Tópicos | Clint Eastwood

Por Matheus Maio

Clint Eastwood é considerado uma das maiores estrelas de Hollywood, tornando-se um fenômeno ao estrelar papéis marcantes no gênero “Western”. Acumulando mais de 80 filmes em sua carreira, como ator, produtor, diretor etc, já compôs trilhas sonoras de filmes em que participou.

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O início do sucesso de Eastwood data dos anos 60, quando interpretou Por um Punhado de Dólares (1964). Este longa é considerado o responsável por promover o gênero bang-bang à italiana, além de colocar Clint no rumo do estrelato. Conheça agora a lista com cinco dos principais sucessos da carreira do ator:

O Estranho sem Nome

Contando com 93% de aprovação entre a crítica especializada, O Estranho Sem Nome (1973) é o primeiro título com Eastwood a alcançar um nível de sucesso. Na história, um forasteiro assassina um homem encarregado de proteger a cidade de seus invasores. Assim, Eastwood aceita desempenhar a função para evitar o ataque do grupo de bandidos à cidade.

Na Linha de Fogo

No papel de Frank Horrigan, Clint Eastwood vive um ex-agente do serviço secreto que não conseguiu evitar o assassinato de Kennedy. Assim, vinte anos depois, é assombrado por um psicopata chamado Mitch Leary (John Malkovich). Este, planeja assassinar outro presidente. O filme conta com 96% de aprovação no Rotten Tomatoes.

Os Imperdoáveis

Os Imperdoáveis é considerado pelos fãs de Eastwood como um dos melhores filmes com a participação do ator. Além de 96% de aprovação entre a crítica especializada, o filme foi um fenômeno em sua estreia nos cinemas (1992). Na época, o longa recebeu o Oscar de Melhor Filme, Melhor Diretor (Eastwood), Melhor Ator Coadjuvante e Melhor Montagem. Dessa forma, o longa acompanha um grupo de pistoleiros praticamente aposentados, mas que ainda trabalham por dinheiro. Portanto, eles aceitam se unir a uma jovem para um último trabalho.

Três Homens em Conflito

O filme retrata um épico no qual três pistoleiros competem para encontrar uma fortuna enterrada em meio à Guerra Civil dos Estados Unidos. Estrelado por Clint Eastwood, o longa conta com 97% de aprovação no agregador Rotten Tomatoes.

Por um Punhado de Dólares

Este é, possivelmente, o filme de Eastwood mais aclamado pela crítica. Liderando a nota dos melhores filmes com o ator, Por um Punhado de Dólares conquistou 98% de aprovação entre a crítica especializada. A trama acompanha um pistoleiro que chega em uma cidade mexicana, no meio de um conflito de dois grupos rivais.

Em uma mistura de ação, suspense e o pano de fundo do faroeste, o filme é considerado um “remake” não oficial do filme Yojimbo - O Guarda-Costas (1961), do diretor Akira Kurosawa.

Nesta sexta-feira (22), chega ao catálogo da HBO Max o mais novo longa-metragem dirigido e protagonizado por Clint Eastwood, “Cry Macho: O Caminho Para a Redenção”. A história acompanha um velho que um dia foi referência em rodeios, e agora aceita um trabalho no México para resgatar um garoto e levá-lo até o Texas. Durante a viagem, ambos passam a criar laços e a respeitar a história um do outro. Veja o trailer: https://www.youtube.com/watch?v=kN3Am38GWHo&ab_channel=WarnerBros.PicturesBrasil

O filme é inspirado no livro que possui o mesmo nome e foi escrito por Nathan Richard Nash (1913 – 2020) em 1975. Para escrever o roteiro do filme, Nick Schenk desenvolveu a história por meio dos rascunhos escritos por Nash. Já na direção, o experiente cineasta de 91 anos, Clint Eastwood, é quem dá a cara e o ritmo para o filme, já que possui grande experiência em narrativas dramáticas e faroeste.

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A carreira de Eastwood teve início nos anos 1950 nos cinemas, mas se consolidou de fato com a trilogia dos dólares, composta pelos filmes: “Por Um Punhado de Dólares” (1964), “Por Uns Dólares a Mais” (1965) e “Três Homens em Conflito” (1966). Todos os longas foram dirigidos pelo mestre do gênero western Sergio Leone (1929 – 1989), e apresentaram histórias dignas de serem chamadas de clássico.

 

 

O ator e cineasta Clint Eastwood entrou nesta quarta-feira com duas ações milionárias contra fabricantes e comerciantes de canabidiol (CDB), por passarem a falsa impressão de que seus produtos eram apoiados pela lenda do cinema.

Uma das ações apresentadas em uma corte federal de Los Angeles indica que três empresas de CBD promoveram artigos que continham fotos do cineasta, 90. Os textos também atribuíam ao diretor encontros para promover e vender produtos.

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"A verdade é que o senhor Eastwood não tem nenhuma relação com nenhum produto de CBD e nunca deu tal entrevista", assinala o processo por difamação, que busca "responsabilizar as pessoas e entidades que se beneficiaram ilegalmente do seu nome e semelhança".

A ação indica ainda que as três empresas - Sera Labs Inc, Greendios e For Our Vets LLC - enviaram e-mails de spam com o assunto "Clint Eastwood expõe um segredo impactante hoje", nos quais faziam referência a uma suposta entrevista ao canal NBC, que nunca ocorreu.

O segundo processo tem como alvo 10 empresas e indivíduos de vários estados americanos acusados de usarem códigos de programação para que o nome do ator servisse para redirecionar buscas aos sites dos demandados.

"Colocaram, no sentido figurado, um cartaz com a marca do senhor Eastwood na frente de sua loja eletrônica, para atrair clientes, e fizeram o consumidor acreditar que o senhor Eastwood estava associado ou apoiava essas empresas", destaca o texto da ação.

Eastwood, que reclama milhões de dólares em perdas e danos, também pediu que o tribunal determine que as empresas renunciem a toda a receita derivada do esquema. Os envolvidos não responderam às tentativas de contato feitas pela AFP.

Com sua reconstituição do atentado fracassado no Thalys em 2015, Clint Eastwood saúda a coragem dos heróis comuns e o patriotismo americano em seu filme que estreia nesta sexta-feira (9) nos Estados Unidos e dia 22 nos cinemas brasileiros.

"15H17 - Trem para Paris" conta como, em 21 de agosto de 2015, três amigos de infância americanos intervieram com as mãos vazias para controlar um jihadista armado com um AK-47 e carregadores cheios no trem Thalys que liga Amsterdã a Paris. Uma ação que evitou um massacre.

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Este novo projeto está em linha com a produção recente de Eastwood, retomando histórias reais de personagens com experiências extraordinárias, depois de "Sniper Americano" (2014), um filme bastante polêmico sobre um atirador de elite no Iraque, e "Sully: o herói do rio Hudson" (2016), sobre a aterrissagem forçada de um voo comercial no rio Hudson, estrelado por Tom Hanks.

Exceto que, ao contrário dos filmes anteriores, ele faz girar a história em torno dos três verdadeiros heróis do Thalys: Spencer Stone, Alek Skarlatos e Anthony Sadler.

"Foi muito interessante voltar ao trem. Psicologicamente, não foi traumático para nós, porque ninguém perdeu a vida naquele dia e muita coisa positiva surgiu de tudo isso", declarou Anthony Sadler ao semanário francês Paris Match.

O diretor também traz os socorristas e bombeiros que responderam ao alerta quando o Thalys Amsterdã-Paris foi desviado para a estação ferroviária de Arras, no norte da França.

Filmado sem brilho, a cena do Thalys acontece apenas no final do filme, que dura um pouco mais de 1h30 e permite ver mais claramente o desenrolar dos eventos.

- Imprensa não assistiu -

Por outro lado, o diretor de "Implacável" passa a primeira parte do filme a explorar o percurso desses três amigos inseparáveis, criados nos arredores de Sacramento (Califórnia).

Sua atenção se concentra especialmente em Spencer. Menino criado por sua mãe, fascinado por armas, colou na parede de seu quarto o cartaz do filme de Eastwood "Cartas de Iwo Jima" e sonha em salvar vidas, mesmo que não respeite as regras do jogo.

Cabeça raspada, foi ele o primeiro a atacar o jihadista, arriscando a própria vida.

Ao longo do filme, Eastwood semeará pistas para anunciar o destino desse personagem.

O filme, então, se concentrará no passeio pela Europa dos três companheiros (Veneza, Roma, Berlim, Amsterdã e Paris), resumido por cenas de bebedeiras, 'pole dace' numa boate e selfies em frente a lugares turísticos.

É no Palácio do Eliseu que esta história edificante termina: os três heróis receberam a Legião de Honra, a maior distinção na França.

Uma cena que mistura imagens de arquivo e reconstituição desajeitada com um falso presidente francês, de costas.

Muito aguardado, "15H17 - Trem para Paris" foi apresentado na França para um público escolhido cuidadosamente, mas não foi mostrado à imprensa.

O diretor quase não falou sobre este projeto, deixando o campo midiático para os três verdadeiros heróis.

O EstreiaJá dessa semana destaca o lançamento de um dos filmes mais aguardados do ano. Após o sucesso de “Star Wars: O Despertar da Força”, agora os fãs da saga poderão se aprofundar em outras questões do universo criado por George Lucas em “Rogue One: Uma História Star Wars”. O novo filme de Clint Eastwood e o sucesso de “Neruda” também compõem a pauta do programa, que recebe o crítico de cinema Stefano Spencer como convidado.

O EstreiaJá é apresentado pelo jornalista e crítico Rodrigo Rigaud e vai ao ar semanalmente no Portal LeiaJá.

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Confira o programa completo abaixo e fique ligado para participar de nossa promoção.

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O diretor Clint Eastwood revela em "Jersey Boys: Em Busca da Fama" a excepcional história do grupo de pop-rock The Four Seasons, que na década de 1960 triunfou com canções famosas, mas que foi afetado por rivalidades internas e pelas amizades duvidosas de seus integrantes.

"Jersey Boys", que estreia nesta sexta-feira nos Estados Unidos e no dia 26 de junho no Brasil, é a adaptação de um musical famoso da Broadway.

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Com um roteiro de Rick Elice e Marshall Brickman - coautor dos primeiros filmes de Woody Allen -, Eastwood segue ao pé da letra a construção dramática do espetáculo original e cria um "filme musical", no qual as canções são onipresentes, mas bem distante de longas-metragens ao estilo "Os Miseráveis".

"Acredito que toda a carreira de Clint Eastwood leva a este filme", declarou John Lloyd Young, que interpreta o vocalista Frankie Valli.

"Clint é um fã e um músico de jazz, compôs a música de alguns de seus filmes, conhece música", afirmou.

"Se você analisa a carreira dele, há sinais no caminho que anunciavam que quando este espetáculo existisse, estaria perfeitamente capacitado para adaptá-lo".

Da fama ao fim

Em meados da década de 1950 Frankie Valli e Tommy DeVito, dois italo-americanos de Nova Jersey, se uniram para formar o primeiro grupo da dupla.

Apesar da voz em falsete de Frankie ter proporcionado um pouco de fama, foi apenas com a chegada na década de 1960 de Nick Massi e Bob Gaudio - compositor de todos os sucessos do grupo - que The Four Seasons decolou para a fama mundial.

"Sherry", "Big Girls Don't Cry", "Walk Like a Man", "Rag Doll", "Save it for Me" e "Can't Take My Eyes Off You" foram sucessos em todo o mundo e estão entre as canções mais regravadas da história.

Mas a inveja, os conflitos de interesse, as duvidosas relações de Tommy - cercado pela máfia - e a má administração da fortuna do grupo, que obrigou Frankie a sanear as dívidas do grupo durante anos, provocaram o fim da banda.

"Não é uma história do passado", destaca Erich Bergen, que interpreta Bob Gaudio.

"No dia da exibição do filme em Las Vegas, os membros originais do Four Seasons estiveram ao nosso lado. Frankie não dirigiu a palavra a Tommy. Esta história ainda não acabou".

Três dos quatro atores do filme participaram na produção do musical em Las Vegas. O último a chegar, Vincent Piazza (Tommy DeVito), conhecido pela série de TV "Boardwalk Empire", nunca havia cantado ou dançado, mas conseguiu superar o desafio.

"Tommy não era o mais assíduo do grupo porque tinha uma vida paralela. Portanto, se ele estava um pouco desconcentrado, tinha uma desculpa porque era justamente o tipo de cara que errava um passo, que poderia estar distraído, jogando em um cassino ou com mulheres", disse.

Michael Lomenda, que interpretou Nick Massi "mais de 1.200 vezes", viveu o filme como uma "experiência totalmente nova, porque é necessário saber quem você é e desenvolver a própria identidade".

Fiel a seu estilo, Eastwood terminou as filmagens antes do tempo previsto e respeitou o orçamento estabelecido, limitando-se a uma ou duas tomadas por cena e confiando totalmente nos atores.

"Ele está em um ponto na carreira no qual faz o que quer", reconheceu Erich Bergen.

"Há poucas pessoas que teriam conseguido fazer 'Jersey Boys' como ele fez, sem estrelas do cinema, sem transformar a peça em um musical caro".

A estreia de Amante a Domícilio marca o início da carreira de John Turturro como diretor de cinema. Nada mais natural para quem construiu uma carreira que transita do cinema independente ao blockbuster, de Faça a Coisa Certa, de Spike Lee, à Transformers de Michael Bay. Contudo sua imagem está bem ligada às comédias de Joel e Ethan Coen, não à toa sua estreia se dá pela comédia e, de leve, com Woody Allen no papel principal. E é aí que chegamos à nossa lista, Turturro nos inspirou à relembrar outros atores e atriziz que apostaram em seu talento e conhecimento, e se tornaram diretores de cinema. Confira a lista.

Um crítico costuma dizer que Clint Eastwood não sabe errar. Exagero. Clint, erra, como os críticos, como todos. Mas a verdade é que erra menos. Quase nada. Tem construído, na fase mais madura, trajetória de invejável qualidade, e muito coerente. É o que pode atestar essa caixa da Coleção Clint Eastwood (Warner, em Blu-Ray), com sete dos seus filmes, coletados num arco de 30 anos, de 1982 a 2012.

Um deles em particular, Invictus (2009), acabou ganhando súbita notoriedade pela morte recente de Nelson Mandela. No filme, Mandela é interpretado por Morgan Freeman que, além de ficar muito parecido com o líder da luta antiapartheid, também lhe copiou gestos, voz e o modo de andar. Muito convincente.

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A história é a da libertação de Mandela após 27 anos de cárcere e sua ascensão à presidência. Estadista, Mandela percebe que é preciso enterrar ressentimentos e unir a nação. Por isso consegue fazer de um esporte branco, o rúgbi, símbolo de união nacional. Matt Damon vive o capitão do time. Conquistado por Mandela, ele consegue feito considerado impossível, o título mundial. Mas, claro, a proeza maior é a do próprio Mandela. Clint dirige essa história baseada em fatos reais com aquela dignidade sóbria que faz a sua grandeza. Mandela, o homem que poderia se vingar, mas não o faz em nome de algo maior, é bem um personagem digno de Clint Eastwood.

Além de Invictus, a caixa contém Firefox - A Raposa de Fogo (1982), Um Mundo Perfeito (1993), Dívida de Sangue (2002), Gran Torino (2008), J. Edgar (2011) e Curvas da Vida (2012). Todos eles, sem nenhum favor, situados entre o bom e o ótimo. E, mais importante, trazendo o velho e bom Clint com as questões que o obcecam. Obsessões, como dizia Nelson Rodrigues, são o que conferem estabilidade a uma personalidade. Clint, por exemplo, não pode se livrar do tema do personagem que é o único capaz de cumprir determinada missão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ator e cineasta americano Clint Eastwood se separou da mulher, Dina, após 17 anos de união, informou nesta sexta-feira a revista People. Eastwood, 83 anos, e Dina, 48, já viviam separados há algum tempo, segundo a revista. "É realmente muito triste. Eles foram grandes companheiros durante muitos anos", disse uma pessoa ligada ao casal, que pediu para não ser identificada.

Dina Eastwood, apresentadora de televisão, não confirmou a separação, mas a revista lembrou sua mensagem no twitter da semana passada: "a escuridão em algum lugar significa que há luz em algum outro lugar. #NovosComeços". Na quarta-feira, no primeiro dia em que a revista Us informou a separação, Dina Eastwood escreveu no Twitter: "O tempo e a verdade caminham juntos. Tento passar o tempo sendo positiva enquanto a verdade aparece".

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Segundo a Us, o casal está separado há mais de um ano e uma pessoa ligada à família garante que "Clint deixou de amar Dina há muito tempo". Clint e Dina Eastwood se casaram em 1996 e têm uma filha de 16 anos. O ator é pai de outros sete filhos, com várias mulheres, entre elas a primeira esposa, Maggie Johnson.

No ano passado, Dina lançou o reality show "Mrs. Eastwood and Company", que mostrava sua vida com os filhos, mas Eastwood apareceu apenas brevemente.

Nesta semana, a polícia de Los Angeles foi vítima mais uma vez de trote. A brincadeira de mau gosto consistia em uma denúncia de que a casa do ator e cineasta Clint Eastwood havia sido invadida por diversos homens armados, deixando feridos.  Ao chegar ao local, a polícia descobriu que nada de errado tinha acontecido na residência de Clint.

Esse episódio não foi o primeiro: Ashton Kutcher, Justin Bieber, Miley Cyrus, Simon Cowell e Tom Cruise também já foram alvos de trotes similares.

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O veterano ator e diretor Clint Eastwood alega que a imagem de que Hollywood é reduto de democratas é exagerada, mas as evidências dizem o contrário, com astros como George Clooney liderando uma lista de apoio a Barack Obama.

O apoio do eterno "Dirty Harry" - cujo discurso com uma cadeira vazia roubou de forma meio polêmica o show na Convenção Republicana - é muito bem recebido pelos republicanos, mas ele é praticamente um defensor solitário dos conservadores em Hollywood.

A lista de celebridades que apoiam Obama inclui, além de Clooney, Robert De Niro, Samuel L. Jackson, Scarlett Johansson, Leonardo DiCaprio, Morgan Freeman e Robert Redford, apenas para citar alguns.

"Os atores de Hollywood se inclinam pelo liberalismo e o Partido Democrata", afirma Steven Ross, professor da University of Southern California e autor de "Hollywood Left and Right: How Movie Stars Shaped American Politics",

Eastwood, 82 anos, insistiu que este não é o caso quando fez sua questionada aparição na Convenção Republicana em Tampa, Flórida, pouco antes de Mitt Romney aceitar formalmente sua indicação.

"Eu sei o que estão pensando. Vocês estão pensando: o que um negociante de filmes está fazendo aqui? Vocês sabem que eles todos são de esquerda", afirmou ele na ocasião.

"Pelo menos, é isso o que o povo pensa. Mas não é o caso. Existem muitas pessoas conservadoras, muita gente moderada em Hollywood".

O eclético e respeitado George Clooney também não é nada discreto em seu ativismo ideológico e patrocinou uma campanha de arrecadação de fundos em prol de Obama, organizada pelo diretor de animação dos estúdios DreamWorks, Jeffrey Katzenberg, e que, segundo dizem, conseguiu reunir 15 milhões de dólares. Entre os doadores, estavam Barbra Streisand, Robert Downey Jr., Jack Black e Billy Crystal.

Outro show de arrecadação de fundos pró-Obama foi organizado por Stevie Wonder, Katy Perry e Earth, Wind and Fire - também com participação de Clooney - e reuniu 6.000 pessoas que pagaram 250 dólares por cabeça.

O dinheiro é importante numa disputa eleitoral, mas igualmente importante é o apoio que as personalidades do mundo artístico concedem ao candidato à presidência.

"A força do endosso das celebridades atrai a atenção para o candidato. Convence pessoas que de outra maneira não dariam atenção ou perceberiam o que ele representa", explica Ross.

E não apenas Hollywood garante esta chancela, os astros da música também têm um papel importante.

"Hoje em dia, eu diria que o apoio de músicos é mais importante para atrair o voto jovem do que o apoio dos astros de cinema", afirmou o professor.

Romney tem lá seus partidários no mundo musical, como Kid Rock, Gene Simmons, do Kiss, e Donny e Marie Osmond.

O roqueiro Meat Loaf chegou a chamar Romney de "o homem que vai se elevar neste país e lutar contra a tempestade e trazer os Estados Unidos de volta para o que deveria ser".

Apesar de as estrelas terem sua dose de influência, há poucas evidências de que os eleitores votem baseados na visão política de uma celebridade, seja Eastwood ou Beyonce, que cantou na posse de Obama.

"O povo americano não é bobo", acredita Ross.

Apesar de todo apoio da indústria do entretenimento, nem todo mundo em Hollywood que vota em Obama partilha do mesmo entusiasmo que ele despertou há quatro anos.

"Chegou ao ponto em que estou muito pouco envolvida emocionalmente", admitiu a atriz Susan Sarandon em entrevista à AFP.

"A sensação é que se Obama não vencer, tudo pode desmoronar (...) Eu vou votar, eu vou contribuir de muitas maneiras, mas não vou me matar".

"Obama deveria ser eleito, só que há tanto dinheiro envolvido agora, e também há um monte de gente mal humorada porque estão desapontados com Obama".

"Nada pode se comparar com a última vez que ele concorreu. Foi algo incrível", concluiu.

Após anunciar que deixaria a carreira de ator para se dedicar exclusivamente à direção, Clint Eastwood volta aos 82 anos para frente das câmeras em Curvas da vida, uma comovente reflexão sobre a velhice e as relações entre pai e filha. E para melhor se contradizer, a lenda de Hollywood também decidiu não dirigir sua última obra, que estreia nesta sexta-feira nos Estados Unidos, para confiar as rédeas a seu colaborador e produtor de longa data, Robert Lorenz.

A última vez que Clint Eastwood deixou ser dirigido em um filme foi há quase 20 anos, em Na linha de fogo (1993), de Wolfgang Petersen. "Mas Robert Lorenz fez um trabalho excepcional", declarou o ator à imprensa durante a aprensentação do filme em Beverly Hills. "Fazia anos que ele reclamava e esperneava para poder dirigir e esta foi a ocasião", acrescentou o ator com humor e ironia.

Adorado por legiões de fãs, que louvam o classicismo elegante de seus filmes, a imagem do grande ídolo foi manchada neste ano eleitoral nos Estados Unidos por sua participação na recente Convenção Republicana. As preferências políticas do astro já eram conhecidas há muito tempo, mas o conteúdo de seu discurso - onde a bizarrice disputou com a inconsistência em seu diálogo com uma cadeira vazia representando o presidente Barack Obama - afetou um pouco a lenda, dando a imagem de um homem cansado e envelhecido.

Mas foi um homem confiante, engraçado e com voz segura, embora rouca, que se apresentou ante a imprensa especializada para vender seu filme, rindo das perguntas sobre sua idade e sobre os anos que passam. "Quando você chega a uma certa idade, você fica feliz com o simples fato de estar aqui ainda!", declarou com um grande sorriso. "Gosto da minha carreira até aqui, e eu tento apreciar o caminho que ainda me resta".

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O envelhecimento e suas indignidades estão no centro de Curvas da vida, onde Clint Eastwood interpreta um caçador de talentos para um clube de beisebol de Atlanta, recusando-se a admitir que está ficando cego. Velho e rabugento, ele também é incapaz de ter uma sincera e calma relação com sua filha (Amy Adams), que, no entanto, resolve acompanhar o pai em uma missão na Carolina do Norte para tentar furar a casca desse pai emperdenido.

Eastwood afirma ter tido um grande prazer ao abandonar a farda de diretor e se limitar ao seu trabalho como ator. "Depois de Gran Torino, eu pensei que era um pouco estúpido fazer as duas coisas ao mesmo tempo... mesmo tendo feito isso por 40 anos", disse. Sua estreia como diretor foi em 1971, com Perversa paixão. "Eu pensei que deveria me contentar em ser apenas um ator, para não complicar a minha vida. E esta foi a oportunidade. Tinha só de olhar a Amy (Adams) e jogar a bola", brincou.

"Eu provavelmente não faria as duas coisas ao mesmo tempo, pelo menos por enquanto", acrescentou. "Mas eu também disse, há alguns anos atrás, que não atuaria novamente, e mudei de idéia. Muitas vezes, nós apenas mentimos para nós mesmos". Na convenção republicana, contudo, ele não estava mentindo quando pediu aos americanos para não reelegerem o presidente Barack Obama.

Mas reconheceu que não talvez não tivesse todas as ideias no lugar no momento de seu discurso, apesar de ter pedido cinco segundos para pensar antes de entrar no palco. "Quando você entra no palco e encontra 10.000 pessoas extremamente animadas, é preciso esvaziar sua mente", explicou.

Depois dos rockeiros Ozzy Osbourne e Gene Simmons terem expostos suas vidas pessoais em programas de televisão americanos, a vida pessoal do ator e diretor Clint Eastwood, 81 anos, conhecido por interpretar personagens de filmes marcantes como Dirty Harry (1971) e Gran Torino (2008), será também exibida em um reality show, nos próximos meses, segundo o site americano TMZ.

Eastwood é visto como um homem reservado profissional e pessoalmente. Há anos que seu nome não circula pelos noticiários de celebridades, justamente pelo perfil "reservado" do ator e diretor.

O programa será produzido por Mary-Ellis Bunim e Jonathan Murray e os episódios serão protagonizados por sua mulher, Dina, e pelas suas duas filhas, Morgan, 15, e Francesca, 18.

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