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O fogo jorrou de um espelho côncavo nesta quarta-feira (20), quando uma mulher vestida de sacerdotisa se ajoelhou em seu vestido longo em um templo grego em ruínas, focando os raios do sol em sua tocha. Assim, faça chuva ou faça sol na cerimônia de acendimento oficial nesta quinta-feira (21), o Rio já garantiu sua chama olímpica, que vai queimar na cidade anfitriã dos Jogos, entre 5 e 21 de agosto.

Cerca de 2,5 mil pessoas participaram nesta quarta-feira do ensaio geral para a cerimônia meticulosamente coreografada na antiga Olímpia, no sul da Grécia, onde os Jogos Olímpicos da Antiguidade foram realizado por mais de mil anos. A chama acesa no Templo de Hera será mantido como uma reserva, no caso do céu nublado inviabilizar a cerimônia desta quinta-feira, que terá a participação de funcionários do Comitê Olímpico Internacional e dos organizadores dos Jogos do Rio, como o presidente da Grécia, Prokopis Pavlopoulos, e do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, e o prefeito do Rio, Eduardo Paes.

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A preparação para a Olimpíada, porém, vem sendo atrapalhada por vários problemas no Brasil, que está enfrentando uma grave crise de corrupção, uma profunda recessão econômica e o surto do vírus zika. A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, que está enfrentando um processo de impeachment, cancelou anteriormente a sua presença no evento desta quinta. Mas apesar de todas as dúvidas, dirigentes do COI e do Comitê Organizador da Olimpíada garantem que os Jogos serão um sucesso.

O ensaio desta quarta começou com três batidas em um instrumento tocado pela atriz grega Katerina Lechou. Após acender o fogo, a atriz simulou uma oração a Apolo, deus grego da luz e da música, e a cerimônia continuou no estádio antigo, que recebeu a competição de arremesso de peso nos Jogos de Atenas, em 2004.

Lehou, que fez o papel da sacerdotisa nesta quarta e o repetirá nesta quinta, quando entregará a chama para o ginasta campeão mundial grego Eleftherios Petrounias, um dos principais rivais de Arthur Zanetti, iniciando o revezamento da tocha, que culminará na cerimônia de abertura da Olimpíada, no Maracanã, em 5 de agosto. O ginasta repassará a chama ao ex-jogador de vôlei brasileiro Giovane Gavio.

Durante os próximos seis dias, centenas de pessoas irão carregar a tocha por 2.234 quilômetros, através da Grécia. A chama será entregue às autoridades do Rio em 27 de abril. Em seguida, ela viajará para a Suíça onde serão realizadas cerimônia na ONU, em Genebra, e no Museu Olímpico, em Lausanne, no dia 29. A tocha, então, seguirá para Brasília, onde o revezamento no País começará em 3 de maio, com 12 mil participantes, visitando 329 cidades.

O Comitê Olímpico Internacional (COI) afirmou que a decisão deste domingo da Câmara dos Deputados de autorizar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff não terá profundos impactos na preparação dos Jogos Olímpicos no Rio, em agosto. A entidade, com sede em Lausanne, na Suíça, apontou que espera que o grande evento, que será realizado entre os dias 5 e 21 de agosto, servirá para "unir o país".

"O COI acompanha de perto os últimos acontecimentos em relação ao impeachment de Dilma Rousseff", indicou a entidade, por meio de sua diretoria de comunicação. "Preparações para os Jogos entraram em sua fase operacional e tais problemas políticos têm uma influência muito menor do que em outras etapas da preparação", justificou.

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O COI, que esteve na semana passada no Rio para vistorias, indicou que registrou "ótimo progresso" e que continua "confiante sobre o sucesso dos Jogos".

Nesta semana, Dilma deveria estar na Grécia para a cerimônia que marca simbolicamente o início dos Jogos, com a tocha olímpica sendo acendida. Mas cancelou sua viagem. O evento, que ocorrerá na cidade grega de Olímpia na próxima quinta, dará início ao tradicional revezamento da tocha, que percorrerá cerca de 300 cidades até chegar à capital fluminense no dia da cerimônia de abertura da Olimpíada.

Para o COI, os Jogos Olímpicos ainda poderão ter um impacto positivo para o Brasil. "O povo brasileiro fará um evento incrível, cheio de paixão pelo esporte", disse a entidade. "Os Jogos Olímpicos deixarão um grande legado e dará uma oportunidade para unir o povo do Brasil, seja qual for sua posição política", completou.

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, tentou nesta quarta-feira, em entrevista coletiva, amenizar suas preocupações sobre a preparação brasileira para os Jogos Olímpicos. No entanto, documentos internos da entidade, obtidos com exclusividade pelo jornal O Estado de S. Paulo, avaliam que o País vive "crise profunda" e enumeram uma série de problemas na organização.

Os principais entraves estão relacionados com as instalações, estádio olímpico, fornecimento elétrico "de alto risco" e os eventos marcados para o Complexo Olímpico de Deodoro. Em um relatório de suas atividades, Bach registrou um encontro com comitês olímpicos europeus em que diz que convidou o grupo "a trabalhar em solidariedade perfeita com os organizadores, diante da crise profunda que o Brasil enfrenta".

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Os documentos foram usados para cobranças na reunião de quarta-feira entre o Comitê Executivo do COI e os delegados do Rio de Janeiro. No "informe sobre as atividades administrativas do COI", a entidade enumera os problemas que enfrenta no Rio, a cinco meses do início do evento.

Numa lista de "preocupações relacionadas com os esportes", o COI aponta deficiências na "finalização das instalações para remo e canoagem (incluindo as arquibancadas temporárias na Lagoa Rodrigo de Freitas), polo aquático e saltos ornamentais, ciclismo, vôlei, equitação e o estádio olímpico". O documento datado do dia 29 de fevereiro, porém, não detalha quais os problemas em cada um dos pontos mencionados. O relatório é de responsabilidade do diretor-geral do COI, o belga Christophe de Kepper.

O Departamento de Tecnologia e de Informação do COI alerta que "os prazos para garantir a alimentação elétrica temporária a partir de julho de 2016 estão muito apertados", o que é agravado pelo corte de recursos e sugere "acompanhamento de perto pelo COI".

O orçamento mais apertado também preocupa o COI em relação à tecnologia empregada nos Jogos. Diz o documento: "Os cortes orçamentários atuais terão eventuais repercussões sobre os níveis de serviços de tecnologia e riscos associados à entrega tardia dos layouts olímpicos e da alimentação elétrica temporária".

Depois de uma reunião sobre a situação financeira dos Jogos no Rio, realizada no dia 2 de fevereiro, em Lausanne, entre os organizadores brasileiros, COI e 28 federações esportivas, as entidades envolvidas pediram que fossem consultadas sobre os cortes que os brasileiros teriam de fazer.

O documento indica que o impacto sobre o conforto dos atletas era uma preocupação, ainda que as federações tenham "concordado de uma forma geral em adotar um tom de flexibilização em suas exigências".

Segundo o informe, oito federações ainda se reuniram no mesmo dia para tratar especificamente da situação do Complexo de Deodoro. O consenso do encontro foi a preocupação relacionada com o bem-estar dos espectadores. Foi criada uma força-tarefa para garantir que atletas e espectadores tenham níveis de conforto em linha com os padrões dos Jogos Olímpicos.

Em Deodoro, serão disputadas competições de hipismo, ciclismo (BMX e mountain bike), pentatlo moderno, tiro esportivo, canoagem slalom e hóquei sobre grama. Para as federações, porém, a preocupação é que o local não esteja no padrão do COI para eventos de nível internacional.

INTENSIFICAÇÃO - O COI também decidiu que, nesta fase de preparação, vai fazer visitas mensais ao Rio de Janeiro para acompanhar mais de perto o trabalho de equipes que lidam especialmente com marketing, energia, instalações esportivas, além de outros departamentos. Grupos de trabalhos ainda serão criados para lidar com questões específicas.

Teleconferências serão realizadas todas as segundas-feiras entre o COI e o Comitê Rio-2016, enquanto em Lausanne haverá duas reuniões por semana de avaliação.

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, admitiu que a crise econômica no Brasil afetou a capacidade do Rio de Janeiro em fechar acordos de marketing para a Olimpíada deste ano e decidiu adotar "medidas excepcionais" para ajudar o Brasil a sediar o evento em agosto. Segundo o jornal Estado de S. Paulo apurou, o Comitê Rio-2016 foi obrigado a cortar 12% do orçamento, cerca de R$ 900 milhões. Nesta quarta-feira (2), diante do COI, os brasileiros foram obrigados a explicar os números. "Aprovamos o novo orçamento", disse Bach.

Ele, porém, indicou que o novo orçamento foi adotado depois de o COI e as federações esportivas abrirem mão de seus projetos originais. "Federações nacionais, esportivas e o COI reconheceram a situação muito difícil que vive o Brasil. A crise está fora do alcance dos organizadores. E por isso decidimos apoiar nossos parceiros brasileiro para lidar com situação excepcional com medidas excepcionais. Agradecemos a solidariedade de todos", afirmou o presidente do COI.

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O alemão, porém, não esconde que houve uma queda de receita com acordos de marketing e que os ingressos não estão sendo vendidos conforme se esperava. "A questão no marketing não vive em uma ilha, isolado. Os acordos estão mais difíceis num País com tal crise, como no Brasil. Isso é óbvio", disse Bach.

ZIKA - Sobre o vírus zika, Bach indicou que recebeu garantias da Organização Mundial da saúde (OMS) de que o Rio de Janeiro "não é um hotspot" da epidemia. "Recebemos garantias sobre medidas tomadas", indicou.

"A Rio-2016 e as autoridades estão controlando águas paradas nas instalações olímpicas e adotando medidas. O ar-condicionado na Vila Olímpica vai ajudar, assim como o clima em agosto", declarou Bach. "Há uma cooperação intensa entre a OMS e as autoridades e entre a OMS e o COI", insistiu. "A diretora geral da OMS, Margaret Chan, me disse que o Rio não é um dos hotspots para o mosquito e tem confiança em um evento seguro. Fiquei satisfeito", completou.

A Olimpíada do Rio sofreu um corte de R$ 900 milhões no orçamento, consequência da crise econômica do Brasil. Detalhes sobre a medida serão apresentados nesta quarta-feira aos membros do Comitê Olímpico Internacional (COI), em Lausanne. Os responsáveis brasileiros pelos Jogos vão mostrar que conseguiram equilibrar os gastos com a receita, mas tiveram de abrir mão de vários projetos. O corte nos investimentos irritaram dirigentes de várias modalidades que serão atingidas.

No total, R$ 7,4 bilhões serão gastos no Rio, sem contar as obras de infraestrutura da cidade. Para chegar a esse valor, porém, cerca de 12% dos custos inicialmente programados foram eliminados.

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Os principais cortes foram realizados em instalações esportivas e na eliminação de construções temporárias. Mas outras obras foram afetadas. O Metrô, por exemplo, vai operar apenas para levar os passageiros de Ipanema para a Barra, local dos Jogos, sem parar em todas as estações.

A quebra de promessas da Rio-2016 em comparação ao que estava nos planos em 2009 não foi bem recebida por organizações esportivas.

No Itaquerão, por exemplo, os cortes estão relacionados com as estruturas que seriam montadas exclusivamente para os dez jogos dos torneios de futebol. O hipismo também já deixou claro que quer garantias de que o evento, em Deodoro, não será afetado.

A arquibancada flutuante na Lagoa Rodrigo de Freitas está definitivamente descartada. Para a Federação Internacional de Remo, que contava com os Jogos para garantir sua receita, o abandono do projeto significa também um importante prejuízo financeiro. Haverá espaço para apenas 6 mil espectadores, contra um plano original desenhado para 14 mil. Em Londres, a capacidade foi de 25 mil.

Christophe Rolland, presidente da Federação Internacional de Remo, já indicou que "entende" a crise no Brasil. Mas criticou o fato de a decisão ter sido tomada sem consultar o grupo. Segundo ele, a entidade teria opções a propor se tivesse sido informada antes.

Os responsáveis pelos esportes aquáticos também se mostraram irritados com o Rio. O Maria Lenk conta com três piscinas, mas o ideal seria ter uma a mais. As competições não devem ser afetadas. Mas o que preocupa é a agenda para os treinos de atletas de saltos, nado sincronizado e polo aquático.

PÃO DE QUEIJOS - Cortes ainda foram promovidos no tratamento que os dirigentes receberão. Coquetéis foram reduzidos e, no lugar de canapés de luxo, serão servidos pão de queijo e alternativas mais baratas.

No "ranking" das prioridades, os atletas ficaram em primeiro lugar, com a melhor e mais variada comida. Consultores foram contratados para orientar a forma de preparação para atletas muçulmanos, orientais e de todas as regiões do mundo. Mas os dirigentes terão de se contentar com a mesma refeição do restante da força de trabalho dos organizadores.

Nesta terça-feira, uma reunião preparatória já foi realizada entre os brasileiros e o COI, justamente para afinar o discurso para a apresentação desta quarta. Um das cobranças que o Rio-2016 sofrerá é nas obras do velódromo. Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB, vai admitir que estão atrasadas, mas que ainda há como recuperar o tempo perdido.

Outro ponto delicado será o do Metrô, considerado por membros do COI como "fundamental". "Sem metrô não teremos público no evento", alertou ao jornal O Estado de S. Paulo o vice-presidente do COI, Craig Reedie. "Não há opção. Essa obra precisa ocorrer", insistiu.

Prevista para custar R$ 1 bilhão, a obra da Linha 4 conseguiu apenas uma liberação de R$ 422 milhões do BNDES. O governo do Estado tentou pressionar a presidente Dilma Rousseff para acelerar os empréstimos. Mas os valores não teriam sido transferidos.

Hoje, ainda faltam 300 metros de túnel para serem cavados e muitas das estações estão atrasadas. O resultado é que o metrô não deve estar operando para a população até agosto e deve apenas servir aos Jogos Olímpicos, fazendo o trajeto entre Ipanema e Barra.

Para driblar o problema, a linha não vai parar em todas as seis estações previstas. Em seu site oficial, porém, os organizadores não informaram à população a mudança.

Para o Comitê Rio-2016, "mais importante do que o valor que foi cortado é o fato de que o Comitê tem um orçamento equilibrado e vai realizar os Jogos sem onerar a sociedade, pois não está recebendo nenhum centavo de dinheiro público".

ZIKA - Outro tema que será tratado na reunião desta quarta será o vírus zika, com o COI cobrando ações concretas dos organizadores. Mais, uma vez mais, a crise econômica deverá afetar os planos. As telas que serão instaladas nos quartos dos atletas na Vila Olímpica não serão gratuitas e cada delegação terá de arcar com os custos da compra e colocação. Nas áreas comuns, o Rio-2016 assumirá os custos.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), alertou ao Comitê Olímpico Internacional (COI) que há o "risco alto" das obras da Linha 4 do metrô não ficarem prontas até as Olimpíadas, em agosto. A informação consta de e-mail enviado pelo prefeito ao comitê na manhã da última sexta-feira (19) e revelado neste sábado (20) pelo jornal O Globo. A nova linha do metrô ligará a Praça General Osório, em Ipanema, na zona sul, ao Jardim Oceânico, na Barra da Tijuca, na zona oeste, região onde o Parque Olímpico está em construção.

Na correspondência, Paes escreve ter ouvido "de algumas pessoas que o projeto está com nível alto de risco." O prefeito informa no texto que o secretário municipal de Transportes, Rafael Picciani, já preparou uma solução alternativa. O "plano B" da prefeitura seria expandir provisoriamente o corredor expresso de ônibus BRT até a zona sul.

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O motivo da preocupação de Paes seria o atraso na liberação de um novo financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a obra, a cargo do governo do Estado do Rio, que atravessa grave crise financeira causada pela queda na arrecadação dos royalties do petróleo, entre outras razões. A verba esperada para a conclusão da linha, que deveria estar pronta em julho, é de $ 1,3 bilhão, que eleva o custo total para R$ 10,3 bilhões.

No e-mail, o prefeito pede uma reunião com Phillip Bovy, principal consultor do COI para transportes, que estará no Rio a partir desta segunda-feira.

Paes disse neste sábado ao jornal O Estado de S.Paulo que o e-mail "é um documento interno, não público, que infelizmente vazou". "A gente pensa em plano de contingência para todas as situações das Olimpíadas. Isso é uma coisa que a gente tem planejado desde um ano atrás e vamos discutir o plano de contingência com o COI. O metrô sempre foi uma obra de muito risco. Imagina fazer uma linha daquela do metrô. Precisa de muita atenção e dedicação, só isso", disse.

O prefeito afirmou ainda que o comitê "já vinha pedindo há um tempo para conhecer o plano alternativo". "Eles pedem isso. O Pezão (governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, do PMDB) está muito confiante na obra, mas não custa ter atenção", disse, apesar de admitir que a extensão do BRT não é ideal. "O ideal é ter o metrô pronto", afirmou.

O governo estadual informou que a obra está dentro do cronograma e será entregue até julho. O Comitê Rio-2016 confirmou o recebimento do e-mail pelo COI e informou que sabia da preocupação do prefeito, mas avalia que o prazo será cumprido. A Linha 4 é tida como a principal a obra da Olimpíada no setor de transporte.

O Comitê Olímpico Internacional (COI) confirmou nesta quarta-feira (17) que recebeu quatro inscrições de candidaturas paras os Jogos Olímpicos de 2024. Los Angeles (EUA), Roma (Itália), Paris (França) e Budapeste (Hungria) já tinham comitê de candidatura montado e apenas oficializaram o interesse em receber os Jogos.

De acordo com o presidente do COI, Thomas Bach, os quatro projetos estão "completamente em linha" com a Agenda 2020, programa do movimento olímpico que prevê, entre outras ações, o corte de custos no processo de candidatura e organização dos Jogos. Ainda segunda Bach, "todas as quatro candidaturas têm um claro foco no desenvolvimento sustentável, legado, e em especial como as estruturas serão usadas após a Olimpíada".

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Pelo Twitter de sua assessoria de imprensa, o COI até brincou, publicando em uma imagem os documentos recebidos das quatro cidades: quatro pen drives. "Novo look dos documentos de 2024 sob a Agenda 2020", escreveu a entidade. A escolha da sede dos Jogos de 2024 será feita em setembro do ano que vem.

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI) Thomas Bach disse que Lamine Diack, ex-presidente da Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês), levou seu esporte "para o abismo" ao extorquir dinheiro de atletas para encobrir casos de doping.

Em uma entrevista à revista esportiva alemã Kicker, Bach destacou o imenso desafio de limpar a imagem do atletismo, mas declarou que o novo presidente da IAAF, Sebastian Coe, tem dado os passos iniciais certos.

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A associação teve sua imagem profundamente abalada por acusações de doping com o consentimento do governo russo e de corrupção profundamente enraizada no coração da federação e centrada em Diack, que está enfrentando acusações criminais de corrupção na França.

"É realmente incompreensível que o presidente de uma federação internacional exija dinheiro de atletas para manipular resultados de exames antidoping", afirmou Bach. "É realmente um passo para o abismo".

A publicação da entrevista de Bach coincidiu com a divulgação de rumores de que a gigante alemã de material esportivo Adidas pode romper o seu acordo de patrocínio com a IAAF por causa dos escândalos de corrupção e doping. Oficialmente, a empresa disse, porém, que apenas está em "contato próximo com a IAAF para compreender mais sobre o seu processo de reforma".

Diack, que deixou o cargo de presidente da IAAF em agosto passado após 16 anos no comando da entidade, é um ex-membro do COI. Ele renunciou ao cargo de membro honorário em novembro, um dia depois de ser suspenso provisoriamente pelo comitê.

Bach disse que a IAAF sob Coe tem enviado os sinais corretos ao suspender a federação russa, entrar em contato com a Agência Mundial Antidoping e formar uma comissão para iniciar as reformas.

"Estas foram importantes e corretas medidas. Também é verdade que, como Sebastian Coe disse, a IAAF enfrenta uma longa estrada por causa da escalada dos problemas", afirmou Bach.

A suspensão da Federação Russa de Atletismo torna seus atletas inelegíveis para a Olimpíada do Rio. Bach disse que a política antidoping do COI é de "tolerância zero", significando que cada atleta, treinador, médico ou dirigente envolvido deve ser punido, mas que "atletas limpos têm de ser protegidos".

Para Bach, a liderança recém-eleita para a federação russa é "um sinal forte" de prontidão para intensificar o processo de limpeza. "A IAAF agora tem que ver que progresso foi feito e se ou quando essa suspensão pode ser anulada", declarou o presidente do COI.

Depois das suspeitas de compra de votos para sediar Copas do Mundo, agora é a vez de a organização dos Jogos Olímpicos ser colocada sob suspeita. Em seu informe publicado nessa quinta-feira (14), os investigadores da Agência Mundial Antidoping (Wada) afirmam que a candidatura de Tóquio comprou votos para ficar com organização da Olimpíada de 2020.

A investigação independente revelou uma dimensão inédita da corrupção e do crime nos esportes, levando a Interpol a acionar o seu alerta contra dirigentes e a abrir uma investigação mundial.

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O informe diz que Istambul perdeu os votos dos membros da Federação Internacional de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês) que fazem parte do Comitê Olímpico Internacional (COI) porque não fez um depósito de US$ 5 milhões (R$ 20 milhões) para Khalil Diack, consultor da IAAF e filho do então presidente da entidade, Lamine Diack.

"Segundo o relato da conversa, os japoneses fizeram o pagamento de tal soma. E os Jogos Olímpicos foram dados para Tóquio", indicou o informe. Os japoneses foram à final contra os turcos e ganharam por 60 votos a 36 o direito de sediar o evento que organizaram pela primeira vez em 1964.

Emails de outro filho do dirigente da IAAF ainda apontam que ele teria "entregue pacotes" para membros do COI antes da escolha da sede dos Jogos de 2016. Doha concorria e havia estabelecido um acordo com a família Diack. Em um informe técnico, a cidade do Catar acabou se saindo melhor do que o Rio - que acabou recebendo o evento. Mas foi desclassificada diante da proposta de realizar a Olimpíada em outubro para evitar o verão no Oriente Médio - pelo mesmo motivo, o calor intenso, a Copa do Mundo de 2022, que foi atribuída ao Catar em uma escolha que levanta suspeita de compra de votos, será realizada em dezembro e não em junho e julho como é tradicional.

O presidente da Wada, Dick Pound, explicou que não se aprofundou no caso do pagamento de Tóquio e da barganha que Diack fazia com países porque sua prioridade era lidar com o doping. Mas deixou claro que a Interpol e os procuradores franceses que abriram um processo contra Diack estão examinando as alegações.

Hoje, dos sete patrocinadores da IAAF, quatro são, por acaso, japoneses: Canon, Seiko, TDK e Toyota. A suspeita é de que o dirigente trocava patrocínios por apoio aos eventos internacionais.

Papa Diack também estaria envolvido em escolhas de sedes para o Campeonato Mundial de atletismo e, até 2015, manteve um contrato com a IAAF como consultor. Desde 2007 ele tinha autorização para buscar parceiros comerciais em diversos países, entre eles o Brasil.

ACORDO CASADO - A compra de eventos faz parte das investigações e, segundo os auditores, a escolha das cidades que receberiam as competições coincide com contratos assinados entre a IAAF e empresas desses países. A Coreia do Sul recebeu o Mundial de Atletismo em 2011, ano em que a Samsung assinou contrato com a federação. Em 2013, a história se repetiu: foi Moscou foi escolhida e o banco russo VTB colocou dinheiro na IAAF.

Em 2015, o evento foi para Pequim amarrado a um contrato da empresa Sinopec com a entidade. Em 2021, o Mundial será disputado em Eugene, a cidade norte-americano em que fica a sede da Nike.

O Comitê Olímpico Internacional espera ter acesso aos emails com as conversas entre Doha e Diack. Mas indicou que está disposta a trabalhar ao lado da nova direção da IAAF (o presidente agora é o ex-atleta britânico Sebastian Coe, que organizou os Jogos Olímpicos de Londres em 2012) para examinar todo o conteúdo do informe.

O COI também diz que tomará "todas as ações necessárias" para proteger o esporte da corrupção. Diack era um membro do COI e foi suspenso da entidade apenas em novembro de 2015.

Nos anos 90, o COI foi tomado por um escândalo quando foi revelado que a escolha de Salt Lake City, nos Estados Unidos, para sediar os Jogos de Inverno havia sido alvo de compra e trocas de votos. A entidade foi obrigada a passar por uma profunda reforma para combater a corrupção e limpar a sua imagem.

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, divulgou nesta quarta-feira uma mensagem de ano novo em que garante estar confiante que o Rio organizará com êxito os Jogos de 2016 - a primeira edição de uma Olimpíada na América do Sul -, apesar dos problemas enfrentados pelo Brasil.

"Em agosto, o mundo se reunirá no Rio de Janeiro para os primeiros Jogos Olímpicos na América do Sul. Estou confiante de que o Brasil vai saudar entusiasticamente o mundo com a sua alegria de vida e sua paixão pelo esporte", escreveu o dirigente.

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O Rio se prepara para receber para a Olimpíada em meio a pior recessão do Brasil em décadas, a um processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff e a um amplo escândalo de corrupção centrado na gigante petrolífera estatal Petrobrás. Bach reconhece esses desafios, mas aposta que o País vai superá-los.

"Sabemos que a situação econômica e política atual no Brasil fará com que os próximos meses de preparativos finais sejam mais desafiadores, mas junto com o grande apoio dos cariocas e do povo brasileiro, os organizadores podem contar com a solidariedade de toda a família olímpica para fazer dos Jogos um sucesso", afirmou Bach. "Os Jogos Olímpicos vão trazer ao mundo uma mensagem de esperança e alegria nos momentos difíceis", acrescentou.

Bach também alertou para que as organizações esportivas devem trabalhar mais do que nunca em 2016 para limpar o esporte após um ano marcado pela corrupção e escândalos de doping que mancharam o movimento olímpico. O dirigente declarou que o mundo olímpico deve viver de acordo com as expectativas do público de integridade e aceitar o chamado de "mudar ou ser mudado".

"É preciso olhar para os acontecimentos ao longo dos últimos 12 meses e perceber que esta mensagem é ainda mais urgente hoje para salvaguardar a credibilidade das organizações esportivas e para proteger os atletas limpos", disse Bach. "Sem dúvida, os recentes acontecimentos em alguns esportes lançam uma sombra em todo o mundo esportivo"

Embora Bach não tenha citado nenhum esporte, está claro que ele se refere ao escândalo de corrupção na Fifa, que gere o futebol, e também aos casos de suborno e encobrimento de doping envolvendo a Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês) e a Rússia.

"É nossa responsabilidade no movimento olímpico fornecer novas respostas para novas perguntas", declarou Bach, notando a crescente demanda do público por comportamento ético dos atletas e das entidades esportivas.

A Fifa tenta superar um escândalo de corrupção que levou à prisão de dezenas de autoridades do futebol e de empresa de marketing. Além disso, Joseph Blatter, presidente da Fifa e ex-membro do COI, e Michel Platini, presidente da Uefa, foram suspensos por oito anos.

A Federação de Atletismo da Rússia foi suspensa após um relatório da Agência Mundial Antidoping apontar a existência de um esquema generalizado de doping, apoiado pelo Estado. Com a punição, o atletismo russo pode ficar fora da Olimpíada do Rio.

Ex-presidente da IAAF, Lamine Diack, foi detido e acusado pelas autoridades da França de corrupção e lavagem de dinheiro, decorrentes de acusações de que ele recebeu dinheiro para encobrir testes positivos para doping da Rússia.

O COI passou por seu próprio grande escândalo de corrupção no final da década de 1990, com dez membros sendo afastados após receberem dinheiro e outros favores da vitoriosa candidatura de Salt Lake City para sediar os Jogos de Inverno de 2002.

Bach disse que federações esportivas e comitês olímpicos nacionais devem implementar a "Agenda Olímpica 2020" do COI, programa de reformas, aprovado no ano passado, e aplicar as regras de boa governança.

Ele observou que o COI propôs a retirada do controle de doping das mãos de organizações esportivas para tornar o sistema mais independente e crível. O comitê quer um sistema antidoping independente para os Jogos de Inverno de Pyeongchang, na Coreia do Sul, em 2018. "Estamos convencidos de que todas estas mudanças são necessárias para proteger melhor os atletas limpos e aprimorar a integridade do esporte", disse Bach.

O Comitê Olímpico Internacional (COI) anuncia que vai auditar as contas do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. Mas não pedirá nem mesmo para ver os contratos entre a cidade do Rio e empresas envolvidas na Operação Lava Jato, como a Odebrecht, responsável por erguer o Centro Internacional de Transmissão e o Parque Olímpico.

Thomas Bach, presidente do COI, anunciou que, para reforçar o combate contra a corrupção, a entidade vai ampliar as auditorias com todas as entidades nacionais e fiscalizará de forma independente o que será feito com cerca de US$ 1,2 bilhão que irá para o Rio de Janeiro. Nesta semana, ele já alertara que a corrupção está ameaçando a credibilidade do esporte. "Queremos que o dinheiro que vem do esporte vá para o esporte", disse, defendendo uma "boa gestão".

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A reportagem do Estado de S. Paulo questionou se o COI também pediria uma auditoria independente das obras para as instalações olímpicas do Rio. Mas Bach deixou claro que esse não é sua responsabilidade. "A auditoria se refere apenas ao Comitê Organizador. O restante são contratos entre a cidade e as construtoras", afirmou. "Temos total confiança no prefeito (Eduardo Paes) e na cidade, além de defender a presunção de inocência."

Questionado por uma agência internacional se não temia que os escândalos na CBF também surgissem no Comitê Olímpico do Brasil (COB) ou no Rio-2016, Bach se recusou a falar do assunto. "Não vou jogar suspeitas sem ter informação concreta".

Em entrevista à AP, a procuradora-geral dos Estados Unidos, Loretta Lynch, não respondeu se está ou não investigando os contratos relacionados com os Jogos de 2016 no Rio.

IMPEACHMENT - Apesar de tentar se afastar das polêmicas de corrupção no Brasil, os altos dirigentes do COI admitem que estão "preocupados" com o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, com a recessão e garantem que estão "dispostos" a adaptar os Jogos de 2016 para se adequar às "novas realidades" do Brasil.

A meta do COI é clara: blindar seu maior evento do caos político brasileiro. "O Rio será uma ilha", garante Alex Gilady, membro do COI. Outros membros do COI, porém, são mais diretos. "A instabilidade política nos preocupa", admitiu Wu Ching-kuo, membro do Comitê Executivo do COI. "Se não temos estabilidade, o impacto pode ocorrer nos Jogos", disse. Para Gilady, porém, a realidade é que, seja o que ocorrer no Brasil, "não mais como voltar atrás".

Parte da estratégia é a de não dar detalhes do impacto econômico da crise na preparação. Oficialmente, ninguém sabe dizer qual o tamanho do corte do orçamento. "Eu não tenho ideia do que precisamos cortar", disse Thomas Bach. Mas, nos bastidores, os trabalhos apontam para uma revisão completa dos contratos para impedir uma contaminação.

Na quarta-feira, o COI anunciou a criação de um grupo de trabalho para estudar um corte nos gastos do evento. Nesta quinta, Bach confirmou que a entidade também vai contribuir na redução de exigências. "Sabemos dos desafios políticos e econômicos. A situação não é fácil", declarou Bach. "Estamos prontos a nos adaptar e adaptar o orçamento do Comitê Organizador do Rio2016 para esses novos desafios", disse o dirigente. "Vamos adaptar o orçamento para que atletas não sejam afetados", afirmou.

Sobre o impeachment, Bach tentou minimizar um eventual impacto no evento. "Estamos acompanhando isso de perto. Na organização dos Jogos, estamos na fase operacional e, portanto, estas questões políticas têm influência menor do que em outros estágios. Apesar dos problemas políticos, temos confiança com os Jogos", disse.

O Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou nesta quarta-feira que aprovou a lista de 24 competidores que se candidataram a um dos quatro cargos no Comitê de Atletas da entidade, que estarão em disputa no próximo ano, durante a Olimpíada do Rio. O velejador Robert Scheidt está entre os candidatos.

Scheidt é um dos maiores nomes da história do esporte brasileiro, com cinco medalhas olímpicas conquistadas, sendo duas de ouro, em 1996 e 2004, duas de prata, em 2000 e 2008, e uma de bronze, em 2012. Agora, no próximo ano, ele tentará subir ao pódio no Rio, além de mirar uma das quatro vagas que estarão em disputa através do voto dos participantes da próxima Olimpíada, com o fim dos mandatos de Claudia Bokel, Dae-Sung Moon, Alexander Popov e Yumilka Ruiz no Comitê de Atletas do COI.

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Além de Scheidt, a lista de candidatos também inclui outros grandes nomes do esporte mundial como Yelena Isinbayeva, que não tem presença garantida na Olimpíada do Rio em razão da suspensão da Federação Russa de Atletismo, e Luis Scola, astro do basquete argentino.

Os candidatos vêm de todos os continentes e representam 14 esportes diferentes, com um número igual de homens e mulheres. Após a aprovação pela Assembleia Geral do COI, os quatro atletas eleitos vai se tornar membros do COI para um mandato de oito anos.

Confira a relação de 24 candidatos aos quatro postos na Comissão de Atletas do COI: Nasser Salih Al-Attiyah (Catar, tiro), Benjamin Boukpeti (Togo, canoagem), Nadin Dawani (Jordânia, tae kwon do), Nataliya Dobrynska (Ucrânia, atletismo), Marina Durunda (Azerbaijão, ginástica artística), João Filipe Gaspar Rodrigues (Portugal, vela), Daniel Gyurta (Hungria, natação), Britta Heidemann (Alemanha, esgrima), Yelena Isinbayeva (Rússia, atletismo), Gerd Kanter (Estônia, atletismo), Lin Yi-Chun (Taiwan, tiro), Mijain López (Cuba, luta), Aya Medany (Egito, pentatlo moderno), Sari Multala (Finlândia, vela), Koji Murofushi (Japão, atletismo), Saina Nehwal (Índia, badminton), Ryan Pini (Papua Nova Guiné, natação), Monika Pyrek-Rokita (Polônia, atletismo), Ryu Seung-Min (Coreia do Sul, tênis de mesa), Jean-Michel Saive (Bélgica, tênis de mesa), Robert Scheid (Brasil, vela), Luis Scola (Argentina, basquete), Alessandra Sensini (Itália, vela), Sarah Walker (Nova Zelândia, ciclismo).

O presidente Comitê Olímpico Internacional (COI), o alemão Thomas Bach, expressou neste domingo a sua confiança na capacidade das autoridades brasileiras de protegerem os Jogos Olímpicos do próximo ano, no Rio. A declaração foi feita dois dias depois do atentado terrorista matar mais de 120 pessoas em Paris - um dos seis alvos de ataque do Estado Islâmico foi o Stade de France, onde jogavam França e Alemanha.

"Confiamos nas autoridades brasileiras e na cooperação internacional de suas agências de seguranças", declarou. "Estou seguro que todos esses serviços internacionais farão todos os esforços para proteger os Jogos Olímpicos desse tipo de ataque", prosseguiu.

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A segurança será o principal assunto da pauta de discussão na reunião que haverá no Rio nos próximos dias entre membros do COI e o governo local. "O COI não é uma agência de segurança. Essa é uma função da polícia e das forças de segurança do país anfitrião em cooperação com os serviços internacionais".

O COI tem preocupação redobrada com a segurança dos atletas desde os Jogos Olímpicos de Munique, na Alemanha, em 1972, quando 11 esportistas e treinadores israelenses foram assassinados por palestinos que invadiram a vila olímpica.

Paris, que sofreu o atentado terrorista na última sexta-feira, é candidata aos Jogos Olímpicos de 2024. A capital francesa já abrigou o principal evento esportivo do mundo em 1924. A definição será anunciada pelo COI em setembro de 2017. "É uma competição que acontecerá daqui nove anos. O terrorismo é internacional. E o terrorismo, também, não está restrito a eventos esportivos. Pudemos ver em Paris tristemente que afetou todo tipo de localidade".

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, acredita que a Rússia dará os passos necessários para cumprir as normais mundiais contra o doping a tempo para que seus atletas possam competir nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016.

O dirigente falou sobre o assunto nesta quarta-feira em uma entrevista a um canal de TV da Nova Zelândia, em que se negou a entrar no debate sobre se o COI deverá ou não apoiar os pedidos para que a equipe de atletismo russa seja excluída da próxima Olimpíada, como recomendou uma comissão da Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês). A entidade antidoping disse ter encontrado evidências de fraudes patrocinadas até pelo governo russo para acobertar atletas dopados.

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O assunto, que Bach descreveu como "uma falha de um país", está agora nas mãos da Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF, na sua sigla em inglês), indicou o dirigente. "A federação internacional chegará a sua conclusão e tomará as medidas necessárias. Estamos convencidos de que o novo presidente (da IAAF), Sebastian Coe, cooperará para fazer progressos e assegurar que o atletismo russo cumpra com a Wada, e isso é o que fará para participar dos Jogos Olímpicos", disse.

A comissão independente da Wada pediu que se suspenda a Federação Russa de Atletismo, citando provas de corrupção e conivência das autoridades da Rússia para encobrir resultados positivos em testes antidoping. A comissão indicou que apenas deveriam permitir que os atletas do país voltem a competir uma vez que cumpram por inteiro com as obrigações do Código Mundial Antidoping.

Quando questionado sobre se os atletas russos deveriam ser vetados dos Jogos do Rio, Bach afirmou: "Não especularei sobre isso. Agora temos esta investigação sobre atletismo". O dirigente ainda se negou a se pronunciar se os crimes identificados na Rússia fazem parte de uma rede de corrupção muito maior existente hoje no atletismo mundial. "De novo, isso é especulação. Não devemos colocar os atletas limpos sob suspeita", completou.

Bach, por sua vez, ressaltou ter a "confiança no laboratório da Wada como agora tem confiança do relatório da comissão da Wada", embora tenha evitado apontar os russos como vilões deste caso. "Obviamente temos uma falha em um país e, talvez, em uma federação internacional que se juntam, mas não devemos duvidar que a Wada, o COI e muitas federações internacionais estabeleceram uma rede muito estreita de medidas contra o doping", enfatizou.

O COI também pediu para a IAAF começar a implementar medidas disciplinares contra atletas russos, técnicos e empresários acusados de envolvimento com doping no último relatório divulgado pela Wada. "Temos deixado claro que uma vez que recebamos informações relevantes da IAAF, retiraremos e redistribuiremos medalhas em referência a aos atletas russos que possa ter se dopado", afirmou, para depois completar: "Também temos deixado claro que, se autoridades ou treinador participaram (de esquemas de doping), serão expulsos de Jogos (Olímpicos) futuros".

EX-PRESIDENTE DA IAAF RENUNCIA A POSTO NO COI - Bach também destacou que o COI suspendeu de forma provisória o presidente da IAAF Lamine Diack como membro honorário da máxima entidade olímpica. O senegalês está enfrentando uma investigação penal na França, sob acusação de corrupção e lavagem de dinheiro, sendo que ele é acusado de aceitar suborno para acobertar resultados positivos de exames antidoping de atletas russos.

E, após saber da sua suspensão, Diack resolveu renunciar de vez, nesta quarta-feira, ao posto de membro honorário do COI, fato que deverá livrar o dirigente de uma investigação por parte do Comitê de Ética do COI.

Caso semelhante ao de Diack ocorreu em 2011 com o brasileiro João Havelange, ex-presidente da Fifa e que iria ser punido pelo COI, do qual também era membro honorário. Investigado por supostos subornos em sua atuação como dirigente, Havelange acabou se convertendo em uma "pessoa privada", como definiu o então presidente do COI, o belga Jacques Rogge, segundo o qual a investigação da entidade olímpica perdeu seu sentido após a renúncia do brasileiro ao seu posto.

A Comissão de Coordenação do Comitê Olímpico Internacional (COI) elogiou o trabalho feito até agora na organização dos Jogos Olímpicos do próximo ano, que será realizado no Rio de Janeiro. A comitiva encerrou, nesta quarta-feira (12), a passagem pelo país e fez uma avaliação positiva também dos eventos testes que foram feitos visando as disputas.

Essa foi a nona e penúltima visita do COI ao Brasil antes dos jogos Rio 2016. Um dos pontos mais aguardados e polêmicos da visita teve como centro a qualidade da água nas arenas olímpicas, especificamente na Baía de Guanabara.

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“A qualidade da será monitorada até os Jogos Olímpicos e deve melhorar. E não para por ai, vai continuar depois dos jogos”, ressaltou o diretor-executivo do COI, Christophe Dubi.

Confira os detalhes todos sobre a penúltima visita do COI ao Rio no vídeo abaixo:

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A suspeita de contaminação de atletas norte-americanos pela poluição das águas da Lagoa Rodrigo de Freitas foi debatida no segundo dia de reuniões da Comissão de Coordenação do Comitê Olímpico Internacional (Cocom) nesta terça-feira, no Rio. Segundo informações da agência de notícias Associated Press (AP), médicos da delegação dos Estados Unidos suspeitam que 13 atletas do país que participaram do evento-teste de remo, na última semana, sentiram problemas estomacais depois do contato com a água.

Ao deixar a reunião, que conta com membros de todas as esferas de governo envolvidas na organização dos Jogos de 2016, o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, admitiu que foi cobrado pelo assunto - a limpeza da Lagoa, que será palco das provas olímpicas, é responsabilidade do Estado. Mas afirmou que ainda não é possível comprovar que os atletas foram contaminados em consequência do contato com as águas da Lagoa.

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"Eles (o COI) não têm certeza se foi problema de água. Falam também (de problemas) na alimentação", contou o governador. "Os testes da água mostraram que estava apta para a prova. A condição de limpeza está muito abaixo da resolução do Conama (o Conselho Nacional do Meio Ambiente) para o uso para banho."

O governador considerou ainda que o evento-teste do remo, assim como o de triatlo, realizado há duas semanas, foi um sucesso, e motivou elogios dos membros do COI. "A gente passou bem no triatlo e no remo. Vamos fazer alguns ajustes, é natural, os eventos-teste servem para isso mesmo."

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, deixou de ser membro do Comitê Olímpico Internacional (COI) nesta segunda-feira, após não se apresentar para reeleição ao cargo. Blatter fazia parte de um grupo de membros do COI que poderia buscar um novo mandato de oito anos. Mas o presidente do comitê, Thomas Bach, disse que Blatter lhe havia informado por carta, em 23 de julho, que não iria se candidatar.

"Não lhe parece apropriado se apresentar à reeleição por oito anos sabendo que depois de sete meses seu mandato chegaria ao fim", disse Bach no último dia da Assembleia Geral do COI em Kuala Lumpur.

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Acossado por um escândalo de corrupção na Fifa, Blatter será substituído no seu cargo no comando do organismo gestor do futebol mundial após a eleição marcada para 26 de fevereiro. O dirigente não compareceu ao encontro do COI em Kuala Lumpur.

Blatter, membro do COI desde 1999, teria que deixar o seu cargo no próximo ano, porque vai completar 80 anos em março. Outros dois membros não foram reeleitos em razão da restrição por idade. São os casos do colombiano Andrés Botero e do ex-presidente da Federação Internacional de Tiro com Arco, o norte-americano Jim Easton.

A saída de Easton deixa o COI com apenas três membros dos Estados Unidos: o presidente do Comitê Olímpico Norte-Americano, Larry Probst, além de Anita DeFrantz e Angela Ruggiero.

Por outro lado, 14 membros do comitê foram reeleitos para mandatos de oito anos e a sueca Gunilla Lindberg foi reeleita para outros quatro anos no comitê executivo do COI. Também foram eleitos dois novos membros: o sérvio Nenad Lalovic, que dirige o órgão gestor da luta, e Diagna Ndiaye, presidente do Comitê Olímpico de Senegal.

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O Comitê Olímpico Internacional (COI) reconheceu oficialmente o Sudão do Sul, neste domingo, durante reunião da entidade, em Kuala Lumpir. Com a decisão, o novo país africano poderá enviar delegação para disputar os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, no próximo ano.

A decisão oficializa a recomendação feita pelo Comitê Executivo do COI, na semana passada. "Deixem-me desejar a vocês um futuro muito brilhante", declarou o presidente do COI, Thomas Bach. "Vamos ficar ao lado de vocês. Esperamos encontrar vocês na cerimônia de abertura dos Jogos do Rio. Isso colocará vocês no mapa do mundo."

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Com a oficialização do Sudão do Sul, o país africano se tornou o 206º país a ingressar no COI, o último após o Kosovo. Na Olimpíada de Londres, em 2012, Guor Marial, maratonista do Sudão do Sul, competiu como atleta independente sob a bandeira do COI.

O Sudão do Sul, que se separou do Sudão e se tornou independente em 2011, vem sendo dilacerado pela guerra civil nos últimos dois anos. O país está em conflito desde dezembro de 2013, em um confronto entre forças leais ao ex-vice-presidente Riek Machar, da etnia Nuer, e ao presidente Salva Kiir, da etnia Dinka. O conflito tem provocado uma crise humanitária, deixando a mais jovem nação do mundo em turbulência, quatro anos após a sua criação.

O presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, "cutucou" a Fifa e seus dirigentes nesta quinta-feira em seu discurso de abertura da reunião do COI, realizada em Kuala Lumpur. Bach cobrou credibilidade das entidades esportivas e afirmou que é preciso fazer mais do que falar.

"Precisamos demonstrar de fato que estamos fazendo a caminhada e não apenas falando sobre isso", declarou o dirigente, sem citar a Fifa, alvo de recente escândalo de corrupção. "Estes são tempos difíceis para o esporte, como demonstraram claramente os recentes acontecimentos em outras organizadores esportivas."

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No fim de maio, às vésperas da eleição da Fifa, sete dirigentes da entidade que comanda o futebol mundial foram presos em Zurique, entre eles o ex-presidente da CBF José Maria Marin. Acusados de corrupção, eles podem ser extraditados nas próximas semanas para os Estados Unidos, que lideram a investigação. Autoridades suíças também apuram denúncias de irregularidades na gestão da Fifa e no processo de escolha das Copas de 2018, na Rússia, e 2022, no Catar.

Para Bach, entidades como a Fifa devem resgatar sua credibilidade a partir de ações mais transparentes. "As pessoas hoje em dia exigem maior transparência e querem ver mais ações concretas que mostrem que estamos vivendo de acordo com nossos valores e nossa responsabilidade", declarou o presidente do COI.

O dirigente citou a própria entidade como exemplo de superação e resgate de imagem, após o episódio de corrupção no caso Salt Lake City. Em 1998, surgiram denúncias de que dirigentes do COI teriam recebido suborno para escolher a cidade norte-americana como sede dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2002. O episódio causou a expulsão ou renúncia de 10 membros do COI.

"Sabemos, a partir da nossa própria história, que a reconstrução da credibilidade leva tempo. Implementar as melhores práticas, como boa governança e transparência, não acontece da noite para o dia", comentou Bach. "Colocar estas ações em prática não é um processo fácil. Mas nós vemos claramente hoje como estas reformas funcionaram para nossa organização."

O presidente do COI não comentou a ausência de Blatter na reunião em Kuala Lumpur. O presidente da Fifa, que deixará o cargo em fevereiro de 2016, é membro da entidade olímpica. Neste encontro, os membros do COI vão decidir nesta sexta-feira a sede da futura Olimpíada de Inverno de 2022. Pequim, na China, e Almaty, no Casaquistão, são os finalistas na disputa.

Os organizadores da Olimpíada de Tóquio, em 2020, receberam um ultimato do Comitê Olímpico Internacional (COI) para que definam os detalhes da construção do novo Estádio Nacional, incluindo o financiamento da obra, depois de confirmarem que os custos da obra quase chegaram a duplicar.

O presidente do COI, Thomas Bach, disse ao comando do comitê organizador para finalizar o planejamento antes de uma reunião do comitê olímpico no final de julho, disse, nesta terça-feira, Toshiaki Endo, o recém-nomeado ministro encarregado dos Jogos Olímpicos de Tóquio.

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O governo japonês revelou na última segunda-feira que espera que os custos totais de construção do novo Estádio Nacional, também palco da Copa do Mundo de Rúgbi de 2019, subiram para US$ 2 bilhões (aproximadamente R$ 6,25 bilhões), acima da estimativa original de US$ 1,3 bilhão (R$ 4,1 bilhões). O governo municipal ainda negocia com o poder federal como os custos da obra serão divididos.

Os organizadores da Olimpíada de Tóquio esperavam reduzir esses custos, mas a decisão de manter o projeto original da arquiteta iraquiana Zaha Hadid impediu essa possibilidade. Os dois arcos enormes no topo do estádio, um recurso que os críticos tem responsabilizado pela elevação nos custos de construção, continuarão a fazer parte do projeto.

Para cortar custos, dirigentes propuseram atrasar a construção do teto retrátil e tornar temporários 15 mil dos 80 mil assentos previstos para o estádio. As obras devem começar em outubro.

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