Tópicos | Conae

O Ministério da Educação (MEC) redefiniu a composição do Fórum Nacional de Educação (FNE), incluindo órgãos como o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), ligado à própria pasta, e excluindo outros, como a Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee), representantes da sociedade civil. Entidades ligadas à educação consideraram a medida arbitrária e inadmissível, mas o MEC diz que a alteração evita que discussões político-partidárias interfiram na política educacional do país.

A portaria com as mudanças foi publicada no último dia 28, no Diário Oficial da União. O FNE foi criado em 2010, com as atribuições de coordenar as conferências nacionais de Educação e promover a articulação das conferências com as conferências regionais, estaduais e municipais que as precederem.

##RECOMENDA##

Outra função é acompanhar a execução do Plano Nacional de Educação (PNE), lei sancionada em 2014, que fixa metas para melhorar a educação até 2024. Uma das metas é investir, anualmente, pelo menos o equivalente a 10% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todas as riquezas produzidas pelo país) em educação até 2024. Atualmente, o setor educacional recebe o equivalente a 5,3% do PIB.

Por meio de nota, 21 entidades da sociedade civil criticaram as mudanças feitas pelo MEC. “Em análise preliminar, percebe-se a intenção do governo de restringir a participação das atuais representações, excluindo entidades representativas de segmentos essenciais — como o campo, a pesquisa em educação e o ensino superior”, diz o texto.

“De forma autoritária e centralizada, toma o ministro para si a responsabilidade de “arbitrar” quem entra e quem sai do FNE, passando por cima dos regulamentos e procedimentos que dispõem sobre ingresso de entidades, sob a exclusiva avaliação do Colegiado do Pleno do FNE”, acrescenta.

Consultado, o MEC diz, também por meio de nota, que “corrigiu distorções claras" em medidas adotadas durante o governo Dilma Rousseff (2011-2016). Segundo a pasta, em portaria publicada em 2014, a gestão anterior incorporou ao FNE “representações de segmentos que já estavam representados, criando uma sobreposição, com a intenção de ampliar o número de votos nas decisões do fórum e fortalecendo o viés político-partidário”.

“A atual gestão do MEC determinou a volta da composição original do FNE e agregou representações relevantes que estavam fora”, diz a nota do ministério. O FNE  “está mantido e fortalecido, representado por diversos segmentos”, conclui a nota.

Conferência Nacional de Educação

Alguns dias antes de alterar a composição no FNE, o MEC publicou uma portaria redefinindo a convocação da 3ª Conferência Nacional de Educação (Conae).  Pela nova portaria, a Conae, que seria realizada no primeiro semestre, portanto, antes das eleições, poderá ser adiada.

“As medidas não foram discutidas com o conjunto das entidades do FNE, nem tampouco com o coordenador do FNE, conforme estabelecem as normatizações em vigor e a cultura anterior recente de relacionamento respeitoso com as entidades nacionais representativas do setor educacional”, dizem as entidades que criticam a decisão do MEC. A atual coordenação do FNE acionou a Procuradoria Federal dos Direitos ao Cidadão do Ministério Público Federal.

"Convém ressaltar nosso desapontamento adicional já que, para a mesma data em que o decreto é firmado (26/04/2017), havia previsão de reunião entre a Secretaria Executiva do MEC e membros do FNE, agendada com bastante antecedência, conforme a conveniência da própria Secretaria do MEC. Seria uma reunião, fundamental, para tratar de encaminhamentos relativos à Conae, que foi abruptamente cancelada sem maiores esclarecimentos e informações aos interessados, tampouco proposta outra alternativa que respeitasse a deliberação do coletivo do FNE em reunião de 29 do mês passado”, diz o FNE no relato ao órgão.

“Com uma ação desse tipo de parte do Poder Público, unilateral, nada dialogada, sem perspectiva de futuro, também Estados, Distrito Federal e municípios ficarão inseguros acerca do planejamento e realização da Conae, prejudicando processos de participação e avaliação, previstos em lei”, acrescenta o Fórum.

O MEC diz que a atual gestão alterou um decreto publicado em 9 de maio de 2016, “às vésperas do afastamento da então presidente Dilma Rousseff, que determinava que a Conae 2018 fosse realizada no primeiro semestre daquele ano, em uma clara intenção de criar uma mobilização com vistas à eleição de 2018”.

De acordo com o ministério, o calendário também criava dificuldades para estados e municípios que, de acordo com a Lei 13.005 de junho de 2014, precisariam realizar conferências locais antes da nacional. “O MEC, então, decidiu ampliar o prazo para até o fim de 2018. Com isso, será possível que municípios e estados cumpram suas conferências a tempo e, também, que a Conae 2018 seja realizada com maior planejamento e sem interferência político-partidária.”

A presidenta Dilma Rousseff destacou hoje (20) a importância da participação social na construção das políticas públicas. Ao discursar na 2ª Conferência Nacional de Educação (Conae), a presidenta defendeu o respeito ao direito de opinar, criticar e reivindicar, que, segundo ela, caracterizam a democracia em uma sociedade moderna e inclusiva.

“Sabemos que a democracia representativa tem o Congresso e as Casas Legislativas como espaço privilegiado e fundamental de deliberação", afirmou Dilma, ao lembrar que tem de ser garantido à sociedade civil organizada o direito de opinar, de falar, de criticar, dar sugestões, contribuir com suas experiências e reivindicações. De acordo com a presidenta, a participação popular nas políticas públicas não é uma dádiva do governo, mas uma conquista da sociedade brasileira que deve ser respeitada.

##RECOMENDA##

Dilma defendeu também a valorização dos professores, tanto no aspecto da formação quanto na melhoria dos salários. “O desafio da valorização do professor não pode estar baseado em frases genéricas. Temos que construir um caminho para que o Brasil tenha, em um prazo curto, não só a carreira mais clara para o magistério, mas refletindo na qualidade da remuneração”, disse ela aos cerca de 4 mil profissionais de diversos setores da área de educação que participam da Conae.

A presidenta lembrou ainda que sancionou, neste ano, sem vetos, o Plano Nacional de Educação (PNE). O cumprimento do PNE está no centro das discussões da Conae. Dilma também mencionou a passagem, hoje, do Dia da Consciência Negra e destacou a importância da política de cotas adotada em universidades federais brasileiras.

Ao faltar sobre as eleições de outubro, a presidenta disse que os votos que a reelegeram são votos claros pela inclusão social, pelo emprego, desenvolvimento, pela estabilidade política e econômica e por maiores investimentos na infraestrutura e modernização do país.

Ela prometeu que, nos próximos quatro anos, manterá um governo coerente com o que pensa e tem feito pelo país. “Nosso Brasil não vai parar. Eu governei quatro anos sem descanso, vou governar mais quatro ainda, sem descanso. Vou continuar coerente com o que penso e o que temos feito pelo Brasil e os brasileiros.”

A Conae se estenderá até domingo (23). O documento-base a ser discutido teve origem em emendas apresentadas durante as conferências distrital e estaduais. Participam educadores, pesquisadores, gestores públicos, parlamentares e representantes de organizações e entidades sociais ligadas à área, que debaterão o futuro da educação, da creche à pós-graduação.

O Plano Nacional de Educação (PNE) mais uma vez será foco de discussão, desta vez de 29 a 23 de novembro. Nesses dias, será realizada em Brasília a 2ª Conferência Nacional de Educação (Conae), com a participação de 3,5 mil delegados eleitos de todo o Brasil.

O evento ocorre a cada quatro anos, e, nesta edição, promete debater o PNE na articulação do Sistema Nacional de Educação, com destaque para a participação, cooperação federativa e regime de colaboração. De acordo com o Ministério da Educação (MEC), instituição organizadora da Conae, além dos delegados, 500 observadores deverão acompanhar as atividades.

##RECOMENDA##

Os delegados participantes pertencem a várias esferas da educação, tais como escolas públicas e privadas, gestores, trabalhadores, pais e estudantes. Para organizar o evento, foram colocados em pauta vários eixos de discussão. Entre eles estão educação, trabalho, desenvolvimento sustentável, saúde, meio ambiente, avaliação e aprendizagem.

Antes da realização da Conferência, ocorreram no ano passado várias atividades de abrangências municipais. Ao todo, foram 2.329 conferências municipais, 19 plenárias no Distrito Federal e 495 conferências intermunicipais. Mais de 776 mil cidadãos participaram das ações.

A primeira edição da Conae foi realizada de 28 de março a 1º de abril de 2010. A edição 2014 será no Centro Internacional de Convenções Brasil (Cicb), no Setor de Clubes Esportivos Sul, trecho 2, conjunto 63, lote 50, em Brasília.

 

 

 

 

Após anunciar o adiamento da 2ª Conferência Nacional de Educação (Conae), o Fórum Nacional de Educação (FNE)  divulgou nota enviada à Câmara dos Deputados em defesa da aprovação de um Plano Nacional de Educação (PNE) que contemple o que foi decidido na última conferência, em 2010. O projeto está na última etapa de tramitação no Congresso Nacional. O fórum considera a atual proposta um "retrocesso em relação ao debate realizado no contexto da discussão" e pede que seja retomada a redação aprovada anteriormente pela Câmara.

O PNE estabelece 20 metas para melhorias na educação que devem ser cumpridas nos próximos dez anos. Entre elas, destacam-se a universalização do ensino fundamental e do ensino médio e a oferta de creches e de ensino integral. Já aprovado nas duas casas legislativas, no fim do ano passado, o projeto voltou à Câmara. A expectativa é que seja analisado e votado quando os parlamentarem voltarem às atividades, no início do próximo mês.

##RECOMENDA##

Na nota, o Forúm Nacional da Educação diz que "o substitutivo do Senado Federal à matéria se contrapõe às proposições centrais desta conferência [de 2010], dedicada, entre outras tarefas, a determinar diretrizes para o próximo plano. A proposta que retorna à Câmara dos Deputados é privatista, segregacionista e não contribui para fortalecer o sistema nacional de educação".

O fórum defende a retomada da redação anterior, principalmente no que se refere à efetivação do compromisso do poder público com a ampliação de matrícula pública tanto na educação técnica profissional de nível médio quanto na educação superior, ao princípio do investimento público em educação pública e à implementação do Custo Aluno-Qualidade Inicial (CAQi) no prazo de dois anos após a aprovação do PNE, com garantia da complementação, com recursos financeiros da União, para os estados e municípios que não atingirem o valor do CAQi e, posteriormente, do Custo Aluno-Qualidade (CAQ).

O FNE pede também que se retome o prazo de alfabetização de crianças até, no máximo, os 8 anos, ou o terceiro ano do ensino fundamental. O texto aprovado no Senado estabelece que, a partir do sexto ano da entrada em vigor do PNE, a alfabetização comece aos 7 anos e, a partir do décimo ano de vigência do plano, aos 6 anos de idade.

Quanto à Meta 4, que trata da educação especial, alvo de polêmica durante a tramitação, o FNE entende que "tanto a versão da Câmara dos Deputados quanto do Senado desrespeitam convenções e tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário e infringem o direito constitucional à educação inclusiva de todos os brasileiros".

O coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, participou da reunião de hoje (24) do Fórum Nacional de Educação em Brasília. Ele mostrou-se decepcionado com o adiamento da Conae e disse que, com isso, perde-se a oportunidade de pressionar o Congresso Nacional pela aprovação de um plano nacional que atenda aos interesses do setor. "Todos estavam se organizando para vir para a Conae, tínhamos várias atividades agendadas, manifestações no Congresso Nacional. A Conae realizada agora seria um espaço político importante para a área. Perdeu-se muitos meses com o adiamento", lamentou.

A Fundação Joaquim Nabuco recebe, nesta terça (8), a Conferência Livre Educação Pra Valer. A Conferência Livre é realizada pelo Comitê Pernambucano da Campanha Nacional pelo Direito à Educação e mobiliza profissionais do setor, além de movimentos da sociedade civil. O evento leva em consideração grandes congressos sobre educação que acontecem ainda este ano e no ano que vem, como a Conferência Estadual de Educação (CONEPE) 2013 e a Conferência Nacional de Educação (CONAE) 2014.

Programação

##RECOMENDA##

09h30 às 11h - Mesa I - PNE e CONAE num contexto de disputas pela efetivação do Direito a Educação Pública de Qualidade:

- Prof. Idevaldo da Silva Bodião (Faculdade de Educação da Universidade Federal do Ceará e Comitê Cearense da CNDE);

- Profa. Edla Soares (Comitê Estadual Educação do Campo, UFPE e ADUFEPE);

- Prof. Heleno Araújo (Presidente do SINTEPE e diretor da CNTE).

Coordenação: Avanildo Duque (ActionAid e Diretivo Nacional da Campanha Nacional pelo Direito à Educação)

11h às 11h20 – Coffee Break

 11h20 às 13h - Mesa II - PNE e CONAE num contexto de disputas pela efetivação do Direito a Educação Pública de Qualidade

- Dep. Federal Paulo Rubem (Comissão de Educação da Câmara dos Deputados);

- Liz Ramos (Secretaria da Criança e da Juventude de Pernambuco);

- Dep. Estadual Teresa Leitão (Presidente da Comissão de Educação e Cultura da ALEPE).

Coordenação: Avanildo Duque (ActionAid e Diretivo Nacional da Campanha Nacional pelo Direito à Educação)

13h às 14h – Intervalo para Almoço

14h às 16h30 – Discussão das emendas propostas pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação

Na próxima segunda-feira (18), o Fórum Estadual de Educação de Pernambuco (FEE/PE) realizará uma coletiva de imprensa para divulgar as atividades que serão promovidas dessa data até o dia 22 deste mês. O intuito das ações é mobilizar a população para discutir os assuntos que serão trabalhados nas conferências municipais e intermunicipais de educação do Estado, que ocorrerão nos meses de abril e junho deste ano.

Segundo a assessoria de comunicação do evento, todos os temas abordados nos encontros locais serão levados à Conferência Nacional de Educação (Conae), que será realizada nos dias 17 e 21 do mês de fevereiro do próximo ano, em Brasília. “Plano Nacional de Educação na Articulação do Sistema Nacional de Educação. Participação popular, cooperação federativa e regime de colaboração” é o tema do Conae.

##RECOMENDA##

A coletiva de imprensa será às 10h, na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). O local fica na Rua da União, 439, no bairro da Boa Vista, área central do Recife.

A segunda edição da Conferência Nacional da Educação (Conae) será realizada do dia 17 a 21 de fevereiro de 2014, em Brasília. O tema do evento é “O PNE na Articulação do Sistema Nacional de Educação: Participação Popular, Cooperação Federativa e Regime de Colaboração”. Nesta segunda-feira (3), o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, participou da solenidade de lançamento da edição, em Brasília. Na ocasião, Mercadante assinou a portaria de convocação do evento.  

De acordo com informações do site oficial do Ministério da Educação (MEC), o ministro frisou que é importante a participação da sociedade na conferência. “É um momento muito importante porque a educação precisa da mobilização da sociedade, envolver famílias, professores, aqueles que estão, no dia a dia, exercendo a atividade docente, formando as futuras gerações”, declarou Mercadante, conforme informações do MEC.

Nesse mês de novembro, tiveram início as conferências preparatórias, de cunhos municipais e intermunicipais. Segundo o MEC, no primeiro semestre do próximo ano, será a vez das estaduais. O intuito é garantir a participação de todos os envolvidos na proposta de uma educação de qualidade, como por exemplo, professores, gestores educacionais, estudantes e pais.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando