Tópicos | Dia Internacional da Mulher

Para festejar o dia da mulher, comemorado em 08 de março, o Camará Shopping está recheado de atividades e ações gratuitas. Na segunda-feira (2), será realizada uma palestra com tema: Mulher e Emoções, diante dos desafios do dia a dia. A facilitadora será a terapeuta integrativa Izabel Gomes. A ação começa a partir das 18h e a participação é gratuita.

Na próxima quarta-feira (4), a terapeuta volta ao Camará Shopping com uma nova palestra gratuita, dessa vez com o tema Mulher: Propósito, vida e carreira. Durante a atividade, a terapeuta irá abordar questões sociais relativas à vida da mulher em sociedade. A palestra dura cerca de uma hora e começa a partir das 18h.

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Já na semana seguinte, no dia 10, o Camará irá promover uma tarde de relaxamento e espiritualidade, com a massoterapeuta e terapeuta holística Yara Silva. No fim do dia, a partir das 17h, as mulheres interessadas participarão de dinâmicas de grupo e mantras, para relaxar e limpar crenças buscando o bem estar físico e emocional. As vagas são limitadas, então as interessadas devem seguir diretamente para o palco, montado no terceiro piso do shopping.

E para encerrar as comemorações, no dia 14 de março, a partir das 16h, será realizado no Camará o 2º Encontro das Mães de Oração de Camaragibe, que terá a presença da pastora e cantora gospel Evódia, da Comunidade Cristã Primitiva e uma palestra sobre autoestima e o papel da mulher nos dias atuais com a pastora e psicóloga Soraya Audrey. Todas as atividades são gratuitas e serão realizadas no 3º piso, na frente do Game Station.

*Da assessoria

No dia 13 de março, o Google irá realizar mais uma edição do Cresça com o Google, desta vez em comemoração ao Dia Internacional da Mulher. Por isso, a empresa entra em parceria com o Women Will , um programa de capacitação para criar oportunidades econômicas e promover desenvolvimento e o sucesso de mulheres pelo mundo. O evento é gratuito e será realizada no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, das 7h às 12h, e espera receber 10 mil mulheres. 

Segundo o Google, o programa já treinou mais de 25 mil mulheres e passou por 12 cidades. As inscrições já estão abertas e podem ser realizadas por meio do site do programa. O objetivo é desenvolver nas participantes novas habilidades técnicas, comportamentais e pessoais, com uma agenda abrangente e pensada especialmente nas necessidades femininas.

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Nesta edição, as mulheres terão a possibilidade de iniciar um plano de desenvolvimento pessoal e de negócios que servirá de guia para quem deseja empreender, impulsionar seus negócios ou mudar de profissão. Ao final do evento, todas receberão o certificado de participação. 

 Entre os temas escolhidos para esta edição, destacam-se ferramentas digitais, negociação, técnicas de vendas, e liderança feminina. O conteúdo será ministrado por Googlers e facilitadoras da Rede Mulher Empreendedora. A mestre de cerimônia de evento será a YouTuber Maíra Medeiros, do canal Nunca te Pedi Nada. Para mais informações, as interessadas podem consultar o site do programa.

As mulheres representam 60% dos bolsistas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) nos programas de pós-graduação e de formação de professores, segundo a instituição. O último levantamento, feito em janeiro deste ano, apontou para o montante de 122.103 mulheres no universo de 201.449 bolsistas.

Em relação a recebimento de benefícios nos programas da Capes, as mulheres somam 53.667 entre os estudantes que recebem o benefício para a pós-graduação no Brasil e no exterior e 68.436 dentre os que têm o auxílio nos programas de formação de professores da educação básica.

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Mulheres na docência

Apesar do número de mulheres ser superior em programas que estimulam a docência, elas são minorias nas salas de aula. Segundo a Capes, apenas 43% são mulheres que atuam como professoras. Os homens totalizam 43,7 mil.

De acordo com a diretora de Relações Internacionais da Capes, Connie MacManus, é preciso assegurar autoconfiança às novas pesquisadoras. “Não desistam, busquem e ofereçam orientação e colaboração, tenham confiança para aproveitar as oportunidades e trabalhem para a mudança”, disse, citando o editorial de 2018, da revista Nature Cell Biology, segundo informações disponibilizadas no site da Capes.

Entre 600 profissões de diversos níveis de formação, 90 pagam melhor para mulheres. Nesses casos, elas ganham pelo menos 5% a mais que os homens. Essas ocupações se concentram nas áreas de educação e saúde. Já os salários oferecidos aos homens são pelo menos 5% maiores em 357 ocupações. Outras 153 profissões têm diferenças salariais inferiores a 5%, o que, segundo o estudo, pode ser considerada igualdade salarial.

A avaliação foi feita pelo site Quero Bolsa, plataforma online em que estudantes podem obter descontos de instituições de ensino, com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) 2018.   “A finalidade do nosso estudo é trazer para o estudante uma informação mais precisa de quanto a carreira para a qual ele está se preparando paga no mercado”, diz o gerente de relações institucionais do Quero Bolsa, Rui Gonçalves.

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A maior diferença em favor das mulheres é na ocupação diretor de instituição educacional pública, que paga, em média, 68,97% a mais para elas. Já aquela que paga mais para os homens é diretor de redação de jornal. A diferença em favor deles chega a 182,58%.

Ensino superior

De acordo com o levantamento, os homens chegam a ganhar, em média, 45% a mais que as mulheres no Brasil. O dado se refere àqueles que têm ensino superior completo. Nesse grupo, em média, os homens ganham R$ 3.756,84 e, as mulheres, R$ 2.592,65, por mês.

Entre aqueles que têm apenas o ensino médio completo, a diferença da média salarial entre homens e mulheres é menor, mas os homens continuam ganhando mais, 10,89%. Nesses postos, os homens ganham, em média, R$ 1.570,89 e as mulheres, R$ 1.416,60.

“Se disponibilizamos isso, a gente acredita que as pessoas passam a ter noção das diferenças salariais entre homens e mulheres e podem tomar uma atitude para combater esse tipo de prática”, argumentou Gonçalves.

Na internet, na página do Quero Bolsa é possível consultar os salários médios de cada profissão por estado.

"O lugar da mulher é onde ela quiser". Essa frase, nos dias atuais, reflete a resistência incansável das mulheres que lutam por igualdade em relação dos direitos que são atribuidos aos homens. Neste 8 de Março, marcado pelo Dia Internacional da Mulher, a luta fica mais clara, enquanto as mulheres recebem homenagens. 

Pensando nisso, o LeiaJá selecionou canções que com suas metáforas exaltam a potencialidade da mulher no amor e na persistência de encarar a vida com dignidade.

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Maria, Maria - Elis Regina

Ela é Bamba - Ana Carolina

Roupa do Corpo - Filipe Catto

Maria da Vila Matilde - Elza Soares

Dona da Banca - Daniela Mercury

Pagu - Zélia Duncan

Desconstruindo Amélia - Pitty

Dona de Mim - Iza

Um chamado atendido na primeira hora desta sexta-feira (8), Dia Internacional da Mulher, pela central da Polícia Militar, em Belo Horizonte, registrava a denúncia de que um homem havia matado a companheira por ter se irritado com o volume da televisão.

Conforme apurou a Agência Brasil, em meio a uma discussão, Cleuber Elias Silva Santos, de 38 anos, desferiu um golpe de faca no tórax de Lilian Maria de Oliveira, de 42 anos, com quem mantinha um relacionamento há cinco anos. Sem resistir ao corte, que atingiu a região próxima ao coração, a mulher não sobreviveu, mesmo sendo levada ao Hospital João XXIII, pela equipe que prestou socorro.

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Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Militar de Minas Gerais, o filho da vítima Rafael Lucas Cordeiro, de 22 anos, percebeu quando a briga se iniciou. O jovem relatou ter visto o momento em que seu padrasto se dirigiu do quarto do casal até a cozinha e apanhou a faca usada no crime.

Rafael contou à corporação que tentou evitar a tragédia, mas que, ao entrar no quarto do casal, encontrou a mãe já ferida e o agressor empunhando a faca. De acordo com o jovem, ele e seu irmão, de 15 anos, que chegou em casa logo em seguida, teriam tentado impedir a fuga do homem, mas os dois foram também agredidos.

Acionados por volta da meia-noite, os policiais militares conseguiram deter o homem, que confessou o assassinato e confirmou ter se impacientado com um defeito no som da televisão. Ainda conforme informações da PM, uma equipe da perícia criminal foi deslocada até o local e recolheu a faca, que havia sido jogada por Santos na pia da cozinha.

Santos foi levado para a Central de Flagrantes da Polícia Civil do estado, responsável pela investigação do crime.

O agressor deve ser enquadrado na Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006) e, possivelmente, na Lei de Feminicídio (Lei nº 13.104/2015).

Dia 8 de março é mundialmente conhecido como dia internacional das mulheres. E para celebrar o espaço que cada vez mais tem sido conquistado por elas no futebol, Santa Cruz, Sport e Náutico divulgaram na manhã desta sexta (8) o mesmo vídeo homenageando as mulheres no futebol.

No vídeo é mostrado imagens de torcedoras de ambos os clubes e não só. O conteúdo do vídeo reforça uma frase que cada vez mais tem sido usado pelas mulheres em busca do seu espaço: “Lugar de mulher é onde ela quiser”. E lembra que o estádio do futebol tem espaço para elas.

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Confira o vídeo:

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Celebrado em 8 de março, o Dia Internacional da Mulher não é um momento para dar flores, maquiagens ou produtos de beleza. Por trás da oportunidade capitalista, a data rememora, todos os anos, séculos de luta por igualdade de gênero, levando em consideração, sobretudo, melhorias e adequações nas condições de trabalho.

No Brasil, a história mais aceita para a comemoração do dia 8 de março é em virtude de um incêndio provocado em uma fábrica têxtil em Nova York, nos Estados Unidos. Entretanto, o próprio levantamento sobre o sinistro é confuso historicamente. A primeira versão traz que o fogo foi ocasionado em 1911; 125 mulheres e 21 homens morreram carbonizados enquanto trabalhavam. As precárias condições do lugar ocasionaram uma rápida propagação das chamas, impossibilitando a fuga dos atingidos.

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Já a outra versão do incêndio aponta provocação policial, após mulheres entrarem em greve pedindo melhorias nas condições de salários e diminuição da carga horária, já que as trabalhadoras chegavam a ficar por 14 horas em produção, de segunda-feira a sábado, na Triangle Shirtwaist. Os grevistas foram trancados em um galpão e em seguida incendiados vivos.

Apesar disso, outros momentos de luta e greves de mulheres em fábricas também apontam para o processo de escolha da data. De acordo com o calendário Juliano adotado antigamente pela Rússia, em 23 de fevereiro de 1917 - 8 de março segundo o calendário gregoriano -, operárias russas paralisaram os trabalhos para pedir melhores condições de trabalho e protestar contra a fome, instaurada no país em decorrência da Primeira Guerra Mundial.

Oficialização

Após décadas de luta, o dia 8 de março só chegou a ser oficializado Dia Internacional da Mulher pela Organização das Nações Unidas em 1975. Segundo a professora e pesquisadora Danielle Camelo, é importante que a data seja lembrada como forma de força. “O importante é pensarmos nessa data como símbolo de luta dos movimentos femininos e feministas, ao invés da romantização. Há muito desse pensamento, que nós, mulheres, nascemos com herança para sermos mães, frágeis, delicadas, etc.”, explica a docente.

De acordo com a pesquisadora, a luta pela igualdade de gênero vem à tona desde o século 19. “Há muito tempo que as mulheres vêm lutando por melhores condições dentro da sociedade. O feminismo surgiu desde o século 19, sendo um movimento de mulheres para mulheres e em prol dos direitos de trabalho, salários, etc.”, destaca a professora. 

Brasil

Danielle Camelo também aponta para as lutas de mulheres no Brasil. “Em Pernambuco, em 1646, durante a expulsão dos holandeses, 600 deles saíram da Ilha de Itamaracá e foram até Tejucupapo em busca de dominar aquela região que era rica em mandioca e caju, para abastecer a tripulação. Eles escolheram um domingo porque sabiam que os homens estariam no Recife e acharam que com a cidade só com mulheres seria mais fácil de dominar. Mas chegando lá, as mulheres lideraram uma revolta e conseguiram vencer o holandeses utilizando armas simples, como água quente e pimenta. Quatro mulheres lideraram essa investida, Maria Camarão, Maria Quitéria, Maria Clara e Joaquina, e elas precisam ser nomeadas na história”, detalha Danielle Camelo.

Nos anos seguintes, os movimentos de mulheres a favor da igualdade entre os gêneros ganharam força e as sufragistas entraram em cena pela participação política feminina. No Brasil, a mulher conquistou o direito ao voto apenas em 1932, durante o governo de Getúlio Vargas.

Progressão

Apesar das conquistas, ainda há a necessidade de alcançar patamares maiores de igualdade de gênero. A docente Danielle Camelo salienta que nomes de luta, revolução e protagonistas femininas precisam ganhar mais visibilidade. “Os nomes das mulheres que fizeram história são apagados por quem conta o processo de desenvolvimento da sociedade. Entretanto, recentemente vemos um salto no reconhecimento de figuras femininas”, salienta.

Segundo a professora, ainda há muito o que ser conquistado pelas mulheres. “As mulheres passaram a ter, sim, grande participação na história, mas ainda há muita coisa a ser alcançada. As mulheres ainda precisam dizer que o corpo é delas e que elas devem controlá-lo. Ainda precisam lutar pela liberdade sexual”, ressalta.

Feminismo

Muito polêmico, o feminismo é um conceito geralmente incompreendido para quem não é impactado ou é condescendente com a estrutura patriarcal do mundo. Se por um lado há quem ache que ser feminista está em andar sem sutiã e não se depilar, por outro, há quem entenda a importância de atitudes como essas para promover a igualdade de gênero, respeito e sororidade.

O feminismo não é uma onda de pensamento recente, tendo surgimento  em 1791, com a resposta da dramaturga Olympe de Gouges para Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão, na França. A Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã pedia o direito a voto, à propriedade e ao acesso às instituições políticas. Olympe foi guilhotinada dois anos depois, por ter “traído a natureza de seu gênero”.

Até hoje, movimentos liderados por mulheres ganham força e voz ao redor do mundo. O mais popular no Brasil é a Marcha das Vadias, que é realizado em todo território nacional. A origem da passeata é do Canadá, na Universidade de York, após um policial sugerir que as mulheres evitassem se vestir como vadias para não serem vítimas de crimes sexuais. A indicação sugeria que, de alguma forma, a mulher poderia ser a culpada pelo assédio ou estupro.

Por ser um movimento plural, o feminismo ganha diversas vertentes ao longo dos anos. “Existe o movimento das feministas negras, que trazem duas mazelas da sociedade, que é a questão de gênero e de etnia, o racismo. Há as feministas liberais, que indicam a participação de homens na luta; como também existem as feministas mais radicais, que não permitem a inclusão de homens e alegam ser uma luta apenas de mulheres para mulheres. Esses são alguns dos embates no feminismo, mas é algo natural por ser uma luta pluralizada. O que pode ser feito é o diálogo entre os grupos dos movimentos”, comenta Danielle.

Aparições no Enem

Dentro das edições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o feminismo e a luta pelos direitos das mulheres já ganharam espaço. Questões de filosofia, sociologia e até mesmo português já foram contempladas com textos de feministas como Simone de Beauvoir. Confira abaixo a questão e a resolução:

Confira resposta:

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O Dia Internacional da Mulher é marcado, no país, por manifestações em defesa do gênero. Nesta sexta-feira (8), no Recife, não será diferente. A data será marcada por um ato político, a partir das 14h, com concentração da Praça do Derby, área central da capital pernambucana.

Com o mote “Marielles: Livres do Machismo, do Racismo e Pela Previdência Pública", a mobilização promete ir às ruas por volta das 16h, com um trajeto que encerra na Praça da Independência, também na área central. De acordo com a organização, a manifestação é contra as medidas adotadas pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL).  

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O ato é organizado pela Rede Nacional de Feministas Antiproibicionistas (Renfa), a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o Fórum de Mulheres de Pernambuco (FMPE), a Rede de Mulheres Negras e a Marcha Mundial de Mulheres (MMM).

Antes da passeata, as mulheres que estiverem na concentração serão divididas em rodas de diálogos sobre onze eixos temáticos e, no percurso do ato, também estão previstas intervenções artísticas relacionadas aos assuntos discutidos.

A jovem Natali Melo dos Santos, de 26 anos, foi assassinada a facadas pelo marido na madrugada desta quinta-feira, 8, no apartamento onde o casal vivia em Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo. Adriano Diogo das Chagas, de 27, foi preso em flagrante. O caso de feminicídio aconteceu na data em que é comemorado o Dia Internacional da Mulher e foi mais uma ocorrência em que a vítima foi morta dentro da própria casa.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP) do Estado de São Paulo, a Polícia Militar recebeu a denúncia de que uma pessoa estava sendo esfaqueada dentro de casa, na Rua Paulo Maximiliano, no bairro Jardim Carolina, por volta da 1h45.

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Quando chegaram ao local, os policiais militares encontraram a vítima já sem vida na sala do apartamento. Ao redor do seu corpo, havia muito sangue e a faca usada no crime. Testemunhas disseram à PM que o autor do homicídio ainda estava nas proximidades e que havia se envolvido em um acidente de carro.

Ainda de acordo com a SSP, Chagas havia tentado fugir, mas perdeu o controle do veículo e bateu em um poste na Estrada de Santa Isabel. Quando os policiais se aproximaram do carro, o suspeito saiu e foi contido pelos agentes.

Chagas aparentava estar embriagado. Os PMs tentaram conversar com o suspeito, mas ele não estava em condições de falar e foi levado por uma ambulância à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Caiuby, em Itaquaquecetuba, onde foi medicado.

Na sequencia, o suspeito foi encaminhado à delegacia, onde recebeu voz de prisão em flagrante e foi conduzido à cadeia pública local.

A Polícia Civil solicitou exame necroscópico em Natali e de corpo de delito para Chagas. A perícia foi enviada ao local do crime.

A ocorrência foi registrada como homicídio qualificado com qualificação de feminicídio, violência doméstica e ameaça no 1º Distrito Policial de Itaquaquecetuba (Jardim Caiuby).

Feminicídio dentro de casa

A morte de Natali é mais uma que confirma a pesquisa feita pelo Ministério Público Estadual (MPE) de São Paulo, que apontou que dois terços dos feminicídios no Estado são cometidos na casa da vítima. Além disso, o crime foi executado com uma faca - em 58% dos casos são usadas armas brancas.

A pesquisa analisou estatísticas de 121 cidades paulistas de março de 2016 a março do ano passado. O Núcleo de Gênero do MPE pesquisou 356 denúncias apresentadas à Justiça e divulgou o estudo na semana passada. Dos registros, em 75% a vítima tinha laço afetivo com o agressor, como foi o assassinato de Natali.

A Lei do Feminicídio - que prevê penas mais altas para condenados por assassinatos decorrentes de violência doméstica ou por discriminação e menosprezo à mulher - completou três anos de promulgação nesta sexta-feira, 9.

A lei classifica esses homicídios como hediondos, dificultando, por exemplo, a progressão da pena do condenado, além de elevar em até um terço a pena final do réu. Mas muitos dos crimes passíveis de enquadramento como feminicídio ainda não são registrados assim, dizem especialistas.

De acordo com a promotora Valéria Scarance, coordenadora do Núcleo de Gênero do MPE, um dos méritos do estudo é tentar desmistificar informações, como as que indicam que a maioria dos casos é praticada aos fins de semana. O estudo mostra que 68% dos crimes aconteceram durante a semana e 39%, durante o dia.

Para cometer os crimes, a maioria (58%) usou armas brancas, como facas, ou ferramentas (11%), como martelo. O uso de arma de fogo foi constatado em 17% dos crimes.

Na próxima terça-feira (13), o Pátio de São Pedro será palco para uma celebração às raízes negras e femininas da cultura pernambucana. A Terça Negra realiza sua primeira edição de 2018 trazendo uma programação pautada no protagnosimo feminino.

A noie será majoritariamente composta por artistas mulheres. Subirão ao palco o Coco Zé Neguinho, a rapper Lady Lay e o Coco da Resistência. Esta é a primeira Terça Negra do ano, após as quatro edições carnavalescas. A periodicidade do evento passa a ser mensal, sempre com programação definida pelo Movimento Negro Unificado.

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Serviço

Terça Negra em homenagem ao Dia Internacional da Mulher

Terça (13) | 20h

Pátio de São Pedro (Bairro de São Pedro)

Gratuito

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Eram 17h desta quinta-feira, 8, Dia Internacional da Mulher, e o deputado Jair Bolsonaro (RJ), pré-candidato à Presidência pelo PSL, ainda tinha outros três eventos públicos pela frente em cidades do sul de Minas. Ele já tinha feito quatro saudações às mulheres pela efeméride, sempre homenageando a mãe, que completa 91 anos no dia 28. Bolsonaro abriu todas as falas na linha: "Sem vocês não seríamos nada".

Pouco depois da quarta saudação, sentado na cadeira de presidente - da Câmara Municipal de Pouso Alegre -, o deputado foi questionado se aumentaria a participação feminina em um eventual governo. "Respeito as mulheres, mas alguém aqui quer a volta da Dilma (Rousseff) por acaso?", disse o deputado. "Não é questão de gênero. Tem que botar quem dê conta do recado. Se botar as mulheres vou ter que indicar quantos afrodescendentes?", completou. A pequena plateia que acompanhava a entrevista reagiu: "mito, mito".

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O próprio Bolsonaro falou sobre o "estigma" de machista que, segundo ele, a imprensa e os adversários tentam lhe imputar. "Não é isso, meu Deus do céu? Me perguntam quem vai ser meu vice. Vai ser uma mulher para tirar aquele estigma de que vocês me acusam? Me apontem um áudio disso aí. Um discurso em que eu discrimino as mulheres", desafiou.

Antes, ao ser recebido no Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), Bolsonaro fez a primeira saudação às mulheres, mas, logo em seguida, derrapou. "Não me faça pergunta idiota", disse o deputado à repórter de uma rádio que o questionou sobre o imbróglio com a deputada petista Maria do Rosário (RS), que lhe rendeu um processo por apologia ao estupro no Supremo Tribunal Federal. "Chora, Rosário", gritavam os apoiadores.

Segundo a segurança do aeroporto, cerca de 200 pessoas, entre passageiros, trabalhadores e militantes, foram especialmente para prestar apoio a Bolsonaro. Número muito inferior à previsão de mil bolsonaristas repassada na véspera pelos organizadores da recepção à administração de Viracopos.

Na rodoviária de Pouso Alegre, onde Bolsonaro fez a terceira saudação do dia às mulheres (a segunda foi em cima de um carro de som), o público também foi inferior à expectativa dos organizadores. A Polícia Militar não fez estimativas, mas, segundo policiais que estavam no local, menos de 400 pessoas acompanharam atentamente o discurso do pré-candidato e vibraram com as frases mais agudas aos gritos de "mito, mito".

Mobilização

Embora a passagem do deputado fluminense por Pouso Alegre, Borda da Mata, Ouro Fino e Monte Sião tenha sido organizada por pastores evangélicos, havia empresários, estudantes, profissionais liberais, militares, maçons e curiosos, alguns deles mulheres.

"Não gosto desse negócio de feminismo. Bolsonaro é a favor da família como era antigamente", afirmou a microempresária Monica Carvalho, de 32 anos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

No dia 8 de março é celebrado o dia internacional da mulher. Ainda como parte das comemorações, o Náutico está oferecendo ingressos gratuitos para as sócias alvirrubras que desejarem ir para Arena de Pernambuco para acompanhar o confronto entre o Timbu e o Bahia, pela Copa do Nordeste. Para ganhar o bilhete, a sócia precisa ser titular e estar com a mensalidade em dia. 

Também em comemoração ao dia das mulheres, as atletas de futebol do Náutico, juntamente com as funcionárias do clube, participaram do plantio do novo gramado do estádio Eládio de Barros Carvalho, os Aflitos. Além disso, durante todo o mês as torcedoras alvirrubras que quiserem se associar terão isenção da primeira mensalidade.

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Milhares de pessoas participaram da Marcha Mundial das Mulheres pelo País nesta quinta-feira, 8 de março, Dia Internacional da Mulher. No Rio de Janeiro, a manifestação se concentrou ao redor da Igreja da Candelária, na região central da cidade. Mesmo sob intensa chuva, os manifestantes fizeram discursos e caminharam pela Avenida Rio Branco e pelas Ruas da Assembleia e 1º de Março, até a Praça 15, ponto final do ato. Durante todo o trajeto, protestaram contra o machismo, o governo de Michel Temer (MDB), a reforma da Previdência e cobraram a legalização do aborto e outros direitos.

Organizado por um coletivo, o ato reuniu diversas entidades estudantis e da sociedade civil, além de partidos políticos de esquerda. Desde a concentração até o fim do ato, os discursos foram pelos direitos das mulheres e de críticas ao governo. Policiais militares acompanharam a manifestação, que transcorreu pacificamente até as 20h30.

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Entre os coros e as músicas entoadas havia uma paródia de Cabeleira do Zezé, marchinha de João Roberto Kelly: "Olha como luta essa mulher/Será que ela é?/Será que ela é? Livre!/Será que ela é recatada?/Será que ela é bela e do lar?/Parece que é feminista/E tá na rua pra lutar!".

Também foram entoados coros contra a Polícia Militar, contra a intervenção federal na segurança pública do Estado do Rio e pelo direito ao aborto. Em faixas e cartazes, as cobranças e críticas eram semelhantes. "Hoje é um dia especial, mas nossa luta é diária. A gente tem dupla jornada, cuida do filho e ganha menos. Temos que mudar isso", afirmou Maria Antônia Rangel, de 17 anos, estudante do ensino médio.

"A gente briga, cobra igualdade, aí vem esse presidente e diz que mulher é bom pra controlar os preços do supermercado. Não pode, temos as mesmas capacidades e responsabilidades dos homens", reclamou a universitária Renata Nunes, de 22 anos, que cursa Arquitetura na Universidade Federal Fluminense (UFF).

Durante discurso há exatamente um ano, em 8 de março, Temer exaltava as mulheres quando afirmou que "ninguém mais é capaz de indicar os desajustes de preços no supermercado do que a mulher".

Brasília

Já em Brasília, centenas de manifestantes fizeram uma marcha a favor da igualdade de gênero e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo estimativa da Polícia Militar do Distrito Federal, 700 pessoas caminharam do Museu da República até o Congresso Nacional, aos gritos de "Fora, Temer".

Sob forte chuva, as manifestantes utilizam um carro de som para protestar. Por causa do ato, a segurança do Congresso foi reforçada durante todo o dia e o acesso à entrada principal foi bloqueado. Além dos policiais que acompanham a manifestação, carros da Polícia Militar e até a cavalaria cercam a área.

Diversas manifestantes do PT e do Movimento dos Sem Terra (MST) carregavam cartazes a favor da candidatura do ex-presidente Lula à presidência da República. As participantes entoaram palavras de ordem a favor do ex-presidente e defenderam que não há provas para condená-lo.

Elas também protestam contra a desigualdade de gênero, o programa Escola Sem Partido e a criminalização do aborto. Defendem ainda os direitos da comunidade LGBT.

Milhares de pessoas participam de um ato em homenagem às mulheres ao redor da Igreja da Candelária, na região central do Rio de Janeiro, no fim da tarde quinta-feira, 8 de março, Dia Internacional da Mulher. Mesmo sob intensa chuva, os manifestantes fazem discursos e preparam uma caminhada rumo à Cinelândia. Até o início da noite, não havia estimativa do público participante da manifestação.

Participam do ato diversas entidades estudantis e da sociedade civil, além de partidos políticos de esquerda. Embora os principais objetivos sejam defender a igualdade entre homens e mulheres e exigir leis que punam mais severamente a discriminação de gênero, os também manifestantes criticam o governo do presidente Michel Temer (MDB) e a reforma da Previdência.

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"A gente briga, cobra igualdade, aí vem esse presidente e diz que mulher é bom pra controlar os preços do supermercado. Não pode, temos as mesmas capacidades e responsabilidades dos homens", reclamou a universitária Renata Nunes, de 22 anos, que cursa Arquitetura na Universidade Federal Fluminense (UFF).

Durante discurso há exatamente um ano, em 8 de março, Temer exaltava as mulheres quando afirmou que "ninguém mais é capaz de indicar os desajustes de preços no supermercado do que a mulher".

Com o lema “Pela vida das mulheres, nenhum direito a menos”, centenas de mulheres protestaram pelas ruas do Centro do Recife nesta quinta-feira (8), Dia Internacional da Mulher. Aos gritos de “eu tô na luta, eu quero ver as mulheres no poder”, as manifestantes saíram do Parque 13 de maio em direção à Praça do Derby. Durante o percurso, pararam algumas vezes para que alguns grupos fizessem performances. Entre as principais reivindicações da 8M, a Paralisação Internacional de Mulheres, está o fim da violência e a garantia de direitos. 

Dados da Secretaria de Defesa Social (SDS) apontam que no ano de 2017 2.134 mulheres foram vítimas de estupro em Pernambuco e mais de 300 foram assassinadas. Os casos de violência doméstica e familiar chegaram a 33.188. Segurando cartazes pedindo a legalização do aborto e a participação das feministas na política, a médica Sandra Valongueiro, 73 anos, fez questão de participar do ato. “As mulheres estão morrendo, adoecendo, temos obrigação de ir às ruas para cobrar que isso mude, não podemos ficar caladas. Temos que fazer barulho, discutir tudo isso, dar visibilidade a essas questões, que são claramente políticas”, refletiu. 

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Mãe de dois meninos e uma menina, a produtora Fábia Tarraf, 40 anos, levou a pequena Maitê, de apenas 6 meses, para acompanhar o ato. “Convivo com muitos homens e percebo como o mundo é machista. O machismo está em casa, no trabalho, em todo canto. Então é importante demais que desde novinha Maitê já se empondere, se posicione nisso. Por mais que ela não entenda agora, quero que ela já cresça sabendo encarar esse problema”, contou. “É importante demais que as mulheres venham, lutem, independente da idade”, completou Fábia.

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Moradora de Igarassu, na Região Metropolitana do Recife, a cientista social Hanna Barbosa, 27 anos, aproveitou a manifestação para chamar atenção para um problema que atinge as mulheres do seu município: a falta de uma delegacia da mulher na cidade. Hanna faz parte da ONG Minha Igarassu e, junto com a ONG Meu Recife, preparou um abaixo-assinado para pedir a implantação da delegacia no município. Ela e várias outras mulheres que fazem parte da organização arrecadaram assinaturas durante a manifestação. 

Mais de 200 pessoas já assinaram o manifesto, que foi lançado na quarta-feira à noite (7). “Aproveitamos esse momento para denunciar a falta de um local específico para atender as mulheres que precisam de ajuda. É um trabalho extremamente necessário para que os direitos das mulheres sejam defendidos. Elas não podem esperar dias para que a denúncia chegue até uma das duas delegacias do município, que só prioriza crimes como assalto, roubo e homicídio, e nunca se importam com os problemas enfrentados pelas mulheres”, reclamou Hanna. “Em 2013 o Governador Paulo Câmara prometeu a construção da delegacia e até agora, cinco anos depois, isso ainda não foi cumprido”, completou.     

Nascida no Brasil, o país onde o números de mulheres negras assassinadas chegam a quase o dobro da taxa das mulheres brancas, a dona de casa Evandra Dantas, 51 anos, aprendeu desde cedo que a vida da mulher, e especialmente a negra, não é fácil. “Muitas vezes tenho medo de sair de casa, não me sinto segura. Nós, mulheres negras, sofremos ainda mais preconceito, violência, e tantas outras coisas. É muito difícil. E mais difícil aqui no Recife”, desabafou. Para ela, o dia 8 de março significa luta. “Nessas manifestações encontro apoio, força pra lutar. As mulheres negras estão morrendo, os filhos dela também. O Governo não faz nada por nós, então temos que ir às ruas reclamar, fazer barulho. Quem sabe, assim, o Governo faz alguma coisa, olha pra gente e algo muda. Quanto mais reivindicarmos, melhor”, pontuou Evandra. 

Na programação da Paralisação Internacional de Mulheres, houve também rodas de diálogos sobre 10 eixos temáticos que representam as diversas lutas que travam no seu dia a dia. No fim do protesto, na praça do Derby, houve apresentação cultural com alguns artistas locais. A organização do protesto não divulgou dados sobre quantas pessoas participaram da manifestação. 

Uma campanha da McDonald's para o Dia Internacional das Mulheres foi alvo de críticas na internet nesta quinta-feira (8). Um banner informa que, por causa da data, o local estava apenas com funcionárias mulheres.

"Que boa ideia dar folga para os homens no Dia da Mulher", escreveu uma internauta. Tal conclusão, de que os homens teriam recebido folga, foi o que fez a publicação repercutir nas redes sociais.

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A McDonald's precisou se posicionar, esclarecendo que a interpretação das pessoas não condizia com a realidade. O que houve, segundo a marca, foi uma troca temporária de local de trabalho para alguns funcionários.

Com a troca temporária, 20 restaurantes ficaram só com mulheres trabalhando. Isto significa que os recambiados estavam trabalhando em outras unidades que não faziam parte da campanha.

Confira a nota da McDonald's:

“Esclarecemos que não houve folga para os rapazes que trabalham nesses restaurantes. Todos trabalharam normalmente conforme suas escalas. Houve apenas uma troca de locais de trabalho entre eles, para que esses 20 restaurantes pudessem reunir apenas mulheres na operação. Lamentamos que alguns clientes tenham concluído a mensagem de maneira equivocada”.

A belga Catherine De Bolle se tornará em 1º de maio a primeira mulher a dirigir a agência europeia de luta contra o crime - a Europol - depois de sua nomeação, nesta quinta-feira (8), pelo Conselho da União Europeia (UE).

Sua nomeação formal durante uma reunião dos ministros do Interior em Bruxelas, que coincide com o Dia Internacional da Mulher, foi celebrada por vários responsáveis, como o comissário europeu de Assuntos do Interior, Dimitris Avramopoulos, que destacou sua "experiência".

De Bolle, atualmente à frente da Polícia Federal belga, substituirá na Direção Executiva da Europol o britânico Rob Wainwright por um período de quatro anos, após ser selecionada em dezembro entre uma lista de candidatos e contar, inclusive, com o aval do Parlamento Europeu.

Em um vídeo publicado pelo Conselho da União Europeia no Twitter, a comissária belga reconhece que, ao chegar ao comando da Polícia deste reino europeu, pensou ter quebrado "o teto de vidro". "Mas não era verdade", acrescentou.

"Muitas vezes acontece de vermos mulheres jovens tomando decisões por suas famílias e não por suas carreiras. Devem encontrar o equilíbrio, e temos que ajudá-las a encontrar o equilíbrio", apontou De Bolle, que destacou o papel das mulheres à frente das organizações.

Confira a programação cultural de São Paulo em homenagem ao Dia Internacional da Mulher:

Mirante 9 de julho

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Projeto Pele

Nesta quinta-feira, entra em cartaz o projeto “Pele”, da artista Di Monique Novaes.

Além do couro que reveste o corpo, “Pele” refere-se a pelar. A artista convida o público a queimar, despelar, despir. O projeto começou retratando mulheres nuas, com intuito de fomentar o amor próprio, o autoconhecimento e o empoderamento a partir da aceitação de quem somos. É um projeto colaborativo. O processo de criação nasce a partir de uma fotografia e a modelo colabora com a indicação de elementos, cores e símbolos do mundo de cada um. A artista mescla o nu com o Surrealismo, estilo que marca suas obras.

Serviço

“Projeto Pele” – por Di Monique Novaes

Entrada gratuita.

A partir de 08 de março, às 18h30.

Local: Mirante 9 de julho.

Rua Carlos Comenale, s/n. São Paulo – SP.

https://mirante.art.br/.

Di Monique Novaes (https://www.facebook.com/dimoniquearte/).

 

Museu da Imigração

Durante todos os finais de semana de março, às 11h, as visitas guiadas pelos educadores do Museu da Imigração abordarão a presença das mulheres na história da migração para o estado de São Paulo.

Para participar dessas atividades, é necessário se inscrever pelo e-mail inscricao@museudaimigracao.org.br.

Poesia no Concreto

O Núcleo Educativo realiza, em 11 de março, a atividade “Poesia no Concreto”. Nela, o público poderá questionar como as mulheres migrantes são representadas pelas mídias e quais notícias gostariam de ler sobre elas. 

Para participar dessas atividades, é necessário se inscrever pelo e-mail inscricao@museudaimigracao.org.br.

Serviço

R$ 10,00 | Grátis aos sábados.

Funcionamento: terça a sábado, (fechado às segundas), das 9h às 17h, e domingos, das 10h às 17h.

www.museudaimigracao.org.br.

Local: Museu da Imigração.

Rua Visconde de Parnaíba, 1316 São Paulo-SP.

Metrô Bresser-Mooca (900m).

(11) 2692-1866.

 

Casa das Rosas

Ciranda das Mulheres

A Casa das Rosas realiza, até 24 de abril, a oficina “Ciranda das Mulheres”, sempre às terças-feiras, às 14h.

Sarau das Pretas

Mulheres negras atuantes no cenário cultural periférico de São Paulo se reúnem no dia 17 de março, às 19h, para o Sarau das Pretas.

Slam das Minas

No dia 15 de abril, às 14h30, acontece o Slam das Minas (SP). Completando seu terceiro ano na Casa das Rosas, o Slam propõe uma batalha de poesia entre escritoras e slammers, com o objetivo de garantir uma vaga feminina para a competição em nível nacional, o Slam BR.

Serviço

Entrada gratuita.

Funcionamento: terça a sábado, (fechado às segundas) das 10h às 22h | domingos e feriados, das 10h às 18h.

www.casadasrosas.org.br.

Local: Casa das Rosas.

Av. Paulista, 37, Bela Vista – São Paulo-SP

Estação Brigadeiro do Metrô (850m)

(11) 3285-6986 | (11) 3288-9447

 

Pinacoteca

Exposição “Hilma af Klint”

A partir de 3 de março, a Pinacoteca abre sua primeira exposição do calendário de 2018 com “Hilma af Klint: Mundos Possíveis”, uma mostra individual da pintora sueca Hilma af Klint, que inclui 130 obras, com destaque para a série intitulada “As dez maiores”. Realizada em 1907, é considerada hoje uma das primeiras e maiores obras de arte abstrata no mundo ocidental.

Materna em Canto

No dia 10 de março, o museu recebe o “Materna em canto”, a partir das 11h, na Pina Luz (átrio – 2º andar). Fundado por Isadora Canto, esse é o primeiro e mais antigo grupo vocal composto por mães que cantam juntas transformando histórias da maternidade e celebração das dores e delícias de ser mulher em apresentação musical.

Serviço

R$ 6,00 | Grátis aos sábados

Funcionamento: quarta a segunda (fechado às terças) das 10h às 17h30 (com permanência até às 18h00).

www.pinacoteca.org.br.

Local: Pinacoteca do Estado de São Paulo.

Praça da Luz, 02 – Luz, São Paulo – SP.

(11) 3324-1000.

 

MIS – Museu da Imagem e do Som

Mostra Viola Davis

No dia 8 de março, às 18h00 e às 20h30, o MIS realiza uma mostra gratuita de filmes da premiada atriz norte-americana Viola Davis. O evento é gratuito, mas será preciso necessário retirar ingressos na bilheteria com uma hora de antecedência na recepção.

Serviço

Entrada gratuita às terças-feiras. Aos sábados, acesso grátis às exposições do térreo e do acervo – consulte os valores dos ingressos das exposições e eventos.

Funcionamento: terça a sábado, (fechado às segundas) das 10h00 às 21h00 | domingos e feriados, das 9h às 19h.

www.mis-sp.org.br.

Local: Museu da Imagem e do Som – MIS-SP.

Av. Europa, 158 – Jardim Europa – São Paulo-SP.

(11) 2117-4777.

 

Oficina Cultural Oswald de Andrade

Teatro – “Quarto 19”

9 de março, às 20h.

10 de março, às 18h.

“Quarto 19”, peça inspirada no conto homônimo da escritora britânica Doris Lessing, fala sobre a liberdade das mulheres na sociedade patriarcal. 

Teatro – “V.U.L.V.A.”

28 de março, às 20h

O espetáculo V.U.L.V.A investiga o lugar simbólico que a vulva ocupa em nossa sociedade e se perguntar: Qual é o significado da negação de algo concreto e biológico como a vulva? Que conhecimentos podemos obter dela? Por que os nomes usados para denominá-la geralmente são infantis e quase sempre colocados no diminutivo? Por que sempre esse movimento de diminuição? 

Teatro – “6 gritos para o infinito”

28 a 30 de março, às 20h.

31 de março, às 18h.

“6 gritos para o infinito” é uma coreografia composta por seis histórias, contadas por seis mulheres e tem como objetivo extrapolar os discursos e experiências de repressão ao experimentar um corpo cheio de potência, de resistência e de criação, expressando a busca da mulher pelo prazer e por seus sonhos. 

Teatro – “Latinas”

30 e 31 de março, às 17h.

O espetáculo “Latinas” apresenta personagens múltiplas que questionam o modelo do papel social da mulher latino-americana em São Paulo. 

Serviço 

Entrada gratuita – é necessário retirar o ingresso com uma hora de antecedência.

Funcionamento: Segunda a sexta, das 9h00 às 22h00, e aos sábados, das 10h00 às 18h00

www.oficinasculturais.org.br. 

Local: Oficina Cultural Oswald de Andrade.

Rua Três Rios, 363 – Bom Retiro, São Paulo – SP

(11) 3222-2662 | 3221-4704

3221-5558 | 3222-9574 | 3222-4683

oswalddeandrade@oficinasculturais.org.br. 

 

Sala São Paulo 

OSESP 

10 de março

A Temporada Osesp 2018 – Natureza dos Sons abre oficialmente de 8 a 10 março, com a Osesp comandada por sua diretora musical e regente titular Marin Alsop, apresentando a Sinfonia nº 7 de Mahler, a primeira peça que Marin regeu com a Orquestra, ainda como convidada, em 2011. 

Serviço 

Sala São Paulo: 1.340 lugares.

Sala do Coro: 150 lugares.

Recomendação etária: 7 anos.

www.osesp.art.br. 

Local: Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP) – Sala São Paulo.

Praça Júlio Prestes, 16, São Paulo – SP.

Bilheteria: (11) 3223-3966.

Ingresso Rápido: (11) 4003-1212.

www.ingressorapido.com.br. 

 

Memorial da Resistência 

Sábado Resistente 

10 de março, às 14h.

O Memorial da Resistência realiza um encontro entre militantes feministas de diferentes gerações para debater as mudanças nas lutas das mulheres ao longo dos anos, tanto nas demandas quanto nas formas de ação, além das melhores estratégias para a conquista de direitos das mulheres.

Na ocasião, será exibido o documentário de curta-metragem “Nossa voz resiste!”, que traz a história de três mulheres brasileiras: uma comunicadora que denuncia a violência policial em sua comunidade, uma jornalista independente e uma militante que luta pela liberdade de expressão. 

Serviço 

Entrada gratuita.

Funcionamento: de quarta a segunda (fechados às terças-feiras), das 10h00 às 17h30, com permanência até 18h00.

www.memorialdaresistenciasp.org.br.

Local: Memorial da Resistência.

Largo General Osório, 66 – Santa Ifigênia, São Paulo – SP.

(11) 3335-4990. 

 

Biblioteca de São Paulo

Bate-papo Literário 

10 de março, das 14h às 17h.

Baseada na antologia intitulada "Fantásticas", os autores Walter Tierno, Giulia Moon, Bruno Melo, Dany Fernandez, Josy Santos entre outros, conversam sobre o protagonismo feminino na literatura e no cinema. 

Clube da Leitura 

29 de março, às 15h.

O Clube da Leitura deste mês debate o livro “Os Contos da Aia”, de Margaret Atwood, um romance distópico situado num futuro próximo, no qual uma sociedade fundamentalista cristã subjuga e explora mulheres, tirando delas seu individualismo e independência. 

Serviço 

Entrada gratuita.

Funcionamento: de terça-feira a domingo e feriados, das 9h30 às 18h30.

www.bsp.org.br. 

Local: Biblioteca de São Paulo.

Av. Cruzeiro do Sul, 2.630, São Paulo – SP.

Estação Carandiru do Metrô – Linha Azul.

Telefone: (11) 2089-0800 | (11) 3335-4990. 

 

Casa Guilherme de Almeida 

A mulher no cinema 

10 de março, às 15h.

17 e 18 de março, das 14h às 18h.

A Casa Guilherme de Almeida realiza duas atividades que falam sobre o papel da mulher no cinema: no dia 10 de março, às 15h, acontece a palestra “Mulheres na Tela”; já nos dias 17 e 18 de março, das 14h às 18h, a Casa realiza o curso “Olhar e resistência: A presença da mulher no cinema brasileiro”. As atividades são gratuitas, mas é necessário se inscrever pela internet.

Serviço 

Entrada gratuita.

Funcionamento: de terça a domingo, das 10h às 18h.

www.casaguilhermedealmeida.org.br.

Local: Casa Guilherme de Almeida.

Anexo: Rua Cardoso de Almeida, 1.943.

Museu: Rua Macapá, 187 – Perdizes – São Paulo.

(11) 3673-1883 / 3672-1391. 

 

Museu Afro Brasil

10,17 e 31 de março, às 14h. 

O Museu Afro Brasil realiza uma mediação com foco na presença das mulheres negras em seu acervo. Neste percurso, os visitantes serão direcionados a perceber a importância e a contribuição histórica e estética de mulheres artistas, escritoras, líderes religiosas, entre outras personagens fundamentais da história brasileira. 

Serviço: 

R$ 6,00 | Grátis aos sábados.

Funcionamento: terça a domingo, (fechado às segundas), das 10h às 17h (permanência até às 18h).

Estacionamento pelo portão 3 (Zona Azul).

www.museuafrobrasil.org.br.

Local: Museu Afro Brasil.

Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº – Pavilhão Manoel da Nóbrega – Parque do Ibirapuera, portão 10 – São Paulo-SP.

(11) 3320-8900. 

 

Museu da Casa Brasileira 

Música no MCB

13 e 18 de março, às 11h.

O Museu da Casa Brasileira recebe a Orquestra Pinheiros com o show “Sophisticated Ladies”. A apresentação será no dia 11 de março, às 11h00, com entrada gratuita. No dia 18 de março, é a vez a Jazzmin’s Big Band, formada por 17 mulheres de diversas gerações com repertório voltado à música popular sem fronteiras.

Serviço

R$ 10,00 | Grátis aos sábados, domingos e feriados.

Funcionamento: terça a domingo, (fechado às segundas) das 10h às 18h.

www.mcb.org.br. 

Local: Museu da Casa Brasileira.

Av. Brigadeiro Faria Lima, 2705 – Jardim Paulistano – São Paulo-SP.

CPTM Cidade Jardim (850m).

(11) 3032-3727. 

 

Museu Felícia Leirner

 “A história da mulher contada através da moda e das décadas” 

17 e 24 de março, às 10h30.

18 e 25 de março, às 15h30.

O Museu Felícia Leirner apresenta a história da mulher, a evolução da moda, da cultura e das conquistas femininas ao longo das décadas. Imagens, curiosidades, diálogos e sensibilizações serão utilizados para que todos possam mergulhar nesse universo.

Serviço

R$10,00 (inteira) e R$5,00 (meia estudante e idoso) – gratuita aos domingos.

Cidadãos jordanenses não pagam mediante apresentação de comprovante de residência.

Funcionamento: terça a domingo, (fechado às segundas) das 9h às 18h.

www.museufelicialeirner.org.br.

Local: Museu Felícia Leirner.

Av. Dr. Luis Arrobas Martins, 1.880 – Campos do Jordão/SP.

(12) 3662-6000.

 

Museu Catavento

Exposição “Marie Curie” 

18 de março.

O Museu Catavento recebe a exposição “Marie Curie 1867-1934”, que traz os feitos da cientista que foi a primeira mulher a receber o Prêmio Nobel e única a ser condecorada duas vezes – Nobel de Física, em 1903 e de Química, em 1911. 

Serviço

R$ 10,00 | Grátis aos Sábados.

Funcionamento: terça a domingo, (fechado às segundas), das 9h às 17h (Bilheteria fecha às 16h).

www.cataventocultural.org.br.

Local: Catavento Cultural e Educacional.

Palácio das Indústrias – Praça Cívica Ulisses Guimarães, s/no (Av. Mercúrio), Parque Dom Pedro II, Centro – São Paulo/SP.

(11) 3315-0051. 

 

Biblioteca Parque Villa-Lobos

Clube da Leitura 

23 de março, às 15h.

O Clube da Leitura deste mês debate o livro “Mrs. Dalloway”, um dos romances mais famosos de Virginia Woolf, que fala sobre os conflitos internos de Clarissa Dalloway, uma socialite ficcional que vive na Inglaterra pós-Primeira Guerra Mundial. 

Sarau na BVL

24 de março, das 12h às 17h.

A BVL recebe o Sarau do MISC – Manancial de Interligação de Projetos Sociais e Culturais. Desde setembro de 2012, quando nasceu o projeto, já se apresentaram mais de mil grupos e artistas periféricos em vários pontos e comunidade de São Paulo. Esta edição presta homenagem ao Dia Internacional da Mulher e terá a participação do músico Thera Blue, da Cia. Ballet Dança & Ritmo, entre outros convidados.

Slam das Minas

31 de março, das 14h30 às 16h.

Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher e ao Dia da Poesia, a BVL recebe o Slam das Minas – SP, uma batalha de poetas destinada ao gênero feminino. O evento inicia com o microfone aberto e em seguida as poetas se enfrentam em três rodadas eliminatórias. Regras: somente textos autorais de até três minutos, sem objeto cênico, figurino e acompanhamento musical. O júri é escolhido na hora.

Serviço

Entrada gratuita

Funcionamento: de terça a domingo e feriados, 9h30 às 18h30.

www.bvl.org.br.

Local: Biblioteca Parque Villa-Lobos.

Av. Queiroz Filho, 1205, Alto de Pinheiros, São Paulo – SP.

(11) 3024-2500.

A cultura machista que permeia a sociedade brasileira nos “ensina” desde muito cedo que no mundo há coisas que se destinam apenas a homens ou a mulheres, começando pela cor do quartinho do bebê, passando por dar carrinhos aos meninos e boneca às meninas e culminando, muitas vezes, na escolha da área de estudos e atuação no mercado de trabalho. 

Profissões que envolvem altos riscos ou exigem habilidades como força, afinidade com ciências exatas e condicionamento físico muitas vezes são vistas como masculinas, o que reduz o número de mulheres que se interessam por esse tipo de trabalho e decidem exercê-lo. O trabalho com forças de segurança como exército e polícia, por exemplo, ainda é visto como algo a ser desempenhado por homens, havendo assim uma diferença de gênero notável quando se observa quantas mulheres atuam nos efetivos dessas instituições.

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Neste Dia Internacional da Mulher, data marcada pela luta feminina pela igualdade de direitos, LeiaJá fez uma entrevista com Manoela Correia de Carvalho, que é 2º Sargento da Polícia Militar de Pernambuco (PM-PE) para entender como é o dia a dia de mulheres policiais e quais são os desafios enfrentados pelas policiais em uma sociedade machista. 

Incentivo do pai, medo da mãe

Manoela tem dois filhos e 34 anos, dos quais 13 foram dedicados à PM. Por incentivo de seu pai, que também é militar e via na filha habilidades que poderiam ser interessantes na carreira policial, Manoela foi estimulada a fazer o concurso da polícia ainda bem cedo, aos 18 anos, ingressando na corporação como Soldado. 

“Fiz concurso público com 18 anos, logo que eu terminei o Ensino Médio. Eu estava estudando para o vestibular, então não tive dificuldades com a parte intelectual, na de saúde também não, e como eu já praticava esportes, não tive dificuldades de ser aprovada nos testes físicos”, contou ela, que praticava vôlei e também já fez treinos de natação, mas nem pensava em si mesma como policial.

Foi já depois de ser aprovada no concurso público, durante o curso de formação de oficiais, que Manoela começou a entender exatamente como seria o trabalho na Polícia Militar e, segundo ela, a primeira reação foi de estranheza. “Senti a mudança de ambiente, do mundo civil para o mundo militar. É uma cultura totalmente diferente, mas com o tempo você vai criando um carinho pela profissão. Tudo termina recaindo sobre a polícia, a gente consegue ajudar as também com dificuldades sociais, e isso me causou uma afinidade pela profissão”, explicou a Sargento.

No que diz respeito ao restante da família, Manoela explicou que por sempre ter tido uma personalidade tranquila e divertida, o restante da família estranhou um pouco a sua escolha por não ver nela o perfil do que se imagina de uma pessoa que trabalha na polícia. A mãe de Manoela, por sua vez, sempre demonstrou preocupação e muito medo com a segurança de sua filha durante missões operacionais de patrulhamento. De acordo com ela, sempre que conta que vai para uma atividade operacional, ouve de sua mãe frases como “Ai, meu Deus, tenha cuidado”, especialmente depois de ter tido filhos. 

Pioneirismo nas Unidades Especializadas

Ao longo de sua carreira, Manoela já passou por vários setores da polícia, entre unidades administrativas e operacionais, tendo feito parte, por exemplo, da Cavalaria, do Colégio Polícia, da Rádio Patrulha e, atualmente, do setor de comunicação, além de ter integrado o efetivo das Forças Armadas durante a missão das Olimpíadas Rio 2016 em Brasília e no Rio de Janeiro. 

A Sargento explica que a PM tem 193 anos, mas que só 35 anos atrás começou a aceitar mulheres, que a princípio só atuavam em tarefas administrativas ou nos batalhões de trânsito. Atualmente, de acordo com Manoela, apenas cerca de 20% do efetivo da Polícia Militar de Pernambuco é composto de policiais femininas, apesar de os editais de concurso público não separarem as vagas ofertadas por sexo.

Para ela, o que faz com que o número de mulheres policiais continue sendo menor, mesmo que esteja em crescimento, é o machismo presente na sociedade brasileira que faz com que muitas mulheres nem considerem trabalhar em profissões que exijam força e apresentem certos riscos, por não achar que podem. "Com certeza isso afasta o interesse, uma vez que não há barreiras, mas ao longo dos concursos a gente está vendo que vem aumentando o número de mulheres entrando na corporação à medida em que vai se tentando desmistificar essa questão, mas que isso atrapalha, atrapalha sim", disse Manoela. 

A Cavalaria foi a primeira unidade em que Manoela atuou, e também a primeira unidade de polícia especializada a aceitar mulheres. “A minha turma foi a primeira com policiais femininas na Cavalaria, as unidades especializadas não tinham mulheres, hoje a maioria está tendo. Uma das meninas foi selecionada para lá por engano, acharam que o nome dela era masculino e quando ela se apresentou o comandante disse ‘Ah, foi um engano, você é mulher e está aqui, vamos mandar você de volta’ mas o subcomandante sugeriu tentar, ela disse que tinha interesse e ele disse que chamaria mais seis mulheres para formar um pelotão feminino e eu fui uma dessas. O batalhão teve que ser reformado para ter instalações femininas, isso deu um pontapé inicial”, contou ela, que atualmente atua no setor de comunicação durante a semana e reforça o efetivo em finais de semana, feriados e grandes eventos. 

A presença de mulheres nos efetivos policiais, para Manoela, além de benéfica é também necessária, uma vez que a habilidade de resolução de conflitos com a razão e com estratégia antes do uso da força traz muitos ganhos ao serviço. Além disso, ela explica que unidades que têm mulheres estão mais preparadas para atender a diferentes tipos de ocorrências, e usou um exemplo da época em que ela atuava na Cavalaria. Confira: 

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“É preciso estar mais preparada que os homens”

Manoela explica que quando vai sair para alguma missão operacional, é preciso chegar mais cedo para colocar o fardamento, se armar, colocar os equipamentos de proteção individual mais adequados à missão do dia, se preparar fisicamente, conferir sua escala para sair e então oferecer o serviço de segurança. A escala, a depender da ocasião, pode enviar os policiais a vários lugares da Região Metropolitana do Recife (RMR) ou até mesmo para o interior do Estado, em épocas como o período de festas juninas, semana santa e eleições, por exemplo.  

Manoela explica que na rua o exercício do trabalho policial não tem diferenças para os homens e para as mulheres, mas que é preciso que as policiais femininas estejam sempre mais atentas durante as missões, pois o machismo faz com que muitas vezes os suspeitos se sintam mais à vontade para reagir contra elas. 

“Uma vez fizemos um cordão de isolamento, tinha homens passando e um deles quando viu um elo formado por duas mulheres, tentou passar por ali pelo fato de serem mulheres, aí o capitão ouviu e interviu. Acontece de tentarem reagir contra nós por ver a mulher como mais fraca, mas como temos o mesmo treinamento, a gente se impõe dentro da autoridade legal que exercemos. Quando estou dando aula em curso de formação, sempre digo às alunas que elas têm que estar sempre mais preparadas que os homens porque às vezes o criminoso pensa duas vezes em reagir a um comando de um policial homem, mas quando vê uma mulher pensa em reagir enxergando uma suposta facilidade. Tem que estar preparada e ligada porque se vier uma reação, com certeza vai vir para nós”, explicou a policial. 

Cuidados Institucionais

A 2º Sargento Manoela explica que há algumas peculiaridades a respeito do trabalho das policiais femininas que precisam ser observadas pela instituição para garantir o bem estar tanto das trabalhadoras como também de suas famílias em certos casos. 

Ela explica que é necessário que haja uma sensibilidade para “Adequar o local da escala para um local onde tenha banheiro e onde na missão não passe muitas horas em pé para policiais menstruadas ou que sofrem com TPM. Uma gestante não pode estar em atividade operacional porque é um serviço perigoso, uma lactante não pode ser empenhada para missões longe do bebê, etc. Tem que ter esse tipo de sensibilidade e tentamos regulamentar tudo por meio de portarias”, explicou ela. 

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