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O ministro das Relações Exteriores da China, Yang Jiechi, afirmou que Pequim mantém a confiança na Europa, apesar do aumento do temor de contágio da crise da dívida na região. "Nós compramos muitos bônus europeus em anos recentes e continuaremos a apoiar a Europa e o euro no futuro", disse em entrevista concedida na Polônia e reproduzida ontem no site oficial do ministério. As declarações foram divulgadas quando os mercados da Ásia registravam fortes perdas, acompanhando a queda das Bolsas ocidentais no dia anterior.

"Os problemas da dívida da Europa ainda estão em desenvolvimento e o risco de um default da dívida soberana nos EUA está se agravando", observou o ministro, que pediu aumento da cooperação entre os governos para enfrentar a crise.

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"Todos os países devem intensificar a comunicação e a coordenação, promover reformas no sistema financeiro mundial e aperfeiçoar a governança da economia global." Com o maior volume de reservas internacionais do mundo -US$ 3,2 trilhões -, a China tem especial interesse em evitar turbulências no mercado internacional que levem a flutuações no valor dos bônus soberanos e à depreciação do dólar, moeda na qual estão denominados 70% de seus ativos.

Temores da China, Pequim teme ainda o impacto do aprofundamento da crise em suas exportações, cujos principais destinos são a Europa e os Estados Unidos. O impasse em torno do aumento do teto de endividamento norte-americano evidenciou o problema enfrentado pela China na administração de um volume de reservas que supera em muito o patamar considerado necessário para proteger o país contra instabilidade externa.

O acúmulo de poupança externa transformou Pequim no principal credor de Washington, com a aquisição de pelo menos US$ 1,16 trilhão de títulos emitidos pelo Tesouro. O confronto entre republicanos e democratas aumentou a pressão para a diversificação das reservas, mas há poucas opções para aplicação dos recursos, especialmente depois do agravamento da crise europeia. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

A senadora Ângela Portela (PT-RR) e a deputada federal Janete Rocha Pietá (PT-SP) - mulher do secretário-geral do PT, Elói Pietá - divulgaram hoje uma nota oficial em que repudiam as declarações do ex-ministro da Defesa Nelson Jobim sobre as ministras de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, e da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. Em entrevista à revista Piauí, Jobim afirmou que Ideli "é fraquinha" e criticou Gleisi, dizendo que ela "não conhece Brasília".

As petistas afirmam que o ex-ministro atacou Gleisi e Ideli "de forma machista e preconceituosa". Elas consideram um agravante o momento dos ataques, coincidindo com o aniversário de cinco anos da Lei Maria da Penha. "Classificar as ministras como incompetentes e incapazes pode ser caracterizado como violência psicológica e moral", advertem as petistas, caso Jobim fosse enquadrado na lei.

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Elas concluem exigindo respeito às mulheres. Ângela assina o documento como presidente da subcomissão em Defesa da Mulher do Senado e Janete como coordenadora da bancada feminina no Congresso.

"Queremos expressar nosso repúdio pela violência de um ministro que sempre desfrutou de todo o respeito e consideração das bancadas femininas na Câmara e no Senado Federal e que, pelo ataque verbal desnecessário poderá criar um clima conflituoso que em nada contribuirá para a construção da Democracia Brasileira", diz a nota.

O Brasil se aproveita do sucesso em meio à "insanidade global", afirma hoje o Financial Times. Segundo o jornal britânico, nos últimos meses os brasileiros se tornaram espectadores dos disparates do mundo desenvolvido, como as dificuldades para elevar o teto da dívida nos Estados Unidos a fim de evitar a moratória, a crise da Grécia e o escândalo envolvendo o tabloide britânico "News of the World", de Rupert Murdoch.

"Um mercado emergente com dificuldades há uma década, o Brasil é hoje um retrato da estabilidade política e econômica comparado com o seu antes dominador parceiro do norte e as antigas potências colonizadoras da Europa", diz o FT.

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Para o jornal, o desafio do Brasil agora é saber como "administrar o sucesso", pois não pode ser complacente frente à tarefa de sair da armadilha de país de renda média em que está preso há décadas. Entre os problemas ainda a serem enfrentados, o FT cita o mercado de trabalho apertado, falta de trabalhadores qualificados, fraco sistema de educação e elevado custo para fazer negócios, em parte devido aos impostos elevados.

A publicação também volta a apontar o aumento do endividamento da população, em razão do "boom" de crédito. "O Brasil precisa ter cuidado para não enterrar sua nova classe média em tanta dívida que, quando o próximo declínio econômico chegar, cairá novamente na pobreza."

O FT avalia que o Brasil pode se sentir orgulhoso neste momento. "Mas precisará continuar vigilante para assegurar que não semeia a próxima crise durante o período de prosperidade."

O vice-presidente da República, Michel Temer, convidou políticos aliados do PMDB para um almoço no Palácio do Jaburu nesta quarta-feira (3). No encontro devem ser discutidas as acusações de corrupção no ministério da Agricultura feitas por Oscar Jucá Neto, irmão do líder do governo Romero Jucá (PMDB-RR). O ministério é ocupado por Wagner Rossi, indicação de Temer.

O líder do governo e o vice-presidente conversaram sobre o tema no final de semana. Jucá disse a Temer que não concordava com a posição do irmão e pediu desculpas pelas declarações. Ele também já se desculpou com a presidente Dilma Rousseff pelo episódio. Os dois se reuniram nesta terça. Segundo interlocutores de Temer, o vice-presidente acreditou em Jucá e os dois estão "em paz". Não se sabe, porém, se o líder do governo estará no almoço.

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No PMDB o sentimento é de arrependimento pela indicação de Oscar Jucá Neto para ocupar um cargo de direção na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), estatal vinculada à pasta da Agricultura. A nomeação foi feita em junho e ele foi demitido na semana passada, depois de ter autorizado um pagamento irregular no valor de R$ 8 milhões.

Lideranças lembram que houve muita resistência à indicação porque Oscar já tinha tido problemas quando trabalhou na Infraero, durante o governo Lula. Ele foi demitido em abril de 2009 por ordem do então ministro da Defesa, Nelson Jobim. Na ocasião, Jucá apoiou o irmão e fez duros ataques a Jobim. Agora, porém, o líder do governo procura se afastar de Oscar.

O Intesa Sanpaolo, maior banco da Itália em ativos, chegou a um acordo com líderes sindicais para reduzir seu quadro de funcionários em cerca de 4 mil pessoas. As partes chegaram a um acordo no final da noite de ontem, depois de três meses de negociações, informou hoje o principal grupo sindical dos bancários na Itália, conhecido como Fabi.

Pelo acordo, cerca de 3 mil funcionários deixarão o banco por meio de um programa de demissão voluntária, sendo que a maioria deverá antecipar a aposentadoria. Mais cortes deverão ser feitos, mas o Intesa Sanpaolo se comprometeu a fazer novas contratações depois de atingir uma redução líquida de 4 mil empregos.

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Em seu plano de negócios mais recente, o banco italiano alegou que sua folha de pagamento contava com um "excesso" de mais de 10 mil funcionários. As informações são da Dow Jones.

Os governos da Alemanha e da França vão se reunir separadamente com representantes de bancos e instituições financeiras de seus respectivos países para discutir as opções em torno da proposta de participação voluntária dos credores privados no esforço para evitar um default (não pagamento da dívida) da Grécia. Os encontros seguem-se ao acordo fechado na semana passada entre a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, prevendo a participação voluntária dos credores privados no resgate da Grécia.

Fontes disseram que o Ministério das Finanças da Alemanha vai se reunir com representantes de vários bancos e seguradoras alemãs para discutir uma rolagem voluntária da dívida grega pelos credores privados. Segundo as fontes, uma solução imediata não é esperada, já que as negociações estão em um estágio inicial. O Deutsche Bank, o Commerzbank e a seguradora Allianz devem estar presentes ao encontro.

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O porta-voz do ministério das Finanças da Alemanha, Martin Kotthaus, não falou sobre o encontro, mas disse que o governo estuda "possibilidades concretas" para um participação voluntária dos credores privados em uma nova ajuda à Grécia. "Buscamos iniciar as conversações com o setor privado, a nível nacional e internacional, para ver como podemos quantificar a participação" para o encontro de ministros das finanças da zona do euro de 3 de julho, disse o porta-voz.

O Commerzbank possui uma exposição de 2,9 bilhões de euros na dívida grega e é o maior credor do país entre outros bancos alemães. O Deutsche Bank possui uma exposição de cerca de 1,6 bilhão de euros na dívida grega, segundo informações divulgadas recentemente. Estima-se que a exposição total dos bancos alemães à dívida grega seja de 10 bilhões de euros a 20 bilhões de euros, disse ontem o diretor-gerente da associação alemã de bancos BdB, Michael Kemmer.

Segundo ele, os bancos deveriam receber incentivos como garantias pelos bônus gregos em troca da participação na solução dos problemas da Grécia. Pelos dados do início de junho do Banco de Compensações Internacionais (BIS), a exposição dos bancos alemães à Grécia estava em cerca de US$ 22,7 bilhões. As informações são da Dow Jones.

A Bolsa de Tóquio fechou em alta acentuada, com o crescente otimismo de que a Grécia pode aprovar medidas de austeridade e evitar um calote de sua dívida. Pesos pesados da bolsa japonesa, como Softbank e Sony, apresentaram forte valorização. O índice Nikkei 225 ganhou 169,77 pontos, ou 1,8%, e fechou aos 9.629,43 pontos.

Muitos investidores ficaram de lado, aguardando os resultados da reunião do comitê de política monetária do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) e os comentários do presidente do banco, Ben Bernanke, sobre as condições econômicas dos EUA.

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A notícia de que o primeiro-ministro grego, George Papandreou, havia sobrevivido à votação de uma moção de confiança no Parlamento fez a Bolsa de Tóquio abrir de forma positiva. As ações de bancos e corretoras subiram na medida em que diminuía o nervosismo sobre os problemas da dívida da Grécia. As informações são da Dow Jones

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