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A Fórmula 1 anunciou nesta segunda-feira que renovou o contrato de transmissão exclusiva de suas corridas com a TV Band. O novo acordo, válido até 2025, é parte de uma estratégia para ampliar a presença da categoria no Brasil, assim como uma nova parceria com a Claro, que irá oferecer o F1 TV Pro, serviço de streaming oficial da competição automobilística, aos seus assinantes.

"A Fórmula 1 sempre teve uma presença significativa no Brasil e uma história ilustre associada ao país. Então, é fantástico que, por meio desses acordos, possamos tornar o esporte o mais acessível para o maior número possível de fãs. Estamos muito satisfeitos por trabalhar com a Band por mais um período e continuar o crescimento impressionante que testemunhamos no ano passado, e podemos combinar sua cobertura aberta com a adição da parceria com a Claro, que permite acesso maiores níveis de arquivo e conteúdo original", afirmou Ian Holmes, diretor de direitos de transmissão e criação de conteúdo da Fórmula 1.

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O acordo também mantém os direitos de transmissão da BandSports, canal por assinatura da Rede Bandeirantes que tem em sua programação todas as sessões de treino que antecedem as corridas, exibidas apenas na TV aberta. Segundo o comunicado, as exibições dos Grandes Prêmios na Band foram um "fator importante para o crescimento do esporte no Brasil".

Já a parceria com a Claro começa ainda neste ano, em julho, quando os clientes dos planos oferecidos pela empresa poderão incluir a F1 TV Pro entre os produtos adquiridos junto à operadora. A cooperação é fruto das relações entre a organização da Fórmula 1 e a América Movil, gigante mexicana do ramo das telecomunicações e dona da Claro e da NET.

O serviço F1 TV transmite todas as sessões da Fórmula 1, ao vivo. Além disso, exibe conteúdos históricos e outras programações relacionadas ao esporte. Também abriga transmissões ao vivo de competições como Fórmula 2, Fórmula 3 e Porsche Supercup.

A transmissão dos jogos da Copa Libertadores em TV aberta no Brasil nas edições de 2023 a 2026 voltará para a TV Globo. O anúncio foi feito, nesta quinta-feira, pela Conmebol, em suas redes sociais. ESPN e Paramount (Viacom) ficam com as transmissões para as plataformas pagas, enquanto o SBT vai ter direito a passar os duelos pela Sul-Americana.

"A licitação foi realizada com o apoio e assessoria técnica da FC DIEZ MEDIA, enquanto a integridade do processo foi assegurada pela Ernst & Young (EY) da Argentina, uma das principais empresas independentes de auditoria e transparência do mundo. A seleção foi feita sob os princípios, regras de transparência e solvência profissional e visa alcançar as condições mais vantajosas para o futebol sul-americano de clubes", escreveu a entidade sul-americana.

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Em outubro do ano passado, TV Globo e Conmebol divulgaram nota oficial na qual celebraram o fim do processo que corria em uma corte na Suíça. A emissora foi à justiça em busca de uma resolução na rescisão contratual dos direitos de transmissão da Copa Libertadores entre 2019 e 2022. Com o acordo, a rede carioca entrou na disputa para adquirir os direitos de transmissão na competição a partir de 2023, perdido para o rival SBT.

A confusão entre Globo e Conmebol começou no início de 2020, quando a emissora tentou baixar o valor pago pelas cotas - cerca de R$ 330 milhões anuais - alegando problemas financeiros por causa do auge da pandemia da covid-19. A entidade não apenas manteve os valores, como ainda acertou com a emissora paulista.

Para não ficar sem transmissão de sua principal competição, a Conmebol ainda criou canais próprios para exibição de muitos dos jogos, na TV Conmebol, além de fechar parceria com canais do Grupo Disney.

A Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (14), a PL 2336/2021, conhecida como Lei do Mandante, que altera a relação dos clubes e seus direitos de transmissão de jogos. 432 deputados votaram a favor do texto, enquanto 17 foram contra. O projeto de lei segue agora para o Senado Federal.

A Lei do Mandante altera as atuais regras dos transmissão dos jogos dando direito ao time dono da casa de negociar individualmente a transmissão das partidas. Atualmente, o funcionamento é com base na Lei Pelé de 1998 em que os clubes, mandante e visitante, precisam chegar a um acordo antecipado para a transmissão coletivamente.

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"Pertence à entidade de prática desportiva de futebol mandante o direito de arena sobre o espetáculo desportivo", diz o artigo 42-A da PL. O texto original enviado pelo governo federal não previa que os contratos em vigor com a Globo fossem validados, mas houve alterações nesse quesito que garantem o cumprimento do acordo. Depois de tramitado pelo Senado, tendo sido aprovado, o texto segue para a sanção do presidente Jair Bolsonaro.

O Grupo Bandeirantes confirmou nesta terça-feira que fechou com a Fórmula 1 um acordo exclusivo para transmitir no Brasil todas as etapas das temporadas 2021 e 2022 da categoria. A empresa vai passar as corridas na TV aberta e utilizar o canal pago BandSports para a exibição dos treinos classificatórios e também para as duas categorias de apoio à F-1, as Fórmulas 2 e 3. O valor do acordo não foi divulgado.

A promessa da emissora é de exibir as 23 etapas da temporada 2021 da Fórmula 1, começando em março, pelo GP do Bahrein. Uma das atrações será a presença do comentarista Reginaldo Leme, um dos nomes mais experientes do País na cobertura de automobilismo.

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"O Brasil representa um dos cinco maiores mercados do mundo em audiência e faturamento da Fórmula 1. Voltar a ser a casa da categoria depois de 41 anos é motivo de muito orgulho para nós", afirmou o presidente da Rede Bandeirantes de Rádio e Televisão, João Saad.

A última temporada de Fórmula 1 transmitida pela Bandeirantes foi em 1980. Desde então, os direitos no mercado brasileiro pertenciam exclusivamente à Rede Globo. O contrato com a emissora carioca terminou no fim do ano passado e não houve acordo. Diante disso, a Fórmula 1 abriu negociações com outros interessados. A TV Cultura e o consórcio Rio Motorsports também chegaram a conversar com dirigentes da categoria.

A Bandeirantes terá uma equipe de reportagem em todos os circuitos do calendário para fazer a cobertura jornalística do campeonato para todas as plataformas de comunicação. "A Band, junto com todo o time da Fórmula 1, vai trabalhar muito e com toda a motivação para que o amante do automobilismo vibre com o jeito Band de fazer esporte. Será uma jornada espetacular e não vemos a hora de ser dada a largada", comentou o diretor de esportes, Denis Gavazzi.

A temporada 2021 está prevista para começar em 28 de março, no Bahrein, e vai ser a mais longa da história, com 23 etapas. As duas novidades deste ano são a estreia da Arábia Saudita e o retorno da Holanda ao calendário depois de 37 anos. O autódromo de Interlagos também está na agenda da categoria e vai receber o GP de São Paulo em 7 de novembro.

O presidente Jair Bolsonaro recebeu, nesta terça-feira, dirigentes de oito clubes da Série A do Campeonato Brasileiro para uma reunião seguida de um almoço no Palácio do Planalto. Os representantes de Athletico Paranaense, Bahia, Ceará, Coritiba, Fortaleza, Internacional, Palmeiras e Santos apoiaram a Medida Provisória nº 984/2020, que, dentre outros pontos, altera a forma de negociação dos times com as emissoras de TV sobre os direitos de transmissão das partidas, colocando os direitos dos jogos nas mãos das equipes mandantes.

No encontro, os dirigentes pediram o apoio de Bolsonaro ao projeto de Lei 3.832, que altera a Lei da TV Paga para que empresas de telecomunicações possam atuar na produção de conteúdo esportivo. O presidente da República disse que vai acompanhar a tramitação, mas não se comprometeu com o tema.

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Os oito clubes tem interesse especial nas duas medidas. Eles venderam os direitos de transmissão dos seus jogos no Campeonato Brasileiro em TV fechada para a Turner, empresa do conglomerado AT&T, que realizou as exibições em 2019. A emissora e os times passam por imbróglio que pode terminar com o rompimento do contrato.

Os clubes afirmam que a rescisão do contrato ocorreria em um momento financeiro difícil por causa da pandemia do coronavírus, que paralisou o calendário do futebol - só o Campeonato Carioca foi retomado.

Os dirigentes destacam que o rompimento favoreceria a Rede Globo, que transmite os principais campeonatos no País e com quem eles precisariam negociar novamente. Os dirigentes vão encontrar nesta terça-feira com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre.

Os oito clubes foram representados pelos seguintes dirigentes: Robinson Passos de Castro e Silva (Ceará), Marcelo Paz (Fortaleza), Eduardo Bastos De Barros e Samir Namur (Coritiba), Aguinaldo Coelho de Farias (Athletico), Maurício Galiotte e André Sica (Palmeiras), Guilherme Bellintani (Bahia), Matheus Del Corso Rodrigues (Santos) e Marcelo Medeiros (Inter).

O Flamengo está autorizado a realizar a transmissão da partida contra o Boavista, na próxima quarta-feira, pela Taça Rio. Nesta segunda-feira, o vice-presidente geral do clube, Rodrigo Dunshee, celebrou a decisão da Justiça, que indeferiu pedido da Rede Globo, que solicitava o impedimento da exibição do jogo, marcado para o Maracanã.

"A liminar foi indeferida pelo juiz! Estamos no jogo! Importante informar que cabe recurso, OK? Mas é um êxito muito importante. Agradeço ao Marcelo Ferro que está coordenando o litígio no âmbito contencioso e toda sua equipe", escreveu o dirigente em seu perfil no Twitter.

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O Flamengo confirmou na última sexta-feira que se preparava para transmitir a partida em seu perfil no YouTube, a FlaTV. E declarou só não o fará se a Globo tiver êxito em um provável recurso contra a decisão de Ricardo Cyfer, juiz titular da 10ª Vara Cível.

Para ele, o direito do Flamengo transmitir é constitucional, levando em consideração a Medida Provisória 984, recentemente editada pelo presidente Jair Bolsonaro e que dá ao time mandante a prerrogativa de negociar os direitos das suas partidas. Ao contrário dos demais participantes do Campeonato Carioca, o clube rubro-negro não assinou contrato com a Globo.

Na semana passada, o Flamengo havia declarado que já negociava patrocínios para a sua transmissão e anunciou detalhes de como ela se dará. O pré-jogo começará com duas horas de antecedência, com o locutor Emerson Santos e os comentaristas Alexandre Tavares e Raul Plassmann, goleiro campeão do mundo pelo Flamengo. A Globo, por sua vez, argumenta que a medida não tem validade para contratos já existentes, incluindo o do Carioca, assinado até 2024 com os outros times.

A Globo está em uma disputa jurídica com a Fifa, com quem mantém parceria desde os anos 1970. Com a justificativa de que foi afetada financeiramente pela pandemia do novo coronavírus, a emissora acionou a Justiça do Rio de Janeiro para renegociar o contrato que mantém com a entidade para o período de 2015 até 2022 no valor total de US$ 600 milhões (R$ 3,1 bilhões). E conseguiu uma liminar na 6.ª Vara Empresarial na terça-feira (23) para não pagar de forma imediata o valor de US$ 90 milhões (R$ 463 milhões), que deveria acontecer no próximo dia 30.

O atual contrato com a Fifa contempla a Copa do Mundo de 2022, no Catar, o que gera o risco de a emissora ficar de fora da transmissão da competição. Outros eventos previstos são o Mundial de Futsal e os Mundiais Feminino Sub-17 e Sub-20 - todos adiados para o próximo ano. O torneio olímpico de futebol que seria realizado nos Jogos de Tóquio-2020 também é organizado pela Fifa, mas o atual acordo não contempla a sua exibição.

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O processo foi impetrado no último dia 16 e foi julgado em caráter de urgência, com liminar favorável para a Globo, pela juíza Maria Cristina de Lima Brito. Ela concedeu liminar enquanto o contrato não é julgado na Justiça da Suíça, onde foi celebrado.

A emissora alega que o valor de US$ 90 milhões ficou impagável no momento e diz ser uma boa parceria, já que das cinco parcelas de contrato pagas anualmente desde 2015, pagou todas em dia. De acordo com o documento, a intenção da Globo não é rescindir o contrato, mas renegociar os valores para termos mais aceitáveis com a situação atual do mundo até o fim do acordo.

Na decisão liminar, a juíza Maria Cristina de Lima Brito alega que a emissora tem razão em sua argumentação por conta da pandemia da covid-19. "A urgência da providência é evidente na medida em que a data de vencimento da parcela cuja suspensão se pretende está marcada para o próximo dia 30.6.20, tempo por demais exíguo para que as partes encontram a solução arbitral, além do que, são as partes fortes agentes econômicos do mercado nacional e internacional, não se evidenciando perigo de irreversibilidade dos efeitos da presente decisão", afirmou a magistrada.

Assim, o pagamento está bloqueado até que a Corte Arbitral da Suíça julgue a questão do contrato entre Globo e Fifa. Ainda não existe uma previsão de quando essa decisão vai acontecer.

Os 20 clubes da Série B do Campeonato Brasileiro, após enviarem carta à CBF, resolveram pressionar a Rede Globo em busca de cotas da televisão durante a paralisação do futebol por causa da pandemia do novo coronavírus.

"Os presidentes dos clubes se reuniram juntamente com o Conselho Nacional dos Clubes, que representa a Série A e a Série B, além dos clubes que ainda estão na Copa do Brasil. Foi feita uma carta que vai ser entregue à Rede Globo confirmando o compromisso de ter as 38 datas e em contrapartida ter a manutenção dos pagamentos", disse Edno Melo, presidente do Náutico, à Rádio Jornal, do Recife. "Se já era vital para os clubes, hoje a cota é fundamental e essencial para a sobrevivência e manutenção dos pagamentos dos clubes", completou.

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Os clubes da Série B têm direito a dez parcelas de R$ 600 mil. Duas já foram pagas e a próxima será em maio. Mesmo com tudo em dia, os presidentes optaram por pressionar a emissora.

"Espero que seja pago, porque é com esse dinheiro que estamos mantendo as conta em dia do clube. Temos o receio porque pode complicar muito a vida de todos os clubes", explicou Melo.

A Série B deveria começar em 1º de maio. A divisão de acesso, porém, ainda não tem data para iniciar em 2020 por causa da pandemia da covid-19.

O Flamengo entrou com uma ação na Justiça, na 36ª Vara Cível do Rio de Janeiro, em que questiona pontos do contrato celebrado com a Globo pelos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro. A ação amplia o imbróglio entre a equipe e a TV, que não chegaram a um acordo pelos direitos de transmissão do Campeonato Carioca.

De acordo com a argumentação apresentada pelo Flamengo em sua ação, a Globo previa a assinatura de contratos específicos para cada mídia negociada para o período de 2019 a 2024, mas destaca que isso nunca, de fato, aconteceu. A Globo confirma ser alvo da ação.

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"O Flamengo ajuizou uma ação cível no Rio de Janeiro em que alega divergir da Globo quanto à interpretação de três pontos do contrato que mantém com a empresa sobre os direitos de transmissão das partidas de futebol do Campeonato Brasileiro. Esses pontos dizem respeito à fórmula de cálculo da remuneração, à periodicidade dos pagamentos e ao ressarcimento de despesas com viagens. O clube teria pedido que a Justiça se manifeste sobre as divergências alegadas", afirma a Globo em trecho da nota oficial em que confirma ter sido acionado judicialmente pelo time carioca.

Assim, o Flamengo questiona na Justiça os valores que estão sendo repassados ao clube pelo direitos de transmissão e também pela negociação para transmissão de seus jogos pelo sistema de pay-per-view.

A petição do Flamengo também reclama que os jogos do clube vêm tendo a sua transmissão concentrada no pay-per-view, com poucas exibições na TV aberta e na TV fechada, o que alega, nesse caso, ser uma ação orquestrada para prejudicar o concorrente Esporte Interativo.

"(A Globo) Tem um contrato para o Brasileirão nos mesmos moldes do celebrado com os outros clubes e que vem sendo cumprido regularmente, com transparência. A Globo não se manifesta sobre questões sub judice, mas que considera que são normais eventuais divergências sobre interpretações contratuais. E que confia que vai chegar numa solução consensual com o Flamengo, com quem tem uma parceria de longo prazo e uma paixão em comum, o futebol brasileiro", acrescenta a Globo.

Por divergências sobre valores, Flamengo e Globo não chegaram a um acordo na negociação pelos direitos de transmissão do Campeonato Carioca. Com isso, nenhum jogo do time no Estadual vem sendo exibido pela TV.

O Palmeiras confirmou nesta quinta-feira que fechou acordo com a Rede Globo para transmissão dos jogos do Campeonato Brasileiro tanto para TV aberta como para o pay-per-view. Após meses de impasse nas negociações, as duas partes entraram em acordo que valerá de 2019 para 2024. A partir de agora, todos os compromissos do time terão exibição na TV.

"Tivemos os nossos pleitos atendidos a contento e assinamos um contrato com duração de seis anos", disse, em nota oficial, o presidente do Palmeiras, Mauricio Galiotte. "Quero agradecer ao torcedor palmeirense, que compreendeu a importância de todo esse processo e esteve sempre ao nosso lado durante a negociação, sendo fundamental e determinante para o sucesso dessa operação", completou.

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O primeiro passo para a negociação avançar foi a Globo aceitar a exigência do Palmeiras de não ter um redutor no contrato para TV aberta. O valor com 20% de desconto (R$ 9,6 milhões em vez de R$ 12 milhões) havia sido proposto para todas as equipes que decidiram fazer acordos com a Turner para TV fechada. A Globo justificou que a diferença servia para compensar o impacto aos negócios da empresa gerados pela presença dos jogos em uma empresa concorrente.

Para TV aberta, a Globo dividiu os R$ 600 milhões com 30% do total pago de acordo com o desempenho do campeonato, 30% referente à quantidade de partidas exibidas e os 40% restantes divididos igualmente. Esta última parte corresponde a R$ 12 milhões, valor pelo qual o Palmeiras brigou para não ter a incisão do redutor, como estava previsto inicialmente.

O segundo passo rumo ao acordo final foi sobre o pay-per-view. O Palmeiras discordava do fatiamento do total de R$ 650 milhões destinados para o contrato. Desse total, Flamengo e Corinthians receberiam cada um R$ 120 milhões, o equivalente a 18,5%.

A diretoria palmeirense questionava os critérios que norteavam essa divisão. Um dos parâmetros era a Globo destinar recursos de acordo com a quantidade de torcedores de um determinado time que era assinante do pacote. Na opinião do Palmeiras, um jogo do time pode atrair audiência mesmo de pessoas que sejam apoiadores de outras equipes ou estejam interessados no impacto do resultado daquela partida para a tabela.

A menos de dez dias para o início do Campeonato Brasileiro, o torcedor começa a encarar a possibilidade real de não ter como acompanhar todos os 380 jogos ao vivo pela televisão. A nova forma de negociação de contratos e a falta de acordo entre a Globo com Palmeiras e Athletico-PR forçam o surgimento de uma lacuna na programação.

O primeiro impacto poderá ser sentido já na segunda rodada. O duelo entre CSA e Palmeiras, em Maceió, não tem contrato de transmissão em nenhum canal. A tendência é a situação se repetir com essas equipes em outros seis confrontos nas noves primeiras rodadas que tiveram a tabela desmembrada até agora pela CBF.

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A partir desta temporada, os clubes passaram a fazer negociações individuais pelos direitos de transmissão para os anos de 2019 a 2024 e não mais em acordos coletivos. A entrada da Turner no mercado nacional, responsável pelos canais TNT e Space, alterou a concorrência.

Sete times optaram pela empresa para os contratos na TV fechada e recusaram o SporTV.

Essa decisão repercutiu nas outras duas plataformas de negociação: TV aberta e pay-per-view. Palmeiras e Athletico-PR não aceitaram os valores da Globo, que ofereceu contratos com redução de até 20% para quem havia fechado com a Turner. A medida foi adotada como forma de compensar o impacto do acordo dessas equipes nos negócios da emissora do Rio.

Para transmitir uma partida no Brasil é necessário que os dois times em campo tenham contratos com a mesma emissora, de modo que a Série A pode entrar para a história como o primeiro a ter buracos na programação nos últimos 30 anos. Afinal, desde 1987, com a criação do Clube dos 13, a negociação dos direitos de transmissão entre clubes e Globo nunca havia passado por abalos.

O buraco na grade começa pela TV aberta. O Palmeiras é o único dos 20 clubes a não ter fechado com a Globo. A situação é um pouco diferente no pay-per-view. Além do Palmeiras, o Athletico-PR também não fechou contrato ainda. Já na TV fechada, só 52% dos jogos serão transmitidos. A cobertura vai contemplar apenas partidas entre adversários que estejam sobre o mesmo contrato.

Procurados pela reportagem, Athletico, Palmeiras e Globo não se manifestaram. Mas o Estado apurou que os acordos continuam distantes. Dirigentes ligados às negociações consideram mais provável o Brasileirão começar com o impasse e ter uma possível resolução apenas nos próximos meses.

A situação já começou a mexer com os torcedores. Nas últimas semanas, o Procon-SP, órgão de direito do consumidor, recebeu reclamação de que os pacotes de pay-per-view oferecidos por algumas operadoras deveriam ter valor menor por oferecer menos jogos na programação.

O órgão notificou cinco empresas para cobrar esclarecimentos e agora analisa essa informações. As operadoras foram procuradas pelo Estado e algumas lamentaram o impasse sobre o s direitos de transmissão. "Esperamos que as negociações cheguem a um bom termo, que permita atender aos interesses de todos os envolvidos, clubes e programadoras de canais de TV e, principalmente, viabilize o acesso dos torcedores", informou, por nota, a Claro.

A Vivo explicou que oferece aos consumidores pacotes flexíveis e afirma não ter sido avisada pela Globo sobre a lacuna. "A Vivo reforça que não recebeu nenhuma comunicação expressa sobre a limitação de jogos."

A liga do Nordeste segue em busca de alternativas após a retirada dos canais Esporte Interativo (EI) das transmissões da Copa do Nordeste. Depois de selar um acordo com o SBT, a Liga também deve transmitir jogos pela plataforma do youtube a exemplo do que já aconteceu nos amistosos do Náutico e Santa Cruz, ambos contra o Treze-PB.

A liga sabe que com a saída do EI após a fusão da Turner, detentora dos direitos do torneio, seria preciso manter seu publico perto para garantir a visibilidade da competição. O primeiro ato nesse sentido foi acordo fechado com SBT que através das suas afiliadas na região Nordeste irá transmitir 24 dos 64 jogos ao vivo.

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Outro passo a ser dado pela liga é transmissão de partidas pela plataforma do Youtube. Os amistosos com do Náutico e do Santa Cruz contra a equipe do Treze - PB serviram como base para os teste iniciais. Durante o amistoso transmitido nesta terça (8), o apresentador anunciou que pelo menos um jogo por rodada será exibido ao vivo pelo canal oficial da competição.

A transmissão pelo Youtube era um sonho antigo da Liga que já havia tentando um acordo parecido em 2017, mas sem sucesso.

Copa do Nordeste inicia no dia 15 de janeiro com muita expectativa devido às mudanças nas transmissões e também no formato da competição que irá proporcionar aos torcedores vários clássicos estaduais e regionais na primeira fase.

Streaming - A Liga também aproveitou o amistoso desta terça-feira para divulgar o novo streaming que promete 15 dias de gratuidade para teste. Segundo a Liga, todos os jogos serão transmitidos pela plataforma. A plataforma www.livefc.tv já está no ar.

O bilionário mercado de transmissão de jogos da Copa do Mundo e outros eventos esportivos foi parar em uma disputa nos tribunais da Organização Mundial do Comércio (OMC). Além disso, aprofundou um mal-estar entre governos rivais no Oriente Médio.

No próximo dia 18, o Catar pedirá que a entidade máxima do comércio inicie um processo contra os sauditas por conta de uma suspeita de que emissoras de Riad estariam pirateando os sinais de transmissão de jogos pela beIN, do Catar.

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A operação, segundo Doha, estaria sendo conduzida por uma iniciativa chamada beoutQ, um jogo de palavras que faz referência à empresa beIN, mas que também significaria "Estar fora Catar".

A beoutQ é um sistema de transmissão que conta com dez canais, com difusão no Oriente Médio com o apoio do satélite Arabsat. O Catar, porém, acusa a Arábia Saudita por estar na organização desse esquema, além de sediar a emissora pirata.

A beIN acusa os sauditas de estar roubando seu sinal e, assim, transmitindo os mesmos eventos esportivos, gerando prejuízos ao Catar no valor de US$ 1 bilhão (R$ 3,8 bilhões).

A base da crise foi a decisão dos sauditas de romper com o Catar em junho de 2017, acusando o país de financiar o terrorismo. Um bloqueio naval, aéreo e terrestre foi estabelecido.

Mas, em junho deste ano, ela ganhou contornos esportivos. Durante as transmissões da Copa do Mundo na Rússia, cujos direitos estavam nas mãos da beIN para todo o Oriente Médio, a emissora pirata começou a distribuir os mesmos sinais para as transmissões dos jogos. Durante o torneio, a Fifa chegou a emitir um comunicado pedindo que os sauditas ajudassem a lutar contra a pirataria. O Catar é a próxima sede da Copa e seu emir fez questão de ir até Moscou para os eventos.

O poder da Fifa, contudo, se mostrou limitado, diante do acolhimento de estrela que o príncipe herdeiro do trono de Riad, Mohamed Bin Salman, recebeu da parte dos russos. A Fifa ainda negocia um pacote de US$ 25 bilhões (R$ 96 bilhões) com fundos sauditas para seus torneios futuros e, neste momento, evita um confronto direto com Riad.

Mas a pirataria não acabou e o Catar decidiu levar o caso à OMC. Nos documentos que sustentam a queixa, Doha acusou os sauditas de violar regras de propriedade intelectual. "Tentamos resolver a questão por meio do diálogo e negociações. Mas lamentavelmente a Arábia Saudita se recusou a realizar consultas", indicou o Catar. "Por mais de um ano, a Arábia Saudita fracassou em proteger direitos de propriedade intelectual e permitiu pirataria em transmissões. De fato, o governo tem ativamente promovido essa pirataria, numa situação sem precedentes."

Além da Copa do Mundo, os sinais supostamente roubados se referiam ao Super Bowl, nos EUA, os jogos do Campeonato Inglês e outros eventos cujos direitos. Segundo o Catar, a transmissão pirata ocorre pela Internet e mesmo satélite.

Doha ainda acusa a empresa pirata de estar vendendo, em todo o território saudita, aparelhos decodificadores de sinais de TV e mesmo oferecendo assistência técnica aos consumidores.

ROMPIMENTO - Documentos obtidos pelo Estado revelam que o governo saudita alegou questões de "segurança nacional" e anunciou à OMC que não iria aceitar a abertura de um caso. Além disso, Riad apontou que cortou relações diplomáticas com o Catar e que, portanto, o assunto era de segurança nacional. Na visão da Arábia Saudita, a OMC não tem o poder de se impor diante de tal cenário.

"A OMC não é o local para resolver disputas de segurança nacional", apontaram os diplomatas sauditas, que garantem que respeitam todas as regras de propriedade intelectual.

Na semana passada, uma reunião foi realizada em Genebra, na Suíça, para lidar com a crise terminou sem um acordo. "Meu governo considera que o rompimento das relações diplomáticas torna impossível a condução de um processo de solução de disputas", indicou Riad. Ainda assim, o Catar decidiu colocar o assunto de volta na agenda da OMC, para o dia 18 de dezembro.

As transmissões por televisão dos jogos do Campeonato Brasileiro da Série A terão importante mudança daqui a dois anos. A partir de 2019, o SporTV vai ter concorrência na exibição de partidas na TV fechada, com a entrada do Esporte Interativo na jogada. Na TV aberta e no pay-per-view continuará tudo como está, com transmissão da Globo e pelo Premiere FC, respectivamente.

O fato de duas emissoras terem direitos sobre jogos de um mesmo campeonato em uma mesma plataforma criará uma restrição nas exibições. Isso porque, pela legislação, um canal só poderá exibir uma partida se tiver contrato com os dois clubes envolvidos nela. É o que diz o artigo 42 da Lei Pelé.

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Com a concorrência, os clubes serão divididos em dois grupos e só poderão ser levados ao ar jogos que envolvam times dentro dos grupos - o canal por assinatura do Grupo Globo tem acordo com 23 clubes, de várias divisões. O do Grupo Turner contabiliza 16, mas Figueirense e Santa Cruz dizem não ter fechado com a emissora.

Assim, a partir de 2019, os clássicos pelo Campeonato Brasileiro entre Corinthians e Palmeiras, por exemplo, não poderão ser transmitidos por nenhuma das duas emissoras. Isso porque o alvinegro terá contrato com o SporTV e o alviverde com o Esporte Interativo.

Uma solução seria um acordo entre as partes. Essa hipótese, porém, é inexistente, a considerar a posição atual das emissoras. "Não vamos dividir. Nossa intenção é ficar com os clubes com os quais temos contrato. Estamos muito satisfeitos com o pacote exclusivo que compramos", disse ao Estado Bernardo Ramalho, diretor de direitos do Esporte Interativo.

"Acreditamos que temos acordos suficientes com clubes de relevância nacional que nos permitem compor uma grade de transmissão da competição importante e de interesse no SporTV", afirmou, por e-mail, Pedro Garcia, diretor de direitos esportivos do Grupo Globo.

Ele reforça que a restrição só vale para a TV por assinatura. Assim, o telespectador terá sempre a opção do pay-per-view e, conforme a situação, a TV aberta - nessa plataforma, a Globo tem uma quantidade de jogos que pode exibir até para a cidade onde ocorrem.

Com base no Brasileirão de 2017, o SporTV tem sob contrato hoje 14 clubes da Série A e o Esporte Interativo, apenas seis. Mas acredita que terá entre nove e dez na elite em 2019 (hoje na Série B, o Internacional tem acordo com a emissora), o que vai lhe possibilitar transmitir, em média, dois jogos por rodada, dentro da meta da empresa.

BRECHA - A "briga" pelos direitos do Brasileirão na tevê por assinatura se tornou possível a partir de decisão do Cade, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica, dividindo os contratos de transmissão por plataforma. O Esporte Interativo interessou-se pelo segmento fechado e, com o fim dos atuais contratos dos clubes com o Grupo Globo - terminam em 2018 - entrou no mercado. Seus acordos passam a valer em 2019 por período de seis anos, até 2024.

O Esporte Interativo destinará aos clubes que tem sob contrato um total de R$ 550 milhões, assim distribuídos: 40% divididos igualitariamente; 25% de acordo com o desempenho; e 25% conforme a exposição. Os clubes só recebem nos anos que estiverem na Série A. A emissora também pagou luvas.

O valor do pacote da Globo/SporTV é de R$ 600 milhões, segundo fontes do mercado. A divisão é a seguinte: 40% do total divididos igualmente entre os 20 times que participam da Série A; 30% entre os 16 primeiros colocados na tabela; e 30% pelo porcentual de exibição na TV.

O EI também ofereceu aos clubes que fecharam com a emissora atrativos como identificar estádios e CT pelo naming right, entrega de conteúdo para que possam usar nas suas plataformas próprias, como no Facebook e no YouTube, investimento de mídia para incentivar o programa de sócio-torcedor e novos horários, mais flexíveis, para a realização das partidas. O SporTV também acena com horários diferenciados.

Para o Cade, a nova realidade será salutar. "Mais opções de escolha, além de serem benéficas aos consumidores, podem representar melhores produtos e ações inovadoras por parte daqueles que o prestam, beneficiando a toda a sociedade", definiu o órgão, por meio de nota.

FIGUEIRENSE E SANTA CRUZ NEGAM ACORDO COM EI - A negociação do Esporte Interativo com Figueirense e Santa Cruz poderá acabar na Justiça. A emissora sustenta ter contrato para transmissão por TV fechada a partir de 2019 com os dois clubes. Ambos negam. Os catarinenses dizem ter assinado com o Grupo Globo (SporTV) e os pernambucanos afirmam que ainda não fecharam com ninguém.

O Figueirense é mais incisivo e garante nada ter com a emissora do Grupo Turner. "O Figueirense tem contrato assinado com a Rede Globo. Se o Esporte Interativo continuar insistindo e acha que tem direito, que comprove esse contrato assinado e que entre na Justiça, que procure o que lhe é de direito", disse o clube, por meio de sua assessoria de imprensa.

O Santa Cruz alega que assinou um pré-contrato com o Esporte Interativo no início de 2016, mas que não efetivou o compromisso porque as luvas oferecidas eram menores que as de outros clubes nordestinos. "O clube está livre para negociar com as duas emissoras e decidir pela melhor proposta", posicionou-se o Santa, por meio da assessoria.

Diante do impasse, o clube pernambucano pediu a arbitragem do Cade e espera que em no máximo dois meses ocorra uma sentença definitiva.

O Náutico já tinha acordo de Direitos da Transmissão com a Rede Globo até o final de 2018. Ainda assim, nesta quarta-feira (16), através de nota oficial, o clube divulgou uma extenção do contrato até 2024. De acordo com o presidente do Timbu, Marcos Freitas, a proposta global foi mais vantajosa do que a do Esporte Interativo.

“Este ano, o Clube, se estivesse na Série A, deveria receber R$ 19 milhões pelo direito de transmissão. Se o acordo feito no novo contrato com a Globo começasse a funcionar agora, e se o Náutico estivesse na Série A, receberia R$ 45 milhões. Essa foi a grande vantagem de acertar com a Rede Globo”, explicou o gestor do Náutico.

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Marcos Freitas ainda declarou que a Rede Globo prometeu alterar a forma de divisão de cotas a partir de 2019, quando inicia o novo contrato. A mudança segue um modelo diferente do atual - criticado pela maioria dos clubes por concentrar a grande parte da renda entre Flamengo e Corinthians - e mais próximo do estabelecido pelo Esporte Interativo.

Com a mudança, a partir de 2019, 40% da receita total será dividida igualmente com todos os clubes; 30% repartida de acordo com a posição no ranking; 30% pela participação das torcidas nas compras do Pay-Per-View.

O Conselho Deliberativo do São Paulo se reuniu na noite desta terça-feira no Morumbi e escolheu a proposta da TV Globo para transmissão dos jogos do time no Campeonato Brasileiro em canal fechado entre 2019 e 2024. Com a decisão, definida em votação entre os membros do conselho, o clube vai receber R$ 60 milhões em luvas pela assinatura do contrato, que deve ser na próxima semana.

A outra proposta que estava na mesa para o São Paulo decidir era do Esporte Interativo. O canal oferecia um valor de luvas inferior, de R$ 40 milhões, além de condições diferentes no rateio do total dos direitos de transmissão para os clubes. No caso da proposta da TV Globo, o time do Morumbi vai participar da divisão de R$ 500 milhões entre 20 participantes da Série A. Do total, 40% será repartido igualmente entre todos, 30% de acordo com a classificação no ano anterior e os 30% restantes pela audiência nas transmissões.

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O valor de R$ 60 milhões pela assinatura do contrato é considerado fundamental pela diretoria para manter as finanças equilibradas. Parte do montante será utilizado para pagar os direitos de imagem atrasados do elenco, pendência que motivou um pacto de silêncio do elenco na última semana. A intenção do departamento de futebol é usar o valor até mesmo como reserva para evitar novos atrasos.

O vice-presidente de futebol do São Paulo, Ataíde Gil Guerreiro, foi quem liderou a negociação com as emissoras. Nesta terça, segundo pessoas presentes à reunião, o dirigente foi aplaudido pela maioria dos conselheiros, que elogiaram o acordo com a TV Globo. No mesmo encontro, os membros tiveram informações sobre valores da dívida do clube apresentados pela empresa responsável por fazer a auditoria nas contas.

A reunião marcou ainda o retorno do ex-presidente Carlos Miguel Aidar à vida política do São Paulo. Afastado desde a renúncia ao cargo, em outubro, Aidar esteve presente no encontro, realizado no salão nobre do Morumbi. O empresário Abílio Diniz também esteve no local, como convidado do presidente do órgão, porém participou pouco e evitou falar.

Pelos lados da Ilha do Retiro, o tema das cotas de televisão veio à tona novamente. Isso porque Globo e Esporte Interativo bateram de frente ao oferecerem, simultaneamente, propostas para os direitos de transmissão do Leão no biênio 2019/2020 – a primeira emissora já tem vínculo firmado até o final de 2018. O que deixou muita gente curiosa é que o Rubro-negro continuará 'global', mesmo após o canal que transmite a Copa do Nordeste ter oferecido uma quantia dez vezes maior. Sem especificar cifras, por conta de cláusula contratual de confidencialidade, o presidente do clube, João Humberto Martorelli, explicou como funcionaram as negociações, garantindo que não abriu mão de inflar os cofres da Praça da Bandeira, apesar de as aparências indicarem um suposto prejuízo.

Segundo as informações repassadas por Martorelli, houve, de fato, essa discrepância nos valores oferecidos, porém a Globo garantiu o pagamento de um bônus – que já está na conta do Sport, por sinal – capaz de compensar a perda na receita contratural. Além disso, o presidente apontou como outro diferencial em sua decisão o fato de que o Esporte Interativo compraria os direitos de transmissão de forma restrita à TV fechada, enquanto a emissora 'vencedora' abriria mais as portas ao firmar cinco acordos, com diferentes modos de exibição da marca do clube para os telespectadores.

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“No terceiro trimestre de 2015, chegou a proposta do Esporte Interativo. Em dezembro, nos reunimos com os representantes da emissora, no Rio de Janeiro, e a proposta feita foi dez vezes maior que a da concorrência”, revelou. E continuou: “Simultaneamente, a Globo me procurou, querendo renovar nossos contratos (são cinco, no total, incluindo os próprios canais fechados). Ofereceram um bônus, inclusive, que compensará nossos cofres. O outro lado disse que cobriria essa quantia adicional. Mas a questão é que não teríamos a rede fechada. Sem contar que a Globo regularizou as documentações para fechar o acerto em apenas 48h, e essa agilidade influenciou”.

O presidente rubro-negro explicou, ainda, que os valores contratuais da Globo caíram naturalmente, pois a emissora tem priorizado a evolução nos números referentes às assinaturas e propagandas. “O preço do contrato anterior não necessariamente aumenta. Pode cair. Mas não significa que seja uma redução. É um novo modelo de acordo, segundo o que se pretende pelas partes”, detalhou, trazendo o último esclarecimento sobre o valor extra oferecido pela Globo durante a queda de braço com o Esporte Interativo. “O bônus não é um adiantamento, ou seja, não é um valor que será descontado posteriormente. Só acrescenta”, comparou.

A TV Record reagiu à informação de que a sua principal concorrente, a TV Globo, já garantiu os direitos de transmissão das Copas do Mundo de 2018 e 2022. E bateu forte na concorrente. A emissora carioca fez o comunicado do acerto na terça-feira e, nesta quarta, o canal paulista divulgou uma nota oficial informando sua "absoluta surpresa" sobre a decisão da Fifa. A Record informa que pretende estudar medidas judiciais cabíveis na Suíça e no Brasil que garantam os direitos internacionais de negociação.

De acordo com a Record, a emissora foi informada pela entidade que rege o futebol de que haveria uma licitação para definir a melhor proposta para a transmissão dos Mundiais. A emissora afirma ter como prova e-mails trocados entre executivos da Fifa e da Record após a Copa do Mundo da África do Sul, em 2010.

"No encontro realizado no Hotel Fasano, no Rio de Janeiro, a direção de nossa empresa ouviu garantias de que a licitação seria pública, transparente e aberta em regime semelhante ao que a Fifa realiza em países do mundo inteiro. Na oportunidade, a Record também entregou à Fifa um documento oficial afirmando que concorda com todas as condições para a aquisição dos eventos", diz o comunicado.

A Record diz, ainda que a concorrência foi anunciada sem que qualquer outra empresa de comunicação do Brasil fosse consultada. E, ao mesmo tempo, a Fifa teria iniciado processos de concorrência em países europeus e sul-americanos, além de Estados Unidos, Canadá e Austrália.

"É estranho verificar que para o Brasil o método seja outro. Um contrato sem concorrência decidido 'fora do horário comercial', sem ser à luz do dia e de forma transparente", continua o comunicado. " Relevante, também, ressaltar que a empresa que teve seu acordo prorrogado com a FIFA gosta de se auto intitular como um dos maiores grupos de comunicação do mundo. Em contrapartida, mostra em seus métodos que não aceita concorrência livre em que a melhor proposta seja a vencedora."

Depois de perder os direitos de transmissão dos Jogos Pan e Parapan-Americanos de Guadalajara, além das Olimpíadas de 2012 para Record, a Rede Globo voltou a ter exclusividade em campeonatos esportivos. A bola da vez da emissora será a exibição do Ultimate Fighting Championship, conhecido pela sigla UFC, maior liga de lutas de MMA.

O torneio, que mistura vários tipos de lutas como jiu jitsu, boxe, wrestling, muay thay, karate, já tem estréia prevista para o mês que vem, transmitindo a disputa que vale título dos peso-pesados entre o brasileiro Junior Cigano e o norte-americano Cain Velasquez, atual campeão da categoria. Além dos combates, a Globo também adquiriu o reality show The Ultimate Fighter, produzido pelo UFC e que mostra lutadores que tentam chegar à categoria principal da modalidade.

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Esse ano, mais precisamente em agosto, o Brasil foi palco do UFC Rio, exibido pela concorrente RedeTV. Na ocasião, o show ficou com conta das vitórias de Anderson Silva e Rodrigo Minotauro diante do japonês Yushin Okami e de Brendan Schaub, dos Estados Unidos, respectivamente.

Confira abaixo o comunicado oficial enviado à imprensa pelo UFC:

A Rede Globo e o Ultimate Fighting Championship (UFC) anunciam nesta quinta-feira, dia 27, um acordo de transmissão exclusiva da programação do UFC. A emissora terá exclusividade para exibir ao vivo todos os eventos do UFC no Brasil e três no exterior, além da primeira edição brasileira do reality show The Ultimate Fighter (TUF).

A primeira transmissão que marcará o acordo será a esperada luta entre o campeão peso-pesado Cain Velasquez contra o brasileiro Junior "Cigano" dos Santos, marcada para o dia 12 de novembro, em Anaheim, na Califórnia. A TV Globo também vai transmitir todos os eventos UFC no Brasil e outros programas do UFC ao redor do mundo.

"O Brasil é um enorme mercado para o UFC e faz todo sentido que seja o primeiro país em que produzamos nosso primeiro The Ultimate Fighter local. Vamos encontrar o próximo Anderson Silva ou José Aldo, não tenho dúvida! E fazer isso ao lado da Rede Globo é fantástico", vislumbra o presidente do UFC, Dana White, sobre a primeira temporada do The Ultimate Fighter (TUF) no Brasil.

"O UFC Rio teve o clima mais sensacional que já vi. Os fãs brasileiros foram inacreditáveis. E vocês podem apostar que traremos mais eventos ao vivo para o país. A TV Globo é a parceira perfeita que vai elevar o nível do MMA no Brasil. Mal posso esperar para voltar", complementa o presidente do UFC.

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