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O Grupo CCR e o Ministério Público de São Paulo fecharam acordo de leniência no qual é revelado caixa 2 de pelo menos R$ 30 milhões para campanhas eleitorais de ex-governadores e deputados de São Paulo. Pelo menos 15 políticos são citados no termo, denominado Auto Composição para Ato de Improbidade, entre eles, os ex-governadores tucanos Geraldo Alckmin e José Serra e o deputado Campos Machado (PTB).

A concessionária se dispõe a pagar multa de R$ 81 milhões - parte desse valor, R$ 17 milhões, será destinada, na forma de doação, à Biblioteca da Faculdade de Direito da USP, nas Arcadas do Largo São Francisco, no centro da capital paulista.

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A CCR, uma das maiores empresas de concessão de infraestrutura da América Latina, admite que repassou valores "por fora" aos políticos do PSDB, PT, MDB, PTB e outras agremiações.

Foi uma longa negociação. À mesa, cinco ex-executivos da CCR e um grupo de promotores de Justiça que atuam na Promotoria de Defesa do Patrimônio Público, braço do Ministério Público paulista que combate corrupção. Os advogados Celso Vilardi e Sebastião Tojal representaram a CCR na elaboração dos termos do acordo.

Essa primeira etapa da investigação trata especificamente de caixa 2 eleitoral. A etapa inicial da colaboração indica o "modus operandi" do esquema - os repasses eram efetuados por meio de doleiros ou via subcontratados na forma de "consultorias".

O próximo passo da investigação deverá abranger a área criminal - corrupção, lavagem de dinheiro, organização criminosa.

Um investigador destacou que a origem do acordo são duas recentes ações da Lava Jato no Paraná que pegaram concessionárias de rodovias envolvidas em esquema milionários de propinas.

A delação do operador Adir Assad foi o ponto de partida da investigação. Outro investigador anotou que a partir da Auto Composição, os ex-executivos da CCR vão fazer novos depoimentos e entregar mais provas.

Os executivos terão um prazo, a partir da assinatura do pacto, para entregar todas as provas de que dispõem. Até aqui eles já repassaram documentos que indicam a prática do caixa 2 - doações sem registro na Justiça Eleitoral.

Sobre os políticos citados, um investigador que participou das negociações disse. "Vai de A a Z. Tudo que tiver de eleição nesse período está no acordo, até eleição de síndico de prédio tem lá."

Entre os beneficiários de recursos ilícitos de campanha há parlamentares com foro privilegiado no Supremo Tribunal Federal (STF).

O caixa 2 não teria provocado impacto direto ou indireto nas tarifas de pedágio, segundo apuração preliminar. E também não teria dado prejuízo aos cofres públicos. Neste caso, os recursos destinados a deputados e ex-governadores para suas campanhas teriam saído do lucro da CCR, disse um investigador. "A questão aí é com os acionistas."

A Procuradoria-Geral do Estado não deverá participar da assinatura do acordo que terá de ser submetido ao crivo da Justiça, como todos os outros desse gênero.

Defesas

A reportagem está tentando contato com os ex-governadores paulistas e com o deputado Campos Machado. Da mesma forma, tenta falar com representantes da CCR. O espaço está aberto para as manifestações.

O grupo Andrade Gutierrez, uma das 23 empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato, que investiga corrupção em contratos da Petrobras, começou a ofertar parte de seus ativos para grupos e fundos de investimentos estrangeiros. O jornal O Estado de S. Paulo apurou que o conglomerado já ofereceu sua participação de 17% na concessionária CCR para pelos menos três grupos - os fundos Temasek e GIC, ambos de Cingapura, e a canadense Brookfield.

Fontes afirmam, no entanto, que ainda não há negociações firmes. A empresa detém 17% das ações da CCR, mesma fatia da Camargo Corrêa. Outro sócio é o grupo Soares Penido, com 17,22%. Pelo acordo de acionistas da concessionária, no caso de venda de participação, os demais investidores da companhia devem ser consultados primeiro e têm preferência na compra das ações.

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Ainda segundo fontes, a Andrade Gutierrez só venderia esse ativo, que é considerado atrativo no mercado e tem vários interessados, se o comprador pagar um grande prêmio pelo negócio. O valor de mercado da CCR é avaliado em R$ 23 bilhões. Há um ano, valia R$ 30 bilhões. Além de concessões rodoviárias, como o sistema Anhanguera-Bandeirantes, a empresa administra o Aeroporto de Belo Horizonte. Em nota, a Andrade Gutierrez negou veementemente que esteja vendendo sua participação na CCR.

A reportagem apurou que Brookfield e Temasek, que já têm investimentos no País em infraestrutura, estão de olho em outros ativos de companhias envolvidas na Lava Jato. Segundo o presidente da assessoria financeira BF Capital, Renato Sucupira, em função do câmbio, empresas brasileiras têm despertado a atenção do investidor estrangeiro.

Com a desvalorização do real, os ativos ficaram, em média, 50% mais baratos em dólar. A CCR, por exemplo, custaria na moeda americana US$ 5,6 bilhões, na cotação de Sexta-feira.

"Já entre os brasileiros, a situação é mais complicada. Dos oito grandes grupos nacionais que teriam condições de entrar numa empreitada desse tamanho, dois são acionistas da empresa e os demais também estão vendendo ativos." Segundo o executivo, hoje há muita oferta, vários investidores interessados e um ambiente adverso para fechar negócios. "Mesmo com o Brasil barato, há incertezas. Hoje, não vale a pena pagar por esse risco, mesmo que o negócio seja atrativo", disse uma fonte de um grande fundo.

Além da fatia da Andrade Gutierrez na CCR, outros grupos estão colocando à venda participações que têm em empresas. A Camargo Corrêa, por exemplo, tenta se desfazer de sua fatia na Alpargatas, InterCement e CPFL, conforme já informou o Estado. A OAS, por sua vez, também colocou à venda sua participação na Invepar, controladora da concessionária do Aeroporto de Guarulhos.

Dificuldades

Segundo fontes, além da CCR, a Andrade Gutierrez já sinalizou interesse em se desfazer de outros ativos caso a situação piore. Com o envolvimento na Lava Jato e a prisão do presidente da holding, Otávio Azevedo, a empresa foi impedida de participar de novas licitações da Petrobras e viu suas receitas em óleo e gás caírem.

Em recente relatório, divulgado na semana passada, a agência de classificação de risco Fitch demonstra preocupação com os efeitos da Lava Jato na construtora, como a maior dificuldade para obter financiamentos futuros.

Segundo o documento, outro ponto fraco do grupo é a forte concentração da carteira de projetos no setor público. Dos R$ 28,8 bilhões da carteira de projetos em 30 de junho deste ano, 82% estavam atrelados a empreendimentos públicos.

Um problema que pode afetar o caixa da empresa é a dificuldade dos governos - federal e estaduais - de manter os pagamentos em dia. Levantamento da ONG Contas Abertas mostra que os desembolsos do governo federal para as empreiteiras envolvidas na Lava Jato caíram 60% neste ano.

Junta-se a isso o fato de a companhia possivelmente ser punida pelo envolvimento no escândalo de corrupção da Petrobras, que deve retirar alguns milhões do caixa da companhia. O grupo também é acionista da encrencada Oi, altamente endividada e que virou uma empresa de capital pulverizado.

Procuradas, CCR, Brookfield e Temasek não comentaram o assunto.O GIC não retornou os pedidos de entrevista.

O governo do Estado de São Paulo já estuda relicitar a exploração do Sistema Anhanguera-Bandeirantes, atualmente à cargo da concessionária CCR AutoBan, cujos principais acionistas são os grupos Soares Penido, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez. A decisão foi tomada em razão do juiz da 13ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, Luis Manuel Fonseca Pires, ter acolhido os argumento do governo paulista e da Artesp, anulando o termo aditivo do contrato de concessão, firmado em 21 de dezembro de 2006 com a CCR AutoBan, que aumentou o prazo de concessão de 2018 para 2026.

O governo de São Paulo, administrado pelo tucano Geraldo Alckmin, destaca que se a decisão for confirmada em instâncias superiores, pretende relicitar a exploração do Sistema Anhanguera-Bandeirantes já em 2018. Segundo apurou o Broadcast Político, a medida tem o objetivo de reduzir as tarifas de pedágio para os usuários e os estudos neste sentido já começam a ser feitos. O governador Alckmin tem a expectativa de que a decisão da 13ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo seja mantida nas instâncias superiores.

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A decisão do juiz Luis Manuel Fonseca Pires é a primeira em uma ampla disputa jurídica iniciada pelo governo do Estado de São Paulo contra outras 11 concessionárias que também firmaram aditivos contratuais em dezembro de 2006 para prorrogar, na avaliação do governo estadual, de forma ilegal, o prazo de suas concessões. Estas prorrogações foram posteriormente invalidados pela Artesp no âmbito administrativo. A recente decisão judicial mantém a decisão administrativa, sinaliza a redução dos pedágios e repõe o interesse público sem nenhuma quebra de contrato, destaca o governo Alckmin.

Em sua decisão, o juiz Luis Manuel Fonseca Pires entendeu que o termo aditivo nº 16 é inválido porque baseou o reequilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão em "mera projeção" de receita, "que não encontrou correspondência com a efetiva situação econômica da exploração do serviço". Assim, a metodologia de apuração de equilíbrio econômico-financeiro adotada pela Artesp em 2011 foi considerada correta pelo magistrado. A sentença é do dia 3 de setembro.

A CCR AutoBan, que administra o Sistema Anhanguera-Bandeirantes, informa, em nota que tomou conhecimento no dia 4 deste mês da sentença proferida pelo juiz da 3ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo que invalidou o Termo Aditivo Modificado nº 16/2006 ao Contrato de Concessão nº CR/05/1998, que havia aumentando o prazo de concessão da companhia de 2018 para 2026 e espera que a decisão seja "integralmente reformada" pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.

"Mesmo com a decisão, o Grupo CCR mantém sua confiança no marco regulatório, na legislação em vigor, na manutenção, pelo Poder Judiciário, das regras previstas nos contratos de concessão e na parceria entre a iniciativa privada e a Administração Pública do Estado de São Paulo", diz o comunicado.

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Ao dizer que confia na reformulação da sentença da 3ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, a CCR AutoBan afirma que contra essa sentença caberá recurso com efeito suspensivo, "não acarretando, portanto, nenhuma alteração na situação contratual até que ocorra a decisão final sobre o tema".

O Ministério dos Transportes enquadrou como prioritários projetos de investimentos da Rodonorte Concessionária de Rodovias Integradas, controlada pela CCR, e da Concessionária de Rodovias do Interior Paulista (Intervias), ambos para fins de emissão de debêntures incentivadas. A aprovação dos projetos está publicada em portarias no Diário Oficial da União (DOU).

No caso da CCR Rodonorte, o projeto aprovado reembolsará gastos relacionados à duplicação da BR-277 e da BR-376, implantação de um novo dispositivo de retorno no quilômetro 215 da PR-151, além de aquisições de veículos, equipamentos e sistemas operacionais, manutenção de pavimento e recuperação de taludes. Todas as obras foram executadas no Estado do Paraná.

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Já no projeto da Intervias, concessionária controlada pela Arteris, a emissão de debêntures irá pagar ou reembolsar despesas relacionadas à duplicação da rodovia SP-147, à segunda fase de obras do contorno rodoviário de Mogi Mirim (SP), e a obras de trevos em desnível, passagens inferiores, terceiras faixas, travessias de pedestres, passarelas e conservação especial.

O diretor da área de aeroportos da CCR, Ricardo Bisordi, disse nesta segunda-feira, 25, que a concessionária espera obter um retorno (payback) do investimento feito no Aeroporto de Confins (MG) dentro de até oito anos. "Estamos muito satisfeitos com a aquisição", afirmou ele.

A CCR e operadores de Zurique, na Suíça, e Munique, na Alemanha, venceram a concessão de Confins na semana passada ao ofertar R$ 1,82 bilhão, com ágio de 66%. "Foi um ágio justo", afirmou ele antes de participar de evento com o ministro da Aviação Civil, Moreira Franco, na capital paulista.

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Bisordi disse que, como o Aeroporto de Confins já opera e obtém receita, a ideia é incrementar os ganhos ainda no curto prazo. Um dos planos é atrair mais voos diretos ao exterior, sem a necessidade de passar por Rio ou São Paulo.

Ele afirmou que a empresa viu Confins como oportunidade tendo em vista que a "estrela" do leilão da semana passada era o Aeroporto do Galeão (RJ), arrematado por R$ 19,018 bilhões pelo consórcio liderado pela Odebrecht, com um ágio de 294%.

Apesar de ver boas perspectivas de rentabilidade para o negócio, Bisordi ponderou que o plano de investimento previsto é alto. Ele lembrou que a concessionária do Galeão terá de desembolsar cerca de R$ 5 bilhões, enquanto para Confins, um terminal bem menor, o investimento exigido é de R$ 3,5 bilhões ao longo do prazo de concessão.

A CCR divulgou, na noite desta sexta-feira, 23, que a Comissão Especial de Licitação do sistema metroviário de Salvador declarou oficialmente vencedora a proposta da Companhia de Participações em Concessões (CPC). A controlada da CCR foi a única a fazer uma oferta no leilão desta semana do governo baiano. A CPC ofereceu uma contraprestação anual de R$ 127,6 milhões para assumir o projeto do metrô de Salvador.

O prazo de concessão é de 30 anos, sendo três anos para construção e 27 anos para operação do metrô. Ao todo, o projeto é orçado em quase R$ 4 bilhões, dos quais o governo baiano deve contribuir com R$ 1,8 bilhão. A previsão do governo da Bahia é que o primeiro trecho da Linha 1, ligando a Estação da Lapa até o Retiro, seja concluído até a Copa do Mundo, no ano que vem, e o segundo, até a Estação Pirajá, em dezembro de 2014. A partir de 2015, o cronograma prevê o avanço da Linha 2 pela região do Iguatemi e Avenida Paralela, chegando a Lauro de Freitas em 2016.

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O grupo de concessões de infraestrutura CCR registrou lucro líquido de R$ 304,4 milhões no segundo trimestre deste ano, o que representa uma expansão de 35,71% ante os R$ 224,3 milhões de igual etapa do ano passado. No acumulado do primeiro semestre, o lucro líquido atingiu R$ 641,1 milhões, alta de 25% sobre o mesmo intervalo de 2012.

A geração de caixa medida pelo Ebitda ajustado, calculado excluindo-se as despesas não caixa (depreciação e amortização, provisão de manutenção e apropriação de despesas antecipadas da outorga) foi de R$ 797,0 milhões no período, montante 15,7% em comparação com o reportado em igual etapa de 2012. No acumulado do semestre, o Ebitda da CCR tem alta de 11,4%, para R$ 1,58 bilhão. A margem Ebitda manteve-se estável na comparação entre os trimestres em 63,9%.

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A receita líquida somou R$ 1,246 bilhão entre abril e junho, elevação de 15,7% em relação À mesma etapa do exercício anterior. No consolidado do semestre, a receita líquida totaliza R$ 2,453 bilhões, valor 13,2% acima do registrado nos seis primeiros meses de 2012.

O número de usuários do sistema de pagamento eletrônico Sem Parar avançou 14,5% no segundo trimestre em relação a um ano antes, atingindo 3,982 milhões de tags ativos em 31 de junho de 2013, informou a CCR. Conforme a companhia, no período, a participação do meio na arrecadação de pedágio chegou a 69,2%.

O Sem Parar, sistema de arrecadação eletrônica de pedágios, está presente nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Bahia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e a cobertura da malha de rodovias pedagiadas alcançou 94%, registrando 60,5 milhões de transações por mês. Além disso, a STP está presente em 167 estacionamentos, segmento em que registrou 4 milhões de transações por mês.

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Venda para Raízen

Na semana passada, a companhia informou, em conjunto com a EcoRodovias, outra acionista da STP, a entrada da Raízen, joint venture entre a Cosan e a Shell, entre os acionistas, com a compra de 10% de participação acionária, por R$ 250 milhões. A CCR venderá fatia de cerca de 4% e deve receber R$ 100 milhões.

O diretor Financeiro e de Relações com Investidores da CCR, Arthur Piotto Filho, salientou que o negócio aguarda o aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), o que deve acontecer em 60 dias. Questionado sobre o direcionamento dos recursos que entrarão no caixa da companhia com a venda, ele negou que a decisão tenha sido tomada.

A CCR registrou lucro líquido de R$ 336,7 milhões nos primeiros três meses deste ano, o que representa um crescimento de 16,6% na comparação com o reportado no primeiro trimestre de 2012. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado foi de R$ 784,3 milhões no primeiro trimestre de 2013, alta de 7,5% em relação a igual período do ano passado. Já a receita líquida cresceu 10,7%, em igual comparação, e atingiu R$ 1,206 bilhão, informou a companhia.

A CCR destacou que o crescimento do tráfego entre janeiro e março, da ordem de 2% frente a igual período de 2012, e a melhora do resultado financeiro foram os principais fatores que permitiram o crescimento do lucro da companhia.

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A partir de 2013, a CCR passa a adotar o IFRS 10 e 11, o que implica no abandono da consolidação proporcional de negócios em que a companhia não possui controle total, como Renovias (no qual a companhia possui 40% de participação), ViaQuatro (58%), Controlar (48%), STP (38,25%) e os Aeroportos Internacionais de Quito, San José e Curaçao. Para esses negócios, a companhia passa a consolidar os resultados via equivalência patrimonial. A companhia divulgou uma base proforma para fins de comparação.

O diretor de Relações Institucionais da CCR, Ricardo Castanheira, minimizou, nesta terça-feira, 07, o atraso nas licitações de novos trechos de rodovias pelo governo federal. "É preferível que seja assim, e que tenhamos bons projetos, do que termos um projeto ruim", disse, ao participar de debate sobre "Novas Concessões e Expansão da Malha Rodoviária", durante o 8º Fórum de Logística e Transportes, que se realiza em São Paulo.

Ele respondeu à repercussão dada à apresentação do novo cronograma para as licitações, feita na segunda-feira, 06, no mesmo evento, pelo presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo. Conforme o novo plano, os editais de sete trechos de rodovias, inicialmente previstos para março, devem ser divulgados com quatro meses depois, em julho, com os leilões realizados a partir de setembro.

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Outros dois trechos, que estavam programados para ir a leilão em janeiro, ainda aguardam uma decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre adaptações no estudo ou a realização de novos estudos, e os editais não devem sair antes de agosto.

"Estamos tentando apoiar o governo, para que (o projeto) tenha o equilíbrio", disse. Entre os desafios para os novos projetos está a estrutura financeira, tendo em vista o grande volume de investimentos previsto nos projetos de logística, já que, segundo ele, nenhuma empresa tem condições de colocar seu balanço como garantia. "Estamos trabalhando em conjunto com BNDES, ANTT, Ministério dos Transportes, Ministério da Fazenda (nesta estrutura financeira), está avançando e esperamos chegar a bom termo", comentou.

O diretor financeiro e de Relações com Investidores do grupo CCR, Arthur Piotto, disse que o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) do Rio de Janeiro, que será construído pelo consórcio VLT Carioca, liderado pela CCR por meio da controlada Actua Assessoria, e ligará a área portuária ao centro da cidade do Rio de Janeiro, deve estimular o aumento no volume de passageiros no serviço de barcas, operado pela CCR. O VLT prevê uma parada na estação das barcas. "A expectativa é de que, em funcionamento, o VLT possa estimular as barcas, mas isso por enquanto é só expectativa", disse Piotto, em teleconferência com analistas.

 

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Piotto disse que um fundo garantidor vai mitigar riscos relacionados à falta de pagamentos da contraprestação pecuniária à concessionária vencedora da licitação para a construção e operação do VLT que vai ligar a área portuária ao centro da cidade do Rio de Janeiro. "A concessionária tem a garantia desse fundo", afirmou o executivo, durante teleconferência com analistas.

O custo da obra do sistema de VLT do Rio de Janeiro é estimado em R$ 1,2 bilhão. Desse total, R$ 532 milhões serão recursos federais que virão do Programa de Aceleração do Crescimento da Mobilidade (PAC).

O Consórcio VLT Carioca, único participante da licitação para a construção e operação do VLT, ganhou ao propor o menor valor a título de pagamento de prestação pecuniária mensal, a ser realizado pela administração pública, no montante de R$ 5,959 milhões.

Anunciado pelo governo do Estado em maio como estratégia para baixar preços, o novo serviço de cobrança eletrônica de pedágio está atrasado quase dois meses. Os produtos da Auto Expresso, que concorrem com o Sem Parar, já deveriam ser oferecidos aos motoristas que trafegam pelas rodovias sob concessão desde 1.º de setembro. As antenas para leitura de "tag" - dispositivo que registra a cobrança quando o veículo se aproxima da cancela - também já estão instaladas. Mas o único serviço ativo hoje em todo o Estado continua sendo o Sem Parar.

Apenas três concessionárias concordaram com o novo sistema, que é gerenciado pelo DBTrans. Já usam o Auto Expresso a CART, na região de Bauru, a SPMar, no Trecho Sul do Rodoanel, e a Rota das Bandeiras, na Rodovia Dom Pedro I. As outras concessionárias, segundo a DBTrans, solicitaram alterações do contrato.

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No total, o governo do Estado tem 19 estradas administradas sob o regime de concessão.

Parte das concessionárias que ainda não aceitaram adotar o novo sistema de pedágio eletrônico são ligadas ao Grupo STP, do Sem Parar. É o caso das responsáveis pelas Rodovias Anhanguera, Bandeirantes, Castelo Branco e Raposo Tavares, do Grupo CCR, que também gerencia o Trecho Oeste do Rodoanel. Anchieta, Imigrantes, Ayrton Senna e Carvalho Pinto são da EcoRodovias. A STP informa, em seu site, que 38,25% de suas ações pertencem à CCR e 12,75%, à EcoRodovias.

Concorrência. Um dos argumentos usados pelo governo do Estado para abrir o mercado de pedágio eletrônico era o de estimular a concorrência. O Sem Parar, por exemplo, extinguiu a taxa de adesão que era cobrada antes da concessão ao Auto Expresso. Também foi criado um plano pré-pago. O Auto Expresso, quando começar a ser vendido, também terá um plano pré-pago.

O professor de Análise Econômica do Direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Cleveland Prates explica que a concorrência é benéfica para os usuários. "A empresa pode não ter incentivos para deixar que outras entrem no negócio, porque ela já cobra o preço de monopólio pelo serviço." Com concorrentes, o preço final para o consumidor pode baixar.

O consultor de viagens Rogério Marques, de 32 anos, usa o Sem Parar em seu carro cerca de 20 vezes por mês, entre pedágios e estacionamentos que aceitam o serviço. Ele diz que, se houvesse concorrência, cogitaria trocar de operadora. "Com certeza, pesquisaria e verificaria qual me traria mais benefícios."

Contratos. A Agência Reguladora dos Transportes de São Paulo (Artesp) informou que "identificou divergências no contrato oferecido pela DBTrans às outras concessionárias" e "vem tentando mediar soluções para que os contratos sejam assinados". A CCR disse que "as negociações para a implantação do sistema Auto Expresso" em suas rodovias "estão em andamento". A EcoRodovias afirmou que "não há qualquer tipo de conflito de interesses" e que já instalou as antenas e fez "ajustes". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma mulher de 24 anos deu à luz a uma menina dentro de uma picape, no quilômetro 102 da Rodovia Anhanguera, na madrugada desta segunda-feira. Segundo informou a CCR AutoBAn, por meio de assessoria, o parto foi realizado por funcionários da concessionária.

Mãe e filha receberam os primeiros cuidados na base de atendimento na rodovia e foram encaminhadas ao Hospital da PUC-Campinas (Celso Pierro). Segundo informou o hospital, por meio de assessoria, a mulher e a bebê estão internados e passam bem.

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Fernanda Evaristo mora em Cerquilho e estava em Campinas, na casa de sua mãe, para ter o bebê no município. Conforme informações da assessoria do hospital, ela estava a caminho do hospital quando entrou em trabalho de parto. Ao chegar à maternidade passou por procedimentos corriqueiros e teve seu terceiro filho.

De acordo com relato da equipe de resgate da CCR AutoBAn, a mãe parou o veículo ao lado da base de atendimento na rodovia, às 3h35, em busca de socorro. Dez minutos depois, a bebê nasceu, dentro da picape, com a ajuda dos funcionários da concessionária, que possuem treinamento para atendimento de parto e outras ocorrências de urgência e emergência.

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