Tópicos | Dia Internacional da Mulher

O presidente Michel Temer defendeu nesta quinta-feira (8) o cumprimento da Constituição para garantir a igualdade entre homens e mulheres. Ao lado da primeira-dama, Marcela Temer, o presidente participou de um evento de homenagem às servidoras do Palácio do Planalto pelo Dia da Mulher.

Em sua breve fala de saudação, Temer criticou a diferença salarial entre homens e mulheres e afirmou que apoia o movimento comandado pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres com o objetivo de mudar essa realidade.

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"Eu vi no noticiário que mulher ganha menos que homem em todos os setores. Interessante, eu tenho um vício de olhar sempre a Constituição Federal, e a Constituição diz que homens e mulheres são iguais em direitos e deveres", disse. "Nós queremos o cumprimento do texto constitucional", acrescentou.

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A advogada-geral da União, Grace Mendonça, a Secretária Especial de Políticas para as Mulheres, Fátima Pelaes, também participaram da homenagem, além de Katia Moraes, responsável pelo Instituto Dançar é Arte. As convidadas apresentaram histórias e desafios em suas áreas de atuação.

Após a cerimônia, questionada sobre o fato de ser a única mulher no comando de ministérios do atual governo, Grace Mendonça argumentou que as mulheres ainda estão em um processo de ocupação de seus espaços. “Os números acabam revelando que nós ainda temos muito a trabalhar. O caminho é o trabalho mesmo, o estudo, a dedicação, então, eu acho que ter a frente da Advocacia-Geral da União uma mulher de carreira pra nós é um motivo de muita alegria e sabemos que são passos que são dados para o fortalecimento do papel da mulher na sociedade.”

Uma em cada quatro mulheres que mora em São Paulo relata já ter sofrido assédio dentro do transporte público. Pesquisa feita pela Rede Nossa São Paulo mostra que a maior parte dessas mulheres tem entre 16 e 34 anos, ensino superior e pertence às classes A e B.

A pesquisa foi feita com 428 mulheres com mais de 16 anos, em dezembro de 2017. O levantamento mostrou que 35% das mulheres relatam já ter sofrido assédio.

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O transporte público é o local em que elas relataram ser mais recorrente o abuso. Em seguida, está o ambiente de trabalho, com 16% das mulheres. Além disso, 19% das entrevistadas relataram ter sofrido preconceito ou discriminação no trabalho.

Legislação

Nesta quarta-feira, 7, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou um projeto que faz mudanças no Código Penal para aumentar a punição para estupro coletivo e tipificar o crime de "importunação sexual", como casos de assédio sexual em espaço público.

O projeto integra a pauta da bancada feminina na semana em que se comemora o Dia Internacional da Mulher. A matéria seguirá para o Senado.

Impactados pelos casos de constrangimento de mulheres em transportes coletivos, os deputados incluíram na legislação o tipo penal "importunação sexual", que consiste em praticar, sem a anuência, o ato libidinoso com o objetivo de satisfazer o assediador. O projeto prevê pena de reclusão de um a cinco anos.

"Embora qualquer pessoa possa ser sujeito ativo dessa prática, esse tipo de constrangimento covarde geralmente é cometido por homens, tendo como vítimas as mulheres. O projeto preenche uma lacuna no Código Penal e dará mais segurança às mulheres", disse a deputada Maria do Rosário (PT-RS).

Na semana em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, a ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça, se reuniu com cinco delas e ouviu relatos emocionados de quem já encarou de perto a violência. "Eu quis ouvir a dor das mulheres que passaram por experiências traumáticas, que são compartilhadas por todas as mulheres do mundo", afirmou a ministra.

As informações foram divulgadas no site do Supremo pela Agência CJN de Notícias. Sandra Batista foi uma das mulheres que atendeu ao convite da ministra.

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Em 2016, uma de suas filhas, a estudante Louise Ribeiro teve a vida interrompida aos 20 anos por um colega da Universidade de Brasília, que a asfixiou e queimou parte do seu corpo porque ela não quis continuar um relacionamento amoroso.

"Hoje, revivi tudo o que aconteceu com a minha filha, mas a gente não pode fugir. Temos que unir a nossa dor, nossa força, nossas histórias. A vida continua, e essa união mostra que não estamos sozinhas", disse Sandra.

A fisioterapeuta Cristina Lopes, 52 anos, teve 85% do corpo queimado há três décadas pelo marido. O agressor foi condenado a 13 anos e 10 meses de prisão. A punição é referência no combate à violência doméstica no Brasil.

"A Lei Maria da Penha foi um marco na história brasileira, pois um crime que não é punido é permitido", observa. Ela se formou em fisioterapia, tem especialização no tratamento de queimados e é vereadora em Goiânia.

O ódio de um ex-companheiro também motivou a agressão sofrida pela advogada Letícia Pereira, 30 anos, outra convidada da ministra.

Moradora de Juiz de Fora (MG), em fevereiro de 2015 Letícia foi espancada pelo homem com quem namorou por dois anos. "Ainda sou refém do medo, mas acho importante essa postura de humanização do Poder Judiciário. Tivemos uma reunião muito emocionante com Cármen Lúcia", afirmou.

O caso de Letícia foi o primeiro em Minas a ser enquadrado na Lei Maria da Penha e a ir a júri popular. O agressor da advogada foi condenado a 10 anos e 8 meses de prisão por tentativa de feminicídio duplamente qualificado - motivo torpe e sofrimento desnecessário à vítima.

Letícia teve afundamento de crânio, fraturas no braço direito e na mão esquerda. Ela ficou 14 dias internada e, desde então, precisou fazer sete cirurgias.

"Ainda vivo com medo, e iniciativas como essa ajudam a amenizar esse sentimento", diz.

Até hoje, como consequência do espancamento, a advogada tem fortes dores de cabeça, vive com acompanhamento psicológico e psiquiátrico e se submete a tratamento para recuperar o movimento das mãos e dos braços.

A juíza Tatiane Moreira de Lima, que atua justamente em uma vara de violência doméstica em São Paulo, se viu vítima de um drama em 2016. Um homem que era parte em processo sob sua responsabilidade invadiu seu gabinete no Fórum de Pinheiros, zona Oeste da cidade, e ameaçou tocar fogo em seu corpo.

O trauma causado pelo episódio acabou superado, e a magistrada passou a difundir um programa de recuperação de homens que agridem mulheres e a fazer palestras sobre o assunto, segundo a Agência CNJ de Notícias.

O homem que tentou matar a juíza foi condenado a 20 anos de prisão por tentativa de homicídio e cárcere privado. "Esse encontro promovido pela ministra promoveu o fortalecimento de todas as mulheres, para que elas não se calem e consigam superar a violência. Juntas, percebemos que somos muito mais fortes", afirmou Tatiane.

Um desentendimento entre a cantora e atriz Mariene de Castro, 39 anos, e seu então companheiro também acabou em violência doméstica, em 2012. A baiana, que tem um filho com seu agressor, prestou queixa por lesão corporal e ameaça e ainda aguarda o fim do processo em curso na Justiça.

Mariene pede mais mobilização das pessoas, homens e mulheres. "Nessa semana dedicada à mulher, um encontro como esse só pode repercutir positivamente. Acho que foi uma grande oportunidade para mulheres falarem de suas dores e de suas histórias, com muita verdade, muita entrega e muita sinceridade. Clamamos por um país sem violência, de homens mais generosos, de pessoas mais humanas", ressaltou Mariene.

Para Cármen Lúcia, ouvir o relato dessas mulheres foi uma oportunidade de dar voz a quem teve a vida marcada pela violência.

"O Estado, que assumiu a responsabilidade de fazer a justiça no sentido humano, no plano do Estado-Juiz, tem que dar espaço para que essas pessoas falem, para que possamos dar à sociedade a oportunidade de contribuir com as mudanças e também mudar a estrutura estatal que garanta que haja punição. Eu quis me reunir com pessoas que têm o que falar e querem ser ouvidas", disse a presidente do STF e do CNJ.

Os homens na França pagarão 25% a mais do que as mulheres ao comprarem nesta quinta-feira, 8 de março, Dia Internacional da Mulher, o jornal Libération, uma campanha para alertar sobre a diferença salarial entre os sexos.

"O lucro potencial será doado ao Laboratório da Igualdade", uma associação que luta pela equiparação profissional entre homens e mulheres, informou o jornal.

"Apesar da lei, a diferença salarial entre homens e mulheres continua sendo de 25% na França. Para ressaltar esta injustiça, o Libération decidiu aplicar, por um dia, a mesma diferença no preço de venda", ou seja 2,50 euros para os homens e 2 euros para as mulheres, afirma o jornal em sua primeira página.

Excepcionalmente, o jornal também apresenta nesta quinta-feira primeiras páginas diferentes, de acordo com o sexo de quem compra. Uma com a ilustração de um homem e menção "para os homens 2,50 euros" e a outro com a de uma mulher e a frase "Para as mulheres 2 euros, o preço normal".

"Nosso gesto para este 8 de março, embora simbólico, talvez tenha um efeito: o de uma recordação", afirma o diretor de redação do jornal francês, Laurent Joffrin, em um editorial.

De acordo com a agência europeia de estatísticas Eurostat, para cada euro recebido por um homem na União Europeia (UE) em 2016, uma mulher recebeu em média 84 centavos.

Um espaço para mulheres trocarem ideias e fazerem negócios. É assim que começa a descrição do grupo Networking das Minas (PE), uma comunidade online apenas para mulheres que buscam ou oferecem serviços e oportunidades de emprego. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), somando afazeres domésticos, trabalhos remunerados e cuidado de pessoas, as brasileiras ainda trabalham, pelo menos, três horas a mais do que os homens inseridos no mesmo mercado. Elas estão lá, com melhores formações acadêmicas, em maior número, lutando para diminuir as estatísticas de desocupação, mas mesmo assim escondidas em um mercado que prefere empregar e pagar mais por pessoas do sexo masculino.

Foi buscando saber onde encontrar esse nicho, a fim de criar uma rede feminina, que a jornalista Bruna Monteiro resolveu criar o grupo, que hoje conta com quase seis mil mulheres participantes. “Morei em São Paulo durante um ano e lá tive contato com um mundo de economia colaborativa, empreendedorismo social e feminino. Porém, quando voltei a morar em Recife, eu não encontrei nada parecido com esse espaço, aqui. Ficava tentando me conectar com mulheres para produzir projetos, fazer parcerias, mas não sabia onde elas estavam. Buscando esse encontro, eu criei o grupo", explica a empreendedora, que se baseou em uma comunidade nacional e ficou surpresa ao perceber que essa também era a demanda de outras mulheres pernambucanas. “Nos dois primeiros dias tiveram mais de 600 mulheres pedindo para entrar. Isso só mostra como realmente havia pessoas querendo encontrar essa proposta”, afirma.

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Em maio de 2017, mais de 51% dos desempregados era do sexo feminino, segundo o IBGE. No início deste ano, foram apresentados dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-Contínua) com informações de queda no percentual de desocupação, mas que não reflete o número de contratações via CLT e, sim, o aumento de negócios informais. Em um ano surgiram cerca de 986 mil trabalhadores por conta própria e quase 600 mil postos de trabalho informal.

Faça você mesma

É o oferecimento desses serviços, feitos pela própria candidata, que mais ajuda as mulheres na rede. Artesanato, serviços de estética, costura, gerenciamento de mídias sociais, diárias de limpeza, entre outras atividades que não precisam de uma assinatura na carteira de trabalho, são as mais buscadas e as mais oferecidas na comunidade online.

"Sou proprietária da marca Pililica Artes, e duas semanas antes do Carnaval fiz uma publicação de doleiras impermeáveis aqui no grupo. Minha intenção era vender umas dez, mas para minha surpresa, só para duas clientes vendi 14”, conta a artesã Ursula Albuquerque, que também recebe elogios das clientes. “No meu post poucas pessoas comentaram, mas muitas me chamaram no particular, com a consciência de ajudar as ‘minas’ e ‘manas’. Sem contar com o respeito que temos umas com as outras aqui, sem dúvida o melhor grupo", afirma.

Outra mulher que também encontrou apoio na comunidade foi a tatuadora Lua Barral. Ela se tornou mãe recentemente e estava encontrando dificuldades para alternar a jornada de cuidar do bebê e pagar as contas, realidade que aflige milhares de mulheres, todos os dias. “Postei que tinha acabado de ter neném, que estava tatuando em casa e com um precinho bacana. Tinha feito um desabafo em outro grupo feminista e algumas manas também tinham visto. Recebi um apoio imenso tanto aqui quanto lá, não só mensagens como uma enxurrada de curtidas nos meus perfis profissionais nas redes. Tive o grande prazer de tatuar mulheres incríveis e fazer boas amizades. Passando por um puerpério pesado e sozinha, fez uma diferença notável no meu astral, sem falar do apoio financeiro, as doações e carinho para mim e meu bebê, conta.

Apenas mulheres

Para manter a ideia de uma rede exclusivamente de mulheres o grupo permanece fechado, com o ingresso passível de moderação. “O grupo é secreto justamente para guardar o conteúdo deles para as mulheres. Às vezes aparecem vagas e outras pessoas divulgam para homens, o que não é o nosso objetivo. Não é que a gente não queira que os homens não arranjem empregos, mas estatisticamente os trabalhos aparecem mais facilmente para eles, então, porque não tentar divulgar para nossas 'manas' primeiro? Tentamos, com o grupo, buscar essa equiparidade, essa diversidade ", esclarece Bruna.

Ela também ressalta que mulheres trans são bem-vindas ao espaço virtual “Mulheres trans são mulheres e o que o nosso objetivo é que todas se conectem e fortalecer a rede, criando espaços para as mulheres se empoderarem através de negócios, empregos e tudo mais que faça diferença na vida delas”, finaliza.

A história por trás do 8 de março

Apesar da data ser considerada uma celebração ao feminino, o dia 8 de março é o resultado de uma diversas lutas e reivindicações das mulheres, principalmente por melhores condições de trabalho e direitos sociais e políticos. No ano de 1857, trabalhadoras de uma indústria têxtil de Nova Iorque entraram em greve por melhores condições e igualdade de direitos trabalhistas. O movimento violentamente reprimido. No dia 25 de março de 1911, cerca de 145 trabalhadores, sendo sua maioria do sexo feminino, morreram queimados num incêndio numa fábrica de tecidos nos Estados Unidos, por conta de condições de segurança precárias, no local. A tragédia foi o estopim para várias mudanças nas leis trabalhistas e de segurança na cidade americana. 

Em 1910, durante a II Conferência Internacional de Mulheres Socialistas na Dinamarca, decidiu-se que o 8 de março passaria a ser o Dia Internacional da Mulher, em homenagem aos vários movimentos que estavam acontecendo, como forma de obter apoio internacional para luta. Porém, apenas em 1975, durante o Ano Internacional da Mulher, que a Organização das Nações Unidas (ONU) passou a celebrar a data em 8 de março.

Outras redes de trabalho

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https://www.fb.com/groups/feministrampos /

 

Mulheres do audiovisual Brasil:

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Mulheres Desenvolvedoras Brasil:

https://www.facebook.com/groups/mulheresdesenvolvedorasbrasil

 

Freela das minas: ilustração e texto:

https://www.facebook.com/groups/817447148334848/

 

Serviços das minas de sampa:

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Compro de quem faz das minas:

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ABC: https://www.facebook.com/groups/193312681027528/

BH: https://www.facebook.com/groups/853236081398565/

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Por Katarina Bandeira

Publicado em: www.uninassau.edu.br/noticias/mulheres-boas-no-que-fazem

Em uma sessão presidida por deputadas mulheres, a Câmara dos Deputados aprovou, na noite dessa quarta-feira (7), uma série de projetos de lei encabeçados pela bancada feminina, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, celebrado nesta quinta (8).

O primeiro projeto aprovado estabeleceu o crime de divulgação de cenas de estupro e aumentou a pena para estupro coletivo. O texto, de origem do Senado, foi alterado para punir com reclusão de um a cinco anos aquele que oferecer, vender ou divulgar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outro tipo de registro audiovisual que contenha cena de estupro ou de estupro de vulnerável.

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O projeto inclui ainda o crime de importunação sexual, prática de ato libidinoso na presença de alguém sem concordância dessa pessoa. Atualmente, o Código Penal prevê como “ato libidinoso” e enquadra como contravenção penal, punindo apenas com multa, pessoas que se masturbam ou ejaculam em transportes públicos, por exemplo. A matéria retorna ao Senado para apreciação antes de ser sancionada.

Para a deputada Maria do Rosário (PT-RS), o projeto enfrenta o constrangimento que as mulheres vivem, seja no transporte coletivo, seja em qualquer ambiente público.

“Embora qualquer pessoa possa ser sujeito ativo dessa prática, esse tipo de constrangimento covarde geralmente é cometido por homens, tendo como vítimas as mulheres”, afirmou. "Toda forma de assédio deve ser combatida e esta sessão será histórica neste sentido”, completou a deputada.

O crime de estupro, atualmente punido com prisão de seis a dez anos, teve a pena aumentada de um a dois terços nos casos de estupro coletivo – cometido por duas ou mais pessoas. A nova redação também estabelece a pena para os crimes de estupro "corretivo", quando há a intenção de controlar o comportamento social ou sexual da vítima.

O PL também prevê aumento de pena de metade a dois terços se o crime resultar em gravidez. No caso de o criminoso transmitir doença sexualmente transmissível que sabe ser portador, ou se a vítima for idosa ou pessoa com deficiência, a pena será ampliada de um terço a dois terços.

Mais tarde, o plenário aprovou o Projeto de Lei (PL) 7.874/17, que estabelece a perda do poder familiar (do pai ou da mãe) em caso de feminicídio, de lesões gravíssimas e abuso sexual contra filhos.

Estudantes grávidas

O plenário também aprovou o Projeto de Lei 2350/15, que aumenta o período do regime de exercícios domiciliares a que têm direito as estudantes grávidas. A partir do oitavo mês de gestação e até seis meses após o nascimento da criança, a estudante de qualquer nível ou modalidade de ensino, grávida, em fase puerpéria (até 45 dias após o parto) ou lactante fica assistida pelo regime de exercícios domiciliares.

Em casos excepcionais, comprovados mediante laudo médico, o período de repouso poderá ser aumentado, antes e depois do parto, sendo a estudante incluída no regime de exercícios domiciliares.

As instituições de ensino também deverão ter suas instalações físicas adaptadas, além de promover medidas para acolher adolescentes grávidas, em estado de puerpério ou lactantes.

Para a deputada Soraya Santos (MDB-RJ), autora do texto aprovado, a medida vai impactar a vida de adolescentes que abandonam as escolas por estarem gestantes. “Nós queríamos dar liberdade às escolas, mas que elas envidassem todos os esforços para reter a mulher adolescente grávida na escola. Então não é um projeto que gera despesa, ao contrário, ele acolhe as meninas que abandonam a escola”, assegurou. 

O texto assegura às mulheres nessas condições que tenham acompanhamento pedagógico próprio, com cronograma e plano de trabalho para o período do afastamento. Além disso estabelece a utilização de instrumentos pedagógicos disponibilizados pela instituição de ensino para a realização de tarefas e esclarecimento de dúvidas.

O PL mantém a continuidade do recebimento de bolsa de estudo às mulheres beneficiárias. A realização de provas deve seguir o calendário escolar, sempre que compatível com o estado de saúde das estudantes e as possibilidades do estabelecimento de ensino. A matéria segue para o Senado.

Oito de março, Dia Internacional da Mulher. Mas não queremos nada de festas, presentes, flores ou chocolate. Queremos e merecemos muito mais. A data, oficializada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975, tem o intuito de relembrar as lutas sociais, políticas e econômicas travadas por nós, mulheres. Apesar de há alguns anos ser entendida pela sociedade como um dia de festa, apenas nós sabemos o longo caminho que precisamos, ainda, percorrer para que, de fato, celebremos o dia que nos "homenageia".

O Brasil continua sendo um dos lugares mais violentos do mundo para vivermos. E não estamos falando só de violência física. Preconceitos de vários tipos, machismo, assédio nas suas mais diversas formas, menosprezo e diferenças salariais são algumas das agressões as quais somos submetidas diariamente.  

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Para marcar esse dia de batalha, o LeiaJa.com separou a história de quatro mulheres, de diferentes perfis, mas que concordam em um aspecto: ainda falta muito para que o dia 8 de março seja, realmente, de comemoração. Para essas mulheres, a data representa luta, resistência e enfrentamento. 

Voz e arte contra o assédio

Isabella Marques, 29 anos, professora e militante da Marcha Mundial das Mulheres. Aos 12 anos sofreu o primeiro assédio e, a partir daí, se descobriu feminista. Aprendeu que não podia se calar, que precisava ter voz. No dia a dia da profissão, procura emponderar as alunas adolescentes da escola onde ensina para que elas conquistem seu espaço na sociedade. Como forma de nos homenagear nesse dia de luta, Isabella recitou o poema “Retratos”, da poetisa potiguar Graça Graúna. 

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Quando o feminicídio mata quem você ama

Ana Amelia Uchoa, 34 anos, policial civil e amiga da fisioterapeuta assassinada em 2017, Mirella Sena. Ana trava uma batalha diária para ser respeitada como mulher na sociedade e, em especial, no seu ambiente de trabalho, uma delegacia repleta de homens. Frases como “isso não é coisa de mulher”, “você deveria ter outra profissão”, fazem parte do dia a dia da policial civil. Apesar de trabalhar para manter a segurança da sociedade, Ana Amelia se viu impotente em 2017 ao receber a notícia de que uma das suas melhores amigas foi assassinada pelo vizinho. Mirella foi mais uma vítima de feminicídio, que é o crime de ódio motivado pela condição de gênero. Dados apontam que o número de mulheres mortas no Brasil só cresce. De acordo com levantamento do G1/USP, no ano passado foram 4.473 homicídios dolosos contra mulheres, sendo 946 feminicídios - um aumento de 6,5% em relação a 2016.

A mulher negra resiste

Biatriz Santos, 24 anos, estudante do curso de Serviço Social na UFPE e militante do Coletivo Juventude Negra Cara-Pintada. Ela se considera feminista desde que nasceu. Filha de auxiliar em serviços gerais e neta de empregada doméstica, Biatriz cresceu ouvindo frases racistas e preconceituosas, tanto por parte dos patrões da mãe e da avó, quanto pelos colegas na escola. Foi ensinada desde cedo a nunca se deixar abalar e sempre procurar se impor em todas as camadas da sociedade. Após muito esforço, conseguiu seguir um caminho diferente do da sua família e foi aprovada no vestibular da Universidade Federal de Pernambuco. A luta na Universidade também é diária, conta, mas Biatriz enxerga nisso uma oportunidade de ser exemplo para que outras meninas negras lutem pelo seu espaço e percebam que lugar de mulher e negra é onde ela quiser. 

Por um feminismo agregador

Natália Cordeiro, também 24 anos, é cientista política e atua no Fórum de Mulheres Pernambuco. De dentro da rede, busca estabelecer diálogos que permeiam desde a legalização do aborto ao enfrentamento ao racismo pelas mulheres negras. Crê num feminismo agregador, capaz de debater classe, raça e gênero de forma conjugada e não excludente. Ao examinar as questões referentes à mulher de um ângulo nacional, ela é crítica ao "desmonte das políticas públicas" e aos retrocessos que, ao seu ver, têm sido regra do governo Temer. Mesmo com muitos revezes, vê na articulação sócio-política ativa o único modo de angariar vitórias nas lutas diárias contra o machismo entranhado na sociedade brasileira.

A premiada diretora de cinema Tizuka Yamazaki escolheu o Dia Internacional das Mulheres, nesta quinta (8), para o lançamento de seu novo filme, o 12° da carreira. Encantados conta a história real de Zeneida Lima, uma mulher que precisou enfrentar a família e o preconceito da sociedade para seguir seu dom, até tornar-se uma líder espiritual. O longa entra em cartaz no Recife, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília. 

Inspirado no livro O mundo místico dos Carunas da Ilha do Marajó, o filme é uma livre adaptação da história de Zeneida, focando no momento em que ela vive a transição de menina para adolescente, quando seus dons para curar com elementos da natureza afloram. A menina sofreu preconceitos por suas crenças e convicções, mas transpôs barreiras e tornou-se uma das líderes espirituais mais importantes do estado do Pará, no Norte do Brasil. 

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O elenco traz Carolina Oliveira, Letícia Sabatella, Dira Paes, José Mayer, Thiago Martins, Ângelo Antônio, Anderson Muller, Laura Cardoso e Cássia Kiss Magro, entre outros. A produção é uma parceria entre a Globo Filmes e a Scena Filmes e já conquistou prêmios na 38ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e no 31° Festival de Cinema de Trieste, na Itália. 

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Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, o Sport divulgou ações voltadas às torcedoras leoninas. Nesta quarta-feira (7), no clássico entre o Leão e o Santa Cruz, elas poderão entrar de maneira gratuita na Ilha do Retiro. A partida começa às 21h45.

De acordo com o Sport, as torcedoras que se dirigirem para as arquibancadas Sede ou Frontal poderão seguir para o portão e a liberação ocorrerá nas catracas. “Já para os setores das Sociais, Cadeiras Centrais, Assentos Especiais, Cadeiras de Ampliação e Camarotes é preciso retirar o ingresso na bilheteria do Clube, que funciona das 12h até o final do primeiro tempo”, informou o Sport, por meio da sua assessoria de imprensa.

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O clube ainda promete oferecer, às 500 primeiras torcedoras que apresentarem os ingressos ou carteiras de sócios, vouchers de desconto para a British and English ou Espaço Laser. “Os stands das empresas estarão localizadas na Sede do Clube a partir das 17h oferecendo 50% de desconto no valor da matrícula e 10% de desconto em todas as mensalidades do primeiro ano e, para o Espaço Laser, o voucher de R$1.000 + depilação da axilas cortesia”, completou o Sport em seu site oficial.

Nesta quinta-feira (8), será comemorado o Dia Internacional da Mulher. Neste mês, o Sport ainda promete não cobrar taxa de adesão às torcedores que quiserem se associar, além de oferecer 10% de desconto nas mensalidades às sócias que pagarem a anuidade. Mais detalhes podem ser obtidos no site oficial do clube. 


Para celebrar o Dia Internacional da Mulher, uma série de atividades e eventos marcam esta data no Recife. Com o objetivo de debater e jogar luz no protagonismo feminino, muitas atividade são realizadas durante todo mês de março. Confira a programação:

Shopping Tacaruna

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Para celebrar o Dia Internacional da Mulher, o Shopping Tacaruna promove, na próxima quinta-feira (8), às 19, show gratuito da Orquestra 100 % Mulher.

Serviço

Show da Orquestra 100% Mulher

Quinta (8)| 19h

Shopping Tacaruna (Av. Gov. Agamenon Magalhães, 153 - Santo Amaro, Recife)

Gratuito

Shopping Plaza

Para homenagear o Dia Internacional da Mulher, o projeto 'Piano tem P de Plaza' recebe, a partir das 17h, a cantora Thaíse Golçalves e o pianista Edson Santos, que apresentam um repertório com Bossa Nova, MPB, Sambas e músicas italianas. O evento é gratuito.

Serviço

Piano tem P de Plaza

Quinta (8)| 17h

Shopping Plaza (R. Dr. João Santos Filho, 255 - Casa Forte, Recife)

Gratuito

Terra por Elas

A primeira edição do evento, que acontece durante todo o mês de março, contará com rodas de bate papo, Exposição de Arte, Intervenções Poéticas, exibição de documentários, espetáculos e shows de Isaar, Aninha Martins, SerTãoJazz, Nena e Ylana Queiroga, Arrete, entre outras. A entrada é gratuita.

Serviço

Terra por Elas

Quarta (28/02) a Quinta (29/03) | 18 h

Terra Café (R. Monte Castelo, 102 - Boa Vista, Recife)

Gratuito

GeraBuceta

Promovido pelo Coletivo Aqualtune, que estimula o protagonismo da mulher negra e o fortalecimento de artistas periféricas, a programação conta com a participação de grupos de rap locais, da carioca Taz Murebe, 808 crew, Femigang, Negrita MC e as Djs Brisa e Mayara Cajueiro. Os ingressos custam R$ 10.

Serviço

GeraBuceta

Quinta (8) | 21h

Galeria Arvoredo (R. Gevásio Pires, 436, Recife)

R$ 10

Semana Arte Mulher

Reverenciando a produção feminina, o evento começou na última segunda-feira (5). A programação é realizada no Cinema São Luiz, Centro Apolo-Hermilo, Morro da Conceição, Parque da Jaqueira e Compaz Alto Santa Terezinha. A segunda edição da Semana Arte Mulher conta com exposições, debates, espetáculos de dança e shows de Leci Brandão, Isadora Melo, Isaar, entre outras. O evento é gratuito, exceto atrações no Apolo e Hermilo.

Serviço

Semana de Arte Mulher

Segunda (5) a domingo (11)

Cinema São Luiz, Centro Apolo-Hermilo, Morro da Conceição, Parque da Jaqueira e Compaz Alto Santa Terezinha

Gratuito (exceto atrações no Centro Apolo-Hermilo)

Para mais eventos acesse a Agenda LeiaJá

Para celebrar o Dia Internacional da Mulher, comemorado na próxima quinta-feira, a livraria Saraiva oferece 50 % de desconto em livros e artigos de papelaria, adquirido na loja física ou pela internet. Ao todo, serão 200 mil produtos em promoção.

A campanha tem curadoria do projeto 'Leia Mulheres'. Fazem parte da campanha livros das áreas de Administração, Agropecuária, Artes, Autoajuda, Ciência Humanas e Sociais, Economia, Esoterismo, Espiritualismo, Esportes e Lazer, Gastronomia, Geografia e História, Linguística, Literatura Estrangeira, Literatura Infantojuvenil, Literatura Nacional, Psicologia, Religião, Turismo, Livros importados e Livros digitais das categorias citadas. Na papelaria, constam os itens adernos, canetas, mochilas, canecas, porta-retratos, álbuns de fotos e pelúcias.

##RECOMENDA##

Para participar da promoção, as clientes devem ser cadastradas no site da livraria ou realizar cadastro até quarta-feira (7). As mulheres receberam um cupom de desconto por e-mail. Além disso, a Saraiva Recife, localizada no Shopping RioMar, contará com ações no dia 10 de março. O blog MaxCon realiza um debate sobre feminismo e universo geek. O evento é gratuito.

Serviço

Papos & Ideias Universo feminino na literatura com Blog Feed your Head

Sábado (10) | 11h

Saraiva Shopping RioMar (Avenida Republica do Líbano, 251 - Lojas 2094 e 2095 - Piso L2 - Pina)

Os Centros de Educação Unificados (CEU) de Guarulhos estão com uma programação especial em homenagem ao Dia Internacional Da Mulher, comemorado no próximo dia 8. As atividades são gratuitas e abertas à comunidade.

Confira a programação completa:

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CEU Bambi

8/3, das 17h às 18h30: Oficina de Maquiagem.

10/3, das 9h às 16h30: Dia da Beleza – Limpeza de pele e Maquiagem e Oficina de Massagem.

14/3, às 15h30: Oficina de Maquiagem.

17/3, às 10h: Oficina de Ovos de Páscoa.

17/3, das 8h às 12h: Corte de Cabelo e Design de Sobrancelhas.

18/3, às 8h30: Caminhada.

18/3, às 15h: Roda de Conversa com Mulheres Microempreendedoras do Bambi e Região.

21/3, às 16h: Oficina de Vôlei.

25/3, das 9h às 16h: Oficina de Esmaltação e Corte e Escova.

29/3, às 18h: Aulão de Ritmos.

CEU Jardim Cumbica

(Dia 8/3)

7h: Aula de Aeróbica.

7h30: Alongamento.

8h: Aula de Defesa Pessoal.

8h50: Café da Manhã Coletivo.

9h30: Alimentação Saudável e Controle de Peso (Herbalife).

10h: Depressão e autoestima (Cemeg).

11h: Como se comportar durante uma entrevista de emprego (CIET).

11h: Oficina de Artesanato com mulheres da comunidade.

12h: Encerramento com sorteio de uma cesta de café da manhã.

Para outras informações, acesse: http://www.guarulhos.sp.gov.br/.

Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, a loja geek ToyShow promoverá um evento inspirado na Mulher Maravilha (DC Comics) com os melhores cosplayers da personagem em São Paulo.

O evento é gratuito e acontece nos dias 3 e 4 de março, na Rua Pamplona, 1135, nos Jardins, em São Paulo. As personagens estarão disponíveis para uma sessão de fotos no sábado, das 14h às 18h, e no domingo, das 13h às 17h.

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Durante o evento, será possível adquirir a nova linha de produtos da Mulher Maravilha. Os itens disponíveis são jogos para festas, vestuário, objetos de decoração e estatuetas.

Serviço

Mulher-Maravilha na ToyShow

Data: 3 e 4 de março - sábado e domingo.

Horário de funcionamento da loja: das 11h às 20h, no sábado, e das 12h às 18h, no domingo.

Faixa etária: Livre.

Descontos válidos para o e-commerce: www.toyshow.com.br e loja física, localizada na Rua Pamplona, 1135 – Jardins (próximo do metrô Trianon-Masp).

Acompanhe pelas redes sociais: Facebook e Instagram: @toyshowcolecionaveis.

Fone: (11) 2361-1971.

Após uma reação negativa ao discurso em que disse ter “convicção do que a mulher faz pela casa, pelo lar, pelos filhos" e destacou a importância da participação feminina na economia porque “ninguém mais é capaz de indicar os desajustes de preços dos supermercados do que a mulher", o presidente Michel Temer (PMDB) foi às redes sociais afirmar, nesta quinta-feira (9), que não vai tolerar “preconceito e violência contra a mulher”. 

“Estamos na Semana da Mulher. Meu governo fará de tudo para que mulheres ocupem cada vez mais espaço na sociedade. Que as mulheres tenham direitos iguais em casa e no trabalho. Não vamos tolerar preconceito e violência contra a mulher”, declarou o presidente tentando amenizar o impacto das colocações feitas nessa quarta-feira (8) durante um evento sobre o Dia Internacional da Mulher.

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A postura de Temer causou repercussão negativa entre os movimentos feministas e no Congresso Nacional. Para o senador Lindberg Farias (PT-RJ) a fala revela que o peemedebista é “machista” e “misógino”.

Milhares de pessoas participaram nessa quarta-feira (9) de atos contra o machismo, por igualdade de gênero e por causas como a descriminalização do aborto em 16 Estados e em Brasília, marcando o Dia Internacional da Mulher. A ação foi inspirada em marchas pelo mundo e teve apoio nas redes sociais nas grandes metrópoles – em São Paulo e Rio de Janeiro, havia número maior de participantes.

Divulgada praticamente via web, a manifestação no Centro do Rio, por exemplo, foi promovida por 60 entidades de classe (como a CUT) e estudantis, além de partidos políticos, e fez parte da Greve Internacional das Mulheres (8M), iniciativa adotada em mais de 50 países por direitos femininos (mais informações ao lado). A Greve previa que as mulheres adotassem uma posição ativista pelo menos por uma hora (entre 12h30 e 13h30 no Brasil) e, se não pudessem parar de trabalhar, pelo menos se abstivessem de atividades domésticas.

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Em São Paulo, dois atos encerrados no centro reuniram 30 mil pessoas, segundo os organizadores. No Rio, organizadores e policiais presentes estimaram entre 8 mil e 15 mil pessoas. Ali, um grupo se reuniu ao redor da Igreja da Candelária, na Avenida Presidente Vargas, e seguiu pela Rio Branco até a Praça 15.

Houve encenações teatrais e apresentação de uma bateria composta por mulheres. Ao final, cada trecho de um manifesto foi lido por uma mulher. O texto cobrou igualdade de direitos e fim do preconceito. "Hoje é um dia importante, mas nossa luta é todo dia. Precisamos provar que não somos só peito e bunda. Pensamos, trabalhamos e temos direitos", afirmou Mara Silveira, de 23 anos, estudante de Medicina na Universidade do Estado do Rio (Uerj).

A maioria dos participantes era de mulheres, que fizeram discursos e gritaram em coro palavras de ordem em favor da descriminalização do aborto, por outros direitos e contra o machismo. "Nem recatada nem do lar/ A mulherada tá na rua pra lutar" foi um dos coros.

Em São Paulo, os coletivos feministas interditaram trechos da Avenida Paulista e vias na Sé. A publicitária Vânia Feigol, de 31 anos, disse que a razão de as mulheres estarem na rua é a necessidade de respeito. "Viemos aqui para unir forças. É preciso tanto conseguir respeito para andar na rua sem medo de assédio quanto para ter salários iguais e as mesmas oportunidades", afirmou.

Já a radialista Rayssa Micalosky, de 27 anos, afirmou que, embora um dos temas apontados como foco para a marcha no Brasil seja a reforma da Previdência, uma questão que também afeta as mulheres, "há todo um contexto que nos fez ir à rua".

A educadora Luciana Nobre, de 32 anos, destacou a falta de participação dos homens. "No meio da passeata, havia aquele monte de gente, mas eram mulheres. E os bares estavam cheios de homens. Achei que tinha acontecido algo na passeata, porque todos olhavam para a TV. Era um jogo, do Barcelona. É uma alienação!"

Pelo País

As marchas ocorreram em várias cidades durante o dia. Foi a forma principal de protesto adotada em Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Minas, Paraíba, Pará, Rio Grande do Sul, Roraima e Tocantins.

Brasília e Pernambuco tiveram atos planejados em espaços públicos, com direito a algumas performances. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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--> Ato prega que ainda há muita luta pelos direitos da mulher

As desigualdades de salários, de acesso ao emprego e na política persistem no Canadá, apesar de terem diminuído nos últimos anos, indicou na quarta-feira o Instituto de Estatísticas do país. Segundo um estudo da organização, publicado por ocasião do Dia Internacional da Mulher, para cada dólar que um homem canadense recebe em seu salário, uma mulher recebe 87 centavos.

Esta diferença pode ser explicada por uma maior proporção de mulheres em postos de trabalho com menor remuneração, mas, segundo o Statistique Canada, em trabalhos equivalentes uma canadense também ganha menos que um canadense.

Nos últimos 30 anos, a estrutura de empregos em função do sexo se manteve praticamente inalterada, com 56% das mulheres ocupando os postos de trabalho aos que "são tradicionalmente associadas", aponta o estudo, citando as profissões vinculadas a cuidados de saúde, ensino e tarefas administrativas ou comerciais.

Esta proporção é de 17% para os homens, que ocupam, por outro lado, três quartos dos postos de trabalho mais qualificados e mais bem pagos. Inclusive as mulheres com um alto nível de qualificação recebem menos, em uma relação de 90 centavos contra um dólar para os homens.

O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, no poder desde 2015, fez um gesto a favor da igualdade de gênero ao formar um governo com 15 ministras mulheres. No entanto, o desequilíbrio persiste no Parlamento, onde quase dois terços dos deputados são homens.

Na quarta-feira, Trudeau lamentou esta desigualdade, mas afirmou que ele não podia "eleger diretamente quem se senta no Parlamento". "Temos que fazer muito mais para incentivar e convencer mais mulheres a se candidatarem como deputadas", disse em uma coletiva de imprensa.

A quantidade de processos da Lei Maria da Penha na Justiça quase dobrou nos últimos quatro anos no estado de São Paulo. Os números no estado saltaram de 75.623 casos em tramitação em 2013 para 143.352 em 2016, conforme dados divulgados no Anuário da Justiça. 

Em 2016, o poder judiciário paulista recebeu 90 acusações que se enquadram na Lei Maria da Penha, sendo a maior parte de agressões de homens contra mulheres. Essas acusações ainda não estão oficialmente em tramitação. No primeiro semestre de 2016, houve 67.962 denúncias de violência doméstica, incluindo violência física, psicológica, moral, cárcere privado, violência sexual, violência patrimonial e tráfico de pessoas.

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Segundo os juízes ouvidos pelo Anuário, é errado afirmar que a violência contra a mulher aumentou nos últimos. Eles afirmam que, na verdade, o que ocorreu foi uma mudança na percepção do problema por parte da sociedade. No entendimento dos magistrados, os casos já existiam porém não chegavam ao conhecimento da justiça, pois as mulheres temiam denunciar seus parceiros.

"Visível e Invisível: a Vitimização de Mulheres no Brasil", é uma pesquisa divulgada pelo Datafolha nesta quarta-feira (8) a pedido do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que após entrevistar mulheres de todo o país mostrou que 29% delas, entre 16 e 24 anos, 4,4 milhões no ano, afirmaram ter sofrido violência física, verbal ou psicológica no ano passado.

Foram entrevistadas 2.703 pessoas, sendo 1.051 mulheres, entre 11 e 13 de fevereiro de 2017. Os dados do Datafolha apontam que por hora 503 mulheres foram vítimas de agressões físicas em 2016 no Brasil. Durante o mesmo período, 66% dos brasileiros presenciaram uma mulher sendo agredida física ou verbalmente, sendo que, 61% dos agressores eram conhecidos pelas mulheres, 19% eram companheiros das mulheres e 16% ex-companheiros.

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43% das agressões relatadas pelas mulheres ocorreram em casa e 39% na rua. 52% das vítimas não fizeram nada, 13% procuram ajuda da família e 11% foram à delegacia da mulher. Delas, 25% eram brancas, 31% pardas e 32% negras.

De acordo com a pesquisa, 73% dos brasileiros acreditam que a violência contra a mulher aumentou nos últimos dez anos e 76% das mulheres acreditam no mesmo.

Para comemorar um ano do projeto Donas da Rua, que incentiva o empoderamento feminino com o apoio da UNU Mulheres, a Maurício de Sousa Produções vai participar da Semana de Arte HeForShe (ElesPorElas), entre os dias 8 a 14 de março, realizada pela ONU Mulheres, em parceria com o Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM).

Com abertura no Dia Internacional da Mulher (8), o evento global vai acontecer em diversas cidades ao redor do mundo, como: Nova York, Londres, Paris, Madrid, Bangkok, Santiago e São Paulo, todas conectadas por meio do movimento HeForShe e pela luta da igualdade de gênero.

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No mesmo período, a Mauricio de Sousa Produções organizará uma exposição, no Conjunto Nacional, que vai integrar a Semana de Arte Moderna ElesPorElas, na capital paulista. A ação conta com quadros de 23 artistas que reinterpretam 13 personagens do Projeto Donas da Rua e mostram a representatividade das mulheres nas artes.

Já na quinta-feira (9), a Dona da Rua Mônica Sousa vai participar, a partir das 11h30, de uma mesa redonda para falar sobre o projeto, no Teatro Eva Herz da Livraria Cultura do Conjunto Nacional, junto a representante da ONU Mulheres no Brasil, Dra. Nadine Gasman.

Ainda em março, o site www.turmadamonica.com.br/donasdarua estreará uma nova série, “Donas da Rua da Arte”, que vai contar histórias de artistas, a importância de cada uma delas e como contribuíram para o desenvolvimento e o papel das mulheres na sociedade. As primeiras serão a mexicana Frida Kahlo e as brasileiras Anita Malfatti e Lygia Clark.

Para Mônica Sousa, Dona da Rua e diretora executiva da Mauricio de Sousa Produções, mostrar exemplos de mulheres que acreditaram em suas capacidades é uma maneira de inspirar outras Donas da Rua a persistir em seus sonhos e a batalhar por oportunidades iguais. “As artistas que integram esta exposição aceitaram nosso convite para recriar as personagens da Turma da Mônica, usando seu talento e estilo. Assim como Mônica, Magali, Rosinha, Jurema, Bonga, Dorinha, Tati, e tantas outras, cada uma tem suas características próprias. A beleza está exatamente na diversidade e em acreditar em si mesma.”, conclui Mônica. 

No mês de março, é comemorado o Dia Internacional da Mulher e o Museu do Futebol, instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, traz uma exposição sobre a importância da figura feminina dentro e fora de campo. 

“Mulheres de Expressão” é a exposição que oferece descobrir mais a respeito sobre algumas personalidades femininas que lutam e representam as mulheres, no futebol e fora dele, por igualdade de direitos e oportunidades. 

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Outra comemoração do mês, é o Dia do Circo, que acontece dia 27/03 e o Museu vai homenagear com a Oficina “Malabaristas da Bola”, onde os participantes farão atividades com bolas para equilibrar e depois testar malabarismos com bicicletas e pedaladas.

A exposição “Mulheres de Expressão” acontece dia 18/03, das 14hs às 15h30, na sala “Grande Área” e o ingresso custa de R$5 (meia) a R$10 (inteira) e aos sábados, a entrada é gratuita. 

Para mais informações sobre a agenda do Museu do Futebol, entre no site.

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