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O presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, disse que é "difícil" aceitar que uma medalha de ouro conquistada por Jesse Owens nos Jogos Olímpicos de Berlim, em 1936, será leiloada e, possivelmente, acabará sendo comprada por um colecionador particular. A medalha, uma das quatro de ouro que Owens ganhou na Olimpíada de Berlim, à frente de Adolf Hitler, é "uma parte do patrimônio mundial", afirmou o dirigente, nesta quarta-feira.

"(Tem) Uma importância muito além das conquistas esportivas de Jesse Owens, faz parte da história do mundo", disse o presidente do COI, em uma entrevista durante uma conferência antidoping na África do Sul. "Colocar isso em um leilão é para mim uma decisão muito difícil (de aceitar)".

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O Comitê Olímpico Internacional não vai intervir na venda. A SCP Auctions disse que a medalha pode receber lances de mais de US$ 1 milhão (aproximadamente R$ 2,3 milhões) quando o leilão for aberto, ainda neste mês.

De acordo com a casa de leilões, Owens deu a medalha para um amigo, a estrela de cinema Bill "Bojangles" Robinson por ajudar o atleta a encontrar trabalho na indústria do entretenimento depois que voltou da Alemanha. Ele está sendo vendido pelo espólio do falecida viúva de Robinson.

A SCP Auctions confirmou que a medalha é genuína. O paradeiro das outras três medalhas de ouro originais é desconhecido. Owens recebeu um conjunto de medalhas substitutas, que agora fazem parte de uma exposição na Universidade Estadual de Ohio, onde ele estudou.

Na Olimpíada de 1936, Owens ganhou o ouro nos 100 metros, 200 metros, revezamento 4x100 metros e salto em distância, em alguns dos principais momentos da história olímpica. Ele morreu em 1980.

Diferente do que tem se especulado sobre o resultado das eleições para à Presidência estadual do PT, a deputada Teresa Leitão (PT) pode ser oficializada como vencedora do pleito ainda nesta terça-feira (12). A informação é de um dos membros da Comissão de Organização Eleitoral (COI) do partido em Pernambuco, Cirilo Mota. Segundo ela, a parlamentar já conta com mais de 50% dos votos apurados.

“É quase improvável que Teresa Leitão não ganhe no primeiro turno. Os números mostram que ela está se mantendo com o percentual necessário que é 50% + 1. Ela está acima disso e dificilmente vai ter uma alteração”, afirmou o petista.

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De acordo com Mota, o COI deve se reunir na tarde desta terça (12) para discutir o processo eleitoral.  Contudo, a decisão sobre o pleito só deve ser tomada com a chegada das atas dos municípios restantes. Os representantes das cidades devem enviar os documentos até às 20h. “Vamos esperar até esse horário para saber se vai alterar ou não um dado, mas pela quantidade de votos o resultado da presidência em Pernambuco dificilmente será mudado. Até o momento 15 municípios faltam entregar os documentos, se passarem desse prazo (20h) não vamos considerar (...) Vale lembrar que os documentos necessários para validação são a ata de apuração, a ata de votação e a lista de presença e deverá ser entregue fisicamente ou via sedex e não informando por telefone ou email”, explicou.

“Ainda aceitaremos recurso até o próximo dia 14. A gente pode até tomar uma decisão, mas isso pode mudar dependendo desses recursos que podem ser tanto em âmbito municipal, quanto estadual e nacional”, completou Mota.

Segundo o petista, o anúncio do resultado só deve ser feito pelo atual presidente estadual do partido, o deputado federal Pedro Eugênio (PT). “Nós do COI somos apenas sete membros que auxiliam nas eleições. A confirmação parte do presidente”, concluiu.

 

Richard Carrión, principal executivo de finanças do Comitê Olímpico Internacional (COI), pediu demissão de sua função nesta quarta-feira. O dirigente porto-riquenho, que foi candidato derrotado na eleição para a presidência do COI, um mês atrás, vai deixar também a presidência da comissão de finanças, a presidência do comitê de auditoria e o posto de membro do comitê organizador dos Jogos do Rio/2016.

Presidente do Banco Popular de Puerto Rico, diretor da Reserva Federal de Nova York e membro da Fiba (Federação Internacional de Basquete) desde 2010, Carrión ostentava o trunfo de ter negociado, em 2002, - e conseguido - o contrato dos direitos de transmissão com a rede de TV americana NBC pelo valor de US$ 4,3 bilhões até 2020. Responsável por negociar direitos de transmissão fora da Europa, ele arrecadou um total de US$ 8 bilhões em contratos.

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Carrion, porém, concordou em ficar no cargo os Jogos do Sochi (Rússia), que se encerrarão em 23 de fevereiro. Assim, ajudará no processo de transição com a saída de Jacques Rogge e a entrada do novo presidente, Thomas Bach.

A saída do porto-riquenho é a primeira grande perda do COI desde a eleição de Bach, no dia 10 de setembro. O presidente do comitê olímpico alemão teve 49 votos na segunda rodada do pleito em Buenos Aires, superando exatamente Carrión, que terminou em segundo, com 29 votos. Na eleição, ele era encarado como o homem que poderia garantir estabilidade econômica ao COI nestes tempos de crise mundial.

O porta-voz do COI, Mark Adams disse que Carrión mandou uma carta para Bach alguns dias depois da eleição. "Nessa carta, eu entendo que ele (Carrión) disse que acredita que o novo presidente precisa ter a liberdade de escolher prioridades e selecionar a equipe em quem confia. Ele deixou claro que estava feliz em ajudar em qualquer transição e gostaria de continuar com as negociações de TV."

O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de 2016 não vai contar com um centavo de dinheiro público. A informação, nova, foi dada pelo diretor de comunicação do órgão, Mario Andrada, durante um painel no 8º Congresso Internacional da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), que terminou nesta terça-feira, na PUC do Rio, e reuniu 1,3 mil pessoas de 87 países.

O próprio dossiê da candidatura do Rio previa que 31% do dinheiro do Comitê Organizador dos Jogos viria da prefeitura da cidade. Agora, conforme a informação de Mario Andrada, os custos administrativos do órgão serão bancados pelo Comitê Olímpico Internacional (COI).

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Ainda de acordo com o diretor de comunicação do Comitê Organizador, a divulgação da Matriz de Responsabilidade das três esferas de governo sobre os gastos com os Jogos do Rio ainda está sem prazo definido. O COI já cobra essa medida há três anos.

Mario Andrada atribuiu em parte essa indefinição sobre a Matriz de Responsabilidade à mudança do cenário político no País desde o início das manifestações de rua, em junho. Para ele, haveria agora um cuidado extremo das autoridades para divulgar números precisos. "Posso garantir a transparência do Comitê Organizador com relação a gastos, investimentos, números", disse o diretor.

Do debate no Congresso Internacional da Abraji, participaram estudantes e jornalistas, entre os quais Jorge Luiz Rodrigues e Gilmar Ferreira, que já cobriram várias edições da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos e dividiram a mesa com Mario Andrada.

Eleito presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI) na última terça-feira, Thomas Bach já começou a tornar mais claro os seus planos para a sua gestão. Nesta quarta-feira, o dirigente revelou o seu desejo de mudar o processo de escolha das futuras sedes dos Jogos Olímpicos.

Em um comentário que pode ser visto como uma referências à insatisfação no Brasil com os grandes custos das duas competições esportivas serão organizados pelo país nos próximos anos - a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016, no Rio - Bach disse que as populações de potenciais cidades-sede devem "fazer parte da candidatura em um estágio muito cedo" para "garantir maior participação e apoio".

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Bach acrescentou acreditar que o atual sistema de licitação pede "muito, demasiado cedo" e leve a previsibilidade, ao invés da criatividade. "Nós nos aproximamos de cidades potenciais candidatos, como você se fosse um negócio, como uma licitação por uma franquia. Todos os livros de candidaturas são escritos pelas mesmas pessoas em todo o mundo, você tem as mesmas respostas", disse.

"Eu gostaria de tentar mudar essa mentalidade um pouco, pensando na candidatura como um convite. Eu quero convidar potenciais candidatos para estudar como os Jogos Olímpicos se encaixariam em sua cidade a longo prazo e no desenvolvimento regional e nacional, e como poderia contribuir para o desenvolvimento sustentável".

No sábado, Tóquio foi escolhida para sediar os Jogos Olímpicos de 2020, derrotando as candidaturas de Istambul e Madri. A capital espanhola foi alvo de críticas de que realizar o evento seria uma prioridades equivocada, pois o país está em recessão e com alta taxa de desemprego.

O governo japonês enfrentou críticas semelhantes, sob a ideia de que deveria concentrar-se na resolução da crise nuclear de Fukushima, ao invés de gastar bilhões de dólares na Olimpíada. Por sua vez, os Jogos de Inverno de 2014, em Sochi, na Rússia, devem provocar gastos de mais de US$ 50 bilhões, o que o tornaria a Olimpíada mais cara de todos os tempos.

Eleito presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI) nesta terça-feira, o alemão Thomas Bach prometeu em seu primeiro pronunciamento oficial que a sua gestão será baseada na humildade e "na unidade e diversidade", o lema da sua vitoriosa campanha, consagrada na 125ª Sessão do COI, realizada em Buenos Aires.

Na eleição, Bach confirmou o seu favoritismo e venceu a disputa logo na segunda rodada de votação, quando recebeu o apoio de 49 membros do COI, superando o porto-riquenho Richard Carrion, que teve 29 votos, o cingapuriano Ng Ser Miang, com seis, o suíço Denis Oswald, com cinco, e o ucraniano Sergei Bubka, com quatro - o taiwanês C.K. Wu foi eliminado logo na primeira votação.

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"Quero ser um presidente para todos vocês. Isto quer dizer que farei meu melhor esforço para equilibrar assim os diferentes interesses das partes interessadas no movimento olímpico", disse Bach, que em outros discursos públicos anteriores defendeu a realização de uma edição da Olimpíada na África, o que nunca aconteceu.

Bach, de 59 anos, conquistou uma medalha de ouro na esgrima na Olimpíada de 1976, em Montreal, e chega ao comando do COI após longa experiência na entidade, em que era um dos vice-presidentes de Jacques Rogge desde 2006. "Espero poder contar com seus conselhos", disse a Rogge. "Você está deixando um grande legado e uma forte base sobre a qual todos juntos podemos seguir construindo o futuro do COI".

No seu mandato, Bach terá que lidar com os atrasos da organização da Olimpíada de 2016, no Rio, mas, em um primeiro momento, tentou encarar a situação com otimismo. "Vamos trabalhar em estreita colaboração com as autoridades brasileiras e o comitê organizador para fazer do Rio um sucesso. E eu já estou ansioso para ver os Jogos emocionantes e bem-sucedidos no Rio", disse.

Mas o primeiro desafio do nono presidente do COI será lidar com a organização da Olimpíada de Inverno de Sochi, marcada para fevereiro de 2014, e lidar com a repercussão negativa da legislação antigay da Rússia. "O primeiro desafio será o de celebrar, mas também temos que organizar os Jogos de Inverno de Sochi. Temos que nos preparar bem e estou certo de que os Jogos serão um êxito", comentou.

O ex-esgrimista alemão Thomas Bach é o novo presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI). Ele foi eleito nesta terça-feira pelos integrantes do comitê da entidade durante uma reunião na capital argentina, derrotando outros cinco candidatos. Advogado de 59 anos, Bach ocupa a vice-presidência do COI há 13 anos e é presidente do Comitê Olímpico Alemão. Neste novo posto, o primeiro desafio de Bach serão os Jogos Olímpicos do Rio, em 2016.

Medalha de ouro na Olimpíada de Montreal, em 1976, Bach preparou-se para este cargo durante esta última metade de sua vida, escalando postos dentro da organização encarregada por organizar os Jogos Olímpicos.

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O novo presidente sucederá o belga Jacques Rogge, que na semana passada declarou que havia sido "divertido" exercer a presidência do COI, embora tenha lamentado pouco "tempo disponível para dormir" nestes últimos 12 anos de sua gestão.

Bach foi presidente da Câmara de Indústria e Comércio Árabe-Alemã, entidade que lhe deu acesso aos xeques árabes, que constituem desde a virada do século um dos principais investidores em esportes no mundo. Graças a estes vínculos forjou uma sólida amizade com o xeque Ahmed Al-Sabah, do Kuwait, que presidente o influente Conselho Olímpico Asiático. Bach, que é membro do COI desde 1981, contou com dois fortes padrinhos no início da carreira: Horst Drassler, fundador da Adidas, e Juan Antonio Samaranch, presidente do COI na época.

Apesar da influência que possui, Bach sofreu uma derrota política recentemente ao não conseguir emplacar Munique como a sede dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2018.

Em sua campanha para chegar à presidência do COI, Bach usou o slogan "unidade na pluralidade" e defendeu a realização de Jogos na África, continente que nunca foi anfitrião deste evento esportivo mundial.

DERROTADOS - O principal rival de Bach nesta disputa foi o porto-riquenho Richard Carrión, especialista em contabilidade e do business olímpico que comanda o Departamento de Auditorias do COI.

Carrión, presidente do Banco Popular de Puerto Rico e diretor da Reserva Federal de Nova York, que também é membro da Federação Internacional de Basquete desde 2010, apresentou-se como a alternativa "administrativa" de sucesso, já que ele ostenta o trunfo de ter negociado, em 2002, - e conseguido - o contrato dos direitos de transmissão com a rede de TV americana NBC pelo valor de US$ 4,3 bilhões até 2020. No total, deste que está no cargo, Carrión negociou um total de US$ 8 bilhões em contratos de TV.

O porto-riquenho era encarado como o homem que poderia garantir estabilidade econômica ao COI nestes tempos de crise mundial. Os ingressos conseguidos por Carrión superam todos os níveis anteriores da história do comitê.

Carrión não tem "pedigree" de atleta, já que nunca praticou esporte algum como competidor olímpico. No entanto, ele expressa preocupação pelo limite de 28 esportes para os Jogos. Mas concorda com o limite de 10.500 atletas que participam em cada Olimpíada.

Outro rival nesta disputa pela presidência do COI foi o ucraniano Sergei Bubka, atleta do salto com vara, que conquistou a medalha de ouro nos Jogos de Seul em 1988 e quebrou recordes mundiais por 35 vezes. Figura mais respeitada entre os atletas, é membro honorário da Comissão de Atletas do COI. Presidente do Comitê Olímpico craniano, ele era o candidato mais jovem, com 49 anos.

A lista de aspirantes à presidência do COI também foi integrada pelo suíço Denis Oswald, que contava com a experiência de ter comandado durante longo tempo a Federação Internacional de Remo e a Associação de Federações Olímpicas de Verão.

Na segunda-feira, Oswald causou polêmica ao declarar a uma rádio da Suíça que Bach "utilizava sua posição de vantagem" para realizar seus próprios negócios. O porta-voz do COI, Mark Adams, tentou colocar panos quentes: "Entendo que (Oswald) disse algo mais do que queria dizer. E ele foi relembrado das normas de conduta para uma eleição".

Na lista de candidatos também estava o arquiteto taiwanês Ching Kuo Wu, de 66 anos, presidente da Associação Mundial de Boxe amador. Entre os seis candidatos, ele era o mais antigo membro do COI. Ele também era o candidato que mais insistiu na defesa dos direitos humanos por intermédio do comitê. Já o diplomata Ng Ser Miang, de Cingapura, era o candidato preferido dos países do extremo oriente.

CONSERVADOR - Os especialistas afirmam que o COI é marcado pelo conservadorismo, já que seus presidentes são renovados com pouca frequência. Em 119 anos de História, desde sua fundação pelo barão de Coubertin em 1894, o COI teve, até Jaques Rogge, um total de oito presidentes. A ONU também teve oito secretários-gerais, embora isso tenha ocorrido em menos da metade do tempo (51 anos).

O novo presidente do COI, que terá um mandato de oito anos, renovável por outros quatro, se deparará com uma série de desafios, entre os quais o combate ao doping, a revisão do programa esportivo, além da consolidação dos Jogos da Juventude, criados há poucos anos. Outro dos desafios é tentar realizar os Jogos Olímpicos na África, continente que nunca contou com esse evento esportivo mundial.

O COI teve como presidentes, desde sua fundação, o grego Dimitrios Vikelas (1894-1896), o francês Pierre de Coubertin (1896-1925), o belga Baillet-Latour (1925-1942), o sueco Johannes Sigfrid Edström (1946-1952), o norte-americano Avery Brundage (1952-1972), o irlandês Michael Morris Killanin (1972-1980), o espanhol Juan Antonio Samaranch (1980-2001) e o belga Jacques Rogge (2001-2013).

Do total de presidentes somente um (Brundage) não era do Velho Continente, sendo que o COI também nunca foi comandado por um asiático.

O ex-jogador de vôlei Bernard Rajzman entrou formalmente para o Comitê Olímpico Internacional (COI) nesta terça-feira (10). O brasileiro se tornou oficialmente membro efetivo da entidade ao ter a sua indicação aprovada durante a 125ª Sessão do COI, que está sendo realizada em Buenos Aires, com 81 votos favoráveis e 12 contrários. O ato é considerado praticamente uma formalidade, tanto que os nove nome indicados tiveram seus nomes aprovados nesta terça. A ratificação da entrada de Bernard deixa o Brasil novamente com representantes no COI após a renúncia de João Havelange e a saída de Carlos Arthur Nuzman, obrigatória para membros eleitos a partir de 2000 quando eles atingem 70 anos.

Bernard, de 56 anos, fez história no vôlei com o saque que ficou conhecido como "Jornada nas Estrelas", em que a bola era lançada com força e bastante efeito a uma altura elevada, com a intenção de dificultar a recepção do adversário. Ele também foi vice-campeão mundial em 1982 e faturou a medalha de prata na Olimpíada de 1984 pela seleção brasileira, além de ter sido posteriormente eleito para o Hall da Fama do Vôlei.

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O COI também elegeu outros oito membros nesta terça em Buenos Aires. Os principais nomes são Larry Probst, presidente do Comitê Olímpico dos Estados Unidos, com 71 votos favoráveis e 20 contra, Alexander Zhukov, presidente do Comitê Olímpico da Rússia, com 63 votos a favor e 29 contrários, e o ex-atletas Paul Tergat (86 a 9), do Quênia, e Stefan Holm (81 a 10), da Suécia. O etíope Dagmawit Girmay Berhane, o holandês Camiel Eurlings, a filipina Mikaela Maria Antonia Cojuangco-Jaworski e o romeno Octavian Morariu foram os outros nomes eleitos.

Ainda nesta terça, o COI elege o seu novo presidente, que vai suceder o belga Jacques Rogge. O alemão Thomas Bach é o favorito para a eleição, que também conta com as participações de Ng Ser Miang, de Cingapura, Richard Carrión, de Porto Rico, Wu Ching-kuo, de Taiwan, Denis Oswald, da Suíça, e Sergei Bubka, da Ucrânia.

O Comitê Olímpico Internacional (COI) revelou nesta segunda-feira que Lance Armstrong ainda não devolveu a sua medalha olímpica, conquistada nos Jogos de Sidney/2000 e que lhe foi formalmente retirada no início do ano, após o ex-ciclista norte-americano ter realizado uma confissão pública de que se dopou.

Vice-presidente do COI, Thomas Bach explicou que o caso está encerrado, pois Armstrong e o Comitê Olímpico dos Estados Unidos não recorreram da decisão. Mas o pedido feito pela entidade para que o ex-ciclista e o comitê norte-americano devolvessem o bronze conquistado na prova do contra-relógio na Olimpíada de 2000 ainda não foi cumprido.

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"O que nos falta, infelizmente, mas espero que isso possa ser resolvido logo, é apenas receber a medalha de volta. Mas legalmente o caso está encerrado pelo COI", explicou Bach.

Campeão sete vezes da Volta da França, Armstrong admitiu em janeiro que fez uso de substâncias proibidas durante todas essas conquistas da principal prova do ciclismo mundial, após a Agência Antidoping dos Estados Unidos publicar, ainda em 2012, um extenso relatório em que aponta que o astro se dopou durante a sua carreira, declarando que ele foi o responsável pelo "mais sofisticado, profissional e bem-sucedido programa de doping já visto no esporte".

Esse relatório, inclusive, o levou a perder todos os seus sete títulos da Volta da França. Já o COI decidiu retirar a sua medalha olímpica após a confissão pública de doping, realizada no início deste ano. A entidade, porém, decidiu manter o terceiro lugar da prova do contra-relógio vaga, mas solicitou a devolução da medalha, o que ainda não foi cumprido por Armstrong.

Tóquio será a sede da Olimpíada de 2020. Em eleição realizada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), neste sábado, em Buenos Aires, na Argentina, a cidade japonesa venceu uma disputa que durou longos meses, contra Istambul (Turquia) e Madri (Espanha), e terá o direito de receber o evento depois do Rio, que organizará os Jogos de 2016.

Havia uma expectativa de muito equilíbrio na eleição, sem que ninguém pudesse ser apontado como favorito. E isso ficou claro na primeira rodada da votação, quando precisou acontecer um desempate entre Madri e Istambul - Tóquio avançou direto para a disputa final, mas sem a maioria necessária para ser apontada como a vencedora. Aí, no confronto direto entre as duas, a cidade turca levou a melhor e provocou a eliminação espanhola.

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Na sequência, os membros do COI fizeram uma nova votação, dessa vez entre Tóquio e Istambul, para apontar a sede olímpica. Depois de computados os votos, a entidade esperou quase uma hora para fazer o anúncio oficial da vencedora. Assim, encerrando uma eleição que durou meses e culminou com um longo dia de disputa em Buenos Aires, a cidade japonesa levou a melhor sobre a rival turca e ganhou o direito de receber a Olimpíada de 2020.

Essa é a segunda vez que Tóquio receberá a Olimpíada, depois da edição de 1964. Na eleição anterior, perdeu a disputa por 2016 para o Rio. Dessa vez, porém, ganhou o direito de ser novamente a sede olímpica. Mesmo tendo o menor apoio popular entre as três finalistas, a candidatura japonesa teve como trunfo a força econômica do país. Assim, desbancou Istambul, derrotada pela quinta vez, e Madri, que já perdeu a chance em quatro oportunidades.

CANDIDATURAS - Antes da votação, as três finalistas tiveram a chance de fazer uma última apresentação aos membros do COI neste sábado. Cada uma tratou de valorizar seus pontos fortes e minimizar possíveis problemas na organização da Olimpíada. E todas levaram poderosos cabos eleitorais a Buenos Aires, como o presidente da Espanha, Mariano Rajoy, o primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, e o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe.

Apesar da crise econômica na Espanha, a candidatura de Madri lembrou que precisaria de pouco dinheiro para se preparar, pois 80% dos investimentos necessários já foram realizados. O discurso adotado pelos turcos foi de que Istambul é a "a cidade da amizade e da paz", mesmo com a proximidade do conflito na Síria. E os japoneses trataram de minimizar o risco de contaminação nuclear por causa do acidente em Fukushima, distante 220 quilômetros de Tóquio.

A candidatura de Madri foi eliminada na primeira rodada de votação para escolha da sede dos Jogos Olímpicos de 2020, que acontece neste sábado, em Buenos Aires, na Argentina. Assim, Tóquio e Istambul são as duas finalistas que restaram na disputa para receber o evento, cujo resultado será conhecido logo mais.

Na eleição realizada entre os membros do Comitê Olímpico Internacional (COI), houve um empate entre Madri e Istambul - enquanto isso, Tóquio foi a mais votada, mas sem atingir a maioria necessária para ser apontada como vencedora. Aí, foi preciso acontecer um desempate entre as candidaturas espanhola e turca.

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No desempate, Istambul levou a melhor e venceu por 49 votos a 45. Assim, avançou para a disputa final com Tóquio, cujo resultado será conhecido ainda neste sábado. E Madri acabou sendo eliminada, perdendo a eleição da sede olímpica pela terceira vez seguida e quarta na história - já tinha tentado em 1972, 2012 e 2016.

Os responsáveis pela candidatura de Istambul aos Jogos Olímpicos de 2020 aproveitaram a apresentação final antes da escolha da sede do evento, neste sábado, em Buenos Aires para lançar uma forte mensagem de paz ao mundo, na sua última tentativa de conquistar votos dos membros do Comitê Olímpico Internacional (COI).

O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, classificou Istambul como "a cidade da amizade e da paz", no momento em que sua região passa por um momento de instabilidade, entre outras razões, pela guerra civil na vizinha Síria. Precisamente, o conflito na Síria tem sido um dos maiores desafios para a candidatura de Istambul, cuja população é de maioria muçulmana e que é uma ponte entre a Europa e a Ásia.

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"Há uma grande necessidade de paz na região e vemos Istambul e os anéis olímpicos como um sinal de paz e amizade", disse Erdogan, recém-chegado da conferência do G20 em São Petersburgo. "Quando voava no avião disse para a minha equipe que iria falar em um idioma, o idioma universal do coração e da paz".

O responsável pela candidatura, Hasan Arat, disse que uma edição da Olimpíada em Istambul será benéfica não só para a Turquia, mas para toda a região. Ele também destacou a história da cidade.

"Os atletas competirão em alguns dos mais emblemáticos cenários do planeta", disse Arat. "Os ciclistas competirão ao lado das muralhas da cidade, de 2 mil anos de idade, os remadores irão competir ao longo da Torre de Leandro e os maratonistas atravessarão a ponte do Bósforo (que liga a Ásia com a Europa)".

Istambul também prometeu aplicar uma política de tolerância zero contra o doping e promoveu vigorosamente a economia nacional. Esta é a quinta tentativa da cidade turca de sediar a Olimpíada. Istambul tem Madri e Tóquio como adversárias para receber pela primeira vez o evento.

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Jacques Rogge, afirmou nesta quarta-feira que o Rio "deve acelerar" algumas obras para estar pronto para receber a Olimpíada de 2016. Durante entrevista coletiva em Buenos Aires, na Argentina, o dirigente belga sustentou que ele e os membros da entidade possuem boas expectativas sobre as tarefas pendentes na cidade brasileira: "Somos otimistas de que serão feitas".

Na sequência, porém, Rogge fez uma ressalva. "Mas não podemos esquecer que o tempo passa rápido", disse o presidente do COI, levantando uma sobrancelha em sutil sinal de alerta sobre o prazo que resta na preparação para o Rio.

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Um relatório interno do COI, divulgado na semana passada pelo jornal O Estado de S. Paulo, mostrou a preocupação da entidade com o atraso na preparação do Rio, apontando que apenas metade dos projetos estaria em dia. Mas, publicamente, os dirigentes mostram confiança de que os prazos serão cumpridos.

Em sua última coletiva de imprensa como presidente do COI, Rogge, que passará seu cargo a um sucessor que será escolhido na terça-feira em Buenos Aires, evitou qualquer comentário sobre as chances das três candidatas que disputam a sede dos Jogos de 2020 em eleição marcada para sábado (Madri, Istambul e Tóquio). Ele afirmou que a entidade "não decide pela situação atual" de uma cidade ou um país. "Mas, sim, pela projeção de como estará daqui a sete anos", avisou.

Rogge declarou que os maiores desafios do novo presidente do COI serão a organização de bons Jogos Olímpicos, a luta contra o doping e assegurar financiamento necessário para a entidade. No entanto, admitiu que "o doping nunca desaparecerá totalmente". "Infelizmente, é como a criminalidade em relação à sociedade", lamentou.

Fazendo um balanço sobre os 12 anos em que esteve no comando do COI, Rogge disse que "nem sempre" se divertiu na liderança da entidade. Mas admitiu que "sempre" foi excitante. Segundo ele, sua partida o "emociona". Mas vai embora "sem nostalgia". Depois, em tom irônico, afirmou que a única coisa que não conseguiu realizar com sucesso nesse período foi seu desejo de "dormir de forma suficiente e deitar em horas decentes".

O Comitê Olímpico Internacional (COI) confirmou nesta segunda-feira, no Rio, todas as preocupações que tem com a organização dos Jogos de 2016, que estavam contidas em relatório interno revelado no último sábado. Visivelmente preocupada com os protestos que tomaram conta do Brasil durante a Copa das Confederações, em junho, a entidade mudou de postura, numa tentativa ostensiva de transmitir uma imagem positiva da Olimpíada, focada principalmente no "legado".

"Não havia críticas, é um documento de gerenciamento de risco", disse o diretor executivo de Jogos Olímpicos do COI, Gilbert Felli, na entrevista de encerramento da visita da comitiva da entidade ao Rio. "Não é um documento para criticar o Comitê (Organizador do Rio/2016), mas um material de trabalho, compartilhado com todos para entendermos o que está sendo feito e corrigirmos o curso se necessário."

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No relatório "estritamente confidencial" do COI, revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo, os 44 capítulos de preparação estavam divididos em três cores: verde para as que estão em dia; amarelo para as sob ameaça; e vermelho nos casos de atrasos, como é o caso de todo o capítulo sobre infraestrutura. O entidade pedia, por exemplo, um "monitoramento muito cuidadoso" da linha 4 de metrô, que vai ligar a zona sul do Rio à Barra da Tijuca, local da maior parte das disputas em 2016.

Nesta segunda-feira, Felli reconheceu que esteve "muito preocupado" com as obras da linha 4 (executadas pelo governo estadual), disse que agora elas estão indo rápido, mas, ainda assim, serão mantidas "no vermelho" porque serão entregues "muito em cima da hora". "Se chegar o dia dos Jogos e o metrô não estiver pronto, precisamos de um plano de contingência e estamos pedindo isso para a cidade".

O relatório também mostrava a preocupação do COI com os protestos que tomaram conta do Brasil e, principalmente, do Rio, o que ficou evidente nesta segunda-feira. Na entrevista coletiva, a palavra "legado" foi exaustivamente usada. "Achamos (as manifestações) algo saudável, as pessoas pediam melhor saúde e educação. O esporte pode ajudar", disse a presidente da Comissão de Coordenação do COI para os Jogos do Rio, a marroquina Nawal El Moutawakel, que fez questão de listar os "legados" da Olimpíada logo no discurso de abertura do evento desta segunda-feira.

A menos de quatro anos para os Jogos Olímpicos, a Matriz de Responsabilidades, documento que detalha qual será a participação de cada nível de governo (municipal, estadual ou federal), ainda não ficou pronta - e é uma das principais cobranças do COI. São pelo menos dois anos de atraso, já que a entidade esperava o documento concluído em 2011.

Para completar, três esportes ainda não têm os locais de disputa definidos: canoagem slalom, ciclismo e polo aquático. O diretor do COI cobrou publicamente uma definição rápida para o problema. Felli também citou as principais preocupações: infraestrutura, o Complexo Esportivo de Deodoro, a Matriz de Responsabilidades e os esportes ainda sem local.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), afirmou no último domingo esperar que o Comitê Olímpico Internacional (COI) diga se tem preocupações com eventuais atrasos envolvendo obras e a organização dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio.

Ele disse não ter lido o relatório que foi objeto de reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo em sua edição de sábado, no qual o COI se mostra preocupado com vários problemas envolvendo a organização da Olimpíada, mas declarou achar que é um trabalho de circulação interna e tentou minimizar sua importância. "Não li esse relatório. Se o COI está preocupado, espero que diga", disse o prefeito.

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Paes participou neste domingo de reunião com avaliadores internacionais do COI. Antes de entrar para o encontro, disse que "não existem motivos mais graves para preocupação". "Sempre alerta todos devemos estar. E asseguro que sou o mais alerta."

Segundo Paes, todos os projetos da cidade estão em andamento e dentro do cronograma. Os 19 integrantes da Comissão de Coordenação do COI para os Jogos de 2016 ficarão na cidade até esta segunda-feira, para uma revisão do projeto carioca para a importante competição.

A preparação e o financiamento do Rio para os Jogos Olímpicos de 2016 sofrem profundos atrasos que já colocam em sério risco o evento. Obras e estádios incompletos, esportes sem um plano claro dos locais de disputa, falta de dinheiro, de patrocinadores e um déficit crônico de quartos de hotel são apenas alguns dos desafios que a cidade enfrenta. As informações fazem parte de um relatório "estritamente confidencial" do Comitê Olímpico Internacional (COI), obtido com exclusividade pelo jornal O Estado de S. Paulo. Faltando três anos para a Olimpíada, o raio X da entidade revela sem meias palavras uma sede despreparada para o evento e com problemas financeiros.

A avaliação, que se contrasta aos discursos de políticos e de Carlos Arthur Nuzman (presidente do Comitê Olímpico Brasileiro e do Comitê Organizador dos Jogos), será usada como base dos debates que começam neste sábado no Rio, na reunião promovida no Brasil entre o COI, governo e organizadores locais. O informe técnico classifica os 44 capítulos da preparação em três cores diferentes: verde, para as áreas que estão em dia; amarelo, para aquelas sob ameaça; e vermelho, nos casos de atrasos que já comprometem a Olimpíada. Apenas metade da preparação está em dia.

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Se o COI tem adotado um tom mais diplomático para cobrar o Rio e não vem apelando à críticas escancaradas, como a Fifa fez no caso da Copa do Mundo de 2014, a realidade é que os documentos secretos mostram um cenário dramático.

Um dos pontos que preocupam o COI é a infraestrutura, capítulo que está integralmente classificado de vermelho. No segmento de transporte, o COI pede um "monitoramento muito cuidadoso" da Linha 4 do Metrô, das obras entre a Barra e Zona Sul, a Transolimpica e a Transbrasil, todas atrasadas. A entidade também aponta para o risco de que não haja uma frota suficiente de ônibus e pede que seja desenvolvido um plano alternativo caso a Linha 4 falhe. Vários projetos foram adiados de maio para o fim do ano, inclusive um estudo que determinaria a demanda por transporte na cidade.

O COI ainda pede que projetos de infraestrutura de abastecimento de água e eletricidade sejam "cuidadosamente monitorados", classificando esses itens de amarelo. Outra obra que aparece com um alerta amarelo é a do porto. Um atraso poderia acabar afetando os planos dos organizadores de usarem navios como hotéis durante o evento.

HOTEL - De fato, a rede hoteleira é outra que corre o risco de gerar sérios problemas e está classificada de vermelho pela avaliação. Até agora, o número de quartos contratados no Rio é de apenas 19,2 mil - o COI estima que o evento precisará de 45 mil.

O informe também revela o adiamento dos contratos com navios que seriam usados como hotéis, no porto do Rio. O prazo era que esses contratos estivessem concluídos em março de 2013. Agora, ficarão para o final do ano. Segundo o COI, houve um "interesse mais baixo de que se esperava por parte de empresas de navio".

A situação do aeroporto do Rio também merece uma luz amarela, com o plano operacional adiado de novembro de 2013 para março de 2014.

Mas são as instalações esportivas em total atraso que mais preocupam a entidade. Segundo o COI, locais de competições ainda não estão 100% confirmados. "O plano mestre de instalações esportivas precisa ser congelado agora", alerta o relatório, em uma referência às frequentes mudanças de planos pelos organizadores.

"Ainda existem muitas e frequentes mudanças de locais ou incertezas sobre a localização e especificações das instalações", critica o documento. Entre as incertezas estão as instalações para os esportes aquáticos, corrida de rua, o Maracanã, canoagem e outros. "Essas mudanças e incertezas têm ou poderão ter impactos negativos nas operações", indica o informe. Segundo o COI, o Rio teria já de saber em abril a capacidade total de todas as instalações. Mas isso foi adiado para novembro.

No caso do Maracanã, o COI alerta que processos legais podem ter um impacto ainda nos planos de adequação do complexo e, na prática, paralisar a preparação do estádio para 2016.

Uma crítica dura ainda é dirigida ao plano para Deodoro, com "atrasos adicionais no processo de licitação". "Isso coloca em risco a capacidade de ter esses locais prontos no prazo para os eventos-teste e, de uma forma mais global, impacta na conclusão efetiva do desenvolvimento inteiro da zona."

O COI pede "urgência máxima" em Deodoro, no planejamento, licitações e construção. Segundo o cronograma indicado no documento, o projeto do local deveria estar pronto em maio de 2012. Mas o novo prazo é novembro de 2013.

A entidade não deixa de criticar ainda a situação do Estádio João Havelange (Engenhão), atualmente interditado. "Um calendário integrado de construção precisa ser urgentemente exigido", aponta o COI. "Isso teria de garantir não apenas os trabalhos de correção do teto, mas outras exigências para as instalações já existentes."

O COI cobra o Rio que "demonstre com precisão" esse calendário para o Estádio João Havelange e "de garantias de que prazos e cronogramas serão respeitados sem adiamentos".

A constatação é de que o Rio está atrasado e a definição final do número de eventos, dimensão e agenda será "desafiadora diante dos atrasos nos prazos de construção". Até a garantia de energia nas instalações esportivas estaria em aberto.

DOPING - Um dos capítulos em que existe maior atraso é o do controle de doping. No informe, o COI alertava para o risco de que o Laboratório do Rio fosse descredenciado pela Agência Mundial Antidoping (Wada), que ocorreu dois dias depois da elaboração do documento. Leis que deveriam ter sido aprovadas em junho de 2012 foram adiadas para setembro de 2013.

O COI ainda exige que governo adote leis que reduzam o risco de que recursos sejam acionados na Justiça por partes de empresas que saiam perdedoras em licitações, o que evitaria novos atrasos. Outra exigência: garantir que não haja falta de material, cimento e areia para obras.

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Jacques Rogge, se pronunciou nesta segunda-feira sobre os recentes escândalos de doping que atingiram o atletismo e garantiu ver um lado positivo nesses casos. De acordo com o dirigente, os resultados positivos dos velocistas Tyson Gay, Asafa Powell e Sherone Simpson são decepcionantes, mas também uma prova de que os esforços para descobrir o uso de substâncias proibidas estão funcionando.

Os casos foram divulgados no último domingo, um mês antes do começo do Mundial de Atletismo de Moscou. "Estou naturalmente desapontado, e gostaria de reiterar a nossa política de tolerância zero contra o doping", disse Rogge. "É claro que a luta contra o doping pode nunca ser totalmente vencida, mas estes casos mostram mais uma vez a eficácia da forte, sofisticada e em constante evolução batalha contra o doping no esporte que está sendo travada pelo Comitê Olímpico Internacional e seus parceiros no Movimento Olímpico", completou.

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Os casos de Gay, Powell e Simpson acontecem um mês após a jamaicana Veronica Campbell-Brown testar positivo para um diurético proibido. "Embora não sejam perfeitos, os métodos são cada vez melhores, com passaportes sanguíneos e a capacidade para testar os atletas em qualquer momento dentro e fora de competição provando ser eficaz na captura de fraudes para agir como impeditivo", disse Rogge. "Nós também mantemos as amostras por oito anos, para que as melhorias nos testes possam pegar fraudes após os Jogos acabarem".

Thomas Bach, que comanda as investigações do COI em casos de doping nos Jogos Olímpicos e é um dos vice-presidentes do comitê, disse que a última notícia é "decepcionante e encorajadora ao mesmo tempo". "Se toda a informação for confirmada no final do dia seria uma grande decepção que alguns atletas, obviamente, ainda não entenderam que há tolerância zero na luta contra o doping", disse o alemão. "Pegar as fraudes é importante, mas apenas um meio para o fim de proteger os atletas limpos".

"Ao mesmo tempo, a notícia de ontem é encorajadora porque prova que o sistema de teste está funcionando e nenhuma fraude está segura. A luta contra o doping leva tempo e nunca será encerrada, mas estamos lutando com todas as consequências necessárias", completou.

Gay foi o primeiro a vir a público no último fim de semana ao divulgar resultado de exame realizado pela Agência Antidoping dos Estados Unidos. Ele não revelou a substância detectada, fora de competições, mas antecipou que não participará dos próximos eventos, frustrando um esperado duelo com o jamaicano Usain Bolt na prova dos 100 metros no Mundial de Atletismo.

Logo após a revelação do norte-americano, Powell admitiu ter testado positivo para a substância oxilofrina, um estimulante que faz parte da lista das proibidas pela Agência Mundial Antidoping. O jamaicano não se classificou para a disputa dos 100 metros em Moscou.

O empresário do velocista também confirmou que Sherone Simpson, integrante da equipe jamaicana feminina que foi medalhista de prata no revezamento 4x100 metros na Olimpíada de Londres/2012, fora flagrado em testes realizados durante as seletivas. De acordo com o jornal The Gleaner, da Jamaica, outros três atletas foram pegos no doping. Os nomes ainda não foram confirmados, mas Allison Randall, do lançamento de disco revelou nesta segunda ter testado positivo.

Em sua última entrevista coletiva às vésperas do fim de seus 12 anos no comando do Comitê Olímpico Internacional (COI), Jacques Rogge fez um alerta ao Rio e pediu, nesta quarta-feira, que as obras para os Jogos de 2016 sejam aceleradas, principalmente o aeroporto. Mas, assim como fez a Fifa em relação à Copa do Mundo, ele opta por se distanciar das críticas no Brasil em relação aos custos do grandes eventos esportivos e aponta que não foi ele quem pediu para que o governo usasse dinheiro público na Olimpíada.

Para Rogge, a utilização de "dinheiro público é uma decisão soberana de cada governo que organiza os Jogos". Ou seja: o uso de dinheiro público não foi um pedido nem uma exigência do COI ao Rio.

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Quatro anos depois que o Rio recebeu o direito de sediar o evento, a cidade ainda não sabe qual será o orçamento do evento. Em 2009, falou-se que poderia custar R$ 27 bilhões em obras e mais US$ 7 milhões na parte operacional. Mas ninguém duvida que o valor agora será superior.

A atitude de Rogge é similar a que foi adotada pela Fifa durante a Copa das Confederações diante dos protestos nas ruas, insistindo que não foi a entidade quem pediu para levar o evento ao Brasil e não foi ela quem exigiu os investimentos que o País está fazendo.

O belga deixa seu cargo em setembro, quando ocorre a eleição para o futuro presidente da entidade. Entre seus principais legados está a decisão de levar o evento pela primeira vez à América do Sul, no Rio, em 2016.

Mas, no COI, nem todos pensam como Rogge. Parte da entidade e os próprios candidatos ao comando estimam que as queixas dos brasileiros "precisam ser escutadas". Os novos dirigentes chegam a declarar que a entidade terá de modificar a forma pela qual as cidades são escolhidas.

Rogge, porém, prefere dar como solução às críticas uma maior comunicação para que os benefícios do evento sejam explicados. "Investimentos públicos não são para o curto prazo ou para as semanas dos Jogos ou o mês da Copa. Os investimentos são para longo prazo e vão ajudar as comunidades", declarou.

Questionado se não temia ser alvo dos mesmo protestos que a Fifa sofreu no mês passado, Rogge insistiu que a solução é "explicar ao público que os investimentos irão gerar um legado sustentável". "Os Jogos são para o bem e ajudam a sociedade. Isso precisa ser explicado", declarou, aproveitando para destacar que também aposta que a Copa do Mundo será um "grande sucesso".

COBRANÇAS - Se Rogge deixa o poder, ele não sai sem antes fazer um alerta ao Rio. "Os trabalhos tem caminhado. Mas há muito o que deve ser obtido antes de 2016", alertou. "Estamos pedindo que acelerem (os trabalhos)", insistiu.

Um dos pontos de preocupação de Rogge é o aeroporto internacional do Rio. "Pedimos que haja uma aceleração do aeroporto", insistiu. O COI teme que, diante de uma infraestrutura pouco adequada para receber turistas, o evento se transforme apenas em uma festa brasileira.

A Infraero garante que as reformas estão ocorrendo, justamente para aumentar a capacidade dos terminais e poder receber mais de 44 milhões de passageiros por ano.

Rogge ainda contou como o COI chegou a estar preocupado com a falta de avanços nas obras para a área das disputas do golfe da Olimpíada, algo que já teria sido resolvido, e ainda apontou que a questão da segurança num evento dessa dimensão será "sempre uma prioridade".

FIM - Mas o belga não se arrepende de ter levado o evento pela primeira vez para a América do Sul. "Continuo otimista e não há questão sobre a qualidade dos Jogos".

Sempre sério e com um ar de monarca, Rogge deixa o COI numa situação bem mais confortável do que aquela que ele assumiu. O belga limitou o número de esportes e atletas nas olimpíadas, justamente para que os custos do evento fossem mantidos a um certo nível.

O projeto de adicionar um novo esporte em 2016 foi abandonado nesta semana, justamente para evitar o que Rogge chama de "inflação" nos custos do evento.

Pelo menos quatro modalidades pediam a introdução de novas disciplinas: a federação de ciclismo queria a disputa do BMX estilo livre. No triatlo, a meta era revezamento misto. O judô queria disputa por equipes. Mas o grande favorito era o basquete 3x3.

Rogge, porém, não sairá sem mais uma decisão a ser tomada: a escolha da sede de 2020. Tóquio e Madri aparecem como as favoritas. Mas Istambul quer entrar para a história como a primeira a levar os Jogos para uma região do mundo que jamais sediou o evento esportivo, algo que atrai Rogge.

Tendo conduzido seis edições dos Jogos Olímpicos, Rogge deu neste mais um sinal de sua diplomacia: garantiu que jamais irá declarar que um evento foi o melhor da história.

Buenos Aires vai receber em 2018 os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos da Juventude. A capital da Argentina venceu a concorrência contra Medellín, na Colômbia, e Glasgow, na Escócia, e foi escolhida como o palco da edição de verão do maior evento de esporte escolar.

Criados em 2007, os jogos reúnem milhares de atletas de instituições de ensino públicas e privadas, com idades entre 14 e 18 anos. A primeira edição aconteceu em 2010, em Cingapura, enquanto a segunda será realizada entre 16 e 28 de agosto de 2014, na cidade chinesa de Nanjing.

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Através de um comunicado oficial, o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Jacques Rogge, parabenizou a capital argentina e afirmou não ter dúvida de que os nossos vizinhos “vão se espelhar nos sucessos de Cingapura, em 2010, e de Nanjing, em 2014, para sediar uma competição na qual os melhores jovens atletas de todo o mundo podem competir e aprender os valores olímpicos”.

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