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Seis pessoas morreram em São Paulo em decorrência das fortes chuvas e rajadas de vento que atingiram o estado nessa sexta-feira (3). A velocidade dos ventos, segundo a Defesa Civil do Estado, chegou a 151 quilômetros por hora (km/h) em Santos. Na capital paulista, as rajadas chegaram a 103,7 km/h, recorde dos últimos cinco anos.

Quatro pessoas morreram por conta da queda de árvores, sendo uma em Osasco, uma em Suzano, municípios da Grande São Paulo; e duas na zona leste da capital paulista. Também houve óbito em Limeira, por desabamento de um muro, e em Santo André, devido à queda da parede de um prédio.

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As defesas civis e o Corpo de Bombeiros registraram mais de 2 mil chamados em ocorrências em 40 municípios do estado, a maioria por queda de árvore.

A Prefeitura de São Paulo informou que o trabalho das equipes nas ruas foi reforçado para amenizar os impactos causados pelo temporal. Equipes das subprefeituras, da Defesa Civil e agentes da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), em conjunto com a Enel, passaram a madrugada nas ruas para recuperação de áreas afetadas e retomada da regularidade.

Aeroporto

No Aeroporto de Congonhas, segundo informações da concessionária Aena, um jato executivo, modelo Cessna Citation, que vinha de Estrela D'Oeste teve problemas com o sistema de freios durante a aterrissagem no fim da tarde dessa sexta-feira. Não houve feridos, mas os pousos e as decolagens na pista principal foram afetados por cerca de uma hora. Doze voos foram cancelados e 14 alternados para outros aeroportos.

Por conta das chuvas intensas, houve queda de energia no terminal de passageiros. Os geradores foram acionados pela administração e foi possível manter a regularidade da operação. A energia foi restabelecida às 20h48.

Previsão

Neste sábado (4), a capital paulista amanheceu com muitas nuvens, mas sem previsão de chuva. Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) da prefeitura, a frente fria que provocou os temporais já se afastou para o litoral fluminense. Durante a madrugada, São Paulo registrou chuviscos isolados na faixa leste da cidade. A nebulosidade diminui ao longo do dia e o sol aparecerá. A máxima pode chegar aos 25°C, com as menores taxas de umidade do ar na casa dos 40%.

Para o estado, a previsão, segundo a Defesa Civil, também é de sol entre nuvens. “Não há condições para chuva forte, apenas de garoa em pontos da faixa leste”, diz a nota do órgão.

Um espetáculo poderá ser observado no céu neste sábado (21). A chuva de meteoros orionídeos que está em curso desde o dia 26 de setembro atingirá seu pico nesta noite, segundo a Agência Espacial Americana (Nasa). Considerada uma das mais belas chuvas de meteoro do ano, a Orionidas ocorre anualmente e tem o auge em outubro.

De acordo com a Nasa, durante o pico de atividade a chuva pode alcançar até 23 meteoros por hora observados em um céu sem luminosidade de luzes artificiais e da Lua. Além da luz dos meteoros em si, a queda deles gera um rastro brilhante, complementando o espetáculo. A chuva de meteoros poderá ser vista tanto no Hemisfério Norte quanto no Hemisfério Sul e a melhor visibilidade será à meia-noite.

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Para observar o fenômeno, além de ir para um local sem luminosidade, as pessoas que estão no Hemisfério Sul, que é o caso de quase a totalidade do Brasil, devem se deitar no chão com os pés voltados para o Nordeste. Quem estiver no Hemisfério Norte, deve se deitar com os pés na direção Sudeste. É necessário também que o céu esteja sem nuvens para facilitar a observação.

A velocidade dos meteoros pode alcançar até 66 quilômetros por segundo durante o fenômeno.

"Em menos de 30 minutos no escuro, seus olhos se adaptarão e você começará a ver meteoros. Seja paciente - o show vai durar até o amanhecer, então você terá bastante tempo para dar uma olhada", afirma a Nasa.

Os orionídeos são formados no rastro do cometa Halley. Quando a poeira liberada pelo cometa colide com a atmosfera da Terra, a partir da passagem do nosso planeta pela órbita do Halley, ocorre a chuva de meteoros. O cometa demora 76 anos para orbitar ao redor do Sol, a última vez que ele pôde ser observado na Terra foi em 1986.

O Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) decretou estado de atenção para alagamentos em toda a cidade de São Paulo neste sábado (7) por causa das fortes chuvas que atingem a capital.

Segundo o Corpo de Bombeiros, até as 17h49 na capital e na região metropolitana foram 70 chamados para queda de árvores; 33 para alagamento/enchentes e outros cinco de desabamento/desmoronamentos. Não houve pessoas socorridas.

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De acordo com o banco de dados do CGE, até as 13h deste sábado foram registrados 80,6mm de chuva, o que equivale a 74,7% dos 107,8 mm esperados para todo o mês.

Imagens do radar meteorológico do CGE mostram que a chuva forte entre São Roque e Cotia deve atingir a capital, com potencial para rajadas de vento, granizo, alagamentos e transbordamento de rios e córregos. Pela manhã, os aeroportos de Congonhas e Campo de Marte já haviam registrado às 11h rajadas de vento de 63 km/h e 44,5 km/h, respectivamente.

A chuva deve continuar até segunda-feira (9) por causa de uma área de baixa pressão atmosférica, associada à proximidade de uma nova frente fria, que deve se manter estacionária até o início da próxima semana entre o litoral de São Paulo e do Paraná. O tempo só deve melhorar a partir do fim da tarde.

Confira a previsão do tempo na capital

Domingo: Mínima de 19°C e a máxima de 26°C

Segunda-feira: mínima de 17°C e máxima de 21°C

A Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) aponta a possibilidade de chuva no Grande Recife entre esta quarta (6) e domingo (10). Apesar da tendência de precipitação atrapalhar alguns planos para o feriado de 7 de setembro, a previsão é de pancadas com intensidade fraca, com acúmulo de 2 a 10 mm. 

Enquanto o Sertão e o Agreste não devem receber chuva nos próximos dias, a Apac coloca o Grande Recife como a única região da faixa litorânea com possibilidade de precipitação. Para quem vai viajar para a Mata Norte, a expectativa é de uma trégua apenas na sexta (8) e sábado (9). Já na Mata Sul, não deve chover na sexta, espera a agência.

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Nem mesmo a chuva forte esfriou o clima que estava no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. O primeiro dia do festival The Town aconteceu no último sábado (2) e contou com um timaço de artistas nacionais e internacionais. 

Demi Lovato convidou Luísa Sonza para cantar com ela o hit Penhasco 2, que faz parte do novo álbum da cantora brasileira, Escândalo Íntimo. E claro, a norte-americana soltou o gogó e ainda cantou a sua parte da música todinha em português.

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"Toda vez que eu venho para o Brasil, eu me sinto tão bem recebido e tão amada e eu só posso dizer obrigada", disse Demi.

Além disso, Lovato levou os fãs à loucura com o repertório que celebrava as diversas fases da carreira. Teve Cool For The Summer, Skyscraper, La La Land, Confident, Don't Forget e muito mais.

Já Post Malone, o headliner do primeiro dia do festival, vestiu a camisa do Brasil, literalmente, e não poupou carisma ao animar a galera mesmo debaixo de chuva.

"Parece que toda vez que eu venho aqui chove", brincou.

Em quase duas horas de show, ele chamou fã para tocar violão, fez dancinhas hilárias, desceu do palco e interagiu com a multidão, colocando todo mundo para cantar Rockstar.

A australiana Iggy Azalea mandou a chuva se danar e se declarou para os fãs brasileiros.

"Que se f**a a chuva, essa é nossa bolha! Vocês são as minhas pessoas favoritas do mundo inteiro", disse.

No palco Skyline, ela ainda exibiu o corpão, rebolou e se apresentou ao som de Fancy, Black Widow, Problem e outras canções.

Karol Conká encarnou a mamacita e entregou uma apresentação potente ao lado de Tasha e Tracie.

Recém-solteiro após o fim do namoro com Bella Campos, MC Cabelinho deixou de fora do repertório a música Minha Cura, feita para a ex-namorada, mas esquentou o palco com outras performances.

 

Não foi somente o frio que atingiu o Sudeste do Brasil no último fim de semana. Os Estados de São Paulo e do Rio também precisaram conviver com a chuva, que chegou forte em algumas regiões, em especial no litoral. A precipitação foi maior do que o esperado para esta época do ano.

Dados do Centro Nacional de Monitoramento de Desastres (Cemaden), do governo federal, mostram que choveu 286,6 milímetros na região de Ubatuba entre sexta-feira (25), e a manhã desta segunda (28). São Sebastião registrou 188 milímetros no mesmo período.

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A pista da serra antiga da Rodovia dos Tamoios, principal ligação com o litoral norte do Estado de São Paulo, foi interditada na manhã desta segunda-feira. Com duas faixas, ela é usada para a descida da serra na direção de Caraguatatuba. Até as 18 horas, a interdição prosseguia e o tráfego fluía somente pela pista nova da estrada, em operação especial, com a formação de comboios.

Fora de época

Tamanha quantidade de chuva não é incomum, mas em geral ocorre nos meses de verão e no começo do outono - "são as águas de março", como cantou Tom Jobim. Então, por que choveu tanto nos últimos dias? Essa forte precipitação foi motivada pela chegada de uma frente fria entre sexta-feira e sábado (26). "Na sequência, a precipitação passou a ser de natureza orográfica por causa do vento úmido que vem do oceano e encontra o relevo da Serra do Mar em razão de uma forte massa de ar frio de alta pressão sobre o Atlântico", explica a Metsul, agência de meteorologia.

Segundo a empresa, chuva orográfica é aquela induzida pelo relevo da região. No caso de São Paulo e Rio, a umidade do oceano encontrou a Serra do Mar, ascendeu à atmosfera e, por lá, encontrou condições para se transformar em chuva. "Em um exemplo bem didático e simples de entender: o que acontece se você chega na frente de um espelho e soltar ar da sua boca? O espelho, que tem uma superfície mais fria, vai ficar embaçado (úmido) e molhado. Com a chuva orográfica ocorre o mesmo", compara a Metsul. "O ar mais úmido e quente (analogia com ar que sai da boca) encontra um obstáculo físico que é o relevo (como o espelho) e ao chegar a esta barreira, que são os morros, sobe na atmosfera e encontra temperatura mais baixa, condensando-se o vapor de água e formando chuva", acrescenta o serviço meteorológico.

Até quando vai o frio

De acordo com o Inmet, depois de uma semana com temperaturas atípicas, a amplitude térmica em todo o País deve ser menor nesta semana, mais dentro das características típicas do inverno brasileiro. Em São Paulo, a temperatura deve subir lentamente até domingo, que deverá ter máxima de 29ºC; hoje deve ficar entre 14ºC e 17ºC, conforme a meteoblue. Segundo o Inmet, as chuvas da semana devem se concentrar especialmente no Sul, com volumes acima dos 50 milímetros em grande parte da região.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Por causa da forte chuva que atinge o Rio de Janeiro nesta manhã de segunda-feira (14), diversos voos foram cancelados e outros estão com registro de atraso no Aeroporto Santos Dumont, segundo informações da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), que administra o aeroporto. Até 11 horas da manhã, foram registrados 62 voos cancelados e 46 atrasados, entre partidas e chegadas.

"Nesta segunda-feira, o Aeroporto Santos Dumont operou de 6h20 às 10h01, abaixo dos mínimos para decolagens em função de condições meteorológicas adversas. No momento os pousos e decolagens ocorrem com auxílio de instrumentos. Neste período, 10 voos alternaram do Santos Dumont para Galeão", afirmou a Infraero.

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Nas redes sociais, há relatos de passageiros que estão no aeroporto desde as 5h30 da manhã. Os voos cancelados das companhias Gol, Latam e Azul tinham como destinos São Paulo (Congonhas e Guarulhos), Brasília, Campinas, Salvador, entre outras cidades.

"Para informações sobre os motivos dos atrasos e cancelamentos, orientamos contato com as empresas aéreas", orienta a Infraero.

Chuva provoca cancelamento de voos

A vinda de umidade do oceano para o continente mantém o tempo instável nesta segunda-feira, 14, no Rio. Conforme o Centro de Operações da prefeitura da cidade, o dia terá predomínio de céu nublado e ainda há previsão de chuva fraca a moderada, de forma isolada, a qualquer momento. A temperatura deve variar entre 17°C e 25°C.

Na noite de domingo, 13, o município entrou em estágio de mobilização, às 22h25, em razão do registro de chuva moderada (entre 5,1 mm/h e 20 mm/h) em cinco estações meteorológicas.

Passageiros também relatam o caos enfrentado no Aeroporto Santos Dumont, com muitas pessoas aglomeradas em frente aos guichês das companhias aéreas, em busca de informações sobre os cancelamentos e atrasos. Muitos reclamam da falta de informação e que nos painéis das partidas apenas constam as informações: cancelados, atrasados ou atraso meteorológico.

Alerta para ressaca do mar

A Marinha do Brasil também emitiu aviso de ressaca, que teve início às 9 horas da manhã desta segunda-feira, com duração até às 21 horas da terça-feira, 15. Há previsão de ondas de 2,5 m de altura.

Na terça-feira, a previsão é de céu nublado, com possibilidade de chuva fraca isolada durante a madrugada.

Entre quarta-feira, 16, e sexta-feira, 18, haverá redução de nebulosidade sobre a cidade fluminense e não há previsão de chuva. Segundo o Centro de Operações da prefeitura do Rio, as temperaturas estarão em elevação.

O LeiaJá publica, nesta quinta-feira (10), a primeira de duas reportagens sobre o deslizamento da área de lazer do residencial Ecovila Yapoatan. O colapso da estrutura causou duas mortes e deixou o condomínio à beira de um precipício, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife, em Pernambuco.

A tragédia

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Gláucio José da Silva dormiu na noite chuvosa de 27 de maio de 2022 sem saber que seria a última ao lado da esposa. Soterrado por barro e escombros do que acabava de deixar de ser sua casa, o serralheiro de 57 anos ficou abraçado à Luci Maria da Silva, de 48, enquanto ela se debatia até a morte em uma crise de claustrofobia.

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O casal morava aos pés da barreira da Rua Campo Verde, em Jaboatão dos Guararapes, mas nunca havia sofrido com deslizamentos até o início da construção de um condomínio, no alto. Eles jamais imaginariam que as chuvas intensas de 2022 fariam com que a área de lazer do residencial despencasse dos 50 metros de altura e destruísse sua casa. 

Trabalhador autônomo, Gláucio não costumava deixar a esposa sozinha. A família tinha uma vida financeira estruturada, dois carros na garagem e um patrimônio construído às custas das horas de Gláucio dentro da oficina, no mesmo terreno onde ficava a casa.

"Como pobre, minha casa era excelente. Era de luxo", lembra orgulhoso. Reformas no imóvel e a compra de eletrodomésticos tornaram o local o ponto de encontro das festas da família. A herança que seria deixada para o filho e onde o casal sonhava atravessar a velhice. 

Ferramentas e materiais de trabalho ainda estão embaixo da terra. Júlio Gomes/LeiaJá

Destruição nos olhos

Um estrondo por volta das 5h09 da manhã e, de repente, tudo ficou escuro. Ele ainda não sabia, nem teve tempo para entender, mas aquele som soterrou seu futuro. O muro de arrimo de três metros e meio veio abaixo. Ele ficava no alto da barreira e sustentava o mirante do Condomínio Ecovila Yapoatan. A estrutura, a 50 metros de altura, não suportou o peso da área que reunia pista de cooper, dois quiosques e um mirante circunscrito à piscina. Sem conseguir respirar com facilidade, um pequeno feixe de luz salvou a vida de Gláucio embaixo de quilos de destroços. 

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A algumas casas dali, Rafael Rodrigues se preparava para o trabalho quando ouviu o barulho.

"Teve tipo uma zoada de trovão, só que era o mirante descendo. Aí pegou nas casas aqui embaixo", descreveu.

Sua primeira lembrança ao abrir a porta foi do mar de lama que atravessava a rua, e, no fim, destroços empilhados onde ficava a casa de Gláucio. Fios de alta tensão arrebentaram e caíram no chão, mas risco de uma descarga fatal não impediu a união dos vizinhos para tentar resgatar as vítimas. 

Rafael permanece na Rua Campo Verde e diz que os problemas com a chuva são os mesmos. Júlio Gomes/LeiaJá

O medo que sufoca

A estrutura que veio abaixo colocou Luci frente a frente com seu maior medo. Ela tinha fobia de ambientes fechados e, por conta disso, se recusava a realizar atividades simples do dia a dia, como andar de carro ou de elevador. O deslizamento que tirou sua vida também não deu chances ao marido da sua irmã, Francisco Claudino de Oliveira, de 61 anos, que teve a cabeça esmagada por um pedaço de concreto. 

"Infelizmente eu tô aqui e ela não tá [...] ela não morreu por conta do soterramento, ela morreu de pânico. Ela tinha fobia e não conseguia andar de carro fechado, não andava de metrô. Para ter uma ideia, podia ter os andares que for, mas ela ia de elevador, subia [o prédio] andando", comentou Gláucio. 

Gláucio carrega o trauma de ter perdido a esposa nos braços. Júlio Gomes/LeiaJá

Presos por ferragens e alvenaria, nenhum deles conseguia se mexer. Os dois dividiam espaço e gritaram por ajuda por cerca de 30 minutos, antes de Luci sucumbir à sensação de confinamento e sofrer uma crise de pânico. Ela passou os últimos momentos imóvel, entre as pernas do marido. 

"Ela se viu presa e ficou sem ar. Ela morreu falando, e a pessoa que tá sem ar não consegue mais falar. Teve uma hora que ela travou, calou-se". 

O Corpo de Bombeiros foi chamado, mas a forte chuva e as ocorrências na mesma manhã impediram a chegada ao local. A corporação estava perto dali e se esforçava para buscar sobreviventes em meio ao lamaçal em Jardim Monte Verde, região mais prejudicada pelas chuvas em todo Grande Recife.  

Lonas plásticas colocadas no alto da barreira após o deslizamento. Júlio Gomes/LeiaJá Imagens

Três dias com o corpo

Ainda chovia muito e a lama também dificultava o resgate dos vizinhos quando outros blocos do muro de arrimo se desprenderam e rolaram barreira abaixo. Em meio à correria, três coqueiros em frente à casa de Josélia Alves, ao lado da de Gláucio, vieram ao chão e evitarem que seu imóvel também fosse destruído.  

Amiga da família, Josélia ainda carrega os traumas daquele dia. Ela compartilhou detalhes do resgate de Luci, desde a retirada da mulher dos braços de Gláucio, até os cuidados que recebeu das vizinhas. Após ser lavado e vestido, o corpo passou três dias no terraço do irmão de Josélia à espera da chegada do Instituto Médico Legal (IML).  

Josélia mostra os pedaços do muro de arrimo a poucos metros de casa. Júlio Gomes/LeiaJá

Abalada, Josélia não trabalha e passou a dormir na casa da filha. Sem se afastar muito da barreira, ela ainda vive na Rua Monte Verde. "Quando começa a chover, eu já fico com medo porque pode deslizar isso aí e vai simbora a casa com tudo", revela.  

Ouça o relato de Josélia sobre a remoção do corpo da amiga dos escombros 

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Chuva que não traz paz

Sozinho por quatro horas nos destroços, Gláucio só foi retirado por volta das 11h. Nesse tempo, tentou buscar explicações sobre o que acabava de destruir sua vida. Ele se diz vítima de uma tragédia anunciada e culpa a Mult Técnica Engenharia, responsável pelo Ecovila Yapoatan.   

Ainda em 2017, ele aponta que uma fenda se abriu dentro da piscina do condomínio e infiltrou o talude que sustentava o mirante.

"Só caiu o muro de arrimo, se fosse fatalidade tinha caído toda a barreira. Por conta do vazamento que tava tendo", acusa. 

Parte da estrutura do Ecovila Yapoatan ainda ameaça os moradores da Rua Campo Verde. Júlio Gomes/LeiaJá

Hoje, Gláucio vive sozinho em uma casa não muito distante de onde tinha a vida que acreditava ser intocável. Todos os dias ele chora quando lembra de Luci. Todas as vezes que olha no espelho, se confronta com as cicatrizes do dia mais triste da sua vida e volta ao desastre todos os meses, quando recebe a pensão vitalícia dada pelo governo do estado e o auxílio-moradia da Prefeitura para ajudar no aluguel.  

"Ontem pela manhã passei o dia todinho tirando lama de dentro de casa. Só vim parar de trabalhar era 22h. Perdi o sofá, que já foi de doação, e meu armário", lamenta. 

Na segunda reportagem: quem foi responsável pela tragédia? Moradores do Ecovila Yapoatan fazem denúncias e mostram documentos que sugerem a construtora como culpada. A empresa se defende e faz acusações contra a administração do conjunto habitacional.

Para esta segunda-feira (17), a previsão é de chuva fraca a moderada na Região Metropolitana do Recife (RMR). Também é esperado que chova em todo o Litoral do estado e no Agreste. A manhã começou com chuva na capital, mas ainda sem grandes prejuízos registrados. 

A Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) acompanha as condições climáticas e espera que chova na RMR e nas Matas Norte e Sul até a sexta (21). A previsão é que as precipitações sejam fracas na maior parte do tempo, com a possibilidade de evolução para moderada, apenas na RMR, hoje e na quinta (20). 

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O Agreste também deve receber chuva com intensidade fraca, mas é prevista uma trégua na terça (18) e sexta (21). Enquanto chove nas demais regiões do estado, não há indicativo de chuva no Sertão em nenhum dia da semana. 

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) adiou nesta quinta-feira dois jogos da Série B do Campeonato Brasileiro que estavam marcados para sexta. As duas partidas envolvem times de Santa Catarina, um dos estados mais atingidos por um ciclone extratropical, que vem causando ventos de até 90 km/h e problemas em aeroportos.

Em comunicado divulgado nesta quinta, a CBF alegou "inviabilidade das realizações das partidas na data programada, por questões de força maior, devido às situações climáticas na região de Santa Catarina, impossibilitando as viagens dos clubes" e adiou Botafogo-SP x Chapecoense e CRB x Avaí.

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Apesar de jogarem fora de casa nesta rodada, as duas equipes catarinense não conseguiram embarcar. Além do mal tempo que está afetando todos os aeroportos do estado, o Aeroporto de Florianópolis teve a pista danificada depois de um avião derrapar nesta quarta, o que culminou em muitos cancelamentos e atrasos.

As novas datas e horários dos confrontos serão definidas posteriormente em uma reunião entre os clubes e a CBF. Outros jogos que irão acontecer no Sul do País, como Criciúma x Guarani e Juventude x ABC, não sofreram alterações.

Após uma semana de prejuízos causados pela chuva intensa, como a morte de 14 pessoas no desabamento parcial de um prédio em Paulista, a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) prevê a continuidade das chuvas esta semana. 

A projeção da agência indica chuvas com intensidade fraca a moderada na Região Metropolitana do Recife (RMR) e na Mata Sul nesta segunda (10), que também deve registrar chuva fraca na Mata Sul.

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Sem perspectiva de precipitação no Sertão, a previsão de chuva fraca deve se repetir em todo litoral do estado até a sexta (14), exceto nesta terça (11), quando pode se estender ao Agreste. 

A mobilidade do Recife voltou a ser comprometida por alagamentos, na manhã desta sexta (7). Após uma noite chuvosa, avenidas e ruas conhecidas por acumular água dificultaram a vida de motoristas e pedestres que saíram de casa. 

A Avenida Recife, na altura da entrada do Ibura, foi interditada pela Autarquia de Trânsito e Transporte (CTTU). Um desvio foi montado pelas ruas Jean Emile Favre e Gregório de Caldas, nos bairros do Ipsep e Areias.

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A Central de Operações de Trânsito também identificou os seguintes pontos: 

- Avenida Antônio de Goes, próximo à Avenida Conselheiro Aguiar;

- Rua do Acre, no cruzamento com a Estrada dos Remédios; 

- Avenida Dois Rios, próximo à Vila do Sesi;

- Avenida Recife, próximo à entrada do Ibura;

- Estrada dos Remédios, em frente ao Mercado de Afogados;

- Rua Maria Irene, próximo à Praça do Jordão;

- Avenida Recife, no cruzamento com a Rua Senador Alberto Pasqualine;

- Avenida Marechal Mascarenhas de Moraes, em frente a Porshe e próximo ao Atacado dos Presentes;

- Avenida Engenheiro Domingos Ferreira, no cruzamento com a Rua Pereira da Costa;

- Rua Imperial, próximo à Rua Cabo Eutrópio;

- Largo do Cabanga, sentido Joana Bezerra;

- Avenida Boa Viagem, próximo ao Parque Dona Lindu;

- Avenida Sul, sob o Viaduto Papa João Paulo II;

- Avenida Doutor José Rufino, nas imediações do Colégio Visão.

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Túneis fechados

Por volta das 6h20, o Túnel Felipe Camarão, no bairro do Jordão, na Zona Sul da cidade, foi interditado mais uma vez por conta do nível de água acumulada. Na semana passada, um homem de 41 morreu ao tentar atravessá-lo. A gestão do túnel é de competência do Governo de Pernambuco. Por volta das 8h40 foi a vez do Túnel Augusto Lucena, em Boa Viagem, ser fechado.

Transporte

Apesar das retenções e de alguns atrasos na operação, o Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano informou que todas as linhas estão nas ruas. Em algumas localidades alagadas, como na Avenida Dois Rios, no bairro do Ibura, os ônibus realizam desvio.

Em Jaboatão dos Guararapes, a linha 163 - TI Cajueiro Seco (Circular) foi suspensa temporariamente para a comunidade de Santa Helena.

Em Paulista, por conta do desabamento de um dos prédios do Conjunto Beira Mar, as as linhas 1982 - Conjunto Beira Mar/Derby e 1994 - Conjunto Beira Mar tiveram o terminal provisoriamente transferido para a Rua Venturosa, 115, próximo ao campo de futebol da comunidade.

A Prefeitura do Recife emitiu um comunicado de estágio de alerta e pede que a população evite sair de casa. A gestão ainda informou que acompanha as consequência as ocorrências causadas pela chuva e atua na prevenção de eventuais incidentes.   

As chuvas vão continuar na Região Metropolitana (RMR) e nas Matas Norte e Sul de Pernambuco nesta quinta (6). A Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) emitiu um alerta de estado de atenção que indica pancadas com intensidade moderada a forte nas regiões. 

O monitoramento indicou que a previsão se baseia na confluência dos ventos em baixos níveis, que favorece a ocorrência de chuvas no litoral do Nordeste. Segundo a agência, o Agreste também deve receber chuvas, mas com menos intensidade. 

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A tendência é que o clima chuvoso se mantenha no fim de semana até a terça-feira (11). 

Para esta terça-feira (4), a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) apontou a possibilidade de chuva fraca para a maior parte do estado. Conforme o monitoramento, apenas a região do Sertão não tem expectativa de chuva até o sábado (8).  

Como indicado na previsão, deve chover na Região Metropolitana do Recife (RMR), nas Zonas da Mata Norte e Sul e no Agreste. A tendência de precipitação se repete ao longo da semana, com aumento da intensidade para as áreas litorâneas a partir da quinta (6). 

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Para esta segunda (3), a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) apontou a possibilidade de chuva fraca a moderada na Região Metropolitana do Recife (RMR) e em todo o litoral do estado. A tendência é que as precipitações se mantenham na maioria das regiões, ao longo da semana. 

O estudo atualizado nesse domingo (2) indica que o Agreste deve sofrer menos nesta semana, apenas com a incidência de chuva fraca até a quinta (6). 

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Na sexta (7), a Apac prevê o aumento da intensidade das precipitações na maior parte do estado, com chuva moderada na RMR e Zonas da Mata Sul e Norte, que compõem o litoral de Pernambuco, e chuva fraca a moderada no Agreste. 

A única região sem expectativa de precipitação nesta semana é o Sertão. 

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Por conta dos alagamentos provocados pelas chuvas na Região Metropolitana do Recife (RMR), nessa sexta (30), o Corpo de Bombeiros resgatou 85 pessoas de áreas ilhadas, entre elas, pacientes da UPA do Ibura, na Zona Sul do Recife. Um bote e um ônibus foram usados na operação.

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A corporação atendeu ao primeiro chamado na unidade de saúde, onde retirou 20 funcionários e pacientes, sendo quatro idosas. Em seguida, a equipe se deslocou para Olinda, onde resgatou dois adultos e duas crianças dentro de uma residência em Casa Caiada.  

LeiaJá também: Chuva: duas avenidas são interditadas no Recife

A terceira ocorrência foi em Jaboatão dos Guararapes, no loteamento Brasil Novo, em Muribeca. Cerca de 62 pessoas foram removidas do local com apoio de um ônibus cedido pela Defesa Civil do município. 

A Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU) interditou, na manhã desta sexta (30), a passagem de veículos em pontos alagados em duas das principais avenidas da cidade. A entidade também alerta para outros locais com acúmulo de água da chuva. 

Por volta das 8h30, a Avenida Recife, na área próxima à entrada do Ibura, foi interditada. A CTTU enviou uma equipe para orientar os motoristas e realizou um desvio para a Rua Eliza Leal Vanderlei. 

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Com a continuidade da chuva intensa na capital, às 9h10, a Avenida Dois Rios, na altura da Vila do Sesi, foi interditada. Agentes da entidade também foram acionados ao local e solicitam que os condutores façam o retorno da via. 

Às 9h50, A CTTU informou que o Túnel Augusto Lucena, em Boa Viagem, foi interditado devido ao ponto de alagamento.

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A Central de Operações de Trânsito também aponta os seguintes pontos de alagamento no Recife: 

- Av. Recife, na altura da Rua João Cabral de Melo Neto; 

- Av. Sul, sob o Viaduto Papa João Paulo II;

- Rua do Acre, no cruzamento com a Estrada dos Remédios; 

- Av. Dr. José Rufino, na altura do Colégio Visão - Bairro da Estância; 

- Av. Engenheiro Abdias de Carvalho, próximo à Faculdade Estácio; 

- Rua Imperial, no cruzamento com a Rua Cabo Eutropio;

- Rua Maria Irene, na altura da Praça do Jordão.

A Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) prevê a continuidade das chuvas em todo o Litoral de Pernambuco, ao longo desta sexta-feira (30). O alerta de estado de atenção foi renovado pela agência, com risco moderado a alto. 

A previsão é para a Região Metropolitana do Recife (RMR) e Matas Norte e Sul do estado, que compõem a faixa litorânea. Também há indicativo de chuva no Agreste, mas de forma fraca, sem riscos.  

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"Não há no momento previsão de chuvas com volume semelhante aos acumulados de 2022", destacou a meteorologista da Apac, Edvânia Santos.  

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A Apac explica que a recorrência das chuvas desde o início da semana se deve a um canal de umidade presente no Oceano Atlântico que vem favorecendo a ocorrência de precipitação no Litoral. 

Os municípios que mais receberam chuva nas últimas 12h estão na RMR, são eles: Cabo de Santo Agostinho (115 mm), Ilha de Itamaracá (90 mm) e Igarassu (77 mm). 

A expectativa é de um fim de semana chuvoso nas regiões litorâneas, com a continuidade das pancadas no sábado (1º) e domingo (2).

A Apac também alerta para a possibilidade de inundação em dois rios do estado, que atingiram a cota de volume, são eles: Rio Tracunhaém, em Nazaré da Mata, e Rio Capibaribe, em São Lourenço da Mata. 

 Nesta sexta-feira (30), o Recife amanheceu com diversos pontos de alagamento após uma madrugada de chuva intensa. A Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) pede que os motoristas evitem trafegar em, pelo menos, sete localidades.

O resultado do último monitoramento da Central de Operações de Trânsito identificou os seguintes pontos de alagamentos às 6h23: 

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- Avenida Dois Rios, próximo ao Sesi;

- Avenida Recife, na entrada do Ibura;

- Avenida Norte ao lado da Jacaúna Móveis;

- Largo do Cabanga, no sentido Pina; 

- Avenida Dr José Rufino, ao lado do colégio Visão;

- Estrada dos Remédios, no cruzamento com a Rua Acre;

- Avenida Engenheiro Abdias de Carvalho, ao lado da UPA. 

Também há relatos de acúmulo de água na Avenida Mascarenhas de Moraes e em outras vias da cidade. 

Mais uma vez o Túnel Felipe Camarão, no bairro do Jordão, na Zona Sul, de gestão do Governo de Pernambuco, foi interditado. Nesta semana, um homem morreu no local ao tentar atravessar o acesso. 

O expediente administrativo e acadêmico da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) está suspendo na manhã desta sexta-feira (30). A informação foi divulgada pela administração do centro de ensino.

A medida foi tomada por conta das fortes chuvas que caem desde a madrugada e do alerta emitido pela Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac). Ao longo do dia a administração informará sobre o expediente da tarde e da noite.

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