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O vice-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), João Carlos Ferraz, defendeu hoje uma nova agenda para enfrentar os desafios que o atual cenário de turbulência externa pode trazer ao País. Em abertura do seminário "Novo Pensamento Econômico", hoje no BNDES, ele comentou que a crise atual conduziu a desafios que "ninguém antecipou". "Não somos capazes de entender até onde ela irá", completou.

Para Ferraz, o pensamento econômico pode levar a possíveis estratégias para enfrentar o atual cenário. Ele defendeu três pilares para compor a construção de um novo pensamento para este novo ambiente: inclusão, sustentabilidade e competência de pessoas e empresas.

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Também presente ao evento, o ex-ministro Rubens Ricupero classificou o momento atual como "sombrio". "O fato de os mercados continuarem assim, com humor negativo, depois da reunião do G-20, é preocupante", disse ele, classificando o encontro como "um grande fracasso". "Continuamos em uma situação de extrema precariedade", afirmou. "Assistimos a uma situação muito complicada. Tudo indica que estamos em um movimento grave de recaída", avaliou.

No caso do Brasil, Ricupero comentou que a situação do País não é "nada brilhante". Na análise do ex-ministro, não é visível o desenlace da crise atual, nem mesmo o impacto que esta terá no País.

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, agradeceu hoje o primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou, pela sua "coragem e determinação" na liderança do país durante a crise financeira. No entanto, ela também cobrou que o novo governo grego implemente urgentemente as reformas combinadas com a União Europeia (UE), segundo afirmou o representante da líder alemã. O porta-voz de Merkel, Steffen Seibert, disse que a chanceler expressou "respeito pela decisão de Papandreou", durante uma ligação telefônica.

Ontem, Papandreou concordou em renunciar para permitir a formação de um governo de união. O anúncio oficial da saída do primeiro-ministro e da nova coalizão deve ser realizado hoje, antes da reunião do grupo de ministros de Finanças da zona do euro, que se reúne em Bruxelas para decidir sobre a liberação da próxima parcela do primeiro pacote internacional de resgate para a Grécia. As informações são da Dow Jones.

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A Europa exigiu, a população pressionou e o governo de George Papandreou na Grécia caiu. Ontem, líderes políticos gregos chegaram a um acordo para a formação de um governo de união nacional na esperança de aprovar o pacote de resgate da União Europeia, impedir um calote total e evitar o caos financeiro no continente. Falta definir quem irá compor o governo. Líderes políticos entraram pela madrugada em negociações.

A saída de Papandreou foi confirmada para evitar um terremoto nos mercados hoje. O governo grego é o quinto a ser derrubado pela crise na Europa. Mas, desta vez, as condições para assumir o poder e até a data de novas eleições foram determinadas por Bruxelas.

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Papandreou, que em 2009 foi eleito com a promessa de reduzir a pobreza, termina seu governo com meros 10% de apoio da população. Ontem, confirmou que não fará parte do novo governo e oficialmente entregará seu cargo depois de chegar a um acordo com a oposição sobre o novo chefe de governo. "Não posso deixar um vácuo", disse, antes de fechar o acordo.

Seu anúncio conclui uma semana de caos político gerado por sua decisão de levar o pacote de resgate a um referendo nacional, medida que enfureceu a UE e que tinha como meta evitar a convocação de eleições antecipadas. Ontem, a imprensa local indicava que o substituto seria Lucas Papademos, ex-vice-presidente do Banco Central Europeu, um tecnocrata apoiado pelos principais bancos europeus. Outros três nomes estavam na mesa de negociações.

O acordo ainda segue outra exigência da UE. Eleições serão convocadas, mas só depois de a Grécia aprovar no Parlamento seus compromissos de reformas exigidos pela UE para que 130 bilhões sejam liberados. Essa era uma exigência de Alemanha e França. Vários partidos gregos insistiam que queriam rever os termos do acordo. Em Atenas, a perspectiva é de que a eleição ocorra no final de fevereiro.

O ministro grego das Finanças, Evangelos Venizelos, pode permanecer no cargo. Considerado pessoa de confiança da UE, hoje vai a Bruxelas entregar aos demais ministros da zona do euro o compromisso de aprovação do pacote. Sem mostrar compromisso em cortar gastos, salários e pensões, a Grécia não receberá nem a parcela de 8 bilhões prevista para pagar as contas até o fim do ano, nem o pacote de 130 bilhões para 2012. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou, pode anunciar sua renúncia após uma reunião de gabinete que vai pavimentar o caminho para a formação de um novo governo, afirmou uma fonte do Partido Socialista. A reunião está marcada para as 12h (de Brasília) deste domingo. "Papandreou quer encerrar esse impasse hoje. Ele vai informar ao gabinete as suas decisões e pode renunciar hoje", disse a fonte do partido governista.

Mais cedo, Antonis Samaras, líder do oposicionista Nova Democracia, pediu a renúncia imediata de Papandreou. As informações são da Dow Jones.

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O primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou, tem de renunciar ao cargo, afirmou Antonis Samaras, líder do principal partido de oposição no país, o Nova Democracia, acrescentando que ele está aberto a negociações com o governista Partido Socialista sobre a formação de um novo governo.

Após se reunir com o presidente grego, Karolos Papoulias, Samaras declarou que está preparado para ajudar na formação de um governo interino "desde que Papandreou renuncie". "O fato de Papandreou não ter deixado o poder está bloqueando qualquer possível solução", disse o oposicionista.

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As declarações foram feitas após uma semana de turbulência política na Grécia, que ameaçou dificultar o resgate financeiro oferecido ao país e teve o ápice na votação de uma moção de confiança que terminou na manhã de sábado.

Papandreou recebeu o voto de confiança e marcou uma reunião de gabinete para as 12h (de Brasília) deste domingo, para se preparar para uma reunião de ministros de Finanças da zona do euro programada para amanhã. As informações são da Dow Jones.

O primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou, tentava hoje formar um novo governo de união nacional em uma nova tentativa de estabilização política do país, mas enfrentava a resistência do principal grupo de oposição. O presidente da Grécia, Karolos Papoulias, informou hoje por meio de sua assessoria que reuniria "sem demora" os líderes dos partidos políticos do país a pedido do primeiro-ministro, em uma tentativa de desfazer o impasse entre situação e oposição. O chefe de Estado discutirá com os líderes políticos "as oportunidades existentes de cooperação", diz o comunicado.

Papandreou reiterou hoje que está pronto para deixar a chefia de governo em favor de um governo de coalizão, mas rejeita a ideia de antecipar as eleições, disse um porta-voz. Por sua vez, Antonis Samaras, líder do principal partido de oposição da Grécia, a Nova Democracia, reiterou seu pedido de eleições antecipadas imediatas e rejeitou a iniciativa de formar um governo de coalizão com os socialistas.

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Samaras se pronunciou depois que o primeiro-ministro, George Papandreou, comunicou ao presidente Papoulias sua intenção de formar um governo de coalizão que implementaria um pacote de ajuda de 130 bilhões de euros ao país aprovado pela Europa no mês passado.

A Nova Democracia, que elogiou o acordo de ajuda, se opõe às medidas de austeridade que o governo vem implementando desde o início da crise da dívida no ano passado, que considera responsáveis pelo aprofundamento da recessão na Grécia. "Papandreou condenou o país com suas políticas", disse Samaras em declarações à televisão. "Nenhum programa pode prosseguir sem o apoio do povo, e por isso precisamos de eleições", disse.

Já o partido Laos, de extrema-direita, pediu que Antonis Samaras reconsidere sua rejeição à tentativa de Papandreou de formar um governo de coalizão. "Estou fazendo um apelo público para que Samaras reconsidere sua decisão", disse Giorgios Karatzaferis, líder do Laos, com comunicado. "Demos o primeiro passo, a saída de George Papandreou do poder. Precisamos dar o segundo passo juntos", afirmou.

Negociações

Papandreou iniciou hoje negociações para formar um governo de coalizão que garanta uma ampla aprovação ao último acordo de ajuda internacional à Grécia e evite uma catástrofe financeira para o endividado país. Ele se reuniu com o presidente Papoulias pela manhã e convocou para o domingo uma reunião ministerial.

Em entrevista a jornalistas depois do encontro com o presidente, Papandreou indicou claramente que o governo a ser formado terá poder para aprovar legislação referente ao pacote de socorro, confirmando as diferenças com a Nova Democracia. "As decisões de 26 de outubro e as obrigações decorrentes destas decisões são uma condição para o país continuar no euro", disse o primeiro-ministro após o encontro com o presidente.

Depois de Papandreou ter obtido ontem à noite um voto de confiança do Parlamento, Samaras pediu eleições imediatas, afirmando que Papandreou rejeitou sua proposta de uma coalizão suprapartidária que apenas ratificaria o acordo de empréstimo, mas não a implementação das medidas.

Em meio ao impasse, um porta-voz do governo lembrou que a Grécia precisa ratificar até o fim do ano o plano de resgate financeiro oferecido pela União Europeia (UE) para solucionar sua crise da dívida. "Segundo um cronograma inegociável da cúpula europeia (onde o plano foi acertado), o novo acordo precisaria ser ratificado no Parlamento até o fim de 2011", disse Ilias Mossialos, o porta-voz.

"Nossos parceiros europeus não irão esperar. Nós temos apenas sete semanas e não podemos perder nenhum dia", acrescentou ele, aumentando a pressão para que os políticos gregos cheguem a um consenso sobre a formação de um governo de unidade nacional.

Enquanto isso, circulavam rumores segundo os quais Papandreou pode nomear seu ministro das Finanças, Evangelos Venizelos, para liderar um governo de unidade nacional ainda neste sábado, disse um representante do Partido Socialista (Pasok), de Papandreou, acrescentando que o chefe de governo não excluía outros candidatos.

"Papandreou acredita que Venizelos é a pessoa mais adequada para liderar o governo de coalizão", disse a fonte. "Venizelos é o principal negociador na Europa, portanto haverá continuidade, embora o maior partido de oposição Nova Democracia seja contra a proposta", acrescentou. As informações são da Dow Jones.

O primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou, vai se reunir com o presidente Karolos Papoulias neste sábado a partir das 8 horas (de Brasília), na tentativa de iniciar conversações para a formação de um governo de união nacional. Segundo um comunicado divulgado pelo gabinete de Papandreou, o primeiro-ministro deverá pedir que Papoulias convide todos os partidos gregos para as conversações.

Nesta sexta-feira, Papandreou, do Partido Socialista (Pasok), obteve um voto de confiança do Parlamento, o que permitiria que seu governo prosseguisse - sem a necessidade de convocar eleições imediatas, como queria a oposição conservadora. Antes da votação, porém, o próprio Papandreou disse que renunciaria ao cargo para facilitar a formação de um governo de união nacional. As informações são da Dow Jones.

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Trezentos parlamentares gregos decidiam, na noite desta sexta-feira (4), o futuro do primeiro-ministro Georgios Papandreou. O ministro, que dependia de um voto de confiança, recebeu a confirmação de sua permanência no cargo. A votação foi bastante acirrada e o ministro venceu por 153 votos a 144. Para tentar aprovar o plano de resgate da dívida grega com a União Europeia, Papandreou deve criar um governo de coalização.

Surtiu efeito a pressão pública do presidente da França, Nicolas Sarkozy, e da chanceler da Alemanha, Angela Merkel, às margens da cúpula do G-20 (grupo das 20 maiores economias do mundo). Em pronunciamento feito ao Parlamento ontem, em Atenas, o primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou, anunciou um acordo de princípio para abandonar o referendo sobre o pacote de socorro de 130 bilhões de euros, aprovado em Bruxelas em 27 de outubro. Em lugar da consulta popular, uma votação no Legislativo vai confirmar o auxílio.

A decisão foi o apogeu de um novo dia de tensão entre líderes da União Europeia, reunidos em Cannes, e a administração grega. A insatisfação havia aumentado ao longo da madrugada, após o pronunciamento feito em Cannes por Sarkozy e Merkel, no qual deram um ultimato à Grécia: aceitar o pacote e ficar, ou abandonar a zona do euro.

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Nas primeiras horas da manhã, Papandreou enfrentou a rebelião dos principais nomes de seu gabinete, entre os quais o ministro da Economia, Evangelos Venizelos, contrários ao referendo. Ao mesmo tempo, surgiu a informação de que o Movimento Socialista Pan-helênico (Pasok) teria perdido a maioria, inviabilizando seu governo. A bancada estaria com menos de 152 parlamentares - do total de 300. A crise política provocou então uma reunião de urgência do gabinete.

Horas de costuras políticas se seguiram até que um acordo foi anunciado com o partido de centro-direita Nova Democracia para a aprovação do pacote de socorro em uma sessão de hoje do Parlamento. Em tese, 180 dos 300 deputados estariam dispostos a endossar o pacote.

Às 16h (13h em Brasília), Papandreou se dirigiu aos deputados, classificando a situação como "pesadelo". "Eu disse aos meus parceiros que, se nós tivermos um consenso político, se pudermos votar o programa de resgate, não serão necessárias outras soluções", afirmou o premiê. "Tínhamos um dilema: consenso ou referendo. Um fracasso no apoio ao pacote significaria o início de nossa partida do euro. Mas se há consenso, não precisamos de referendo". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A emissora estatal de televisão da Grécia divulgou que o primeiro-ministro do país, George Papandreou, insistiu nesta quinta-feira que não vai renunciar. Ele está enfrentando uma crescente revolta dentro do seu próprio partido, em função do referendo que pretende realizar para consultar o povo se o país deve aceitar um segundo pacote internacional de resgate. O governo marcou um voto de confiança no Parlamento de 300 cadeiras para a sexta-feira. Um político do Partido Socialista Helênico (Pasok) do premiê disse que ele tem o apoio de aproximadamente 110 parlamentares dos 151 do Pasok, os quais não seriam suficientes para mantê-lo no poder.

Dois funcionários próximos a Papandreou disseram que a ideia do referendo sobre o novo pacote europeu e as medidas de austeridade foi retirada, após o pacote europeu receber algum apoio da oposição de centro-direita, o partido da Nova Democracia. "Esperar que as eleições sejam a solução, neste momento, significaria um perigo muito maior de moratória e certamente de saída do euro", disse Papandreou no encontro ministerial desta quinta-feira. "Eu falarei com Samaras e juntos examinaremos os próximos passos, baseados em um amplo consenso". Papandreou se referia ao líder da oposição, Antonis Samaras. O líder da oposição pediu na manhã de hoje por um governo de transição na Grécia, o qual ratificaria o acordo fechado com a União Europeia (UE) e mais tarde anteciparia novas eleições.

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A confusão na Grécia começou na segunda-feira, quando Papandreou disse que a população deveria aprovar ou rejeitar em referendo o acordo de socorro que o governo grego fechou com a UE. Papandreou também marcou um voto de confiança em seu governo para a sexta-feira. Pelo menos seis deputados do Pasok foram abertamente contra o premiê na terça-feira e a confusão aumentou ontem e hoje.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

O ministro das Finanças grego, Evangelos Venizelos, disse ser contra o polêmico plano do primeiro-ministro, George Papandreou, de realizar um referendo para decidir se o país deve continuar a fazer parte da zona do euro. "O lugar da Grécia no euro é uma conquista histórica do povo grego que não pode ser colocada em questão", afirmou Venizelos em um comunicado, depois de voltar da reunião G-20 (grupo das 20 maiores economias), em Cannes. "Isso não pode ser colocado na dependência de um referendo."

O comunicado representa mais um golpe para Papandreou, que enfrenta uma crescente revolta dentro do Partido Socialista por causa da proposta de referendo e será submetido amanhã a um voto de confiança no Parlamento. O combalido premiê surpreendeu seus próprios parlamentares nesta semana com a inesperada convocação de um referendo sobre o último pacote de ajuda ao país, de 130 bilhões de euros, acordado por líderes europeus em Bruxelas na semana passada.

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A movimentação é considerada uma aposta de alto risco destinada a reprimir as críticas da opinião pública contra a política de austeridade, mas corre o risco de comprometer os planos para a solução da crise da dívida da zona do euro.

Paciência

Reunidos em Cannes, na França, na noite de ontem, os líderes europeus deixaram claro que perderam a paciência com a Grécia, exigindo que o país declare se quer permanecer na união monetária ou se arriscar em uma secessão. Depois de uma tensa reunião com Papandreou, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, alertou que a Grécia não receberá nenhuma ajuda adicional até que a questão seja resolvida, ressoando a opinião da chanceler alemã, Angela Merkel, que também estava presente. "A Grécia quer continuar parte da zona do euro ou não?", disse Merkel. "Essa é a questão que o povo grego deve responder agora."

Na segunda-feira, um parlamentar socialista saiu do partido, dizendo que o referendo põe em risco a sobrevivência econômica da Grécia e levantando a preocupação de que Papandreou seja obrigado a convocar eleições antecipadas. Pelo menos cinco deputados, que permanecem no partido, manifestaram sua oposição ao referendo. O Partido Socialista grego (Pasok) tem 152 assentos no Parlamento e precisa de uma maioria de 151 para sobreviver ao voto de confiança ou aprovar o referendo.

Segundo analistas, o governo pode sobreviver ao voto de confiança, mas a dissidência no partido significa que ele pode não ter votos suficientes para realizar o referendo. As informações são da Dow Jones.

Na véspera da abertura da reunião de cúpula do G-20 (grupo das 20 maiores economias do mundo), a Europa deu ontem um ultimato à Grécia. Dois dias depois de o primeiro-ministro do país, George Papandreou, anunciar de forma surpreendente um referendo sobre a adoção do plano de socorro negociado em Bruxelas, líderes europeus impuseram três condições para aceitar a medida: a obtenção de um voto de confiança do Parlamento de Atenas amanhã, a realização da consulta popular no menor prazo possível e a adoção de uma questão direta sobre se a população quer ou não seguir integrando a zona do euro.

O ultimato foi feito na noite de ontem, em Cannes, durante uma reunião pré-cúpula do G-20. Estavam presentes a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, e os presideGréntes do Conselho Europeu e da Comissão Europeia, Herman Van Rompuy e José Manuel Durão Barroso, além de Papandreou.

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Em outras palavras, os representantes europeus advertiram Papandreou que ou a Grécia diz "sim" à permanência na zona do euro e adota o plano de socorro aprovado por 17 países, ou diz "não" e abandona a moeda única por livre vontade.

Corte da dívida

O programa de auxílio negociado na madrugada de 27 de outubro prevê um novo programa de financiamento de 145 bilhões de euros e o corte da dívida da Grécia em 50% - equivalente a cerca de 100 bilhões de euros, segundo dados de Bruxelas. O desconto, que teria a anuência do Instituto Internacional de Finanças (IIF), órgão que representa 400 bancos, seguradoras e fundos de investimentos, reduziria a dívida do país de 160% para 120% de seu Produto Interno Bruto (PIB) em 2020. Essas medidas foram aprovadas por Papandreou na reunião da semana passada, antes que o premiê mudasse de ideia e decidisse convocar o referendo.

Nos corredores do Palácio dos Festivais, onde o G-20 será realizado a partir de hoje, a reportagem apurou que a reunião entre os líderes europeus e Papandreou tinha como objetivo impor a questão que será avaliada pelos gregos. "A ideia é colocar a Grécia frente às suas responsabilidades", disse um diplomata da França, que pediu para não ser identificado. Nesse caso, uma vitória do "não" no referendo representaria o abandono da moeda única. "Se houver uma saída da zona do euro, é preciso que seja voluntária. A comunidade internacional não deve entender a decisão como uma exclusão." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A diretora gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, afirmou hoje que ainda há esperanças de uma recuperação econômica global através de uma ação "corajosa e de cooperação" de líderes mundiais.

Lagarde classificou a convocação surpresa pelo primeiro-ministro da Grécia de um referendo público sobre um novo acordo de resgate para Atenas como um "soluço" nos esforços para resolver a crise de dívida da zona do euro. Economistas e governos temem que o referendo possa forçar a Grécia a dar default em suas obrigações relativas à dívida e fazer com que a crise engula algumas das maiores economias da Europa.

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Mas Lagarde disse a líderes empresariais e autoridades de governo em um evento antes da cúpula do G20 que nunca viu tal determinação política para resolver a crise. As informações são da Dow Jones.

O presidente da China, Hu Jintao, partiu hoje para uma visita oficial à Europa, durante a qual participará do encontro do G-20, na França, aumentando as esperanças de que o país pode se comprometer a ajudar a conter a crise da dívida no continente. A primeira parada dele será na Áustria, onde assinará vários acordos, incluindo nas áreas de economia e comércio, segundo noticiado pela agência de notícias Xinhua.

O grupo das 20 maiores economias do mundo se encontrará em Cannes na quinta e sexta-feira, apenas uma semana após os líderes da União Europeia anunciarem um acordo para tentar resolver a crise. Uma das medidas adotadas é a alavancagem da Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês) em quatro ou cinco vezes, para aproximadamente 1 trilhão de euros. Isso pode ser feito por meio de um veículo de investimento de propósito específico ou mesmo com a ajuda do Fundo Monetário Internacional (FMI).

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Mas a China, que tem as maiores reservas externas do mundo, de quase US$ 3,2 trilhões, disse na sexta-feira que quer mais claridade antes de investir no fundo de resgate. A declaração foi dada quando o diretor da EFSF, Klaus Regling, esteve em Pequim, para tentar obter a ajuda dos chineses.

O vice-ministro de Relações Exteriores da China, Cui Tiankai, afirmou que o G-20 deve se focar na crise da dívida soberana "nos países desenvolvidos" e nas crescentes pressões na inflação global. Ele comentou ainda que os membros do grupo deveriam realizar esforços para estabilizar os mercados financeiros e restaurar a confiança do investidor. As informações são da Dow Jones.

Charles Dallara, diretor do Instituto Internacional de Finanças (IIF), disse estar confiante que 90% dos bancos que fazem parte do grupo participarão do programa de reestruturação da dívida da Grécia, que prevê um corte (haircut) de 50% no valor dos bônus gregos detidos por credores privados.

A informação consta em uma entrevista divulgada hoje pelo jornal semanal alemão Welt am Sonntag. "Eu estou muito otimista que mais de 90% dos bancos vão participar", teria dito Dallara. Não ficou claro, entretanto, se outras instituições financeiras, como seguradoras, por exemplo, também vão aderir ao programa. "Ainda é preciso certa persuasão nesse campo", comentou.

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Os líderes europeus chegaram a um acordo na madrugada da última quinta-feira com os credores privados da Grécia, segundo o qual os bônus antigos serão trocados por novos títulos, com um haircut de 50%. Mas alguns detalhes desse plano ainda não estão definidos. Segundo Dallara, o acordo só foi possível após a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, oferecer uma garantia de 20% a 30% para os novos bônus gregos. As informações são da Dow Jones.

A redução da dívida da Grécia vai trazer o endividamento do país para 120% do PIB até 2020 e será lastreado em € 30 bilhões em garantias fornecidas pelos governos da zona do euro, disse o presidente francês, Nicolas Sarkozy.

Ele anunciou que foi alcançado um acordo com os detentores de títulos da dívida grega para um corte de 50% na dívida. Sarkozy afirmou também que os líderes da zona do euro concordaram em alavancar a Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês) para dar a esse fundo um impacto de cerca de quatro a cinco vezes o seu tamanho.

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Falando na manhã de quinta-feira na Europa, depois de negociações entre os chefes de Estado da zona do euro que atravessaram a madrugada, Sarkozy disse que havia sido evitado um "drama" semelhante ao se seguiu ao colapso do banco Lehman Brothers em 2008, e que espera que isso tranquilize os mercados na abertura dos negócios desta quinta-feira. As informações são da Dow Jones. (Hélio Barboza)

O ministro do Esporte, Orlando Silva, enviou pessoalmente e assinou de próprio punho, no fim de 2006, dois ofícios endereçados ao policial militar João Dias Ferreira, delator do esquema de fraude na pasta, liberando material esportivo para a entidade dele que tocava o Programa Segundo Tempo no Distrito Federal. "É com grande satisfação que autorizo o encaminhamento à Vossa Senhoria de materiais esportivos confeccionados em penitenciárias brasileiras e em comunidades reconhecidamente carentes", disse o ministro no ofício 3099 de 30 de outubro de 2006. Hoje, o ministro classifica João Dias de "bandido" e "criminoso".

Naquele dia, foram liberados 5 mil calções, 5 mil camisetas, 5 mil bonés, bolas e redes para a ONG do policial. No dia 13 de dezembro do mesmo ano, um outro ofício, de número 3373/2006, também assinado por Orlando Silva, reitera o anterior e acrescenta a liberação de mais 100 camisetas do Programa Segundo Tempo. Os dois ofícios mencionam o nome de João Dias e a Associação João Dias de Kung Fu-Desporto e Fitness, com sede no DF.

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O ministro e sua equipe no ministério acusam João Dias de fraudar a execução e a prestação de contas do projeto. Na época dos ofícios, o policial militar tinha contrato para aplicar o Segundo Tempo no DF. O convênio mencionado nos documentos recebeu cerca de R$ 922 mil. A reportagem procurou a assessoria do ministério para explicar os motivos desses ofícios, mas não obteve retorno até a tarde de hoje.

Na carta em que justifica sua ausência em audiência hoje na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara, o policial militar João Dias Ferreira afirmou que os últimos acontecimentos relativos à crise no Ministério do Esporte "esvaziaram o propósito" de seu depoimento. Ele se coloca como vítima do esquema e acusa o ministro Orlando Silva de desvio de recursos no programa Segundo Tempo.

"Considero que os últimos acontecimentos referentes à crise no referido ministério esvaziaram o propósito de meu comparecimento perante esta ilustre comissão. Desde o início, coloquei-me à disposição para expor detalhes do esquema do qual fui, juntamente com a população brasileira, uma vítima", diz João Dias Ferreira.

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Ele afirma ter entregue às autoridades competentes elementos suficientes para demonstrar a veracidade de suas denúncias e afirma que novas provas e evidências de fraudes em convênios divulgadas pela imprensa comprovam seu relato.

A carta enviada à comissão é diferente de uma nota enviada à imprensa por um dos advogados do policial militar. Na versão distribuída por e-mail a alguns jornalistas, a definição de João Dias Ferreira como "vítima" foi suprimida. O policial é acusado de fraudes em dois convênios de ONGs que comanda com o Ministério. A pasta cobra dele o ressarcimento de cerca de R$ 3 milhões aos cofres públicos.

Diante da ausência de João Dias, a sessão foi aberta pelo presidente da comissão, Sérgio Brito (PSC-BA), e deputados do governo e da oposição se dividiram entre o ataque e a defesa do ministro Orlando Silva, que pode deixar o cargo nesta tarde. O advogado do ministro, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, estava presente. Segundo ele, Orlando pediu que acompanhasse a audiência para colher mais elementos para os processos que moverá contra João Dias Ferreira. Para Kakay, o policial militar se acovardou ao desistir de comparecer à comissão.

A presidente Dilma Rousseff deve nomear um substituto interino para a vaga de Orlando Silva no ministério do Esporte. Segundos fontes com acesso ao gabinete da presidente, Dilma não teve tempo de se debruçar sobre um nome para definir o novo titular da Pasta.

A situação de Orlando será definida hoje e a presidente vai conversar com integrantes do PCdoB ainda nesta quarta-feira, no final da tarde. Dilma tem pressa em resolver a situação e a decisão também é de que o cargo continue com o PCdoB. A expectativa é de que o próprio Orlando Silva apresente a carta de demissão.

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A reunião que acontece nesta manhã, no Palácio do Planalto, entre o ministro do Esporte, Orlando Silva, líderes do PCdoB e o ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, é para definir um substituto para a pasta também indicado pelo partido.

Pelas negociações de ontem à noite, o ministro do Esporte, Orlando Silva, deve mesmo deixar o cargo ainda hoje. "Depois da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), Orlando é um ministro que está saindo desde ontem", resumiu ao Estado um assessor da Presidência. A ministra Carmem Lúcia, do STF, atendendo a pedido feito pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, mandou ontem abrir inquérito para investigar Orlando Silva.

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A decisão da direção do PC do B é que Orlando seja demitido pela presidente Dilma Rousseff, para deixar claro que ele não se demitiu e não assume responsabilidade por participação no esquema de desvio de verba pública envolvendo os programas do Ministério do Esporte, principalmente o Segundo Tempo e Pintando a Cidadania.

Participam também da reunião o presidente do PC do B (partido do ministro), Renato Rabelo, e os líderes do partido na Câmara, Osmar Júnior (PI) e no Senado, Inácio Arruda (CE).

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