tiver garantias que poderemos voltar com um terço da torcida sem correr risco, nós avisamos".

Flávio Graça, superintendente de Educação da Vigilância Sanitária, também comentou sobre a possível liberação dos torcedores. Ele explicou que a lotação máxima do Maracanã será de 15 mil pessoas. "Quando você fala em público de 22 mil está levando em consideração a capacidade máxima permitida pelos bombeiros. O gabinete científico colocou mais especificamente um terço da capacidade onde fica o público. Ou seja, em conversas com a administração do Maracanã, permitindo de 12 a 15 mil pessoas. É uma colocação de espaço aberto, as pessoas vão manter o afastamento. É hora de avaliar todas as outras condições, o impacto no transporte público, segurança, se o estádio vai ter controle de acesso só daquele público ou se terão muitos torcedores aglomerados fora. Tudo isso está sendo conversado para tomar uma decisão final".

Já a Federação de Futebol do Rio de Janeiro informou, por meio de uma nota oficial, que o retorno do público aos estádios deve acontecer apenas no Campeonato Brasileiro, já que restam poucas rodadas para o fim do Campeonato Carioca.

O Flamengo está autorizado a realizar a transmissão da partida contra o Boavista, na próxima quarta-feira, pela Taça Rio. Nesta segunda-feira, o vice-presidente geral do clube, Rodrigo Dunshee, celebrou a decisão da Justiça, que indeferiu pedido da Rede Globo, que solicitava o impedimento da exibição do jogo, marcado para o Maracanã.

"A liminar foi indeferida pelo juiz! Estamos no jogo! Importante informar que cabe recurso, OK? Mas é um êxito muito importante. Agradeço ao Marcelo Ferro que está coordenando o litígio no âmbito contencioso e toda sua equipe", escreveu o dirigente em seu perfil no Twitter.

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O Flamengo confirmou na última sexta-feira que se preparava para transmitir a partida em seu perfil no YouTube, a FlaTV. E declarou só não o fará se a Globo tiver êxito em um provável recurso contra a decisão de Ricardo Cyfer, juiz titular da 10ª Vara Cível.

Para ele, o direito do Flamengo transmitir é constitucional, levando em consideração a Medida Provisória 984, recentemente editada pelo presidente Jair Bolsonaro e que dá ao time mandante a prerrogativa de negociar os direitos das suas partidas. Ao contrário dos demais participantes do Campeonato Carioca, o clube rubro-negro não assinou contrato com a Globo.

Na semana passada, o Flamengo havia declarado que já negociava patrocínios para a sua transmissão e anunciou detalhes de como ela se dará. O pré-jogo começará com duas horas de antecedência, com o locutor Emerson Santos e os comentaristas Alexandre Tavares e Raul Plassmann, goleiro campeão do mundo pelo Flamengo. A Globo, por sua vez, argumenta que a medida não tem validade para contratos já existentes, incluindo o do Carioca, assinado até 2024 com os outros times.

Deu tudo errado para o Fluminense na sua retomada pelo Campeonato Carioca após a paralisação de mais de três meses provocada pela pandemia do novo coronavírus. E também para o Vasco, agora em situação complicada na Taça Rio, o segundo turno do Estadual. Em pleno estádio do Engenhão, no Rio de Janeiro, o time tricolor foi derrotado pelo Volta Redonda por 3 a 0, pela quarta rodada, e não conseguiu a classificação antecipada às semifinais.

Com nove pontos, o Fluminense segue líder do Grupo B e tem a vaga praticamente garantida. Só a perderá se for derrotado pelo Macaé na quinta e última rodada, nesta quarta-feira (30), e o Madureira, terceiro colocado com seis, bater o Vasco, que é o quarto com cinco, tirando uma diferença de sete gols no saldo. O Volta Redonda está no meio deles, em segundo com sete, e só precisa vencer o Resende em casa para avançar.

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Antes do jogo, como forma de protesto, os jogadores do Fluminense entraram com camisas pretas para apoiar o movimento "Vidas Negras Importam" e criticar a volta aos jogos neste momento de pandemia da covid-19. Em campo, o time tricolor teve a reestreia de Fred, mas a falta de ritmo de jogo impediu uma melhor atuação do centroavante. Tanto que foi substituído no intervalo, quando a equipe já perdia por 1 a 0.

Logo nos primeiros instantes da partida, o Fluminense buscou o ataque, mas uma falha de posicionamento, aos cinco minutos, permitiu um contra-ataque fatal do Volta Redonda. O meia Pedrinho chegou livre na entrada da área e contou com uma falha do goleiro Muriel para fazer 1 a 0. A situação do time tricolor ficou pior aos 15, quando o lateral-esquerdo Egídio foi expulso ao dar uma entrada violenta em Wallisson.

Mesmo com um a menos, o Fluminense foi ao ataque e teve boas chances, mas a pontaria está ruim. Para o segundo tempo, o técnico Odair Hellmann arriscou com as entradas de Caio Paulista e Fernando Pacheco. Cada um deles perdeu uma oportunidade clara de gol e o castigo veio em seguida.

Aos 17 minutos, mais um erro defensivo do Fluminense. Oportunista, Saulo encontrou uma brecha na defesa tricolor para cabecear e deixar o Volta Redonda ainda mais na frente: 2 a 0. Bem organizado, o time visitante completou sua grande noite com novo momento inspirado de Saulo. Após Marcelo perceber novo clarão defensivo, o atacante tocou na saída de Muriel para decretar o placar de 3 a 0.

FICHA TÉCNICA

FLUMINENSE 0 x 3 VOLTA REDONDA

FLUMINENSE - Muriel; Gilberto, Nino, Matheus Ferraz e Egídio; Yago Felipe (Fernando Pacheco), Hudson e Paulo Henrique Ganso (Michel Araújo); Marcos Paulo (Orinho), Fred (Caio Paulista) e Evanilson (Miguel). Técnico: Odair Hellmann.

VOLTA REDONDA - Douglas Borges; Oliveira, Heitor, Daniel (Luan Leite) e Luiz Paulo; Bruno Barra, Wallisson (William), Marcelo e Bernardo (Saulo); Pedrinho (Marcos Bebê) e João Carlos (Luan Martins). Técnico: Luizinho Vieira.

GOLS - Pedrinho, aos 5 minutos do primeiro tempo; Saulo, aos 18 e aos 44 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Gilberto e Matheus Ferraz (Fluminense); Luan Leite, William, Daniel e Oliveira (Volta Redonda).

CARTÃO VERMELHO - Egídio (Fluminense).

ÁRBITRO - Bruno Arleu de Araújo.

RENDA E PÚBLICO - Jogo com portões fechados.

LOCAL - Estádio do Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ).

Após muitos protestos dentro e fora de campo, o Botafogo retornou ao Campeonato Carioca contra a sua vontade e derrotou a Cabofriense com muita facilidade, pelo placar de 6 a 2, na manhã deste domingo (28), no Engenhão, pela quarta rodada da Taça Rio.

Os protestos por parte do time alvinegro começaram fora de campo. Apesar de ter recebido uma liminar para comandar o Botafogo neste domingo, o técnico Paulo Autuori compareceu ao Engenhão, mas não ficou no banco de reservas com o claro intuito de alfinetar a Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj), a quem fez duras críticas ao longo da semana.

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O Botafogo entrou em campo com uma camisa com os dizeres 'vidas negras importam', em referência ao jovem João Pedro e a George Floyd, ambos mortos em ação da polícia, no Brasil e nos Estados Unidos, respectivamente. Antes da bola rolar, foi decretado um minutos de silêncio em homenagem às vítimas do novo coronavírus.

Assim que o árbitro apitou o início do jogo, os jogadores do Botafogo esperaram dois minutos para se ajoelharem com a mão para o alto, em manifestação contra o racismo. Apenas um atleta da Cabofriense teve a mesma atitude.

O jogo recomeçou e o Botafogo abriu o placar no minuto seguinte. Luis Henrique avançou em velocidade pela esquerda, deixou o adversário para trás, invadiu a área e chutou cruzado. Pedro Raul chegou de carrinho para empurrar para o fundo das redes.

Apesar do ritmo intenso imposto pelo time da casa nos minutos iniciais, a partida caiu de produção com o decorrer do tempo. Sem o ritmo de jogo ideal, muitos atletas pediram atendimento médico. O Botafogo, no entanto, seguiu melhor e ampliou aos 38 minutos. Cícero arriscou de longe e contou com um desvio do zagueiro para fazer 2 a 0.

A Cabofriense foi colocar fogo na partida apenas no segundo tempo. Logo aos quatro minutos, Watson recebeu pelo lado direito e cruzou na medida para Emerson Carioca, que subiu sozinho para diminuir. A resposta, no entanto, foi imediata. Pedro Raul recebeu de Bruno Nazário e chutou sem chances para George.

O time visitante não desistiu e fez o segundo aos 15 minutos. Diego Sales invadiu a área e acabou sendo puxado por Luiz Fernando dentro da área. O próprio atleta foi para a batida e fez 3 a 2. Mas a superioridade seguiu sendo do Botafogo. Aos 29 minutos, Caio Alexandre deu lindo lançamento para Bruno Nazário, que teve dificuldade em fazer o domínio, mas chutou bonito para superar George.

Com a Cabofriense batida, o Botafogo ainda fez o quinto aos 34 minutos. Luis Henrique recebeu na esquerda, fez fila na defesa adversária e chutou forte na entrada da área para marcar. O sexto veio aos 44, em uma linda jogada de Caio Alexandre, que selou sua grande atuação na partida com um golaço.

Na próxima rodada, o Botafogo, terceiro colocado do Grupo A, com sete pontos, enfrenta a Portuguesa na quarta-feira, no Luso Brasileiro. No mesmo dia, a Cabofriense, lanterna, ainda sem pontuar, pega o Bangu, em Moça Bonita.

FICHA TÉCNICA:

BOTAFOGO 6 X 2 CABOFRIENSE

BOTAFOGO - Diego Cavalieri; Marcelo Benevenuto, Ruan Renato, Cícero (Luiz Otávio) e Danilo Barcelos; Alex Santana (Caio Alexandre), Honda e Bruno Nazário (Lecaros); Luiz Fernando (Fernando), Luis Henrique e Pedro Raul. Técnico: Renê Weber (auxiliar).

CABOFRIENSE - George; Watson, Lucas Cunha, Fábio Amaral e Luan (Uelliton); Victor Feitosa, Gama (João Pereira) e Kaká Mendes; Diego Sales (Fabiano), Emerson Carioca e Pedrinho Menezes (Natan). Técnico: Luciano Quadros.

GOLS - Pedro Raul, aos três, e Cícero, aos oito minutos do primeiro tempo. Emerson Carioca, aos quatro, Pedro Raul, aos oito, Diego Sales, aos 15, Bruno Nazário, aos 29, Luis Henrique, aos 34, e Caio Alexandre, aos 44 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Luiz Claudio Regazone

CARTÕES AMARELOS - Cícero (Botafogo)

LOCAL - Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ).

O Flamengo confirmou nesta sexta-feira que pretende transmitir a sua próxima partida no Campeonato Carioca através do seu canal no YouTube. O clube vai enfrentar o Boavista na quarta-feira, no Maracanã, pela Taça Rio, e assegura que prepara a estrutura para viabilizar a exibição. Entre os participantes do Estadual, a equipe rubro-negra é a única que não fechou acordo com a Rede Globo para transmissão dos seus jogos.

"Se não houver impedimento judicial, no dia 1º de julho será dado um passo importante para o futebol brasileiro: pela primeira vez, o Flamengo irá fazer toda a produção e transmissão de uma partida oficial de futebol profissional em seu canal próprio, a FlaTV", afirmou o Flamengo em nota oficial.

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O Flamengo se ampara em Medida Provisória número 984 editada pelo presidente Jair Bolsonaro que dá aos clubes mandantes a prerrogativa de negociarem os direitos dos seus jogos. Mas há um impasse jurídico entre o clube e a Rede Globo sobre o assunto.

"É um marco para o futebol brasileiro. Com a MP, todos os clubes, além de se fortalecerem, ganhando maior poder de negociação, poderão fazer ações como esta para suas torcidas. Estamos trabalhando muito para oferecer uma transmissão de alto nível para todos nossos torcedores, nosso maior patrimônio. Essa transmissão representa a democratização do espetáculo. Ficaremos felizes em proporcionar essa alegria à torcida em um momento de tanta adversidade", disse Gustavo Oliveira, vice-presidente de Comunicação e Marketing do Flamengo, nesta sexta-feira.

O Flamengo afirma já negociar patrocínios para a sua transmissão e anunciou detalhes de como ela se dará. O pré-jogo começará com duas horas de antecedência, com o locutor Emerson Santos e os comentaristas Alexandre Tavares e Raul Plassmann, goleiro campeão do mundo pelo Flamengo.

"O mundo mudou e o futebol precisa acompanhar as novas tecnologias e necessidades do mercado e do torcedor. Caso seja aprovada no Congresso Nacional e se converta em lei, essa MP vai possibilitar a universalização do acesso do consumidor ao conteúdo futebol nas mais diversas plataformas, aumentando sua liberdade de escolha. Será um enorme legado para o futebol brasileiro", acrescentou o dirigente.

A Rede Globo garante que irá tomar medidas legais se o clube transmitir os jogos. A questão é que a Globo entende que a medida não tem validade para contratos já existentes. No caso do Carioca, a emissora acertou com todos os outros clubes, exceto o Flamengo, até 2024. Por isso, os jogos do time rubro-negro não são transmitidos.

O Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD-RJ) suspendeu, nesta sexta-feira, o técnico do Botafogo, Paulo Autuori, por 15 dias, por críticas dirigidas à Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) e ao seu presidente Rubens Lopes da Costa Filho, em entrevista ao jornal "O Globo".

"No caso presente, como já asseverado acima, o ora Suplicado acusou a Federação de Futebol deste Estado e seu Presidente de manterem competições desonestas, para favorecimento de alguns usando pejorativamente termos como "mamata" e "espertos" entre outros. Os fatos são graves e não significam mera verbalização sem consequências, mas condutas que tangenciam o liame das normas penais e civis", afirmou um trecho da decisão assinada por José Jayme Santoro, vice-presidente em exercício do TJD.

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Com a punição em caráter liminar, Autuori não poderá trabalhar no jogo do Botafogo, neste domingo, às 11h, contra a Cabofriense, no Engenhão, pela quarta rodada da Taça Rio. Mas o departamento jurídico do clube prepara recurso.

Na entrevista, Autuori se referiu à Ferj como "Federação dos espertos" e afirmou que "o campeonato é carta marcada", além de criticar as medidas tomadas pela entidade no retorno do Campeonato Carioca. O Botafogo sempre foi contrário à volta dos jogos. O técnico chegou a pedir demissão, mas foi demovido da ideia.

Em um dia que promete mais polêmica, a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) se antecipou ao STJD e divulgou na tarde desta terça-feira em seu site oficial a tabela dos jogos restantes da quarta rodada da Taça Rio, o segundo turno do Campeonato Carioca. Nela estão as partidas de Vasco, Fluminense e Botafogo, mas as duas últimas equipes não concordam neste mês de junho e aguardam a decisão do tribunal, que deverá sair ainda nesta terça.

Pela tabela, o Botafogo teve o jogo marcado contra a Cabofriense para este sábado, às 17 horas, no estádio do Engenhão, no Rio de Janeiro. O Fluminense vai enfrentar o Volta Redonda no domingo, às 19 horas, no Maracanã, e mais cedo, às 16 horas, Vasco x Macaé duelarão no estádio de São Januário. A diferença é que o clube cruzmaltino não se opõe e está pronto para jogar.

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A quarta rodada da Taça Rio teve início na semana passada. Na quinta-feira, o Flamengo venceu o Bangu por 3 a 0, no Maracanã. No dia seguinte, Portuguesa-RJ e Boavista empataram por 0 a 0 na Ilha do Governador.

Os jogos da quinta e última rodada da Taça Rio também foram confirmados pela Ferj para o dia 1.º de julho, uma quarta-feira, mas sem horários definidos. São eles: Flamengo x Boavista, Portuguesa-RJ x Botafogo, Bangu x Cabofriense, Vasco x Madureira, Macaé x Fluminense e Volta Redonda x Resende.

O Flamengo já dava como quase certo o adiamento da sua partida para a próxima semana. O clube manteve contato com a mediadora da OAB-RJ, que tentou resolver com o STJD os pedidos de Fluminense e Botafogo.

Menos de 24 horas após determinar, por meio de decreto, a suspensão de competições esportivas até 25 de junho, o prefeito do Rio de Janeiro Marcelo Crivella declarou na manhã de hoje (21) que apenas os jogos do Botafogo e do Fluminense, marcados para amanhã (22), estão de fato suspensos. Em relação ao restante das partidas, programadas para serem realizadas até o próximo dia 25, tudo dependerá de uma reunião da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) e representantes da prefeitura do Rio, prevista para ocorrer a partir de amanhã (22). O encontro por videoconferência tem como objetivo conciliar os protocolos de segurança sanitária elaborados pela Ferj com aqueles formulados pela Prefeitura, motivo pelo qual foi publicado o decreto ontem (20). 

“Houve um novo protocolo sanitário apresentado pela Ferj, mas diferente do protocolo da Vigilância Sanitária da Prefeitura, que, então, pediu uma reunião com a Ferj, para compatibilizar as regras oficiais e a realização das partidas de futebol. É, portanto, o que vamos fazer na segunda, terça e quarta-feira. Porém, esperamos compatibilizar logo esses dois protocolos para, já na quarta-feira, 24/06, haverá jogos, explicou o prefeito durante entrevista após inauguração de uma obra no Pólo Comunitário de Campo Grande, Zona Oeste da cidade. 

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Ontem (20), Crivella surpreendeu ao determinar, por meio de decreto,a suspensão de competições esportivas com portões fechados até 25 de junho, deixando a sequência do Estadual indefinida. A íntegra do texto oficial, que faz parte do plano de retomada das atividades econômicas impactadas pela pandemia do coronavírus (covid-19), não citava especificamente quais jogos seriam realizados ou não. 

“Ficam suspensas as competições esportivas com portões fechados até o dia 25 de junho de 2020”, determina o artigo 23, do decreto 47539, publicado no Diário Oficial do município.

O período de tempo citado no decreto inclui os confrontos agendados entre Vasco x Macaé, na próxima quarta (24), e Madureira x Resende, na quinta (25), além dos jogos válidos pela quinta rodada do Carioca. O duelo entre Flamengo e Boavista também estava marcado para acontecer na próxima quarta (24), no Maracanã. Apesar da indefinição, o prefeito do Rio acredita que não haverá impedimento para os confrontos já marcados para quarta-feira (24).   

No entanto, a declaração de hoje (21) do prefeito Crivella, diverge do que ele disse ontem (20). Na ocasião , o prefeito do Rio afirmou que o decreto publicado no Diário Oficial interferiria apenas nos jogos envolvendo Botafogo e Fluminense, marcados para amanhã (21). Após repercussão que gerou dúvidas sobre a tabela de jogos divulgada pela Ferj na última quinta(17), o prefeito disse que os jogos marcados para este domingo (21) e que foram adiados, não estavam incluídos no decreto.  

“O decreto publicado hoje suspende os jogos de futebol até a próxima quinta-feira apenas para que os protocolos de vigilância sanitária apresentados pela federação se adaptem aos nossos da prefeitura, e haja uma fiscalização. Basicamente ficam suspensos os jogos do Botafogo e Fluminense, e a gente pede a compreensão de todos”.

Sendo assim, as partidas Botafogo x Cabofriense e Fluminense x Volta Redonda permanecem sem data definida pela Ferj. 

O decreto publicado em Diário Oficial do Município ainda estabelece uma inspeção pelas autoridades de saúde local, nos Centros de Treinamento (CTs)localizados na capital, até o dia 25 de junho. Já os clubes com estruturas físicas em qualquer outra parte do estado deverão apresentar relatório de inspeção sanitária do órgão municipal competente.

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) encaminhou nesta sexta-feira um ofício à Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) para pedir esclarecimentos sobre um possível descumprimento do protocolo médico de prevenção ao novo coronavírus na partida de quinta-feira, entre Flamengo e Bangu, no Maracanã, pelo Campeonato Carioca. O questionamento principal é que a equipe rubro-negra não teria cumprido o período prévio de dois dias de concentração antes do jogo, como previa a cartilha preventiva. A Ferj, por sua vez, nega a irregularidade.

A Ferj foi acionada após o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) ter enviado um ofício ao MP-RJ para reclamar da falta do cumprimento de diretrizes de segurança. Segundo o Flamengo, a concentração para o jogo não foi feita no período de 48 horas prévios ao início da partida porque a realização do encontro só foi confirmada pela Ferj na quarta pela manhã, portanto com antecedência de apenas 36 horas.

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O MP-RJ também questiona se a Ferj realizou de última hora alguma mudança no protocolo prévio de segurança em comparação ao documento finalizado no dia 12, questiona a fiscalização feita pela entidade para os preparativos da partida e cobra esclarecimentos sobre a ausência de concentração dos jogadores do Flamengo. Se for confirmado algum de descumprimento, a Ferj poderá ser punida por desrespeitar um decreto estadual que regula as atividades econômicas durante a pandemia.

"O MP-RJ requisita que a federação de futebol informe se realmente foi elaborada nova versão do protocolo, diferente da enviada ao Ministério Público em 12/06, questiona sobre existência de fiscalização por parte da federação, e quanto ao cumprimento do protocolo Jogo Seguro por parte dos clubes, indicando quais medidas sancionatórias podem vir a ser tomadas em caso de descumprimento", explicou o MP.

Em nota oficial, a Ferj afirmou que o protocolo original de cuidados médicos do time foi "enriquecido" para o jogo no Maracanã com a inclusão de um outro teste rápido com material coletado de nasofaringe, que por ser considerado mais eficiente, dispensa a necessidade de os times terem ficado concentrados por 48 horas para preservar o isolamento social. A entidade esclarece ainda que o protocolo permite atualizações, desde que se amplie assim a eficiência das atividades esportivas.

"A concentração não se faz necessária ou pode ser por tempo inferior a 48h caso seja utilizado o Teste Rápido para e, desta forma, servir como parâmetro de detecção do antígeno viral nas vias aéreas. A comprovação da realização de Teste Rápido para covid-19 supre, a qualquer tempo, a necessidade de concentração", afirmou a Ferj.

A entidade que rege o futebol no Rio garante que o protocolo original não sofreu mudanças e promete encaminhar em breve ao MP-RJ os esclarecimentos solicitados.

Enquanto 258 pessoas convalesciam pela Covid-19 no Hospital de Campanha do Maracanã, a poucos metros daí a bola voltou a rolar pelo Campeonato Carioca. Nesta quinta-feira, dois dias depois de completar 70 anos, o mais icônico estádio do País não teve um único torcedor em seus 78 mil assentos para assistir Flamengo x Bangu. No campo, o jogo acabou 3 a 0 para os rubro-negros.

A primeira partida oficial em solo brasileiro desde o início da pandemia só foi confirmada na terça-feira e sob a promessa do cumprimento de uma série de medidas de segurança, mas nem todas foram seguidas ao pé da letra, incluindo a que tem servido de mantra aos que defendem o retorno do futebol: a de que todos os envolvidos com a partida passariam por testes para detecção de infecção por coronavírus. O problema é que nenhum laboratório do Rio conseguiria entregar o resultado do exame mais seguro a tempo da partida. Com isso, restou a alguns o uso dos testes rápidos, cuja eficácia é incerta em quem não apresenta nenhum sintoma.

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Outras medidas foram de fato cumpridas. Na entrada do estádio, jornalistas tiveram que passar por uma cabine de desinfecção para roupas e equipamentos e receberam máscaras e álcool em gel, que também ficou disponível no acesso às tribunas. Funcionários da limpeza podiam ser vistos a todo momento desinfectando corrimãos. Junto ao gramado, bolas que saíam pelas laterais durante o jogo eram higienizadas pelos gandulas.

Com as arquibancadas vazias, o distanciamento social foi fácil de controlar. Estafe de Flamengo, Bangu e funcionários da Federação de Futebol do Rio (Ferj), além de jornalistas, mantiveram afastamento de pelo menos um metro. No reservado, nenhum atleta pôde se sentar junto a outro, e todos utilizaram máscaras. Elas foram retiradas, contudo, quando eles foram aquecer atrás da meta no segundo tempo. Os técnicos dos dois times, por sua vez, não usaram a proteção em nenhum momento.

Entre os jogadores, claro, o contato foi inevitável. E isso aconteceu mesmo nas vezes em que se tentou ter precaução. Quando Arrascaeta marcou 1 a 0, em chute da entrada da área, a comemoração com os colegas foi contida e sem abraços, dando lugar ao tradicional toque de cotovelos. Ainda assim, alguns cumprimentaram o autor do gol com um toque de mãos fechadas.

Já Bruno Henrique pareceu mais à vontade. Ao marcar 2 a 0 na etapa final, ele abraçou dois companheiros no fundo de campo com a mesma naturalidade dos tempos pré-pandemia. O ato, temerário e que não deveria acontecer, serviu ao menos para diminuir a melancolia de um Maracanã de arquibancadas vazias e que mais parecia um centro de treinamento. Pedro Rocha, com direito a tapinha dos companheiros na comemoração, fechou o placar por 3 a 0.

Do lado de fora do estádio também não pareceu noite de jogo. A movimentação, pequena, foi apenas de pessoas que aproveitaram o calçadão do entorno para a prática de exercícios. O policiamento parecia o de um dia como qualquer outro. A diferença só foi notada antes do início da partida, quando um grupo de 15 torcedores dos quatro grandes clubes do Rio estendeu faixas contra o presidente Jair Bolsonaro. A manifestação durou poucos minutos.

O Botafogo se recusa a voltar a disputar a Taça Rio (segundo turno do Campeonato Carioca) na próxima semana e só pretende entrar em campo em julho. Para isso, a diretoria do clube entrou, nesta quinta-feira à tarde, com uma ação no Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD-RJ) contra a volta da competição, na qual tem jogo marcado pela Ferj (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro) segunda-feira, contra a Cabofriense.

Na ação, assinada pelo presidente Nelson Mufarrej e pelos advogados do clube, é pedido que o Botafogo não sofre penalidades e as duas últimas rodadas da Taça Rio sejam disputadas nos dias 1º e 4 de julho.

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A ação foi movida, pois o Botafogo, juntamente com o Fluminense, queria a retomada do futebol carioca para o dia 1.º de julho, mas não houve acordo. Mufarrej, em entrevista coletiva ao lado do prefeito Marcelo Crivella na quarta-feira passada, ameaçou não colocar o time em campo.

"Não tem condições. Nós precisamos de, no mínimo, 15 dias de preparação para poder voltar a jogar. Queremos uma flexibilização, mas não extremista. Estamos nos propondo a jogar no dia 1º e no dia 4 (de julho)", disse o presidente botafoguense.

O elenco do Botafogo tem retorno previsto aos treinos para sábado. O time é o quarto colocado do Grupo A da Taça Rio. Depois do jogo com a Cabofriense, o próximo adversário será a Portuguesa.

A oposição de Fluminense e Botafogo à retomada do Campeonato Carioca não impediu a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) a marcar a volta da competição para esta quinta-feira (18), com o confronto entre Bangu e Flamengo, no Maracanã. Os clubes ameaçam ir à justiça desportiva para que só atuem em julho, mas receberam um apelo público de Bruno Spindel, diretor-executivo do time rubro-negro, para que mudem de posição.

A Ferj agendou duelos das equipes para a próxima segunda-feira. Na data, o Botafogo está previsto para receber a Cabofriense no Engenhão, enquanto o Fluminense enfrentaria o Volta Redonda no Maracanã.

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Em sua avaliação, o diretor do Flamengo acredita que a decisão do Conselho Arbitral do Estadual deveria ser respeitada. E comparou a situação desses times, que ainda não iniciaram os treinos presenciais, com a do time rubro-negro, que optou por iniciar o Carioca com o time sub-20 por causa do período de férias, iniciadas tardiamente por causa da participação da equipe no Mundial de Clubes. "A gente gostaria que os presidentes reconsiderassem as decisões deles e entrassem em campo no dia 22", disse Spindel.

O dirigente refutou a avaliação de que falta sensibilidade ao Flamengo por entrar em campo no Maracanã, estádio localizado em um complexo onde está instalado um hospital de campanha.

"A gente é muito sensível à dor das pessoas na pandemia. O que a gente tem feito dentro do clube é ter todos os cuidados em relação ao desenvolvimento do protocolo, desinfecção do Maracanã e do CT, aprovação do protocolo em todas as instâncias. De forma nenhuma as instalações se comunicam ou a gente gera qualquer risco. Nnão vamos colocar nenhum tipo de risco em relação ao hospital e que estaremos cuidando da saúde dos atletas e de quem vai trabalhar no evento".

O futebol nas principais ligas da Europa está sendo retomado aos poucos desde meados de maio - a Alemanha foi a primeira, seguida recentemente por Espanha, Itália e Inglaterra - e nesta quinta-feira, no Brasil, será a vez do Campeonato Carioca voltar a ser disputado. Ronaldo Fenômeno, atual dono do Valladolid, clube da elite espanhola, e ex-jogador de clubes europeus e brasileiros, elogiou nesta quinta-feira (18) a forma como as coisas foram feitas no Velho Continente, mas criticou o retorno do Estadual do Rio de Janeiro em meio à pandemia do novo coronavírus.

"Eu sou contra a volta do futebol carioca, do futebol brasileiro na situação em que se encontra o país neste momento. Acho que o Brasil está pegando os exemplos de outros países, da Europa, e não está levando em consideração a pandemia em si. Aqui, só voltou o campeonato quando a gente tinha total segurança nas cidades e os números de contágio baixaram muito. O Brasil ainda está no pico e já está pensando em voltar aos campeonatos e acho que é um erro", afirmou Ronaldo, em entrevista coletiva por videoconferência com mais de 50 jornalistas.

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O ex-atacante aprovou o formato escolhido pela Uefa para concluir a atual edição da Liga dos Campeões da Europa com jogos únicos a partir das quartas de final, em agosto, em Lisboa. E não acredita que haja times prejudicados por terem voltado aos treinamentos depois ou que não estejam jogando partidas - como Paris Saint-Germain e Lyon, já que a temporada na França foi encerrada após decisão do governo.

"Não acho que haverá prejudicados em nenhum caso, acho que todos terão tempo para treinar. Os da liga espanhola estão jogando e também terão tempo, até quem não está jogando as ligas nacionais também. Vai ganhar quem for melhor em campo. Há sempre as duas perspectivas", disse Ronaldo, que lembrou que boa parte dos títulos importantes que conquistou vieram do formato de mata-mata, incluindo a Copa do Mundo com a seleção brasileira em 2002.

"Estávamos ameaçados com a chance de não terminar, ter um ano sem campeão. Imagina... Teremos esse formato com bastante emoção, os times não terão uma segunda chance. Ganhará quem arrisque mais, quem tente mais, e ao fim vamos ter um campeão justo", opinou.

Ronaldo revelou ainda como tem passado na Espanha o período de isolamento e brincou que teria problemas com a balança se ainda estivesse atuando. "Estive mal, estivemos todos mal, como pudemos. Fiquei um mês em casa, depois, 40 dias em Valladolid em uma casa maior, com meus filhos, mas ainda mal. Não poder sair, ter a vida normal, não agrada ninguém. (Se ainda jogasse) Também teria ficado mal e engordado cinco ou seis quilos, certamente. Ficaria mal para voltar à forma", finalizou.

O Campeonato Carioca será retomado nesta quinta-feira (18) com a partida entre Bangu e Flamengo, no estádio do Maracanã, pela quarta rodada da Taça Rio, o segundo turno do Estadual. Outros cinco jogos estão programados para acontecer até a próxima segunda, entre eles o do Fluminense contra o Volta Redonda. Os jogadores do clube tricolor se posicionaram contra o retorno da competição.

De maneira conjunta, os atletas do time das Laranjeiras divulgaram uma nota oficial nas redes sociais na qual afirmam "não haver explicação plausível" para o retorno e lamentam não ter o período de preparação adequado para a prática profissional. "Jogaremos sob protesto caso o Fluminense seja obrigado a jogar antes do tempo", disse parte do comunicado.

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Principal reforço do Fluminense para 2020, o centroavante Fred puxou a campanha em sua conta no Instagram e demonstrou apoio à diretoria. Apenas o clube tricolor e o Botafogo se manifestaram contrários à decisão no Conselho Arbitral da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj), realizado na última segunda-feira, e tem defendido o direito de jogar apenas em julho.

O lateral-direito Igor Julião afirmou que o movimento foi feito "de forma independente pelos atletas" e reforçou a contrariedade do elenco. Na sequência, outros jogadores do elenco - casos de Nino, Hudson, Luan Freitas, Evanilson, Marcelo Pitaluga e Miguel - fizeram o mesmo.

"Nós, atletas do Fluminense Football Club, manifestamos o nosso desacordo sobre a decisão oficial de retorno do Campeonato Carioca. Ainda vivemos em um cenário de muitas mortes diárias, tanto na cidade do Rio de Janeiro, quanto em outras regiões do país. Sendo assim, evidentemente, não nos sentimos confortáveis em colocar ainda mais vidas em risco. Nossa luta, desde o início dessa situação, é para que o futebol retorne em um momento oportuno", afirmou a nota.

"Como atletas de alto rendimento, precisamos também de tempo adequado para a preparação, já que o retorno aos gramados de maneira precipitada pode acarretar lesões em todos nós. Nunca na história do futebol mundial houve uma paralisação de tanto tempo. Deste modo, não existem explicações plausíveis para o retorno imediato do Campeonato Estadual. Nenhum outro Campeonato tem seu retorno previsto para o mês de junho, somente o do Rio de Janeiro, o que por si só demonstra um contrassenso, já que em cidades com taxas muito menores sequer voltaram a treinar", prosseguiu.

"Por fim, reiteramos o nosso profissionalismo e respeito ao clube, que tem sido incansável na luta de preservar nossa saúde e de nossos funcionários, mas deixamos claro que jogaremos sob protesto caso o Fluminense seja obrigado a jogar antes do tempo no momento de maior dificuldade da humanidade nos últimos 100 anos", finalizou o protesto dos jogadores.

Esta não foi a primeira vez em que os jogadores do Fluminense se manifestaram contra a volta das atividades esportivas. Em transmissão ao vivo realizada pela FluTV, o meia Nenê afirmou que "era um absurdo" pensar em voltar as atividades por agora.

O Campeonato Carioca será retomado nesta quinta-feira (21) no Maracanã, com a partida entre Bangu e Flamengo. Sem público e sem acordo para a transmissão na televisão, os clubes darão o pontapé inicial que marcará o restabelecimento do futebol fluminense, em meio à pandemia da Covid-19, em compromisso válido pela quarta rodada da Taça Rio, o segundo turno do Estadual.

A volta pode ser encarada como uma vitória política da equipe rubro-negra. Afinal, antes da retomada das atividades, Flamengo e Vasco pressionaram para acelerar a retomada do futebol. Os presidentes de ambas as equipes, Rodolfo Landim, da rubro-negra, e Alexandre Campelo, do cruzmaltino, se encontraram em 19 de maio com o presidente da República Jair Bolsonaro, em Brasília.

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A polêmica volta do futebol no Rio teve seu auge no final de maio, quando o Flamengo retomou as sessões de treinamento sem o consentimento das entidades sanitárias estaduais. Mas o clube decidiu "peitar" as ordens do governo carioca.

O Vasco, por sua vez, apenas restabeleceu as atividades em campo quando permitido no início de junho. Fluminense e Botafogo ainda não voltaram aos treinos. Para que a retomada dos trabalhos, de fato, acontecesse, os clubes submeteram jogadores, funcionários e comissões técnicas a testes.

O Flamengo foi o primeiro a divulgar a lista de infectados, na primeira semana de maio. Dentre as 293 pessoas testadas, 38 resultados positivos para a Covid-19 foram detectados, dentre eles, de três jogadores.

O Vasco divulgou sua relação de testes positivos um mês após o rubro-negro. Na lista do cruzmaltino, 16 jogadores testaram positivo para a Covid-19. O Botafogo, por sua vez, comunicou, na última terça-feira, que cinco atletas testaram positivo para a doença. A relação de infectados veio junto a confirmação de que o clube, enfim, restabeleceria as sessões de treinamento.

Dentre os quatro grandes cariocas, o Fluminense foi o único que ainda não divulgou a relação de infectados, assim como não se pronunciou sobre a retomada das atividades nas Laranjeiras.

Apesar da maioria dos clubes concordarem com a volta da competição estadual, a decisão não foi um consenso. Botafogo e Fluminense são contrários ao retorno imediato do torneio. "Como prefeito da cidade, fiz um pedido para o presidente da federação no sentido de que aqueles clubes que acham que devem voltar em julho não sofram qualquer tipo de W.O. ou punição da federação porque neste momento precisamos levar em consideração que cada um reage de maneira diferente", afirmou o prefeito do Rio, Marcelo Crivella.

O Campeonato Carioca estava paralisado há mais de três meses. No momento de sua interrupção, o Flamengo liderava, com nove pontos, o Grupo A, na frente do Boavista, com seis. Empatados, com quatro pontos cada, estão Bangu e Botafogo, na terceira e quarta colocação, respectivamente. Portuguesa e Cabofriense ocupam as duas últimas posições.

No Grupo B, o Fluminense lidera com nove pontos. Atrás dele está o Madureira, com seis pontos e, em seguida, o Volta Redonda, com quatro. Macaé, Vasco e Resende estão na quarta, quinta e sexta colocação, com três, dois e um ponto, respectivamente.

Apesar da interrupção, os times devem entrar em campo nesta quinta com força máxima. O Flamengo, que renovou com Jorge Jesus, deve ter apenas uma alteração: a entrada de Léo Pereira no lugar de Gustavo Henrique.

Minutos após a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) divulgar datas e horários da quarta rodada da Taça Rio, o segundo turno do Campeonato Carioca, o prefeito Marcelo Crivella deu uma entrevista coletiva nesta quarta-feira confirmando o que todos já esperavam: o retorno do futebol.

"Jogos estão autorizados e irão acontecer. A população do Rio de Janeiro, como eu, aguarda ansiosa para ver seus times voltarem a campo. Traz uma alento enorme para nossa alma. Todos nós, desde criança, estamos acostumados com o futebol da nossa terra, o melhor do mundo", falou o prefeito, que isentou a postura de Fluminense e Botafogo, que pediram para jogar só em julho.

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"Há clubes que acham que não devem voltar agora no mês de junho, mas em julho. Como prefeito da cidade, fiz um pedido para o presidente da federação no sentido de que aqueles clubes que acham que devem voltar em julho não sofram qualquer tipo de W.O. ou punição da federação porque neste momento precisamos levar em consideração que cada um reage de maneira diferente", prosseguiu o prefeito. "Os jogos de Botafogo e Fluminense podem ser na primeira semana de julho. Falta tão pouco. Já imaginou a gente no coronavírus ver Botafogo e Fluminense perdendo por W.O.? Eu, como botafoguense, não iria gostar", concluiu.

Crivella ainda deixou claro que o retorno do futebol teve o aval da Vigilância Sanitária do Rio de Janeiro. "Vigilância Sanitária liberou. Ela é rigorosa. Não vai ter risco para técnicos, jogadores e a quem vai para o estádio", finalizou.

Flamengo joga nesta quinta (18)

A Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) publicou nesta quarta-feira em seu site oficial, as datas e os horários da retomada do Campeonato Carioca. Pela quarta rodada da Taça Rio, o segundo turno do Estadual, Bangu e Flamengo será o primeiro jogo da volta nesta quinta-feira, às 21 horas, no estádio do Maracanã.

A sugestão das datas para a retomada do futebol no Rio de Janeiro estão mantidas, com a condicionante da publicação oficial do aval do governo estadual. Caso este não seja publicado até esta quarta-feira, assim que acontecer o primeiro jogo será realizado no dia seguinte.

O Vasco entrará em campo neste domingo, às 16 horas, no estádio de São Januário, contra o Macaé. Inicialmente estava previsto que todos os jogos seriam realizados em apenas três estádios da cidade do Rio de Janeiro - Maracanã, Engenhão e São Januário -, mas no site da Ferj constam partidas em Conselheiro Galvão (Madureira x Resende) e Luso Brasileiro (Portuguesa-RJ x Boavista).

Botafogo e Fluminense tiveram os seus jogos mantidos para esta segunda-feira. O time alvinegro tem duelo marcado contra a Cabofriense para o Engenhão, às 17h30. Já o confronto do clube tricolor diante do Volta Redonda está agendado para 20 horas, no Maracanã.

Após a conclusão do Conselho Arbitral, o presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, falou em recorrer à Justiça Desportiva para remarcar os jogos do clube para julho e o mandatário do Botafogo, Nelson Mufarrej, afirmou que o time não tem como cumprir a determinação da Ferj.

Durante o Conselho Arbitral, o presidente do Madureira, Elias Duba, apelou para que Botafogo e Fluminense revissem as suas posições. E o vice-presidente de futebol do Volta Redonda, Flávio Horta, afirmou entender que os dois clubes que optaram por não treinar, quando tinham autorização pelas autoridades, não podem servir de argumento agora de que não têm condições de jogar.

Confira a quarta rodada da Taça Rio:

18/06 (quinta-feira)

21 horas

Bangu x Flamengo

19/06 (sexta-feira)

15h30

Portuguesa-RJ x Boavista

21/06 (domingo)

15h45

Madureira x Resende

16 horas

Vasco x Macaé

22/06 (segunda-feira)

17h30

Botafogo x Cabofriense

20 horas

Fluminense x Volta Redonda

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